Coffee Science - v.07, n.3, 2012
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Item Efficiency of RNA extraction protocols in different types of coffee plant tissues(Editora UFLA, 2012-09) Paula, Márcia Fabiana Barbosa de; Ságio, Solange Aparecida; Lazzari, Fabiane; Barreto, Horllys Gomes; Paiva, Luciano Vilela; Chalfun-Junior, AntonioIn order to use sensitive techniques of molecular biology, such as the study of differentially expressed genes, a high- quality RNA in suitable quantities is necessary. Due to the presence of several varieties and often expressive quantities of secondary compounds in plants, there is no standard method for the isolation of nucleic acids that can be used for all species. Polyphenols and polysaccharides are the compounds that interfere the most in the extraction process, and when they are present, a low-quality RNA is produced. Four RNA extraction methods (CTAB method, Hot Borate, CONCERT and Tri Reagent), in four different coffee tissues (root, leaf, flower and fruit) were tested in this work, aiming at determining which method is more efficient. It was observed that the CTAB and Hot Borate methods, in which PVP and/or β -mercaptoethanol were added and precipitation with LiCl was performed, presented more pure RNA, with no degradation observed in any of the tissues, being suitable for further gene expression analysis. High-quality RNA was not obtained from any tissue in the extraction with Tri Reagent, which includes the use of phenol, and thus expression analysis was disturbed. The CTAB macroextraction method presented samples with the highest RNA quality and largest quantities in all tissues. Future works need to be carried out aiming the standardization of this macroextraction method.Item Orientação para mercado externo do café brasileiro(Editora UFLA, 2012-09) Brandão, Fernanda Scharnberg; Ceolin, Alessandra Carla; Gianezini, Miguelangelo; Ruviaro, Clandio Favarini; Dias, Eduardo Antunes; Barcellos, Júlio Otávio JardimObjetivou-se, neste artigo, verificar se o Índice de Orientação Regional (IOR) pode auxiliar na tomada de decisão na orientação para o mercado externo do café brasileiro. Com a abordagem da Teoria da Tomada da Decisão, por meio do método quantitativo e descritivo, é calculado o IOR para verificar se as exportações brasileiras de café estão sendo destinadas aos principais importadores. Os dados das exportações brasileiras de café verde utilizados são da Base AliceWeb, vinculada à Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no período de 2000 a 2009. As exportações de café são cada vez menos direcionadas para Canadá, Países Baixos, França, Itália, Bélgica e Espanha, com maior destaque para o decréscimo do IOR da Eslovênia. Os resultados demonstram que as exportações brasileiras de café verde direcionam-se cada vez mais para a Suécia, Finlândia, Japão, Alemanha, EUA, considerando que o IOR apresenta valores crescentes para tais regiões, ressaltando que a Alemanha e os EUA – importantes mercados para que o Brasil siga orientando suas exportações – representam mais de 40% das importações de café. A originalidade do estudo reside na utilização da metodologia IOR para auxiliar o tomador de decisão na orientação para o mercado externo, conhecendo-se a tendência dos principais concorrentes do produto. Tal abordagem, somada a outros indicadores econômicos pode possibilitar a implementação de políticas comerciais, no sentido de redirecionar os produtos para mercados que apresentem maior dinamismo em suas importações.Item Estimativa do IAF de cafeeiro a partir do volume de folhas e arquitetura da planta(Editora UFLA, 2012-09) Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino; Martins, Giordane Augusto; Ferreira, Rafael Teixeira; Pennacchi, João Paulo; Souza, Vinícius Fernandes de; Soares, Angela MariaOs métodos de estimativa do índice de área foliar (IAF) utilizados para cafeeiros (Coffea arabica L.) apresentam limitações relacionadas à representação de particularidades da cultura que afetam o IAF no tempo e no espaço. Desenvolveu- se este trabalho objetivando propor um método de estimativa do IAF de forma a reduzir essas limitações. Foram utilizados cafeeiros em fase produtiva, de cultivos da região de Lavras-MG, das variedades Mundo Novo e Catuaí, coletados durante a estação seca e a estação chuvosa de 2010 a 2011. Nessas plantas avaliou-se a altura a partir do nível do solo, comprimento total de ramos plagiotrópicos, o comprimento da região sem folhas na copa e o IAF. Esses dados foram utilizados para estimar o volume de folhas das plantas e, posteriormente, para a obtenção de equações que descrevem o comportamento do IAF em função do volume de folhas. Verificaram-se três ajustes das variações de IAF em função do volume de folhas: comportamento linear, expolinear e sazonal. Os três modelos apresentaram estimativas realistas, quan do aplicados em cafeeiros do município de Três Pontas-MG. Potencialmente, os modelos podem ser aplicados na estimativa do IAF de uma planta isolada ou para parcelas homogêneas. Possuem a vantagem de uma representação mais realista da forma da planta no tempo e no espaço em comparação com métodos semelhantes. Com o método proposto, espera-se atender demandas de modelos de previsão de produtividade de cafeeiros, reduzindo as limitações observadas nos métodos comumente utilizados para a determinação do IAF.Item Enraizamento de estacas de cafeeiro imersas em extrato aquoso de tiririca(Editora UFLA, 2012-09) Dias, Jairo Rafael Machado; Silva, Edilaine D’Avila da; Gonçalves, Gerlândio Suassuna; Silva, José Ferreira da; Souza, Emanuel Fernando Maia de; Ferreira, Elvino; Stachiw, RosalvoA cultura do cafeeiro ocupa papel de elevada importância na agricultura e economia brasileira. Entretanto, para aumentar a produtividade recomenda-se a utilização de mudas sadias e de elevado vigor, sendo a propagação vegetativa uma excelente opção, pois a nova planta mantém as características genéticas da planta-mãe. O uso de reguladores de crescimento é uma técnica necessária na propagação vegetativa. Nesse caso, os reguladores de crescimento usados são os ácidos indol-3- butírico (AIB) e indol-3-acético (AIA), que podem ser obtidos também de plantas que apresentam tais hormônios em sua composição. A tiririca (Cyperus rotundus L.), espécie daninha de difícil controle, apresenta níveis elevados de AIB e de AIA. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar quatro concentrações de extrato aquoso de tiririca e dois tempos de imersão no enraizamento de estacas de cafeeiro. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso, com quatro repetições e 10 estacas por parcela, em esquema fatorial 4 x 2. As concentrações do extrato utilizadas foram: 0; 400; 800 e 1200 g dm -3 , nos tempos de imersão: 20 e 120 segundos. Após 100 dias do plantio das estacas foram analisados: volume de raízes, número de raízes, altura de plantas, número de folhas emitidas e matéria seca total. O extrato aquoso de tiririca não mostrou efeito sobre o número e volume de raízes, entretanto, as demais características avaliadas foram estimuladas ou inibidas pelas concentrações do extrato. O tempo de imersão das estacas pode induzir o crescimento de raízes, porém com 120 segundos de imersão apareceram sintomas de toxicidade.Item Trocas gasosas e características estruturais adaptativas de cafeeiros cultivados em diferentes níveis de radiação(Editora UFLA, 2012-09) Baliza, Danielle Pereira; Cunha, Rodrigo Luz da; Castro, Evaristo Mauro de; Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino; Pires, Marinês Ferreira; Gomes, Rodrigo AbreuDiferenças nos níveis de radiação podem causar modificações nas características estruturais e funcionais das folhas, que podem responder diferencialmente por modificações anatômicas, morfológicas e fotossintéticas. Objetivou-se, no presente trabalho, verificar as possíveis modificações na anatomia foliar e características fotossintéticas de cafeeiros em fase de formação, submetidos a diferentes níveis de radiação. Após o plantio dos cafeeiros no campo, esses foram submetidos a cinco níveis de radiação (pleno sol e sob telas plásticas/sombrites de 35, 50, 65 e 90% de sombra). Os cafeeiros foram avaliados quanto às trocas gasosas e anatomia foliar dez meses após a instalação do ensaio em campo. De acordo com os resultados obtidos nesse experimento, verifica-se que a quantidade de radiação incidente influencia a estrutura interna das folhas dos cafeeiros e suas respectivas funções. O nível com 90% de sombra não é recomendado para o cultivo do cafeeiro, pois reduz a taxa fotossintética, apresentando menor espessamento do mesofilo e do parênquima paliçádico. O nível com 35% de sombra é o mais recomendado para cultivo do cafeeiro em ambiente sombreado pois, nesse nível ocorre melhoria da estrutura interna das folhas do cafeeiro, o que pode favorecer características fisiológicas interessantes para otimizar o desenvolvimento dessa cultura.Item Aliança no sistema agroindustrial do café: modelo de aliança para agregar valor aos cafés certificados(Editora UFLA, 2012-09) Aguiar, Cibele Maria Garcia de; Carvalho, Nádia; Pereira, Sérgio Parreiras; Sugano, Joel YutakaCom a emergência da economia digital, alianças dinâmicas de cooperação entre diferentes setores têm sido consideradas como o formato organizacional adequado para promover a geração e transferência de conhecimento e inovações. Essas transformações também ocorrem no sistema agroindustrial do café, sendo que Minas Gerais busca agregar valor ao produto por meio da certificação e integração entre setores. Com base nessa interação, foi analisada a percepção dos participantes do programa Certifica Minas Café e Cafés Sustentáveis da ABIC quanto às sinergias na integração governo, universidades e empresas, identificando o papel da articulação e da comunicação em um novo modelo de negócio. A pesquisa exploratória envolveu a aplicação de questionários survey entre os setores da Aliança: produção, extensão e indústria. A tabulação dos dados foi realizada no Software SPSS e foram incorporadas na análise as observações e coletas documentais. Como conclusão, verifica-se a existência de sinergias na integração governo, universidades e empresas, configurando uma relação de complementariedade em um modelo de negócio inovador, sendo reservados a cada elo benefícios que não seriam possíveis na estrutura tradicional de comercialização. No entanto, apontam-se pontos de estrangulamento nos canais de comunicação, sugerindo atenção dos gestores da aliança para que o fluxo de informação seja intensificado entre as três esferas. No período desta análise, o modelo de comunicação adotado não estimulava a integração de todos os participantes, característica que, ao longo do tempo, ao invés de criar sinergias, poderá resultar numa desordem nas relações causada por ruídos de informação.Item Qualidade do café secado em terreiros com diferentes pavimentações e espessuras de camada(Editora UFLA, 2012-09) Reinato, Carlos Henrique Rodrigues; Borem, Flávio Meira; Cirillo, Marcelo Ângelo; Oliveira, Eduardo CarvalhoObjetivou-se, neste trabalho, avaliar a qualidade do café submetido à secagem em terreiros, com diferentes pavimentações e espessuras de camadas de secagem de grãos. O delineamento experimental constituiu-se em um DIC, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 4x3x2 sendo quatro as formas de processamento do café (roça, cereja descascado, cereja + verde e bóia),em três tipos de terreiro (terreiro de terra, concreto e lama asfáltica) e duas espessuras de camada de secagem do café (fina e grossa), totalizando 24 tratamentos. Foram utilizadas duas repetições para cada tratamento, totalizando 48 unidades experimentais. Cerca de 15000 litros de café foram colhidos sobre pano e secados nos diferentes terreiros. Desse total, 2400 litros foram levados diretamente aos terreiros para secagem (café roça). Cerca de 4800 litros foram lavados e separados por diferença de densidade. A porção bóia e a porção cereja e verde foram secadas separadamente nos terreiros. Finalmente, 9600 litros de café foram lavados, descascados e secados nos terreiros.Aí, os cafés foram revolvidos 16 vezes ao dia. Após a secagem, amostras de café foram beneficiadas e submetidas à avaliação da qualidade por meio das seguintes análises: sensorial, compostos fenólicos, acidez titulável total, sólidos solúveis, condutividade elétrica, lixiviação de potássio e açúcares totais, redutores e não redutores. Os resultados indicam que o tipo de café, o tipo de terreiro e a espessura da camada de secagem exercem forte influência nas características químicas, físico-químicas e sensoriais do café. A secagem do café cereja descascado em camada fina, tanto em terreiro de concreto como de lama asfáltica, proporciona melhor qualidade de bebida que os demais tratamentos .Item Seleção de progênies de cafeeiro derivadas de catuaí com icatu e híbrido de timor(Editora UFLA, 2012-09) Pinto, Marcelo Frota; Carvalho, Gladyston Rodrigues; Botelho, César Elias; Rezende, Juliana Costa; Andrade, Vinícius Teixeira; Carvalho, João Paulo FelicoriObjetivou-se, com o presente trabalho, selecionar progênies oriundas do cruzamento das cultivares Catuaí com Icatu e descendentes de Híbrido de Timor, visando obter materiais genéticos produtivos e com características agronômicas favoráveis. Foram instalados e conduzidos experimentos em três municípios do estado de Minas Gerais: Lavras, Campos Altos e Patrocínio. Foram avaliadas 18 progênies e duas cultivares (testemunhas), desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro em Minas Gerais, coordenado pela EPAMIG. Em cada ambiente, o delineamento foi em blocos casualizados com três repetições e parcelas constituídas por 10 plantas. Foram analisadas as características produtividade, rendimento de café beneficiado, percentual de grãos retidos em peneira 17 e acima, e porcentual de frutos chochos e de frutos cereja. Verificou-se que existe grande variabilidade entre as progênies e os ambientes. As progênies H 516-2-1-1-18 cova 2, H 516-2-1-1-18 cova 3, H 516-2-1-1-18 cova 5, H 419-3-4-5-2 cova 2 e H 419-3-4-5-2 cova 3 destacam-se em todas as características avaliadas.Item Incidência da ferrugem alaranjada em cafeeiros da condições climáticas de Presidente Prudente, SP.(Editora UFLA, 2012-09) Montes, Sônia Maria Nalesso Marangoni; Paulo, Edison Martins; Fischer, Ivan HermanA ferrugem é a doença mais comum das lavouras de café. O desenvolvimento de novas cultivares por meio de melhoramento genético é considerado a melhor alternativa para controlar o fungo Hemileia vastratix. O trabalho estudou a incidência da ferrugem nas cultivares Icatu vermelho (IAC 4045), Icatu amarelo (IAC 2944), Catuaí vermelho (IAC 99), Mundo Novo (IAC 388-17-1) e Obatã (IAC 1669-20), enxertadas sobre Apoatã (IAC 2258) (Coffea canephora) e na Icatu vermelho (IAC 4045) sem enxertia, totalizando seis tratamentos. O ensaio foi realizado em Presidente Prudente-SP, em blocos ao acaso com dez plantas por parcela, plantadas no espaçamento 3,5 x 1,0 m. No período de maio de 2007 a fevereiro de 2008, coletaram-se quinzenalmente duas folhas ao acaso em cada terço dos cafeeiros, para avaliação da presença ou ausência de pústulas características da ferrugem na página abaxial das folhas. Calculou-se a área abaixo da curva de progresso da ferrugem para cada uma das cultivares. Os dados de infestação foram submetidos à análise de variância e correlacionados com as variáveis climáticas. Concluiu-se que a infecção diferiu entre as cultivares e foi menor nas cvs. Obatã IAC 1669-20 e Icatu amarelo IAC 2944. A incidência da doença se correlacionou negativamente com as temperaturas máximas e mínima absoluta e média mensal, mas não com a precipitação pluvial mensal.Item Variabilidade espacial do pH em área com cafeeiro fertirrigado e sistema tradicional(Editora UFLA, 2012-09) Rezende, Fátima Conceição; Ribeiro, Victor Barbiere; Ávila, Leo Fernandes; Faria, Manoel Alves de; Silva, Elio Lemos daObjetivou-se, no trabalho, caracterizar o pH no perfil do solo em função da adubação química aplicada via fertirrigação e, manualmente, sob a copa da planta. A cultura foi irrigada por gotejamento. A irrigação foi realizada quando a tensão média observada em sensores “Watermarck”, instalados a 0,10 m de profundidade atingia 21 kPa. Calculou-se a lâmina com base na média de leitura do potencial de água no solo observada nas profundidades de 0,10 e 0,30 m. Sob a copa das plantas, na região do bulbo molhado, foram instalados 25 extratores de solução do solo a 0,10; 0,20; 0,30; 0,40 e 0,50 m de profundidade e distantes da planta de 0,10; 0,20; 0,30, 0,40 e 0,50 m. A amostragem foi realizada em plantas irrigadas e não irrigadas no período de adubação (outubro a março), durante dois anos (2008/2009 e 2009/2010). As avaliações de pH foram realizadas a partir de 24 horas após cada aplicação de adubo até, pelo menos, sessenta dias após o último parcelamento. Os modelos de semi-variograma exponencial e esférico foram ajustados pelos métodos dos mínimos quadrados ponderados e máxima verossimilhança. O mapeamento foi feito utilizando-se o interpolador geoestatístico. Os resultados mostraram que, para as plantas irrigadas e não irrigadas, o pH da solução do solo apresentou dependência espacial. As fontes e doses de adubo utilizado promoveram a alcalinização da solução do solo, no período avaliado. O pH da solução do solo tende a ser menor na área em que a aplicação dos fertilizante foi realizada via fertirrigação.