UFLA - Dissertações
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Item Himenópteros parasitóides em áreas de cafeiro em transição agroecológica no sul de Minas Gerais e a construção conjunta do conhecimento(Universidade Federal de Lavras, 2016-05-02) Silva, Gleysson Roberto da; Silveira, Luís Cláudio PaternoO Brasil é o país que mais produz café no mundo, Minas Gerais é o Estado que concentra a maior produção, sendo o Sul do Estado a maior região produtora de café, Coffea arábica, com uma alta representatividade de café orgânico ou em transição agroecológica. O cafeeiro pode ser hospedeiro de uma ampla gama de artrópodes e alguns deles constituem-se pragas-chave da cultura, ocasionando grandes perdas em virtude dos danos que provocam. Os inimigos naturais, especialmente, os micro-himenópteros parasitoides exercem importante papel na regulação dessas pragas, sendo indispensáveis na produção agroecológica. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a construção conjunta do conhecimento associado à avaliação de himenópteros parasitoides em cafeeiros em processo de transição (convencional para agroecológico) no Sul do Estado de Minas Gerais. Os levantamentos foram realizados em 24 unidades demonstrativas, distribuídos em quatro sistemas de cultivos, Convencional, SAT, Orgânico pleno sol e orgânico sombreado, totalizando uma área de 6,0 ha, em áreas de reforma agrária, nos municípios de Campo do Meio e Guapé. Todas as áreas estudadas estavam em processo de transição desde fevereiro de 2013. As coletas foram realizadas com auxílio dos agricultores, utilizando armadilhas de moericke, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2014. Durante o período de coletas, outras atividades foram desenvolvidas um curso com o titulo: “Construção conjunta do conhecimento para transição agroecológica”, dividido em dois módulos e intercâmbios das famílias participantes do projeto em outras áreas de produção de café orgânico. Os parasitoides coletados foram identificados em famílias e separados em morfoespécies. Foram coletados, no total, 4450 insetos de nove superfamílias, 26 famílias e 143 morfoespécies no total entre todos os tratamentos. No tratamento Convencional foram coletados 1013 insetos; no Orgânico a pleno sol 933; no Orgânico sombreado 1310; e no tratamento sem agrotóxicos (SAT) 1194. Os resultados obtidos neste estudo permitiram concluir que cafeeiros em transição agroecológica são ambientes favoráveis para a manutenção e preservação de inimigos naturais himenópteros parasitoides e que a construção conjunta do conhecimento contribui com o desenvolvimento da agroecologia, respeitando o saber popular e direcionando-o ao manejo ecológico de pragas em cafeeiros.Item Infestação e parasitismo de Leucoptera coffeella (Guérin- Mèneville & Perrottet, 1842) em cafeeiros em transição agroecológica(Universidade Federal de Lavras, 2017-02-24) Marques, Kulian Basil Santa Cecília; Silveira, Luís Cláudio PaternoO Brasil é o país que mais produz café no mundo, e Minas Gerais concentra a maior produção, sendo o sul do Estado a maior região produtora de café (Coffea arabica). O cafeeiro pode ser hospedeiro de uma ampla gama de artrópodes e alguns deles constituem-se pragas-chave da cultura, como o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) ocasionando grandes perdas em virtude das injúrias que provocam. A dinâmica populacional desta praga varia em função das regiões de cultivo, devido a fatores bióticos e abióticos que atuam no agroecossistema cafeeiro. Os inimigos naturais, especialmente os micro-himenópteros parasitoides são importantes organismos que contribuem na sua regulação populacional, sendo indispensáveis na agricultura sustentável. Objetivou-se acompanhar a flutuação populacional, a infestação do bicho-mineiro do cafeeiro, bem como a ação de vespas parasitoides no seu controle. Também foi verificada a abundância, riqueza, diversidade, flutuação populacional e o índice de parasitismo de parasitoides das famílias Braconidae e Eulophidae em áreas convencionais e de transição agroecológica (convencional para agroecológico) no sul do Estado de Minas Gerais. Os experimentos foram realizados em 24 talhões de café distribuídos em quatro sistemas de cultivo, Convencional (CONV), em transição para Orgânico sombreado (T.OSB) e em transição para Pleno sol (T.OPS), e Sat (sem agrotóxico, T.SAT), totalizando uma área de 6,0 ha, em áreas de reforma agrária, nos municípios de Campo do Meio e Guapé. As coletas foram realizadas por um período de vinte e dois meses. Para avaliação da infestação do bicho-mineiro foram estabelecidos dez pontos de amostragens por talhão e em cada ponto foram retiradas, ao acaso, cinco folhas/planta, totalizando 50 folhas/talhão/coleta. Para a avaliação da riqueza de espécies, abundância, diversidade, similaridade e flutuação populacional entre as áreas estudadas e da porcentagem de parasitismo de minas do bicho-mineiro foram coletadas 10 folhas com minas intactas em cada talhão, retirando-se uma folha do 3o ou 4o par por planta, dos terços médio e superior. Esse material foi mantido em condições ambientes de laboratório, coletando-se os parasitoides emergidos por um período de 40 dias. Dados climatológicos foram coletados. Coletou-se 621 himenópteros parasitoides, sendo 420 Braconídeos e 201 Eulofídeos, pertencentes a três e cinco táxons diferentes respectivamente. Os dados referentes aos parasitoides encontrados nos diferentes sistemas de cultivo indicam Orgilus niger e Stiropius reticulatus como espécies promissoras e bem adaptadas. Conclui-se que nos cafeeiros convencionais e em transição agroecológica avaliados neste trabalho a população de bicho- mineiro é endêmica e não causa danos econômicos e a ação dos parasitoides possivelmente contribui para a regulação da infestação desta praga, além dos fatores climáticos. Os resultados obtidos permitem concluir que os sistemas cafeeiros estudados são ambientes favoráveis para a manutenção e preservação de himenópteros parasitoides do bicho mineiro do cafeeiro.Item Substratos alternativos para a produção de mudas de cafeeiro no sistema orgânico(Universidade Federal de Lavras, 2014-12-01) Andrade, Daniela; Guimarães, Rubens JoséUma muda de cafeeiro com nutrição equilibrada desenvolve-se mais e torna-se menos suscetível ao ataque de pragas e patógenos. Por isso, as doses dos nutrientes minerais devem ser equilibradas, a fim de evitar prejuízos à lavoura. Atenção especial deve ser dada ao nitrogênio que é o nutriente mais exigido pelas plantas. Objetivou-se com esse trabalho buscar substratos alternativos para a produção de mudas de cafeeiro no sistema orgânico. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial [(4 x 4 x 4) + 1] (Adubos x Doses x Épocas + Testemunha), com três repetições. Nos substratos das mudas de cafeeiro, foram utilizadas 4 fontes distintas de N (esterco de galinha, esterco bovino, ureia e super ureia) e 4 doses de nitrogênio, 50%, 100%, 150% e 200% da dose recomendada por Guimarães et al. (1999), mais a testemunha representada pela muda em substrato padrão. As características de crescimento das mudas (altura, diâmetro, número de folhas e desfolha, matéria seca da parte aérea) foram avaliadas em 4 épocas correspondentes a 7, 14, 21 e 27 semanas após o transplantio das mudas do germinador para os saquinhos. Verificou-se que na primeira avaliação que os tratamentos não apresentaram diferença significativa entre a altura, diâmetro das mudas e desfolha causada pela cercosporiose. Porém, apresentou um maior número de folhas e matéria seca da parte aérea nas mudas com a adubação proveniente de fontes nitrogenadas orgânicas quando comparado com as produzidas com os tratamentos com ureia e super ureia. Na segunda, terceira e quarta avaliações, observou-se que as mudas contendo os substratos com fontes de N via adubos orgânicos apresentaram maior resiliência e crescimento com maior tolerância à cercosporiose de modo geral. Concluiu-se que a utilização de ureia ou super ureia na produção de mudas de cafeeiro, não substituem a adição dos estercos de bovino ou de galinha ao substrato, pois essas fontes orgânicas possibilitam maior crescimento das mudas e menor severidade quando da ocorrência de cercosporiose.