UFLA - Dissertações

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    Diagnóstico do ambiente, da segurança e da saúde do trabalhador na pós- colheita de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-03-03) Carvalho, Cinara da Cunha Siqueira; Borém, Flávio Meira
    A segurança no trabalho é um tema que vem chamando muito a atenção do setor agrícola e, em especial, da cafeicultura, devido à sua importância como um dos itens considerados na certificação, agregando valor do café pago ao produtor. Considerando a possível existência e falta de percepção dos riscos à segurança e à saúde do trabalhador no processo de pós-colheita do café, a falta de conformidade das propriedades quanto à aplicação das normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e do Emprego e das normas exigidas pela empresas certificadoras, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar os riscos envolvidos em cada uma das etapas da pós-colheita do café e sua percepção por parte dos trabalhadores e proprietários, verificar as conformidades das unidades de processamento de café quanto à aplicação das normas regulamentadoras, em função do nível tecnológico das propriedades. O trabalho foi realizado a partir da aplicação de questionário em trinta propriedades localizadas em três associações rurais do município de São Sebastião do Paraíso - MG, definidas por sorteio. O proprietário, gerente ou encarregado de cada propriedade foi entrevistado de acordo com um questionário proposto. A análise dos questionários mostrou que somente 23% das pessoas entrevistadas possuíam percepção dos riscos existentes nas propriedades e somente 3% das propriedades estavam dentro dos padrões de conformidade com as NR's. A baixa porcentagem de produtores e funcionários que possuem percepção dos riscos e de propriedades que estão dentro das conformidades estabelecidas pelas NR's e NRR's está relacionada ao baixo nível tecnológico, à falta de treinamento dos funcionários e às dificuldades de acesso à informação por parte dos produtores.
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    Rotulagem como mecanismo de compartilhamento de informações com agentes da cadeia produtiva do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2016-03-17) Nicoleli, Marcello; Santos, Antônio Carlos dos
    O Sistema Agroindustrial do café, após décadas de regulação estatal, tornou-se uma atividade econômica descentralizada. Essa situação compeliu grande parte dos atores da cadeia produtiva a recorrer aos sistemas auto regulatórios oferecidos por agências de certificação, as quais possuem critérios e procedimentos específicos. No entanto a diversidade de critérios das agências não oferecem recursos capazes de garantir uma gestão eficiente da estrutura de governança. Há necessidade de reduzir a assimetria de informações, o que é possível através do compartilhamento de dados compatível com o recurso de rastreabilidade da produção. O presente trabalho se apoia nesse problema contextualizado, baseando-se na Teoria dos Custos de Transação e no uso de metodologias de pesquisa qualitativas e quantitativas. A primeira parte do trabalho busca conhecer os procedimentos requeridos pelas principais agências de regulação no Brasil, com perspectiva de sublinhar as semelhanças e compatibilidades existentes entre elas, o que foi alcançado após análise das normas e comparação de similaridades. Em seguida é registrado o funcionamento e a estrutura da rastreabilidade do café, como forma de identificar, por meio da observação, análise documental e bibliográfica, os sistemas em vigor e as informações rastreáveis em sintonia com as recomendações das certificadoras de café. Por fim, buscou criar um modelo de rotulagem que permita gerar e compartilhar informações sobre o produto desde o campo até a venda para consumo. As informações obtidas nas etapas anteriores serviram de base para coleta de dados com os agentes da cadeia produtiva, por meio de um questionário estruturado aplicado a 618 agentes da cadeia produtiva, cujas respostas foram tratadas por métodos multivariados de análises estatísticas. Os resultados permitiram concluir que os agentes da cadeia são favoráveis a inclusão e compartilhamento de informações referentes à produção rural e dados econômicos e ambientais. Tal conhecimento possibilitou elaborar um modelo de rotulagem onde o compartilhamento de informações pelos agentes seja um mecanismo eficiente para amenizar os problemas de governança identificados.
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    Boas práticas agrícolas e certificação na cafeicultura
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-02-21) Prado, Agda Silva; Reis, Ricardo Pereira
    A representatividade da cafeicultura no agronegócio brasileiro se justifica pela geração de renda do mercado nacional e internacional e pelo potencial produtivo em relação aos outros países produtores de café. Grande parte dos cafés brasileiros é comercializada no mercado de commodity e, a outra parcela que não é comercializada neste mercado é considerada como cafés diferenciados. Entre o seguimento de cafés diferenciados, estão os cafés certificados. Os cafés certificados obtêm um selo que representa os processos de produção adotados. O objetivo da certificação agrícola é manter uma produção ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável, a fim de promover a sustentabilidade na atividade. Os cafés certificados podem conseguir valor agregado na comercialização, devido ao mercado consumidor estar atento a qualidade e rastreabilidade dos alimentos. Os padrões adotados pela certificação estão baseados nos conceitos das Boas Práticas Agrícolas (BPA), que visam a condução apropriada da lavoura através de técnicas produtivas e gerenciais. Assim, com o objetivo de verificar a importância da certificação agrícola para a adoção das Boas Práticas Agrícolas nas propriedades cafeeiras, foi realizada uma pesquisa entre os cafeicultores associados a cooperativa agrícola do município de Paraguaçu, Sul de Minas Gerais. Para isso, foi aplicado um questionário estruturado contendo questões que abrangeram os critérios das BPA entre cafeicultores certificados e não certificados. Os resultados gerados pelo programa estatístico SPSS, por meio de análises estatísticas discriminante e multivariada, apontaram que as BPA são adotadas com maior frequência entre os cafeicultores certificados, e as técnicas gerenciais são as que discriminaram em maior proporção os dois grupos. Conclui-se que a certificação pode ser considerada como uma ferramenta capaz de auxiliar os cafeicultores a adotarem técnicas de produção e gerenciamento em suas propriedades, proporcionando maiores produtividades e obtenção em qualidade de bebida. Porém a certificação ainda não gerou para o público estudado valorização das sacas vendidas. Assim a certificação será considerada totalmente válida quando os cafeicultores forem recompensados financeiramente pela dedicação ao cumprirem as BPA em suas propriedades, como forma de apoio e motivação para adotá-las e atenderem ao mercado consumidor.
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    Impactos da certificação Utz Kapeh no sistema de informação e na gestão de duas empresas produtoras de café, no sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-07-30) Martinez, João Roberto Lo Turco; Jesus, José Carlos dos Santos
    O objetivo deste trabalho foi apontar os impactos da certificação do café nos sistemas de informação, nas pessoas, na gestão e na competitividade de duas empresas rurais produtoras de café que passaram pelo processo de certificação Utz Kapeh, bem como apontar os impactos das mudanças no sistema de informação dessas empresas nas pessoas, na gestão e as vantagens/desvantagens dessas alterações, na perspectiva de seus gerentes. Para isso, foram utilizadas técnicas analíticas e de análise de conteúdo. Dos resultados, fica evidente que conseguir a certificação Utz Kapeh é uma vantagem pelo fato de ajudar a empresa a ter uma gestão mais profissional. O uso de um sistema de informação para viabilizar e organizar o processo de rastreabilidade é um dos aspectos que mais contribui para a melhora na gestão. No entanto, adotar a certificação não garante preços diferenciados. Deste estudo, extraiu-se um modelo, no qual se evidenciam um maior impacto da certificação na gestão das organizações e a importância de uma rede (cooperativa), como forma de obter um preço diferenciado pelo café certificado e aumentar a competitividade. Apontam-se também as mudanças relacionadas às pessoas e ao sistema de informação.
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    Os pilares da qualidade: o processo de implementação do programa de qualidade do café (PQC) no mercado de café torrado e moído do Brasil
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-02-12) Leme, Paulo Henrique Montagnana Vicente; Machado, Rosa Teresa Moreira
    O presente trabalho teve como objetivo principal analisar o processo de implementação do Programa de Qualidade do Café (PQC) e suas implicações nas empresas de café torrado e moído do Brasil. Para isso, foram pesquisadas treze empresas associadas à Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC), divididas em empresas adotantes e não-adotantes do PQC. Primeiramente, buscou-se descrever a filosofia e os objetivos que sustentam a concepção do PQC, por meio da construção de um modelo teórico de análise, os “Pilares da Qualidade”, com o suporte da Economia dos Custos de Transação (ECT) e da qualidade. Para investigar como os objetivos do PQC estão sendo interpretados pelas indústrias torrefadoras, foram analisadas as ações efetivas e as dificuldades de implementação do programa pelas empresas adotantes da certificação. Desse modo, foram identificados os pontos críticos do programa, o que possibilitou a realização de uma análise das empresas não-adotantes, identificando se elas estariam preparadas para aderir ao PQC. Também foram analisadas as estratégias de suprimento de matéria-prima das torrefadoras e suas estratégias de mercado. Os dados obtidos com a pesquisa foram analisados dentro do modelo dos “Pilares da Qualidade”. Como principais resultados, pode- se concluir que o principal fator que aumentou a coordenação vertical entre as empresas pesquisadas foi a qualidade. Em conseqüência disso, a implementação do PQC faz com que as empresas adotem estratégias de coordenação vertical com seus fornecedores e distribuidores. A chave para o aumento da coordenação é a imposição de um padrão de qualidade às torrefadoras. Por outro lado, todas as empresas adotantes afirmaram que tiveram dificuldade em implementar ou documentar a rastreabilidade de sua produção. Identificou-se que as empresas pesquisadas que focavam seu negócio na diferenciação por atributos de qualidade precisam do alicerce da certificação ou de marcas fortes para transmitir credibilidade aos seus consumidores. Esse fato comprova a importância de utilizar uma maneira eficiente de transmitir informações, buscando reduzir a assimetria informacional entre fornecedor e cliente. Num desenho geral, é clara a percepção de que a ABIC, utilizando o PQC, almeja se tornar o principal agente coordenador do agronegócio café no Brasil.
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    Ações públicas e privadas na implantação e desenvolvimento da indicação geográfica do café em Minas Gerais: evolução e perspectivas das iniciativas na visão de seus gestores
    (Universidade Federal de Lavras, 2009-02-16) Dutra, Daniel Marcos Resende; Machado, Rosa Teresa Moreira
    A indicação geográfica (IG) de produtos agroalimentares é um tema recente na realidade do agronegócio brasileiro, ainda em desenvolvimento pelas instituições do país. A IG apresenta-se como uma alternativa de desenvolvimento social e econômico, importante para valorizar o agronegócio brasileiro. O desenvolvimento das IGs do café se assenta em bases semelhantes às dos vinhos, pois a qualidade da bebida se relaciona intrinsecamente com as condições de clima e solo da região onde são produzidos. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as divergências e as convergências entre as ações e as iniciativas dos setores público e privado na implantação e no desenvolvimento da indicação geográfica do café, em Minas Gerais, sob dois pontos de vista: da ação estatal, que delimita formalmente o território certificado e protege a propriedade intelectual do produto e do engajamento da comunidade local, que se une em torno de um ideal de valorização do território e de suas raízes culturais, sociais e condições edafoclimáticas. A fundamentação teórica trouxe elementos para uma análise multidimensional, abordando conceitos de vertente social, institucional, organizacional e econômica das Indicações Geográficas. Quanto aos aspectos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratório- descritiva de natureza qualitativa ,realizada por meio do estudo de dois casos, mais exatamente de duas regiões produtoras de café do estado de Minas Gerais formalmente demarcadas. As técnicas de coleta de dados foram a entrevista com o roteiro semiestruturado e a pesquisa documental. A técnica de análise de dados utilizada foi a análise de conteúdo. Os principais resultados encontrados foram que, desde 1996 até os dias atuais, o governo do estado de Minas Gerais tem implementado as seguintes políticas públicas de incentivo da cadeia produtiva do café: Certicafé, Agrominas e Certifica Minas. O foco do Certicafé foi a implantação da certificação de origem do café a partir de 1996 e a demarcação de quatro grandes áreas produtoras de café. A estrutura de implantação do programa teve uma série de equívocos que prejudicaram o cumprimento de seus objetivos e, a partir de 2000, o programa foi se “esvaziando” e entrou em declínio. Em 2004, veio o Agrominas, com propostas para a melhoria da infra-estrutura da cadeia produtiva do café, mas que não previa uma continuidade do programa anterior ou, mesmo, propunha uma diferente estratégia de certificação ou diferenciação do café de Minas Gerais. A partir de 2008, iniciou-se o programa Certifica Minas, propondo a implementação de um certificado baseado em “boas práticas agrícolas”. Nesse sentido, conclui-se que as políticas públicas não tiveram continuidade ou mesmo complementaridade de ações, prejudicando a implantação programas que visavam obter a diferenciação do café e que demandavam uma estratégia de implementação de longo prazo. Paralelamente às ações do governo de Minas Gerais, associações de cafeicultores empreendiam ações para obter o reconhecimento de IGs em regiões menores que as demarcadas no âmbito do Certicafé. Estas ações privadas foram essenciais no desenvolvimento das IGs do café em Minas Gerais e consolidaram-se, independentemente do apoio dos governos estadual e federal. Estas associações de cafeicultores desempenharam importantes papéis de mobilização dos cafeicultores da região, divulgação da marca da IG e coordenação com o restante da cadeia produtiva. A relação entre público e privado apresentou divergências e convergências de ações e/ou opiniões que influenciaram o desenvolvimento das IGs do café em Minas Gerais.