UFLA - Dissertações

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    Análise da resistência à desidratação dos tecidos do pericarpo e do endosperma do fruto de café arábica
    (Universidade Federal de Lavras, 2017-08-25) Dias, Camila de Almeida; Andrade, Ednilton Tavares de; Borém, Flávio Meira
    O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Processamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras. Os frutos de café foram colhidos, em propriedade comercial, localizada no munícipio de Ingaí – MG, Brasil. Foram colhidos frutos de café (Coffea arábica L.) da cultivar Catuaí vermelho, selecionando apenas frutos maduros. Objetivouse neste trabalho avaliar a cinética de secagem dos frutos do café, bem como de suas partes separadamente (exocarpo + parte do mesocarpo; mesocarpo; endocarpo e endosperma), determinar as isotermas de sorção e elaborar um modelo de secagem para as partes constituintes dos frutos de café. Os frutos de café colhidos e selecionados possuíam um teor de água inicial médio de 68%. As partes dos frutos do café (exocarpo + parte do mesocarpo; endocarpo e endosperma) foram separadas manualmente e, para extração do mesocarpo, foi utilizada uma máquina centrífuga; já para a obtenção da porção de café descascado, foi utilizado um conjunto de equipamentos que realiza o trabalho de descascar, separar a polpa e os frutos verdes. O café foi submetido à secagem, em um sistema composto de condicionamento de ar acoplado a um secador de camada fixa (SCAL), com fluxo de ar de 20m³.min¹. m-² , temperatura do ar de 40°C e umidades relativas de 10%; 17,5%; 25% e 32,5%. Para o ajuste dos modelos matemáticos, foram realizadas análises de regressão não linear pelo método Gauss-Newton, utilizando-se o software STATISTICA 7.0® (Statsoft, Tulsa, USA). A escolha do melhor modelo foi uma função dos parâmetros estatísticos: desvio padrão da estimativa (SE), erro médio relativo (P) e coeficiente de determinação (R²). Para o teor de água de equilíbrio, os melhores ajustes aos dados experimentais foram obtidos pelos modelos de Sigma Copace, Sabbab, Gab modificado e Henderson modificado para o café natural; para cereja descascado e endosperma; para exocarpo + parte do mesocarpo, mesocarpo e endosperma; e endocarpo, respectivamente. O modelo de Midilli foi o que teve melhor ajuste para o café natural; descascado; exocarpo + parte do mesocarpo; mesocarpo; endocarpo, nas UR de 17,5; 25; 32,5%; e endosperma nas UR de 10; 17,5 e 32,5%. Para o endocarpo na UR de 10%, o melhor modelo foi o da Aproximação da difusão e, para o endosperma na UR de 25%, o melhor ajuste foi apresentado pelo modelo de Page. A resistência quanto à saída de água, independente do processamento ou da parte do fruto do café, é maior quando o café é secado com a menor umidade relativa. O café natural foi o tratamento que apresentou maior resistência, enquanto a menor resistência foi apresentada pelo exocarpo + parte do mesocarpo.
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    Avaliação técnica, econômica e quantitativa do uso de lenha e GLP na secagem de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2002-02-28) Reinato, Carlos Henrique Rodrigues; Borém, Flávio Meira
    O presente estudo foi realizado no Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita de Café, na Universidade Federal de Lavras, MG. Seu objetivo foi avaliar técnica, econômica e qualitativamente a secagem do café usando lenha e GLP como combustíveis para o aquecimento do ar. Foram realizados quatro testes usando simultaneamente dois secadores rotativos com capacidade de 5.000 litros. No primeiro e segundo testes, comparou-se a secagem do café usando-se lenha e GLP como combustíveis. No terceiro teste foram comparados diferentes locais de controle de temperatura na massa de café. Em um secador, o controle de temperatura foi o convencionalmente usado pelos produtores, que caracteriza-se pelo uso do termômetro bimetálico situado no cilindro do secador. Já, no outro secador, o controle da temperatura foi feito por meio de um termopar situado no meio da massa. No quarto teste, comparou-se o funcionamento do queimador com chama contínua e chama intermitente. O acompanhamento de temperatura do ar de secagem e da massa de café foram feitos por meio de termopares distribuídos em dezoito pontos do secador. A perda de umidade foi acompanhada em nove pontos na massa de café. Para a avaliação da qualidade, realizaram-se as seguintes análises: lixiviação de potássio, condutividade elétrica, determinação do número de grãos defeituosos e manchados, análise sensorial e acidez titulável total. Para tais análises utilizaram-se amostras com e sem a presença de defeitos. A avaliação econômica foi feita calculando-se os custos de mão-de-obra, combustível, energia elétrica, depreciação de capital fixo e custo total. Observou-se que no primeiro e segundo teste ocorreu maior oscilação de temperatura, menor eficiência de secagem e maior consumo especifico de energia nas secagens que fizeram uso de lenha; no entanto, não foram observadas diferenças no custo total e na qualidade do café entre as secagens com lenha e GP. No terceiro teste, observou-se na secagem na qual o controle de temperatura foi realizado por meio do termômetro bimetálico, maior eficiência de secagem e menor custo total. No entanto, ocorreu maior gradiente de temperatura e umidade e uma qualidade inferior do café quando comparado com a secagem na qual o controle de temperatura foi realizado por meio do termopar situado no meio da massa. No quarto teste os gradientes de temperatura e umidade ocorreram de maneira semelhante para ambas as secagens. Do ponto de vista energético e econômico, a secagem em que a chama funcionou de maneira contínua foi mais eficiente e apresentou um custo total 13,4% menor do que a secagem em que a chama funcionou de maneira intermitente.
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    Qualidade do café despolpado, desmucilado, descascado e natural, durante o processo de secagem
    (Universidade Federal de Lavras, 2002-11-25) Villela, Túlio Carvalho; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    Com o objetivo de avaliar a qualidade de cafés preparados por quatro diferentes tipos de processamento, frutos da cultivar Rubi foram colhidos e submetidos ao despolpamento, descascamento, desmucilamento e preparo na forma natural. Em seguida os cafés foram colocados, para secagem completa, em um terreiro de concreto. Durante esta etapa, amostras foram retirada periodicamente e preparadas para as seguintes determinações: teor de água, açúcares totais, redutores e não redutores, acidez titulável total, pH e sólidos solúveis totais. Ao final do processo de secagem os cafés foram avaliados quanto à condutividade elétrica, lixiviação de potássio, teores de polifenóis e cafeína, presença de defeitos e classificação da bebida. Em todas as determinações realizadas nos cafés durante a secagem observou-se interação significativa entre os tratamentos e o tempo de secagem. Os maiores valores de condutividade elétrica e lixiviação de potássio foram observados no café natural. Não foram constatadas diferenças significativas entre os tratamentos para as variáveis polifenóis e cafeína. Na avaliação sensorial os cafés descascados, despolpados e desmucilados foram enquadrados nas classes de bebida mole e estritamente mole e o café natural na classe de bebida dura.
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    Caracterização do processo de secagem do café natural submetido a diferentes métodos de secagem
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-03-05) Moreira, Rodrigo Victor; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da
    A secagem é um dos principais fatores que influenciam a qualidade do café natural e consequentemente seu valor comercial. O desenvolvimento de secadores que proporcionem uma rápida desidratação dos frutos sem o uso de temperaturas elevadas de secagem tem se mostrado uma alternativa promissora, principalmente do ponto de vista da qualidade do café natural. Essa rápida desidratação pode ser obtida pelo uso de baixas umidades relativas do ar de secagem combinadas com temperaturas reduzidas. Assim, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar o processo de secagem e a qualidade final do café, processados por via seca, submetidos a diferentes métodos de secagem. A colheita, processamento e secagem dos frutos de Coffea Arábica L., foram realizados em uma propriedade agrícola em Franca/SP, enquanto o beneficiamento e análises foram desenvolvidas na Universidade Federal de Lavras, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, também no município de Lavras. Os frutos, inicialmente com o mesmo teor de água, foram secados de três diferentes formas até atingirem a faixa de 11 a 12% (base úmida) de teor de água, sendo elas: secagem completa em terreiro (cimentado), secagem completa em secador bandeja que utiliza caldeira e unidade de tratamento do ar (UTA), que através de um sistema de compressão desumidifica o ar de secagem a níveis que variam na faixa de 10 a 15% de umidade relativa e secagem completa em secador rotativo alimentado por caldeira. Foram realizados três testes de secagem e, para caracterizar o processo, as curvas de secagem dos métodos mecânicos foram plotadas. Já para a caracterização da qualidade, foram realizadas as seguintes análises: sensorial, açúcares totais (AT), acidez titulável total (ATT), lixiviação de potássio (LK), condutividade elétrica (CE), atividade da enzima polifenoloxidase (PFO), assim como análises de cor, tamanho e forma. Concluiu-se que se pode obter maior taxa de secagem, utilizando secadores de bandeja com UTA, em comparação com secadores rotativos ou terreiros, sem comprometer a qualidade do produto. Mesmo com valores semelhantes de temperatura do ar de secagem, o secador de bandejas com UTA proporciona maior velocidade de secagem em comparação com secadores rotativos. É possível obter com os secadores de bandeja com UTA, cafés de melhor qualidade nos atributos CE, LK, ATT, AT e PFO. As variáveis que mais discriminam o café secado no terreiro do secador em rotativo e de bandeja são: sabor, equilíbrio e a nota final. As variáveis que mais discriminam o café do secador bandeja com UTA e rotativo são a temperatura do ar de secagem e da massa de grãos, CE, LK e ATT. Pela análise sensorial, os cafés obtidos pelos três métodos de secagem foram classificados como especiais, com pontuação entre 81,61 e 82,17. Os métodos de secagem não se diferenciaram em relação à coloração dos grãos beneficiados, entretanto, podem influenciar as dimensões e as formas dos frutos e grãos de café.
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    Secagem e qualidade do café cereja desmucilado submetido a diferentes períodos de repouso
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-03-07) Isquierdo, Eder Pedroza; Borém, Flávio Meira
    Objetivou-se, no presente trabalho, avaliar os efeitos de diferentes períodos de repouso durante a secagem e de diferentes teores de água em que a secagem do café cereja desmucilado foi interrompida no tempo de secagem, na taxa de redução de água, na composição química e qualidade da bebida. O café foi submetido a 2 dias de pré-secagem em terreiro. Após a pré-secagem, o produto foi submetido à secagem em dois secadores experimentais de camada fixa, utilizando-se o fluxo de ar de 20 m3 min -1 m -2 e temperatura da massa de café de 40°C. Iniciou-se o repouso quando o café atingiu os teores de água de 16%± 2%, 20%± 2% e 24%± 2% (bu). Foram usados dois, seis e doze dias de repouso e após o repouso a secagem prosseguiu até que o café atingisse o teor de água de 11%± 1% (bu), constituindo-se, assim, um fatorial 3x3 disposto em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. A testemunha constituiu-se na secagem contínua até 11%± 1% (bu). Para a caracterização da qualidade do café foram realizadas as seguintes análises: condutividade elétrica, lixiviação de potássio, açúcares totais, redutores e não-redutores, acidez titulável total, polifenóis, sólidos solúveis totais e análise sensorial. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que os valores de condutividade elétrica e lixiviação de potássio foram significativamente menores quando a secagem foi interrompida com o teor de água de 24%± 2% independente do tempo de repouso, indicando que, para esse tratamento, os danos ao sistema de membranas foi menor em relação aos demais. Verificou-se também que, para as análises de acidez titulável, o tratamento em que a secagem foi interrompida com o teor de água de 20%± 2%, apresentou valores significativamente maiores em relação à testemunha. As demais análises químicas e análise da cor, não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Os resultados obtidos apresentam- se como indicadores, ainda que de eventos iniciais, que a integridade do sistema de membranas é melhor preservada quando a secagem é interrompida com teor de água de 24%± 2%. Porém, esse efeito não foi observado na análise sensorial.
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    Aspectos fisiológicos e bioquímicos associados à qualidade de bebida de café submetido a diferentes métodos de processamento e secagem
    (Universidade Federal de Lavras, 2009-02-17) Taveira, José Henrique da Silva; Borém, Flávio Meira
    Objetivou-se no presente trabalho, avaliar a qualidade sensorial e fisiológica dos grãos de café processados e secados de diferentes formas, bem como a identificação de marcadores bioquímicos capazes de diferenciar esses procedimentos pós-colheita. O experimento foi realizado com dois tipos de processamento: via seca e via úmida; e três métodos de secagem: secagem em terreiro, e secagem mecânica com ar aquecido a 60oC até o café atingir 11%±1% (bu), e ar aquecido a 60oC até o café atingir 30%±2% (bu), com complementação da secagem a 40oC até atingir 11%±1% (bu). O sistema mecânico de secagem utilizado constituiu-se de um secador acoplado a um condicionador de ar, o qual permite o controle da temperatura, umidade relativa e fluxo. Após a aplicação dos tratamentos, os cafés foram degustados segundo o sistema de avaliação proposto pela SCAA, Associação Americana de Cafés Especiais. Além da análise sensorial foram feitas as análises da composição química e qualidade fisiológica. As análises da composição química envolveram teor de açúcares, acidez titulável total e compostos fenólicos. E as análises fisiológicas foram as seguintes: lixiviação de potássio, condutividade elétrica, germinação, teste de velocidade de emergência e análise eletroforética das proteínas lea e as isoenzimas: superoxidodismutase (SOD), catalase (CAT), peroxidase (PO), esterase(EST), polifenoloxidase (PPO), isocitradodesidrogenase (IDH), alcooldesidrogenase (ADH) e malato desidrogenase (MDH). Foram obtidos resultados interessantes, mostrando que o café despolpado é mais tolerante à secagem do que o café natural, independente da forma com que foi seco, apresentando melhor qualidade fisiológica. E ainda pode-se observar que a elevação da temperatura de secagem promove danos aos grãos, os quais reduzem sensivelmente a qualidade da bebida, confirmando pesquisas já existentes. Com relação aos perfis eletroforéticos, pôde-se constatar que são ferramentas promissoras na diferenciação dos tratamentos aplicados, além de identificarem várias transformações bioquímicas nos grãos, durante os procedimentos pós-colheita.
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    Alterações químicas, sensoriais e microscópicas do café cereja descascado em função da taxa de remoção de água
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-03-24) Marques, Elizabeth Rosemeire; Borém, Flávio Meira
    Este trabalho teve como objetivos avaliar o efeito de diferentes períodos de pré-secagem em terreiro e temperaturas de secagem, na taxa de redução de água, na composição química, na qualidade da bebida do café e alterações na estrutura das membranas e paredes celulares do endosperma de grãos de café cereja descascado (Coffea arabica L.). O café foi submetido a dois tempos de pré-secagem, 1 e 3 dias de terreiro. Após a pré-secagem, o produto foi submetido à secagem em três secadores experimentais com camada fixa de 13 cm de espessura, utilizando-se três temperaturas médias na massa de café 40°C, 50°C e 60°C, com fluxo de ar de 20 m3 m-1 m-2, com quatro repetições no tempo. Nos secadores, para o acompanhamento da perda de água e obtenção das curvas de secagem, as amostras foram pesadas a cada 1 hora. A secagem foi interrompida quando o café atingiu a massa correspondente ao teor de água de 11% (bu). As temperaturas da massa de café foram medidas a cada 30 minutos. Além das curvas de secagem, foram obtidas as curvas da taxa de redução de água. Observou-se que o tempo de secagem diminuiu com o aumento da temperatura e do período de pré-secagem e que a taxa de remoção de água foi menor para a temperatura de 40°C e 3 dias de pré-secagem. Para a avaliação da qualidade, foram realizadas as seguintes análises: condutividade elétrica, lixiviação de potássio, acidez graxa, açúcares totais, redutores e não-redutores. Verificou-se que a condutividade elétrica, a lixiviação de potássio e a acidez graxa aumentaram significativamente com a elevação da temperatura. O aumento no período de pré-secagem ocasionou redução na lixiviação de potássio e acréscimos nos valores de açúcares redutores. O período de três dias de pré- secagem possibilitou a obtenção de uma bebida de qualidade superior em relação a um dia de pré-secagem. Nas análises histoquímicas e ultra-estruturais para avaliar alterações na membrana plasmática, foi possível observar, nos grãos secados a 40°C, a manutenção da compartimentalização dos corpúsculos de óleo, os quais apresentaram-se distribuídos uniformemente em todo o perímetro interno da membrana; o espaço entre a membrana plasmática e a parede celular (lúmen) apresentou-se vazio. Em contraste, nos grãos de café secos a 60°C, observou-se a fusão dos corpúsculos de óleo formando grandes gotas no espaço intercelular, com total preenchimento do lúmen celular, indicando a ruptura da membrana plasmática e a ruptura e coalescência das vesículas celulares.
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    Alterações na qualidade do café cereja natural e despolpado submetidos a diferentes condições de secagem e armazenamento
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-07-24) Coradi, Paulo Carteri; Borém, Flávio Meira
    Considerando as diversas formas de processamento do café, que podem alterar sua qualidade e a elevada importância das etapas de secagem e armazenamento na preservação da qualidade, o presente trabalho teve como objetivos: a) avaliar a qualidade dos cafés natural e despolpado durante a secagem em terreiro e secagem com ar aquecido a 40oC e 60oC; b) monitorar as alterações na qualidade dos cafés natural e despolpado na condição de 60% de umidade relativa e temperatura controlada de 23oC, aos 90 e 180 dias de armazenamento; c) comparar as alterações na qualidade dos cafés natural e despolpado entre as umidades relativas 60% e 80% e temperatura controlada de 23oC, aos 90 e 180 dias de armazenamento. O trabalho foi realizado no Departamento de Engenharia e no Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café da Universidade Federal de Lavras. A colheita do café, variedade Topázio, foi seletiva. Em seguida, o café foi lavado e eventuais frutos verdes, verde-cana ou super-maduros foram eliminados manualmente da porção cereja. Depois, parte do café foi despolpada e outra parte processada de forma natural. Uma parcela de cada tipo de café foi conduzida para a secagem em terreiro e outra parcela para secagem com temperaturas de 40oC e 60oC. Após a secagem, o café foi armazenado em ambiente hermético, com temperatura do ar controlada e sob diferentes condições de umidades relativas (60% e 80%). A umidade relativa e a temperatura do armazenamento foram monitoradas diariamente. Para a avaliação da qualidade, foram feitas as análises sensoriais, acidez titulável total, acidez graxa, lixiviação de potássio, condutividade elétrica, cor, açúcares redutores e açúcares totais. Os resultados obtidos no presente trabalho permitem concluir que: a condutividade elétrica, a lixiviação de potássio, a acidez titulável total e a acidez graxa aumentam com a elevada temperatura de secagem e nas condições de 60% e 80% de umidade relativa de armazenamento; os açúcares redutores, açúcares totais e análise sensorial diminuem com o aumento da temperatura de secagem e nas condições de 60% e 80% de umidade relativa de armazenamento; a descoloração do café foi mais intensa para as condições de 80% de umidade relativa; a secagem com temperatura de 60oC afetou negativamente a qualidade dos cafés natural e despolpado nas condições de 60% e 80% de umidade relativa de armazenamento; a qualidade do café foi afetada positivamente pela secagem em terreiro e com temperatura de 40oC para os cafés natural e despolpado nas condições de 60% e 80% de umidade relativa de armazenamento; o café armazenado nas condições de 60% de umidade relativa mantém as qualidades iniciais até os 90 dias de armazenamento; a umidade relativa de armazenamento de 60% interferiu menos na qualidade inicial do café, quando comparado com a de 80%, durante todo o tempo de armazenamento e, finalmente, o café despolpado manteve por mais tempo as qualidades iniciais do que o café natural.
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    Influência de diferentes métodos de controle de doenças fúngicas do cafeeiro (Coffea arábica L.) na qualidade dos grãos
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-03-02) Abrahão, Adriano Andrade; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    O manejo adequado de doenças foliares, como a ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro, tem se tornado de extrema importância para a produção de cafés de qualidade, principalmente em virtude dos grandes prejuízos causados, destacando-se como as grandes responsáveis pelo alto custo e queda na produtividade da cultura. Neste sentido, torna-se de extrema importância o conhecimento dos procedimentos técnicos e de produtos fitossanitários adotados por produtores rurais, bem como o efeito exercido pelos mesmos na qualidade do café, assegurando melhores condições para que a qualidade do grão não se perca em nenhuma das etapas de produção. Objetivou- se, com este trabalho, verificar a influência de diferentes métodos de controle de doenças fúngicas do cafeeiro (Coffea arabica L.) na qualidade dos grãos de café cereja descascado e bóia. Foram conduzidos ensaios no município de Nepomuceno, MG, anos agrícolas 2002/03 e 2003/04. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas, utilizando-se quatro (04) repetições, em esquema fatorial 2 x 3 x 2, compreendendo duas safras, três tratamentos fungicidas (3), e dois tipos de processamento, cereja descascado e bóia. As parcelas foram submetidas a aplicações com três tipos de tratamentos, fungicida sistêmico com ingrediente ativo Pyraclostrobin + Epoxiconazole, nome comercial Ópera®, fungicida cúprico, nome comercial Cobox®, e testemunha não tratada com fungicidas. As avaliações da qualidade dos grãos foram realizadas através de análises físicas e químicas. Os resultados indicaram que os tratamentos fungicidas não afetaram as variáveis relacionadas a qualidade do café e o tratamento com o fungicida Ópera® mostrou-se ligeiramente superior na preservação da qualidade do café bóia, quando consideradas as variáveis açúcares totais e não redutores.
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    Proteômica diferencial de café arábica submetido a diferentes processamentos e secagem
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-08-28) Livramento, Kalynka Gabriella; Alves, José Donizeti
    A qualidade do café é fundamental nas relações comerciais e exerce enorme influência sobre o preço do produto. Além do genótipo e do meio ambiente, o processamento pós-colheita, assim como o método de secagem, contribui para a qualidade final da bebida. Hoje, sabe-se que a qualidade do café está fortemente relacionada aos eventos bioquímicos que ocorrem nas sementes durante os processos pós-colheita dos grãos. Por isso, inúmeras pesquisas vêm sendo desenvolvidas no intuito de correlacionar a composição química do grão de café e a qualidade da bebida. A recente introdução da tecnologia proteômica na análise e na pesquisa da qualidade de café inaugura uma nova era de caracterização e identificação molecular e, assim, determina um desenvolvimento diferencial nas áreas de caracterização de sabor, aroma e qualidade de frutos. Pelo exposto, este trabalho foi realizado com o objetivo de comparar o perfil das proteínas diferencialmente expressas em grãos de C. arabica, submetidos a quatro diferentes tratamentos: café despolpado, secos em terreiro e em secador a 60oC e café natural, submetidos às mesmas condições de secagem até atingir o teor de água de 11% (b.u). O trabalho foi conduzido no Laboratório Central de Biologia Molecular, da Universidade Federal de Lavras, em Lavras, MG e no Laboratório de Venenos e Toxinas Animais, da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, MG, Brasil. Para a análise proteômica, a eletroforese bidimensional foi conduzida pelo sistema MultiphorII (Amersham Bioscience). Os géis, corados com azul de Commassie G-250, foram analisados pelo programa ImageMaster 2D Platinum 5.0 (Amersham Bioscience). As proteínas com uma diferença de expressão de pelo menos 1,7X e um resultado significativo no teste T (p<0,05) foram excisadas e seqüenciadas por espectrometria de massa MALDI ToF/Tof. A temperatura de 60oC da secagem interferiu no perfil proteômico dos grãos, naturais e despolpados, reduzindo substancialmente a quantidade de pontos protéicos mais abundantes, quando comparados aos grãos secos em terreiro. A maioria dos pontos protéicos mais abundantes foi observada, de modo geral, no café despolpado. Os pontos protéicos 1256 e 1422 foram seqüenciados e mostraram alta similaridade com a globulina 11S e o gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, respectivamente. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que a análise proteômica foi eficiente em diferenciar bioquimicamente os cafés submetidos a diferentes processos pós-colheita.