Biblioteca do Café
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Resultados da Pesquisa
Item INCIDÊNCIA DE Hemileia vastratrix e Cercospora coffeicola EM LAVOURA CAFEEIRA ORGÂNICA CONDUZIDA EM SISTEMA AGROFLORESTAL(2009) Lopes, Paulo Rogério; Ferraz, José Maria Guzman; Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Fernandes, Lêda Gonçalves; Niconella, Gilberto; Lopes, Iara Maria; Embrapa - CaféAtualmente em diversas regiões do país e do mundo a Ferrugem do Cafeeiro (Hemileia vastatrix) e a Cercosporiose (Cercospora coffeicola) têm sido consideradas as principais doenças da cafeicultura, devido aos severos prejuízos econômicos gerados ao agricultor. Acredita-se que o surgimento dessas doenças está atrelado à simplificação dos agroecossistemas em vastas áreas, substituindo a complexidade da diversidade natural em monoculturas a pleno sol adubadas com adubos altamente solúveis. Dados os prejuízos econômicos causados pelas referidas doenças do cafeeiro, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a incidência da ferrugem e da cercosporiose em lavoura cafeeira orgânica conduzida em sistema agroflorestal no município de Machado, MG. As amostragens de folhas para determinação da incidência da Ferrugem do Cafeeiro e da Cercosporiose foram realizadas no terço mediano de cada planta tomada aleatoriamente por meio de caminhamento em zigue-zague no agroecossistema caracterizado. Coletaram-se no terço mediano do cafeeiro dez folhas do terceiro ou quarto par em todos os lados da planta, sendo amostrados vinte cafeeiros, totalizando duzentas folhas coletadas. Os maiores picos da cercosporiose e da ferrugem ocorreram concomitantemente à maturação dos frutos, nos meses de maio, junho, julho e agosto, período de maior gasto energético da planta, onde os nutrientes são deslocados das folhas para o “enchimento” dos grãos. Verificou-se a necessidade de planejamento do plantio das árvores nativas e frutíferas no sistema agroflorestal, pois essas plantas foram introduzidas no sistema de maneira irregular, acarretando excesso de sombra e umidade em algumas áreas e ausência em outras. O manejo adequado das árvores através de podas sazonais poderá influir positivamente no manejo das doenças e em maior produtividade.Item DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO E AMBIENTAL DE UMA LAVOURA CAFEEIRA ORGÂNICA MANEJADA SOB SISTEMA AGROFLORESTAL NO SUL DE MINAS GERAIS(2009) Lopes, Paulo Rogério; Ferraz, José Maria Guzman; Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Araújo, Keila Cássia Santos; Lopes, Iara Maria; Niconella, Gilberto; Embrapa - CaféDiante da atual crise ecológica e econômica da cafeicultura convencional, o presente trabalho tem como objetivos analisar a produtividade, os aspectos econômicos e ambientais de um sistema agroflorestal conduzido em Machado, sul de Minas Gerais há onze anos, tendo como principais produtos o café (Coffea arabica) orgânico certificado pela BCS, que é exportado para outros países, a banana e a madeira, que também possuem certificação orgânica e são vendidos no comércio local. A metodologia da pesquisa foi baseada no DRP (Diagnóstico Rural Participativo) utilizando-se principalmente do diálogo semi-estruturado, valorizando o conhecimento empírico adquirido pelos agricultores. Ao contrário dos sistemas convencionais de produção, o sistema agroflorestal em estudo evidencia a viabilidade do modelo de produção nas dimensões produtiva, ecológica e econômica do ideal de sustentabilidade. A baixa produtividade do sistema agroflorestal cafeeiro é compensada pela venda do café no mercado internacional, pela produção e comercialização da banana, do eucalipto e obtenção de uma diversidade de alimentos saudáveis para a subsistência das famílias. A diversidade de produtos (café, banana, eucalipto) destinada à comercialização e à subsistência (frutas, milho, feijão, mandioca e arroz) possibilita um balanço econômico positivo ao agricultor, devido os baixos custos de produção do sistema agroflorestal.Item INFESTAÇÃO DA BROCA-DO-CAFÉ E DO BICHO MINEIRO EM LAVOURA CAFEEIRA ORGÂNICA CONDUZIDA EM SISTEMA AGROFLORESTAL(2009) Lopes, Paulo Rogério; Ferraz, José Maria Guzman; Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Fernandes, Lêda Cristina; Niconella, Gilberto; Lopes, Iara Maria; Cogo, Francine Diniz; Embrapa - CaféAtualmente em diversas regiões do país a broca-do-café (Hypothenemus hampei) e o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) têm sido considerados as pragas que causam mais danos econômicos à cafeicultura, devido às altas infestações registradas nos agroecossistemas. Acredita-se que o surgimento e/ou ressurgimento dessas pragas possivelmente esteja atrelado à simplificação dos agroecossistemas nas várias regiões produtoras de café do Brasil, substituindo-se a complexidade da diversidade florística em apenas uma espécie plantada ou monocultura. Em função dos prejuízos econômicos causados pelas referidas pragas do cafeeiro e a necessidade premente de alternativas de manejo ambiental para seu controle, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a incidência da broca-do-café e do bicho-mineiro em cafeeiros conduzidos em sistema agroflorestal no município de Machado/MG. Provavelmente a complexidade da biodiversidade existente no agroecossistema agroflorestal e as condições microclimáticas estabelecidas pela diversidade dos extratos vegetais existentes desencadearam uma auto-regulação dessas pragas, pois se observou que ambas não atingiram níveis de danos econômicos mesmo sem a utilização de nenhum tipo de intervenção via controle agroquímico. Infere-se que o sistema agroflorestal pode contribuir positivamente através do sombreamento dos cafeeiros, diminuindo a insolação, altas temperaturas e baixas umidades, interferindo nas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da praga. Salienta-se a importância do agroecossistema biodiversificado como abrigo e fonte de alimentos secundários aos inimigos naturais do bicho-mineiro e da broca-do-café.Item INFESTAÇÃO DA BROCA-DO-CAFÉ EM AGROECOSSISTEMAS CONVENCIONAL, ORGANO-MINERAL E ORGÂNICO NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS(2009) Lopes, Paulo Rogério; Ferraz, José Maria Guzman; Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Lopes, Iara Maria; Niconella, Gilberto; Araújo, Keila Cássia Santos; Embrapa - CaféO presente trabalho teve como objetivo avaliar a infestação da broca-do-café (Hypothenemus hampei) em agroecossistemas cafeeiros conduzidos sob manejo convencional, organo-mineral e orgânico no município de Poço- Fundo, sul de Minas Gerais. Para tanto, selecionou-se uma propriedade cafeeira que tinha os três sistemas de manejo evidenciado, com lavouras próximas. Foram realizados monitoramentos mensais da broca-do-café num período de 7 meses, conduzindo as avaliações de dezembro de 2007 a junho de 2008. A infestação por broca nos frutos foi determinada em amostragens não-destrutivas e foram realizadas observações mensais a partir do início da colheita do café. A infestação foi quantificada observando-se trinta e duas plantas tomadas aleatoriamente, perfazendo seis pontos/planta, sendo um ponto por terço (superior, médio e inferior) em cada lado da planta (norte/sul), totalizando dois pontos por terço. Em cada ponto avaliou-se dez frutos agrupados e o ponto amostrado correspondia a um ramo plagiotrópico do cafeeiro. Verificou-se que, em nenhum agroecossistema, a infestação da broca-do-café foi superior a 3%, porcentagem representativa do nível de dano econômico. Entre todos os sistemas, o convencional obteve o maior índice de infestação apesar de utilizar inseticida químico, chegando à incidência de 1,35%. Os agroecossistemas organo-mineral e orgânico atingiram infestações inferiores a 0,67% e 0,72%, consecutivamente. Esses resultados apontam níveis satisfatórios de equilíbrio biológico dos agroecossistemas cafeeiros organo-mineral e orgânico.