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Item Controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) E Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tenuipalpidae, Tetranychidae) em cafeeiro e o impacto sobre ácaros benéficos. I - abamectin e emamectin(Editora UFLA, 2004-03) Reis, Paulo Rebelles; Pedro Neto, Marçal; Franco, Renato André; Teodoro, Adenir VieiraO ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) é importante em cafeeiro (Coffea spp.), por ser o vetor do vírus da mancha-anular, responsável por queda de folhas e má qualidade da bebida do café, e o ácaro-vermelho, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae), por reduzir a área foliar de fotossíntese. Alguns ácaros da família Phytoseiidae são eficientes predadores associados aos ácaros-praga. Com este trabalho teve-se como objetivo estudar o controle dos ácaros-praga e o impacto do abamectin e emamectin sobre fitoseídeos. Em laboratório, foram estudados os efeitos ovicida, tópico, residual, tópico mais residual aos ácaros-praga e a seletividade fisiológica aos fitoseídeos. Em semicampo, foi estudada a persistência dos produtos no controle dos ácaros -praga. O efeito ovicida foi avaliado em ovos no início e fim de incubação; os efeitos residual, tópico e tópico mais residual foram avaliados pela mortalidade de larvas, ninfas e adultos após 48 horas da aplicação, enquanto a persistência foi avaliada pela mortalidade até 30 dias após a pulverização. A seletividade aos ácaros fitoseídeos foi avaliada pelo efeito total às fêmeas adultas, em teste residual em superfície de vidro. Pelos resultados, verificou-se que aba- mectin e emamectin não possuem ação ovicida, para ambas as espécies de ácaros-praga estudadas. Considerando o efeito tópico mais residual, o abamectin e emamectin foram altamente eficientes no controle de larvas, ninfas e adultos de B. phoenicis; apenas abamectin foi eficiente no controle de O. ilicis. Abamectin foi levemente a moderadamente nocivo e emamectin mostrou-se inócuo a levemente nocivo aos fitoseídeos. Devido à eficiência de controle e seletividade a fitoseídeos, conclui-se que abamectin e emamectin podem ser utilizados em programas de manejo integrado do ácaro B. phoenicis, e abamectin para o manejo de B. phoenicis e O. ilicis em cafeeiro.Item Acarofauna associada a cafeeiros em função da distância de fragmentos florestais(Editora UFLA, 2012-01) Carvalho, Thaiana Mansur Botelho de; Reis, Paulo Rebelles; Silva, Ester Azevedo; Teodoro, Adenir VieiraA transformação de habitats naturais em agrícolas e a simplificação da estrutura de paisagens são as principais causas da redução global da biodiversidade. Agroecossistemas, especialmente monocultivos, geralmente fornecem recursos alimentares para organismos benéficos somente quando situados no entorno de florestas. Ácaros (Arachnida: Acari) são um dos grupos mais diversos de artrópodes e que contribuem para o funcionamento de ecossistemas e agroecossistemas. Objetivou-se, neste trabalho, determinar a resposta da comunidade de ácaros em cafeeiros em relação a fragmentos florestais adjacentes. As avaliações constaram de coletas de folhas de cafeeiros, nascidos espontaneamente no interior (0 m) e na borda (25 m) dos fragmentos florestais, enquanto que as coletas a 50 e 100 m em relação ao interior dos fragmentos foram realizadas em cafeeiros localizados em cafezais adjacentes e cultivados a pleno sol. Embora não tenha sido observado um padrão de redução de abundância de ácaros com o aumento da distância do centro de fragmentos florestais de acordo com regressões lineares, análises faunísticas mostraram que níveis de abundância, dominância e frequência de algumas famílias de ácaros foram influenciados pela distância do centro dos fragmentos florestais.Item História de vida de Amblyseius compositus Denmark e Muma predando Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Acari: Phytoseiidae, Tenuipalpidae)(Editora UFLA, 2007-07) Reis, Paulo Rebelles; Teodoro, Adenir Vieira; Pedro Neto, MarçalÁcaros predadores pertencentes à família Phytoseiidae, entre eles Amblyseius compositus Denmark & Muma, 1973, têm sido encontrados em cafeeiros (Coffea arabica L.) e fragmentos florestais a eles adjacentes na região de Lavras, MG, associados à Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Tenuipalpidae), vetor do vírus da mancha-anular. Foram estudados os aspectos biológicos, tabela de vida de fertilidade, atividade predatória e respostas funcional e numérica em função da densidade da presa B. phoenicis, em laboratório a 25 ± 2oC, 70 ± 10% de UR e 14 horas de fotofase. Foi constatada longevidade de 48 dias para as fêmeas adultas. A estimativa da capacidade inata de crescimento da população do predador (rm) foi 0,119 fêmeas/fêmea/dia e a duração média de uma geração (T) de 27,9 dias. A população dobrou a cada 5,8 dias. Em bioensaios, foram oferecidos 20 ácaros B. phoenicis por arena de folha de cafeeiro (3 cm de diâmetro), separadamente para um espécime de cada fase do ácaro predador, constatando-se que a fêmea foi a mais eficiente no consumo de todas as fases do desenvolvimento do ácaro-presa, embora a ninfa também tenha apresentado boa predação. Para o estudo das respostas funcional e numérica, a presa foi oferecida nas densidades de 0,14 a 42,3 imaturos de B. phoenicis por cm2 de arena, fases mais preferidas para predação. Constatou-se que a predação e a oviposição de A. compositus aumentam em função do aumento da densidade de presa, com correlação positiva e altamente significativa. Pelas análises de regressão realizadas, infere-se resposta funcional do tipo II, com predação máxima entre 30 e 35 B. phoenicis/cm2/fêmea.Item Selectivity of agrochemicals on predatory mites (Phytoseiidae) found on coffee plants(Editora UFLA, 2006-04) Reis, Paulo Rebelles; Franco, Renato André; Pedro Neto, Marçal; Teodoro, Adenir VieiraAn evaluation on the effect of agrochemicals to the predatory mites Euseius alatus DeLeon, 1966, Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970, Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) and Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972 (Phytoseiidae) is presented in this paper. These predators are frequently associated to Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae), vector of the coffee ring spot virus, and to Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) on coffee plants. The residual contact bioassay of spraying in glass surface was used. Twenty-six currently used agrochemicals or those with potential to be used in Brazilian coffee production were tested. Spraying was conducted using a Potter tower at a pressure of 15 lb/pol2; each cover glass received 1.68 ± 0.36 mg/cm2 of the tested products. Adverse effect on the predatory mites was calculated taking into account the mortality of females and the effect in the reproduction during eight days. Tested products were ranked in four toxicity classes according IOBC/WPRS, by the total effect caused to the mite. Five products (fenbutatin oxide, hexythiazox, spiromesifen, spirodiclofen and emamectin) were innocuous or slightly noxious to all predators, whereas three products (abamectin, sulfur and endosulfan) were innocuous or slightly noxious to three of the four predators.Item Impacto de produtos fitossanitários a ácaros predadores (Phytoseiidae) encontrados em cafeeiro(2005) Reis, Paulo Rebelles; Franco, Renato André; Pedro, Marçal; Teodoro, Adenir Vieira; Embrapa - CaféSão apresentados os resultados de efeito adverso de produtos fitossanitários aos ácaros predadores, Euseius alatus DeLeon, 1966; Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970; Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) e Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972 (Acari: Phytoseiidae), encontrados em cafeeiros associados ao ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Tenuipalpidae), vetor do vírus da mancha-anular, e ao ácaro-vermelho Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Tetranychidae). Foi utilizado o método residual de contato com pulverização em superfície de vidro em laboratório. Lamínula de vidro (20 x 20 mm), flutuando em água numa placa de Petri (5 x 2 cm), sem tampa, foram usadas como superfície para aplicação dos produtos, e suporte para os ácaros. Foram testados 26 produtos químicos, alguns ainda em teste para uso na cafeicultura brasileira. A aplicação foi feita em torre de Potter a uma pressão de 15 lb/pol 2 e cada lamínula recebeu um depósito de calda da ordem de 1,68 ± 0,36 mg/cm 2 . A mortalidade de fêmeas adultas e o efeito dos produtos na reprodução do ácaro predador foram avaliados diariamente durante oito dias. O efeito adverso sobre o ácaro predador foi calculado levando em conta a mortalidade e o efeito na reprodução. Os produtos foram classificados, quanto ao efeito total causado ao ácaro predador, em quatro classes de toxicidade propostas pela IOBC/WPRS. Considerando em conjunto as classes 1 e 2 de seletividade, ou seja, produtos inócuos e levemente nocivos, mas eficientes no controle dos ácaros-praga do cafeeiro, cinco produtos (fenbutatin oxide, hexythiazox, spiromesifen, spirodiclofen e emamectin) foram seletivos às quatro espécies de ácaros predadores estudadas, e três (abamectin, enxofre DF e endosulfan) à pelo menos três das quatro espécies.Item Seletividade fisiológica de produtos fitossanitários a três espécies de ácaros predadores de ácaros-praga do cafeeiro(2003) Reis, Paulo Rebelles; Franco, Renato André; Pedro, Marçal; Teodoro, Adenir Vieira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféSão apresentados os resultados de efeito adverso de produtos fitossanitários aos ácaros predadores, Euseius alatus DeLeon, Euseius citrifolius Denmark e Muma e Amblyseius herbicolus (Chant) (Phytoseiidae), encontra-dos em cafeeiros associados ao ácaro-praga Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Tenuipalpidae), vetor da man-cha- anular, e ao ácaro-vermelho Oligonychus ilicis McGregor (Tetranychidae). Foi utilizado o método residual de contato com pulverização em superfície de vidro em laboratório. Lamínula de vidro (20 x 20 mm), flutuando em água numa placa de Petri (5 x 2 cm) (fundo sem a tampa) foram usadas como superfície para aplicação dos produtos, e suporte para os ácaros. A aplicação dos produtos foi feita em torre de Potter a uma pressão de 15 lb/pol 2 e cada lamínula recebeu um depósito de calda da ordem de 1,68 ± 0,36 mg/cm 2 . O efeito adverso sobre o ácaro predador foi calculado levando em conta a mortalidade e o efeito na reprodução, durante oito dias. Os produtos foram classificados, quanto ao efeito total causado ao ácaro predador, em quatro classes de toxicidade propostas pela IOBC/WPRS. Foram selecionados, e testados quanto a seletividade, 26 produtos utilizados, ou em teste para uso, na cafeicultura brasileira na forma de pulverização foliar no controle de pragas, doenças ou como fertilizantes. Do total de produtos testados, 15 (ou 57,7%) apresentaram alguma seletividade ao ácaro predador E. alatus e, daqueles com ação acaricida, nove apresentaram algum grau de seletividade fisiológica, sendo: três inócuos (classe 1): emamectin, endosulfan e hexythiazox; três levemente nocivos (classe 2): fenbutatin oxide, spirodiclofen e spiromesifen e, três moderadamente nocivos (classe 3) ao predador: abamectin, cartap e dinocap. Os outros seis produtos com seletividade são fungicidas: cyproconazole, hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre e óxido cuproso (classe 1), sulfato de cobre (classe 3) ou fertilizante: extrato pirofosfórico (classe 1). Azocyclotin, (PM e SC), bromopropilato, chlorpyrifos, dicofol, enxofre (PM e DF), ethion, propargite, pyridaben e triazophos + deltamethrin enquadraram-se como nocivos ao E. alatus (classe 4). Para o ácaro predador E. citrifolius, 17 produtos (ou 65,4%) apresentaram alguma seletividade e, daqueles destinados ao uso como acaricidas, onze apresentaram algum grau de seletividade fisiológica, sendo: três inócuos (classe 1): fenbutatin oxide, hexythiazox e spiromesifen; seis levemente nocivos (classe 2): abamectin, cartap, emamectin, endosulfan, enxofre DF e spirodiclofen e, dois moderadamente nocivos (classe 3) ao predador: bromopropylate e enxofre PM. Os outros seis produtos com seletividade são fungicidas: cyproconazole, hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, óxido cuproso (classe 1) e sulfato de cobre (classe 2) ou fertilizante: extrato pirofosfórico (classe 1). Os demais produtos testados enquadraram-se como nocivos ao E. citrifolius (classe 4): azocyclotin (PM e SC), chlorpyrifos, dicofol, dinocap, ethion, propargite, pyridaben, e triazophos + deltamethrin. Para o ácaro predador A. herbicolus, 14 produtos (ou 53,8%) apresentaram alguma seletividade e, daqueles para uso como acaricidas, oito apresentaram algum grau de seletividade fisiológica, sendo: dois inócuos (classe 1): abamectin e emamectin; cinco levemente nocivos (classe 2): enxo-fre DF, fenbutatin oxide, hexythiazox, spirodiclofen e spiromesifen e um moderadamente nocivo (classe 3) ao predador: dinocap. Os outros seis produtos com seletividade são fungicidas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, óxido cuproso, cyproconazole (classe 1) e sulfato de cobre (classe 3) ou fertilizante: extrato pirofosfórico (classe 1). Azocyclotin (PM e SC), bromopropylate, cartap, chlorpyrifos, dicofol, endosulfan, enxofre PM, ethion, propargite, pyridaben, e triazophos + deltamethrin enquadraram-se como nocivos ao A. herbicolus (classe 4). Considerando em conjunto as classes 1 e 2 de seletividade, ou seja, produtos inócuos e levemente nocivos, porém eficientes no controle da praga, cinco produtos foram seletivos às três espécies de ácaros predadores estudadas, e oito a pelo menos duas das três espécies. Destes, dois são eficientes ovicidas (hexythiazox e spirodiclofen) e outro um eficiente acaricida (fenbutatin oxide) para as fases pós-embrionárias do ácaro-praga B. phoenicis. Spiromesifen e endosulfan, embora seletivos, precisam ser estudados quanto à eficiência de controle dos ácaros-praga do cafeeiro.Item Potencial de predação de Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) sobre Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Phytoseiidae, Tenuipalpidae)(2001) Reis, Paulo Rebelles; Teodoro, Adenir Vieira; Pedro, Marçal; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO ácaro predador Amblyseius herbicolus é o segundo mais abundante em cafeeiro, após Euseius alatus DeLeon, 1966, na região de Lavras, MG, associado ao ácaro Brevipalpus phoenicis, vetor do vírus da mancha-anular. Seu potencial de predação foi estudado levando em conta a atividade predatória sobre os diversos estádios do desenvolvimento do ácaro fitófago, resposta funcional e numérica em função da densidade da presa e tabela de vida. Com o uso de bioensaios, foram oferecidos 20 ácaros B. phoenicis/arena de folha de cafeeiro (3 cm de diâmetro) para um ácaro predador, conforme a fase a ser testada, e contatou-se que as fases da presa consumidas pelas larvas do predador foram: ovo (39,3%), larva (41,7%), ninfa (32,3%) e adulta (0%); pelas ninfas foram: ovo (86,3%), larva (78,3%), ninfa (70,3%) e adulta (15%) e pelas fêmeas do predador foram: ovo (97,7%), larva (98,7%), ninfa (93,3%) e adulta (30%). Não foi constatada a presença de machos do predador, por isso não foi possível conhecer sua eficiência de predação. O estágio de fêmea adulta foi mais eficiente no consumo de todas as fases do desenvolvimento do ácaro-praga, embora a fase de ninfa também tenha apresentado boa predação. Para o estudo da resposta funcional e numérica, a presa foi oferecida nas densidades de 0,14; 0,28; 0,70; 1,4; 2,8; 4,2; 4,9; 6,3; 7,7; 9,8; 14,1; 17,6; 28,2; e 42,3 formas imaturas de B. phoenicis /cm 2 de arena, por esta fase ser preferida para predação. Foi constatado que a atividade predatória e a oviposição de A. herbicolus aumentaram em função do aumento da densidade de presa, com quase 100% de consumo na densidade de 7,7 ácaros B. phoenicis/cm 2 , e postura de 1,7 ovo/dia entre 14,1 e 42,3 presas/cm 2 . A partir da densidade de 14,1 B. phoenicis/cm 2 , o ácaro predador começou a deixar restos de sua presa, ou seja, predou parcialmente, o que pode indicar que satisfez suas exigências, ou, em função da densidade de presas, houve interferência em sua capacidade de predar. A estimativa da capacidade inata de crescimento da população do predador (rm) foi de 0,150 fêmeas/fêmea/dia; a duração média de uma geração (T), 25,3 dias; a taxa líquida de reprodução (Ro), 44,8 fêmeas/fêmea; e a razão finita de aumento (?), 1,16. A população é estimada dobrar a cada 4,6 dias.Item Seletividade de produtos fitossanitários utilizados em cafeeiros ao ácaro predador Euseius citrifolius (Denmark e Muma, 1970) (Acari: Phytoseiidae)(2001) Reis, Paulo Rebelles; Teodoro, Adenir Vieira; Franco, Renato André; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféTestes preliminares de efeito adverso de produtos fitossanitários ao ácaro predador Euseius citrifolius Denmark e Muma, 1970 (Acari: Phytoseiidae) foram conduzidos em laboratório, utilizando o método residual de contato com pulverização em superfície de vidro. Lamínulas de vidro (20 x 20 mm), flutuando em água numa placa de Petri (5 x 2 cm), sem tampa, foram usadas como superfície para aplicação dos produtos e suporte para os ácaros. Foram testados diversos produtos químicos, alguns ainda em teste para uso na cafeicultura brasileira. A aplicação dos produtos foi feita em torre de Potter a uma pressão de 15 lb/pol 2 , e cada lamínula recebeu um depósito de calda da ordem de 1,68 ± 0,36 mg/cm 2 . A mortalidade de fêmeas adultas e o efeito dos produtos na reprodução do ácaro predador foram avaliados diariamente durante oito dias. O efeito adverso sobre o ácaro predador foi calculado levando-se em conta a mortalidade no tratamento, corrigida em função da mortalidade na testemunha, e o efeito na reprodução. Os produtos foram classificados quanto ao efeito total causado ao ácaro (combinação da mortalidade e efeito na reprodução) em quatro classes de toxicidade propostas pela IOBC/WPRS. Os resultados mostraram que alguns dos produtos testados foram inócuos (classe 1) (emamectin, hexythiazox, fenbutatin-oxide e extrato pirofosfórico); alguns levemente nocivos (classe 2) (abamectin, emamectin, endosulfan, enxofre DF e spirodiclofen); alguns moderadamente nocivos (classe 3) (enxofre PM); e outros nocivos ao ácaro (classe 4) (azocyclotin PM e SC, clorpirifos, propargite e pyridaben).Item Flutuação populacional do ácaro da mancha-anular do cafeeiro e de seus inimigos naturais(2000) Reis, Paulo Rebelles; Souza, Julio César de; Pedro, Marçal; Teodoro, Adenir Vieira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAtravés de levantamentos bissemanais de folhas, ramos e frutos, entre setembro de 1997 e maio de 2000, foi constatada na região Sul de Minas, MG, a ocorrência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae), ácaro vetor do vírus causador da mancha-anular do cafeeiro, durante o ano todo, porém em menor quantidade no período compreendido entre outubo-novembro a fevereiro-março, coincidindo com a época das chuvas e temperaturas elevadas na região. A maior população foi encontrada no período mais seco do ano e com temperaturas amenas, que vai de fevereiro-março a outubro-novembro. Foi constatada também a ocorrência de inimigos naturais, como ácaros predadores pertencentes às famílias Phytoseiidae, Stigmaeidae e Bdellidae, sendo que dos fitoseídeos a espécie Euseius alatus DeLeon, 1966 foi a mais abundante (58,0%), seguida de Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) (33,6%), Amblyseius compositus Denmark & Muma, 1973 (6,9%) e Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972 (1,5%).Item Atividade predatória de ácaros fitoseídeos sobre os estádios de desenvolvimento do ácaro da mancha-anular do cafeeiro (Acari: Phytoseiidae, Tenuipalpidae)(2000) Reis, Paulo Rebelles; Teodoro, Adenir Vieira; Pedro, Marçal; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAtravés de bioensaios realizados em arenas com 3 cm de diâmetro, confeccionadas com folhas de cafeeiro e flutuando em água, foram estudadas as fases do ácaro da mancha-anular do cafeeiro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) quanto à preferência pelos diversos estádios do desenvolvimento dos ácaros predadores Euseius alatus DeLeon, 1966 e Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972. Os experimentos foram conduzidos em laboratório a 25 ± 2 ºC, 70 ± 10 % de UR e 14 horas de fotofase. O estádio do ácaro vetor da mancha-anular do cafeeiro mais predado foi o de larva, seguido pelo de ovo e ninfa. A fase adulta teve muito pouca predação. De modo geral a fase mais agressiva dos predadores foi a de fêmea adulta, seguida pela de ninfa. A fase de larva foi a menos eficiente na predação. As médias de predação de E. alatus e I. zuluagai para as diferentes fases do B. phoenicis foram respectivamente: larva (79 e 90 %) > ovo (47 e 83 %) > ninfa (40 e 77 %) > adulto (1 e 18 %), o que demonstra que I. zuluagai mostrou maior atividade predatória que E. alatus.