Teses e Dissertações

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    Estudos genéticos em populações de Coffea canephora e Manihot esculenta
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-17) Giles, João Antonio Dutra; Partelli, Fábio Luiz
    Conhecer a variabilidade genética de uma população, manifestada por meio de caracteres morfológicos e agronômicos, é essencial para orientar sua conservação e manejo, além de aumentar a eficiência dos programas de melhoramento genético. Após a caracterização dos acessos, o estudo da variabilidade genética pode ser realizado por meio de análises multivariadas, que se baseiam nas diferenças entre os materiais, integrando simultaneamente múltiplas informações do conjunto de caracteres. Dessa forma, considerando também a importância socioeconômica dos cultivos de Coffea canephora e Manihot esculenta, o objetivo geral foi realizar estudos genéticos em populações de ambas as espécies. Para isso, dois trabalhos foram desenvolvidos. O primeiro, intitulado “Divergência e parâmetros genéticos entre genótipos de Coffea canephora”, teve como objetivo estimar os parâmetros genéticos, e estudar a divergência genética em uma população de C. canephora, utilizando procedimentos estatísticos uni e multivariados, aplicados sobre um conjunto de características morfoagronômicas (altura e diâmetro da planta; comprimento do entre-nós dos ramos ortotrópico e plagiotrópico; peso, volume e densidade de fruto maduro; rendimento; produtividade; índice de clorofila; comprimento, largura e área foliar; massa seca e massa seca específica de folha). E o segundo, intitulado “Caracterização agronômica e divergência genética entre genótipos de Manihot esculenta cultivados no Espírito Santo”, teve como objetivo realizar a caracterização morfoagronômica e estudar a divergência genética entre 12 genótipos de M. esculenta, por meio de procedimentos estatísticos uni e multivariados, aplicados sobre um conjunto de características morfoagronômicas (número de raízes tuberosas por planta; peso médio das raízes tuberosas; produtividade; peso total da planta; índice de colheita; altura da planta; altura da primeira ramificação; número de brotações; diâmetro do caule; número de gemas; peso médio de folha; comprimento do pecíolo). Os dois experimentos foram conduzidos no município de Vila Valério - ES, onde os genótipos foram dispostos no delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram detectadas diferenças significativas pelo teste F a 1% ou 5% de probabilidade entre vii os genótipos para as características avaliadas, em ambos os experimentos, evidenciando a heterogeneidade na constituição genética das populações estudadas, o que é favorável ao melhoramento, pois indica a possibilidade de discriminar indivíduos superiores e promissores. Para a população de C. canephora, verificou-se: a variância fenotípica da maioria das características analisadas deveuse predominantemente a causas genéticas; com base na distância generalizada de Mahalanobis, as combinações mais divergentes foram obtidas entre os genótipos 23 e 10 (256,43) e entre 23 e 17 (250,09); os agrupamentos formados pelos métodos de otimização de Tocher e hierárquico UPGMA foram concordantes, agrupando os genótipos em três grupos similarmente; entre as características analisadas, o peso do fruto maduro (19,08%) e a produtividade (15,50%) foram as mais eficientes em explicar a dissimilaridade entre os genótipos. E para os materiais genéticos de M. esculenta, verificou-se: os genótipos 3 (Camuquem) e 11 (Goiás) foram os mais produtivos; as maiores distâncias genéticas foram obtidas entre os genótipos 10 e 12 (222,37) e entre 1 e 12 (208,63); tanto o método de otimização quanto o hierárquico, ordenaram os genótipos em quatro grupos, similarmente; o comprimento do pecíolo (22,86%) e a produtividade (19,20%) foram as características mais eficientes em explicar a dissimilaridade entre os genótipos.
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    Condutividade hidráulica (raiz e folha) e capacidade fotossintética de mudas de clones de Coffea canephora Pierre ex A. Froehner
    (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2017-04-07) Machado Filho, José Altino; Campostrini, Eliemar
    O sistema radicular, o qual desempenha um papel central na captação de água e nutrientes que são transportados para a parte aérea, foi estudado em mudas de 16 clones de cafeeiro conilon (Coffea canephora Pierre ex. Froehner), sendo 13 constituintes da variedade conilon Vitoria ‘Incaper 8142’ e outros três (14/86, 109a e 120) referenciados quanto ao grau de sensibilidade à restrição hídrica. Para o estudo proposto, dois ensaios foram conduzidos, sendo que no primeiro foram utilizados os dezesseis clones mencionados, enquanto no segundo experimento, foram conduzidos os genótipos mais contrastes (cinco no total), possibilitando a obtenção de um maior conjunto de dados. Foram determinadas a condutância hidráulica (K R ) e as condutividades hidráulicas de raízes, normalizadas por matéria seca (K R,RM ), volume de raiz (K R,RV ) e área foliar (K R,LA ). Os clones 1V, 2V, 3V, 5V, 6V, 8V, 10V e 109a apresentaram maior condutividade hidráulica por massa seca de raiz (K R,RM ), seguidos pelo grupo formado pelos clones 7V, 11V, 12V, 13V e 120, em sequência pelo grupo contendo os clones 4V, 9V e 14/86 com as menores médias. A ordem seguindo do maior para o menor valor de K R,RM foi formada pela sequência dos clones 5V, 120, 13V, 12V e 14/86, resultado condizente com o primeiro ensaio. A importância da relação de massa seca entre raiz e parte aérea (MSR/PA) foi confirmada por meio do estudo de correlação entre massa seca de raiz (MSR), volume radicular (VR) e massa seca parte aérea (MSPA), que apresentou correlação positiva significativa e forte. Porém, as correlações de KR com MSR e VR apresentaram coeficientes baixos, indicando que outros parâmetros devem ser buscados como comprimento de raiz e área superficial de raiz. A relação de K R com AF e com MSF que apresentaram coeficientes significativos, indicando uma correlação moderada entre estes parâmetros, demonstram o equilíbrio fisiológico entre a capacidade do sistema radicular em fornecer água à parte aérea. O diâmetro do caule por si só, não representa a capacidade de conduzir água à parte aérea, sendo necessária melhor caracterização anatômica de seus vasos xilemáticos. Portanto, esta variável não deve ser utilizada como parâmetro de normalização de K R . A condutância hidráulica foi preponderante para a manutenção da hidratação das folhas e da integridade do aparato fotossintético em situação de menor relação MSR/PA, como evidenciado pelo clone 13V. Entre os clones estudados não foram observadas diferenças significativas entre as condutâncias hidráulicas da folha (K L ) nem tão pouco na densidade estomática (DE), demonstrando que estes parâmetros não explicariam quaisquer diferenças que fossem encontradas entre a capacidade de manutenção do status hídrico foliar entre os clones estudados. A relação MSR/PA demonstrou-se uma medida biométrica importante bem como K R na manutenção de um status hídrico adequado à planta, necessitando, ainda, uma melhor avaliação destes dois parâmetros associados ao funcionamento estomático em condições de restrição hídrica.
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    Manejo da adubação orgânica visando agroecossistemas sustentáveis de café conilon no estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2012-02-28) Silva, Victor Maurício da; Mendonça, Eduardo de Sá
    O cafeeiro conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner) apresenta alta exigência em nutrientes e a reposição no solo é feita geralmente por meio de adubos minerais. Para reduzi-los, o uso de resíduos orgânicos disponíveis na propriedade agrícola pode ser uma alternativa. Os objetivos do estudo foram: (i) avaliar parâmetros agronômicos (produtividade, estado nutricional, atributos químicos de solo e densidade do solo) de uma lavoura conduzida a partir da substituição parcial e total da adubação mineral pela orgânica; e (ii) monitorar e comparar a biodiversidade da meso e macrofauna edáfica do cafeeiro conilon conduzido em diferentes sistemas de adubação. Em lavoura localizada no município de Linhares, Estado do Espírito Santo – Brasil, foi montado, no ano agrícola 2009/2010, um experimento em blocos casualizados com distribuição fatorial de 2 x 2 x 5, com três repetições, sendo os fatores: dois tipos de composto orgânico; presença e ausência de leguminosa; e cinco proporções de cada composto (0; 25; 50; 75; e 100%) em substituição da adubação mineral recomendada para o cafeeiro conilon. Cada repetição foi formada por parcela de 30 plantas do cafeeiro conilon, sendo 12 plantas úteis centrais. Os compostos utilizados foram: composto 1 (C1), preparado com a mistura de capim elefante (Pennisetum purpureum) e palha-de-café na proporção 1:1(v:v); e composto 2 (C2), preparado pela mistura de capim elefante, palha-de-café e cama-de-frango na proporção 2:1:1 (v:v:v). A leguminosa utilizada foi o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), semeada nas entrelinhas dos cafeeiros. O capítulo 1 apresenta a introdução geral, enfatizando a área de investigação e as justificativas para a realização do estudo. Atributos químicos do solo e a densidade do solo foram avaliados no capítulo 2. Aos 30 dias após a adubação do 2o ano agrícola, verifica-se aumento do estoque de C orgânico e N total com o incremento das proporções do C1 e do C2 na profundidade de 0-5 cm. No capítulo 3, avaliaram-se o estado nutricional e a produtividade dos cafeeiros. O aumento das proporções do C1 e C2 decresce os teores foliares de Mn possivelmente em resposta ao acréscimo do pH do solo. Valores máximos de 61,13 e 66,42 sacas beneficiadas por hectare são obtidos com proporções de substituição (da fonte mineral por orgânica) de 40,42 e37,32% para o C1 e C2, respectivamente. A caracterização da meso e macrofauna edáfica foi feita no capítulo 4. Independente do tratamento e do período de avaliação, Formicidae (formigas) pertencente ao gênero Pheidole sp. (associada com a cochonilha da roseta dos cafeeiros) é predominante. Por fim, o capítulo 5 apresenta as considerações finais, ponderando sobre aspectos importantes de pesquisas futuras para ratificar o uso de resíduos orgânicos no cafeeiro conilon.
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    Sombreamento de clones de Coffea canephora em condições de campo: crescimento vegetativo, produção e qualidade
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2015-02-24) Venancio, Luan Peroni; Amaral, José Francisco Teixeira do
    O crescimento, a produção e a qualidade do cafeeiro Conilon (Coffea canephora) estão, dentre outros fatores, relacionados com a quantidade de radiação disponível sobre o seu dossel. Objetivou-se neste trabalho - avaliar o efeito do sombreamento de três clones de Coffea canephora em condições de campo sobre o crescimento, a produção e a qualidade do café. O trabalho foi realizado em uma lavoura de cafeeiro Conilon, no período de agosto de 2013 a julho de 2014, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), em Alegre – ES. Foram avaliados três clones da variedade clonal Vitória Incaper 8142 (Conilon Vitória), sendo que, cada um dos clones constituiu um experimento, não sendo estes comparados entre si. O sombreamento no cultivo foi implementado de maneira a compor quatro níveis de sombreamento, denominados: pleno sol (PS), sombreamento baixo (SB), sombreamento moderado (SM) e sombreamento intenso (SI), para tanto, foram empregadas telas de poliolefinas (sombrite) com as seguintes capacidades de retenção de luz: 30, 50 e 70%, caracterizando os sombreamentos baixo, moderado e intenso, respectivamente. Para as avaliações destrutivas, foi montado um delineamento inteiramente casualizado, com quatro níveis de sombreamento (supracitado) e cinco repetições, sendo cada planta uma repetição. Para as avaliações não destrutivas, adotou-se um esquema em parcelas subdivididas 4 x 3, sendo nas parcelas o sombreamento em quatro níveis (supracitado) e, as subparcelas constituídas pelas fases fenológicas em três níveis (início da frutificação, granação e maturação) em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo cada planta uma repetição. O efeito do sombreamento foi avaliado através das taxas de crescimento, morfologia, teor de clorofilas, produção do cafeeiro e qualidade do café. Nos clones 6V e 12V a menor área foliar unitária foi obtida no cultivo a pleno sol, enquanto que no clone 3V o cultivo a pleno sol foi igual aos cultivos com sombreamentos baixo e moderado. Os sombreamentos baixo, moderado e intenso afetaram negativamente a produção dos clones 3V e 12V. Os sombreamentos baixo e intenso, para o clone 6V, mostraram-se tão eficientes para a produção de frutos quanto o cultivo a pleno sol.Frutos de café produzidos a pleno sol apresentaram um menor rendimento seco:beneficiado, independente do clone estudado. Entre os materiais estudados, o clone 6V foi o mais responsivo ao sombreamento, evidenciando variabilidade genética entre os clones.
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    Acúmulo de micronutrientes em materiais genéticos de cafeeiro Conilon
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2016-12-15) Venancio, Felipe Cassa Duarte; Amaral, José Francisco Teixeira do
    Objetivando caracterizar o acúmulo de micronutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe e B), de matéria seca e verificar a variação no conteúdo destes elementos em materiais genéticos de cafeeiro Conilon, realizou-se um estudo utilizando os seguintes materiais genéticos: cinco clones (02, 03, 14, 23, 120) pertencentes à INCAPER 8142 – Cultivar Vitória, variedade clonal, e EMCAPER 8151 – Robusta Tropical, variedade de propagação por semente, conduzido na Fazenda Experimental Bananal do Norte do Incaper, localizada no distrito de Pacotuba, em Cachoeiro do Itapemirim (ES). Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso com 27 amostragens, realizando a coleta de plantas inteiras, uma de cada material genético. A matéria seca total aumentou de forma crescente até o quarto ano de idade, alcançando 6,42 kg/planta e os compartimentos analisados (folhas, ramos, caule, raiz e frutos) alcançaram 1,02 kg/planta, 0,60 kg/planta, 3,21 kg/planta, 0,37 kg/planta e 1,20 kg/planta, respectivamente. Os conteúdos de Fe, Mn, B, Cu e Zn na planta aumentaram de forma crescente até o quarto ano de idade, alcançando 1.368,42 mg, 788,53 mg, 174,40 mg, 78,76 mg, e 72,63 mg, respectivamente. A ordem de acúmulo foi: Fe > Mn > B > Cu > Zn. Os maiores teores de Cu estão nos frutos e nas folhas, o de Zn nas raízes, Mn nas folhas e nos ramos, Fe nas raízes e B nas folhas. Não foi observada nenhuma diferenciação nos teores foliares entre os micronutrientes avaliados. Os teores B não se diferenciaram nos compartimentos analisados entre os materiais genéticos. As folhas apresentaram maiores conteúdos de Mn e B, o caule apresentou maiores conteúdos de Cu e Zn e as raízes apresentaram maiores conteúdos de Fe. Os materiais genéticos de cafeeiro Conilon estudados apresentaram uma taxa de acúmulo diário de matéria seca de 4,0572 g planta -1 dia -1 e as taxas de acúmulo diário de micronutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe e B) de 0,0470 mg planta -1 dia -1 , 0,0463 mg planta -1 dia -1 , 0,4638 mg planta -1 dia -1 , 0,9805 mg planta -1 dia -1 e 0,1128 mg planta -1 dia -1 , respectivamente. As maiores taxas de acúmulo anual vegetativa para os micronutrientes foram observadas nas folhas, com exceção do Fe, que apresentou as maiores taxas de acúmulo nas raízes. A maior taxa de acúmulo anual de matéria seca vegetativa foi verificada no Robusta Tropical e nos clones 23 e 120, e a menor taxa de acúmulo anual de matéria seca no Clone 14. Aos 4 anos de idade, a maior parte do total de matéria seca acumulada foi alocada no caule (50%), seguido pelos frutos (19%), folhas (16%), ramos (9%) e raízes (6%).
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    Análises físico-químicas e avaliação da qualidade de Coffea canephora Pierre & Froehner cultivados no Espírito Santo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-02-23) Pinheiro, Carlos Alexandre; Pinheiro, Patrícia Fontes
    O Estado do Estado do Espírito Santo é líder na produção de Coffea canephora (conilon e robusta) no Brasil. O C. canephora é, geralmente, cultivado em altitudes inferiores a 500 m, em regiões de clima quente. Os cafés cultivados em regiões de maiores altitudes apresentam maturação mais lenta, podendo ocorrer maior acúmulo de açúcares nos grãos, sendo possível a obtenção de cafés de qualidade superior. Existem poucos trabalhos relacionados ao cultivo de café C. canephora em altitudes acima de 500 m. Dessa forma, um dos objetivos deste trabalho foi avaliar as propriedades físico-químicas de diferentes genótipos de café C. canephora cultivados a 720m de altitude, da Fazenda Experimental de Venda Nova do Imigrante-ES, em um projeto coordenado pelo INCAPER (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural). As amostras de café C. canephora utilizadas neste estudo foram obtidas de cultivares clonais Incaper: Vitória (V1-V13) e Robustão Capixaba (R1-R3, R6-R10), a partir de 21 tratamentos, 4 repetições e 8 plantas/parcela. Para essas amostras de café C. canephora (crus) foram realizadas as seguintes análises: acidez titulável total, medidas de pH a 25 e 96 o C, teores de açúcares redutores, não redutores e totais, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Os compostos bioativos presentes no café: ácidos clorogênico (5-CQA), trigonelina e cafeína foram quantificados nas amostras de café C. canephora por CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) pelo método do padrão externo. Os resultados foram analisados pelo teste de agrupamentos de médias Scott-Knott (P<5%). Os valores médios de acidez titulável total, de pH a 96 o C e os teores de trigonelina não apresentaram diferenças estatísticas. Os valores de pH a 25 o C, apesar de terem sido próximos, apresentaram diferença estatística Estes resultados podem ser justificados pelo fato das amostras de café C. canephora terem sido obtidas a partir das mesmas condições ambientais, adicionalmente a colheita e secagem foram padronizadas. Os valores de acidez graxa diferiram significativamente para as amostras de café C. canephora analisadas, assim como os teores de açúcares redutores, não redutores e totais. Os teores de ácidos clorogênicos foram encontrados na faixa de 2,60 a 3,65%, inferiores aos valores encontrados, normalmente, na literatura para café C. canephora (6,10-11,30%). O cultivo do café C. canephora a 720m pode ter influenciado neste resultado, o que pode indicar o potencial de obtenção de um café C. canephora de boa qualidade. Os teores de cafeína encontrados variaram de (2,06 a 2,89%), sendo o valor médio relatado entre 1,50-2,50%. Com base nos resultados das análises realizadas, o cultivo de café C. canephora em altitude de 720m, superior ao tradicional usado no Espírito Santo, pode ser promissor na obtenção de café de qualidade superior. Outro objetivo do presente trabalho foi pesquisar a composição de constituintes voláteis de café conilon (torrado) cultivado em diferentes altitudes (240 m, 350 m, 580 me 720 m), utilizando a técnica HS-SPME- GC/MS (microextração em fase sólida, usando o modo headspace, combinada à cromatografia gasosa acoplada àespectrometria de massas). Os índices de Kovats foram calculados e, em todas as amostras, foram identificados os seguintes compostos: 2-hidroximetilfurano, 4-etenil-2- metoxifenol, 2,6-dimetilpirazina, furfural, 2-etil-3-metilpirazina, 5-metilfurfural, 2-metilpirazina e outros. Para essas mesmas amostras de café conilon (C1- C4), grãos crus e moídos, foram determinados os valores de acidez graxa (método convencional, extração com tolueno). Os valores obtidos foram: 2,5; 2,6; 3,4 e 4,3 mL de KOH/100 g de massa seca, respectivamente. Usando como solventes extratores o hexano e o clorofórmio, os valores de acidez graxa foram similares aos apresentados pelo método convencional, indicando que pode ser viável a substituição do solvente tolueno, altamente tóxico, por outros solventes apolares. Alíquotas dos extratos do café conilon (C1-C4) usados na determinação da acidez graxa, obtidos a partir da extração com tolueno, hexano e clorofórmio foram derivatizadas e analisadas por CG-EM (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas). Foi observado o mesmo perfil cromatográfico para todos os extratos, sendo que os ácidos palmítico e linoleico foram os que apresentaram maiores áreas em todos os cromatogramas. Assim, existe um indicativo que a acidez graxa pode ser uma análise útil na determinação da qualidade do café, assim como, a constituição dos ácidos graxos, uma vez que na etapa de torra podem ser degradados termicamente, levando à formação decompostos que atribuem características organolépticas à bebida.
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    Atributos físico-hídricos do solo em lavoura de café conilon submetida à subsolagem
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-02-21) Souza, Joabe Martins de; Bonomo, Robson
    O preparo adequado do solo promove modificações nos atributos físicos, principalmente na estrutura, podendo modificar a capacidade de armazenamento de água, fundamental na determinação das necessidades de irrigação para as culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do preparo do solo para plantio de café Conilon (Coffea canephora Pierre) submetido à subsolagem, nas propriedades físicas e hídricas do solo. A área experimental foi composta por três talhões cultivados com cafeeiro a 11, 7 e 3 anos, denominados T11, T7 e T3, respectivamente, submetidos à subsolagem nas linhas de plantio. Para as avaliações físico-hídricas do solo, foram retiradas amostras deformadas e indeformadas, na linha (P1) e entrelinha (P2) da cultura e a quatro profundidades 0,00-0,20, 0,20-0,40, 0,40-0,60, 0,60-0,80 m. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. As propriedades do solo avaliadas foram massa específica do solo, porosidade total, macroporosidade e microporosidade, além da curva de retenção de água, condutividade hidráulica do solo saturado, resistência do solo à penetração e o índice S. A massa específica do solo, porosidade total e macroporosidade apresentaram diferenças significativas entre os pontos de amostragem para as camadas superiores do solo, com maior porosidade total e macroporos para o ponto P1 e uma maior massa específica do solo para o ponto P2, não diferindo das demais camadas. A porosidade total apresentou um comportamento inverso ao da massa específica do solo e houve aumento da microporosidade e diminuição da macroporosidade em profundidade. Entre os talhões com diferentes idades, as propriedades físico-hídricas do solo não apresentaram diferenças significativas, mostrando que as melhorias da subsolagem são persistentes ao longo dos anos nessa condição de cultivo. A resistência à penetração diferiu entre os pontos amostrais, ocorrendo um aumento com a profundidade, não diferindo, todavia, entre os talhões. Foi observada uma correlação positiva entre resistência à penetração e a massa específica e microporosidade, e negativa com a macroporosidade. A condutividade hidráulica do solo saturado apresentou diferença entre os pontos amostrais, nas camadas de 0,00-0,40 m, não apresentando diferença entre os talhões. Ocorreu uma correlação negativa entre a resistência à penetração e a microporosidade e correlação positiva com a macroporosidade. O coeficiente de determinação de ajuste das curvas de retenção de água no solo foi superior a 98% e os parâmetros de ajuste aumentaram com a profundidade. A disponibilidade de água apresentou-se, em geral, maior na linha do cafeeiro, até 0,60 m, mostrando o benefício da subsolagem na retenção de água. O índice S foi maior na linha de plantio, apresentando alta correlação com a porosidade e a massa específica do solo. A subsolagem alterou as propriedades físico-hídricas do solo, proporcionando um equilíbrio entre a macro e a microporosidade, aumento da disponibilidade de água e condutividade hidráulica do solo saturado, e ainda maior retenção de água em baixas tensões. O índice S mostrou-se como uma boa ferramenta para avaliar a qualidade do solo nessas condições.