Teses e Dissertações

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    Aspectos microbiológicos, perfil químico e sensorial de cafés fermentados em biorreatores
    (Universidade Federal de Lavras, 2020-03-04) Pereira, Thayanna Scopel; Schwan, Rosane Freitas; Batista, Nádia Nara
    O café é uma das commodities mais negociadas em todo o mundo e apresenta grande importância econômica no Brasil, principal produtor e exportador mundial. No setor cafeeiro, a pós-colheita do café é relevante por conferir impactos significativos na qualidade química e sensorial da bebida. Nesta etapa, o processo de fermentação ocorre de forma espontânea, através dos microrganismos presentes no fruto e no ambiente. No entanto, devido à falta de controle e padronização da qualidade, novos métodos para a condução da fermentação são necessários para a modulação do perfil sensorial da bebida final. O objetivo da pesquisa foi investigar a diversidade microbiana em diferentes fermentações utilizando a mesma metodologia, avaliar o perfil químico e sensorial de cafés fermentados em biorreatores, em diferentes regiões produtoras do estado de Minas Gerais, Brasil. Duas cidades no Sul de Minas (Carmo de Minas e Três Pontas), uma em Matas de Minas (Lajinha) e outra no Cerrado (Monte Carmelo). Dois processos foram realizados, café natural e café descascado (CD). A população de bactérias e leveduras foram avaliadas por plaqueamento em superfície. Os compostos químicos foram analisados por Ressonância Magnética Nuclear (RMN de 1H). A análise sensorial foi conduzida pelo método TDS (Temporal Dominance of Sensations). Houve diferença significativa na contagem populacional entre os diferentes tempos e entre os processamentos. A região Sul de Minas apresentou contagens superiores durante a fermentação. As leveduras Hanseniaspora opuntiae, Torulaspora delbrueckii, Pichia kluyveri, foram detectadas apenas nas cidades de Carmo de Minas (CM), Três Pontas (TP) e Lajinha (LAJ), respectivamente. Em Monte Carmelo (MC), Saccharomyces cerevisiae foi detectada em maior abundância. As bactérias Zymomonas mobilis e Leuconostoc lactis foram detectadas somente em CM. Acinetobacter johnsonii, A. oryzae e Enterobacter cloacae foram detectadas apenas em TP. Enterobacter hormaechei foi detectada apenas em LAJ. Bacillus cereus em MC. A composição química e o perfil sensorial foram influenciados pela alteração da forma de fermentação. A RMN de 1H, juntamente com a análise de componentes principais (PCA), mostraram agrupamento entre os cafés fermentados em biorreatores e o controle. As curvas de TDS variaram de acordo com a região e com o tipo de processamento pós-colheita realizado. Dentre as cidades estudadas, no café natural em MC e no CD em LAJ, os atributos caramelo e chocolate foram dominantes e específicas, respectivamente. Os atributos caramelo e amadeirado foram detectados apenas em MC, no café natural e café descascado, respectivamente. A dominância do atributo frutado foi comum em LAJ no café natural e em CM e TP no café descascado. A condução da fermentação em batelada, em ambiente fechado, com limitação de oxigênio e anaerobiose induzida pela microbiota epifítica, afetou a microbiota e alterou a composição química e sensorial. A microbiota apresentou comportamento diferente nas distintas variedades. A diversidade em cada fazenda indicou uma microbiota específica para a região geográfica e influenciou os sabores. Os cafés fermentados em biorreatores apresentaram mais compostos químicos precursores de sabores e aromas, e foram correlacionados ao café verde, e mais atributos sensoriais foram percebidos em relação ao controle.
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    Diversidade microbiana em grãos de cafe (Coffea arabica L.) processados por via seca nas fases pré e pós-colheita
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-02-25) Silva, Cristina Ferreira; Schwan, Rosane Freitas; Dias, Eustáquio Souza
    A magnitude e diversidade da população microbiana, associadas ao processo seco de café (Coffea arábica), foram analisadas durante dois anos em quinze fazendas diferentes do Sul de Minas Gerais. A carga microbiana variou de 3 x 10-⁴ a 2.2 x 10⁹ CFU / grão. Em todas as fases, bactérias foram o grupo mais abundante, seguido de fungos filamentosos e finalmente leveduras. Contagem de bactérias, leveduras e fungos variaram consideravelmente entre fazendas e em diferentes fases de maturação e processamento, em todas as fazendas. Leveduras mostraram um aumento durante o processo de fermentação. A contagem não foi significativamente diferentes para fungos, leveduras e bactérias entre os dois anos, embora bactérias Gram negativas tenham dominado no ano de 1997 e bactérias Gram positivas tenham dominado no ano de1998. Um total de 612 isolados foram identificados pelo menos quanto ao gênero (41) e 61 espécies diferentes. Os 113 isolados de bactérias Gram –negativas incluíram 15 gêneros e 25 espécies, sendo as mais comuns Aeromonas, Pseudomonas, Enterobacter e Serratia. A metade dos 23 isolados de bactérias Gram-positivas esporuladas foi identificada em 6 espécies de Bacillus. Das 118 bactérias Gram positivas não esporuladas, a mais comum foi Cellulomonas, e as menos incidentes foram Arthrobacter, Microbacterium, Brochothrix, Dermabacter e Lactobacillus. As 90 leveduras identificadas incluíram-se em 12 gêneros e 23 espécies diferentes, e quase todas eram fermentativas. Emincidência, os gêneros mais comuns foram Pichia, Cândida, Arxula e Saccharomycopsis. Pichia lynferdii e Arxula adeninivorans são raramente descritas na literatura. Quase todos 292 isolados fungicos foram identificados quanto ao gênero ou quanto a espécie. Cladosporium, Fusarium e Penicillium representaram três terços do total dos isolados e foram encontrados em todas as fazendas. Só 3% do isolados foram Aspergillus e ocasionalmente Beauvaria, Monilia e Arthrobotrys. A flora microbiana é variada e muito mais complexa que previamente descrita em processamento úmido. Alguns dos gêneros e espécies identificados são capazes de apresentar atividade pectinolítica e celulolítica. Variações entre fazendas, entre diferentes fases de processamento e a flora microbiana, revelaram alguns padrões secundários de sucessão.
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    Influência dos diferentes processos de pós-colheita na agregação de valor do café conilon
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2011-07-29) Teixeira, Marcos Moulin; Amaral, José Augusto Teixeira do
    O Estado do Espírito Santo destaca-se como o maior produtor brasileiro de café conilon, contribuindo com 72% da produção nacional. Tecnologias inovadoras de produção foram desenvolvidas e aprimoradas no estado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural e instituições parceiras. Contudo, na área de pós-colheita verificam-se poucos estudos científicos. Assim, este trabalho avalia a relação de diferentes formas de processamento de pós-colheita de café conilon com a qualidade do produto, custos de operações e rentabilidade final. Os dados foram coletados na Unidade Regional de Cafés Especiais Conilon- Sul (URCE-SUL), localizada no município de Mimoso do Sul – ES. O experimento foi montado num delineamento de blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram de: i)Tradicional Terreiro (TT); (ii) Tradicional Secador (TS); (iii) Lavado Terreiro (LT); (iv) Lavado Secador (LS); (v) Cereja Descascado Terreiro (CDT); e (vi) Cereja Descascado Secador (CDS). As repetições foram realizadas em diferentes épocas de colheita (10/06; 16/06; 22/06 e 01/07) do ano de 2010. Foi determinada a percentagem de frutos boias e a relação percentual entre maduros e verdes, o tempo de secagem e sua respectiva quantidade processada, os custos e a rentabilidade do café processado em diferentes tratamentos de pós-colheita. As secagens foram feitas em terreiro pavimentado de cimento e em secador rotativo de fogo indireto. O beneficiamento do café de todos os tratamentos foi feito em uma única máquina, quando o café estava com 13% de umidade. Nas condições em que foi realizado este estudo, pode-se concluir que: a) no início da colheita há menor percentual de frutos boias e maduros e maior percentual de frutos verdes; b) o café cereja descascado apresenta o menor tempo de secagem e o maior volume de café obtido por unidade de secagem, tanto em terreiro pavimentado de cimento quanto em secador; c) o custo da secagem em secador é superior ao custo da secagem em terreiro, dentro da mesma modalidade do processo de pós-colheita; d) a mão de obra é o componente do custo operacional que apresenta maior peso; e) o menor custo em infraestrutura é do processo de pós- colheita tradicional terreiro e o maior é do cereja descascado secador; f) O processo de pós-colheita com maior rentabilidade é o cereja descascado com secagem em terreiro e a menor rentabilidade é do processo lavado com secagem em secador; g) o maior número de defeitos aparece no tratamento tradicional terreiro que não recebeu processamento, chamado natural e com secagem a céu aberto; e, h) na escala sensorial para café conilon, todos os cafés são classificados como recomendáveis para o consumo, sendo que os cerejas descascados em secador e em terreiro são gourmet e os demais tratamentos são superior.
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    Maximização da reutilização da água residuária do processamento dos frutos do cafeeiro: influências em características físico-químicas do efluente e qualidade da bebida do café
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-12-12) Moreli, Aldemar Polonini; Reis, Edvaldo Fialho dos
    O processamento pós-colheita dos frutos de cafeeiro, por via úmida, é uma importante estratégia para a melhoria da qualidade dos grãos. Envolve 3 a 5 L de água no descascamento dos frutos e gera efluentes que necessitam de gerenciamento adequado para sua destinação final. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da recirculação da água residuária do café, por cinco dias de processamento, sobre o consumo de água, suas características físico-químicas, e sobre a qualidade da bebida do café. Foi utilizado frutos de café da variedade Catuaí, colhido pelo método de derriça manual sobre o pano, no período de junho e julho de 2013. Foram processados 6.384 L de frutos por dia, para um volume médio de 1,96 litros de água para cada litro de fruto, na primeira circulação de água. O experimento foi montado num esquema de parcelas subsubdividida 5 x 3 x 2, sendo dias de processamento em 5 níveis, intervalo de tempo em 3 níveis e pontos de coletas em dois níveis, para as variáveis sólidos totais, condutividade elétrica e pH. Para as variáveis nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e características do grão cereja descascado, usou-se um esquema de parcelas subdividida 5 x 3, sendo dias de processamento em 5 níveis, intervalo de tempo em 3 níveis, num delineamento em blocos casualizados com três repetições. Foram analisadas a concentração de sólidos totais, os teores dos macros nutrientes, a medição da condutividade elétrica e o pH. As características dos grãos incluíram a classificação por peneiras, tipo e quanto à bebida. Verificou-se que a recirculação da água por cinco dias de processamento proporciona a redução do consumo de 1,96 L para 0,278 litros de água por litro de frutos, aumenta a concentração de sólidos totais, dos teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre e dos valores de condutividade elétrica, e que a qualidade da bebida não é influenciada pelo reuso da água, tendo os grãos cerejas descascados recebido notas superiores a 80,0 pontos.
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    Diagnóstico do ambiente, da segurança e da saúde do trabalhador na pós- colheita de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-03-03) Carvalho, Cinara da Cunha Siqueira; Borém, Flávio Meira
    A segurança no trabalho é um tema que vem chamando muito a atenção do setor agrícola e, em especial, da cafeicultura, devido à sua importância como um dos itens considerados na certificação, agregando valor do café pago ao produtor. Considerando a possível existência e falta de percepção dos riscos à segurança e à saúde do trabalhador no processo de pós-colheita do café, a falta de conformidade das propriedades quanto à aplicação das normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e do Emprego e das normas exigidas pela empresas certificadoras, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar os riscos envolvidos em cada uma das etapas da pós-colheita do café e sua percepção por parte dos trabalhadores e proprietários, verificar as conformidades das unidades de processamento de café quanto à aplicação das normas regulamentadoras, em função do nível tecnológico das propriedades. O trabalho foi realizado a partir da aplicação de questionário em trinta propriedades localizadas em três associações rurais do município de São Sebastião do Paraíso - MG, definidas por sorteio. O proprietário, gerente ou encarregado de cada propriedade foi entrevistado de acordo com um questionário proposto. A análise dos questionários mostrou que somente 23% das pessoas entrevistadas possuíam percepção dos riscos existentes nas propriedades e somente 3% das propriedades estavam dentro dos padrões de conformidade com as NR's. A baixa porcentagem de produtores e funcionários que possuem percepção dos riscos e de propriedades que estão dentro das conformidades estabelecidas pelas NR's e NRR's está relacionada ao baixo nível tecnológico, à falta de treinamento dos funcionários e às dificuldades de acesso à informação por parte dos produtores.
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    Aspectos ultraestruturais e fisiológicos associados à qualidade da bebida de café arábica submetido a diferentes métodos de processamento e secagem
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-08-06) Oliveira, Pedro Damasceno de; Borém, Flávio Meira
    Objetivou-se no presente trabalho avaliar a qualidade sensorial e fisiológica dos grãos de café processados e secados de diferentes formas, bem como a manutenção da integridade da parede celular e da membrana plasmática ao final do processo de secagem com temperaturas alternadas. O experimento foi realizado com dois tipos de processamento: via seca e via úmida; e quatro métodos de secagem: secagem em terreiro, e secagem mecânica com ar aquecido a 50/40°C, 60/40°C e 40/60oC, onde a temperatura foi alterada quando os grãos de café atingiram 30%±2% (b.u.), com complementação da secagem até atingir 11%±1% (b.u.). O sistema mecânico de secagem utilizado constituiu-se de três secadores de camada fixa, o qual permite o controle da temperatura e fluxo de secagem. Após a aplicação dos tratamentos, os cafés foram degustados segundo o sistema de avaliação proposto pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA). Além da análise sensorial foram feitas as análises da composição físico-química, qualidade fisiológica e estudos ultra-estruturais dos grãos de café. As análises físico-químicas e fisiológicas envolveram: acidez graxa, lixiviação de potássio, condutividade elétrica, germinação e cor. O estudo da ultra-estrutura dos grãos de café foi obtido pela microscopia eletrônica de varredura. Foram obtidos resultados interessantes, mostrando que o café despolpado é mais tolerante à secagem do que o café natural, independente da forma com que foi seco, apresentando melhor qualidade fisiológica, sensorial e físico-química. E ainda pode-se observar que a elevação da temperatura de secagem promove danos aos grãos, os quais reduzem sensivelmente a qualidade da bebida, confirmando pesquisas já existentes. Com relação ao estudo das ultra- estruturas dos grãos de café, observou-se que a temperatura de secagem 50/40°C na secagem dos cafés despolpados obteve resultados semelhantes a esses cafés secados em terreiro, com pequena contração das células, sem sinais evidentes de ruptura. Pôde-se observar também que a utilização da temperatura de secagem 40/60°C foi a que mais causou danos às estruturas das células, independentemente do tipo de processamento. Verificou-se que os cafés naturais apresentaram mais desestruturação dos componentes celulares do que os cafés despolpados.
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    Armazenamento de café beneficiado em embalagens herméticas com injeção de CO 2
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-02-22) Ribeiro, Fabiana Carmanini; Borém, Flávio Meira
    O conhecimento de novas formas de acondicionamento que permitam prolongar o tempo de armazenamento dos grãos de cafés preservando sua qualidade é de extrema importância. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a qualidade física, química e sensorial dos grãos de café (Coffea arabica L.) beneficiado submetido a diferentes tipos de acondicionamento, ao longo do armazenamento. O café foi armazenado no período de outubro de 2008 a setembro de 2009, no armazém da Sociedade de Armazenamento e Agricultura LTDA (SAAG), em Santana da Vargem, na região sul de Minas Gerais. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com parcelas subdivididas no tempo, em esquema fatorial 2x3, com três repetições, com dois tratamentos adicionais (saco de juta e saco de juta revestido internamente). Foram estudados dois acondicionamentos em big-bag revestido internamente hermeticamente com injeção de até 60% de CO 2 (atmosfera controlada) e sem injeção de injeção de CO 2 (atmosfera modificada), três posições de amostragens (superior, mediana e inferior), com cinco épocas de avaliação. A primeira amostragem foi feita no início da armazenagem e as demais, em intervalos de três meses. O acondicionamento dos grãos de café beneficiado em big-bag hermético com atmosfera modificada e controlada apresentou-se como alternativa viável para o armazenamento durante 12 meses. Observou-se que a qualidade física, química e sensorial foi preservada, a coloração verde dos grãos intensificada. Além disso, mesmo após 12 meses de armazenamento, a bebida do café foi classificada como de safra atual. A análise sensorial do café acondicionado em atmosfera controlada apresentou as maiores notas para a posição mediana, mostrando que a injeção de CO 2 apresenta elevado potencial para a preservação da qualidade sensorial dos grãos de café durante o armazenamento.
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    Perfil de aminoácidos nos frutos verdes do cafeeiro processados por via seca e via úmida
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-03-07) Dias, Eduardo Carvalho; Borém, Flávio Meira
    O café natural produzido no Brasil apresenta um padrão de qualidade extremamente variável, sendo que ao longo da colheita apresenta frutos em diferentes estádios de maturação. Os frutos verdes são componentes constantes do café do Brasil independentemente da forma de processamento. As operações na pós-colheita podem minimizar este problema desde que corretas técnicas de processamento sejam aplicadas. O descascamento do café verde imaturo surge como uma forma de melhorar a qualidade deste, propiciando um maior valor agregado. As alterações químicas, bioquímicas e fisiológicas que ocorrem nos grãos de café, em função dos tipos de procedimentos realizados na pós-colheita, resultam em quantidades diferentes dos componentes precursores do sabor e aroma que irão determinar a qualidade final dos grãos. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do processamento via seca e via úmida e do tempo de imersão em água na composição dos grãos dos frutos verdes imaturos do cafeeiro. Os carboidratos e aminoácidos são os principais constituintes que contribuem para o desenvolvimento do sabor e aroma típico durante a torração. A análise de aminoácidos é importante porque esses compostos atuam como precursores das substâncias voláteis e aromáticas, e durante a reação de Maillard, a asparagina participa na formação da acrilamida, substância potencialmente prejudicial à saúde. Os aminoácidos foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa depois da derivatização com fenilsotilcianato para a detecção em ultravioleta. Os procedimentos realizados na pós-colheita interferiram significativamente no perfil de aminoácidos presentes nos grãos de café imaturos. A asparagina foi o aminoácido que apresentou a maior concentração nos grãos imaturos do café processado por via seca, e significativamente menor nos grãos de café descascados no processo por via úmida, e a arginina, treonina, glutamina, triptofano, valina, isoleucina e histidina apresentaram níveis superiores quando os frutos imaturos do cafeeiro foram processados por via seca, em comparação com o processamento via úmida. A fenilalanina, aspartato e o glutamato apresentaram maiores níveis no processamento via úmida.
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    Avaliação da qualidade física, química, sensorial e da composição fúngica de grãos de cafés beneficiados.
    (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2010-06-28) Ferreira, Gabriel Fernandes Pinto; Novaes, Quelmo Silva de
    A qualidade do café é fator decisivo para a sua comercialização, sendo avaliada através de parâmetros físicos, químicos, sensoriais e da sanidade microbiológica. Diversos fatores podem interferir na qualidade do café, especialmente aqueles relacionados às etapas pós-colheita de processamento e secagem. Algumas espécies de fungos podem se associar a grãos de café durante a pós-colheita e ocasionar contaminações indesejáveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos processamentos via seca (natural), seco em terreiro de terra, e via úmida (despolpado), seco em terreiro de cimento, tradicionalmente empregados na região sudoeste da Bahia, sobre a qualidade do café produzido na safra 2008. Foram avaliados parâmetros físicos, químicos, sensoriais e a ocorrência de fungos em grãos de cafés beneficiados. O experimento consistiu de 4 tratamentos (café natural de Barra do Choça e de Encruzilhada; café despolpado de Barra do Choça e de Encruzilhada) e 5 repetições. Foram coletadas 20 amostras de grãos de café oriundas de diferentes propriedades cafeeiras nesses municípios. Todos os resultados obtidos foram avaliados pelo teste de médias t de Bonferroni a 5% de probabilidade. Houve diferença estatística significativa entre os tratamentos analisados para os parâmetros %PVA (grãos pretos, verdes e ardidos), lixiviação de potássio, açúcares redutores, açúcares não-redutores, pH da infusão de grãos torrados e moídos e contaminação fúngica. Os gêneros de fungos detectados foram: Aspergillus, Penicillium e Fusarium, sendo que o gênero Aspergillus foi o de maior ocorrência, no qual foram identificadas 8 espécies (Aspergillus ochraceus, A. niger, A. flavus, A. foetidus, A. tubingensis, A. auricomus, A. sojae e A. oryzae). Foi detectada maior ocorrência de fungos em grãos de cafés oriundos de processamento natural do que de processamento despolpado.