Teses e Dissertações

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    Incrementos na concentração atmosférica de CO2 aumentam o crescimento e o desempenho fotossintético do cafeeiro, independentemente da disponibilidade de luz
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-11) Marçal, Dinorah Moraes de Souza; Matta, Fábio Murilo Da
    Apesar de ter evoluído em ambientes sombreados, a maior parte do café (Coffea arabica L.) é cultivada sob sombreamento esparso ou a pleno sol, em todo o mundo. O café é classificado como muito sensível às mudanças climáticas, e o sombreamento é considerado uma importante estratégia de manejo para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas à cultura. No entanto, não existem informações sobre os efeitos de uma elevada concentração de CO2 (eCa) no desempenho do café em resposta à disponibilidade de luz. Sendo assim, examinou-se como a assimilação e o uso de carbono são afetados pela eCa em combinação com níveis variáveis de luz e como isso pode mudar o crescimento e a partição de biomassa. Para tanto, cultivaram-se plantas em vasos, dentro de câmaras de topo aberto, em casa de vegetação. Durante seis meses, as plantas foram submetidas a dois níveis de luz (radiação fotossinteticamente ativa de c. 16 ou 7,5 mol fótons m-2 dia-1) em combinação com concentração de CO 2 ambiente (aCa: 382 ± 9 ppm) ou elevada (eCa: 744 ± 36 ppm). O estímulo às taxas fotossintéticas sob eCa ocorreu independentemente de variações nas condutâncias estomática e mesofílica; também não se observaram sinais de retrorregulação das taxas fotossintéticas, independentemente da intensidade luminosa. Particularmente sob sol e eCa, as plantas apresentaram reduções nas taxas de fotorrespiração e na pressão oxidativa em relação às plantas sob aCa, favorecendo um balanço positivo de carbono. Independentemente da intensidade luminosa, eC a promoveu maior crescimento e acúmulo de biomassa, bem como uma pequena alteração no padrão de alocação de biomassa, em função do incremento da fração caulinar. Adicionalmente, plantas sob a maior intensidade luminosa e eCa apresentaram a menor razão de área foliar e a maior razão de massa seca radicular/área foliar total. No geral, os presentes resultados sugerem que: (i) as plantas sob eCa estão preparadas para suportar melhor os impactos de outros estresses típicos de plantações a pleno sol, e; (ii) a eCa poderia agir em conjunto com o sombreamento para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas, aumentando a sustentabilidade da cafeicultura. Palavras-chave: Aclimatação fotossintética. Mudanças climáticas. Sistema agroflorestal. Sombreamento.
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    Avaliação de espécies florestais para arborização de cafeeiros no norte do Paraná: efeitos na produtividade e na proteção contra geadas de radiação
    (Universidade Federal do Paraná, 2004) Leal, Alex Carneiro; Soares, Ronaldo Viana
    A arborização de cafezais no Paraná tem como principal finalidade proteger os cafeeiros contra geadas de radiação. A seleção das espécies arbóreas e o seu manejo são fatores cruciais para a otimização desta prática agroflorestal visando a obtenção de níveis adequados de produtividade. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da arborização de cafezais com diferentes espécies florestais na produtividade do cafeeiro e na proteção contra geadas de radiação. Para tanto, dois experimentos com delineamento de blocos casualizados foram conduzidos no município de Londrina, PR. No primeiro foram utilizadas parcelas com árvores isoladas para comparar o efeito das espécies Casuarina equisetifolia, Grevillea robusta, Pinus oocarpa e Leucaena diversifolia na produtividade dos cafeeiros. No segundo experimento comparou-se a arborização com bracatinga (Mimosa scabrella) em duas densidades com o monocultivo a pleno sol. Em ambos experimentos foram avaliadas as produtividades das safras de 2002 e 2003 de cafeeiros da cultivar IAPAR 59, recepados após a geada severíssima que ocorreu no inverno de 2000. Na safra de 2003 as árvores do primeiro experimento estavam com 6,5 anos de idade e as bracatingas, plantadas em outubro de 2001, com menos de 2 anos de idade. A temperatura das folhas dos cafeeiros e a porcentagem de interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pela copa das árvores foram monitoradas em algumas parcelas. Os resultados do primeiro experimento revelaram diferenças significativas entre as espécies arbóreas quanto à sua compatibilidade com o cafeeiro, avaliada pela produtividade de café no biênio. As espécies apresentaram a seguinte ordem de compatibilidade: G. robusta > C. equisetifolia > P. oocarpa > L. diversifolia. Como não ocorreram geadas durante o período experimental, o efeito de proteção contra geadas de radiação foi avaliado pela diferença de temperatura, nas horas mais frias do dia, entre as folhas dos cafeeiros localizados sob a copa das árvores e as folhas dos situados a mais de 10m de distância das árvores. As temperaturas das folhas dos cafeeiros sob a copa das árvores foram de 1,4 a 3,0°C mais altas nas horas mais frias do dia, com o tratamento leucena apresentando a maior diferença e o tratamento grevílea a menor. Os tratamentos casuarina e pinus apresentaram diferenças semelhantes, em torno de 2,5°C. A redução do fluxo total diário de radiação fotossinteticamente ativa sob a copa das árvores, em dias ensolarados, foi maior sob a casuarina (90%) e menor sob a grevílea (74%), enquanto que sob o pinus e a leucena foram encontrados valores iguais (86%). A arborização com bracatinga, numa densidade de 555 plantas por hectare, permitiu alguma proteção contra geadas de radiação no primeiro ano de plantio, tendo sido registradas temperaturas foliares cerca de 0,5°C mais elevadas em relação ao tratamento a pleno sol. No segundo ano, as diferenças de temperatura das folhas de café entre o tratamento a pleno sol e os tratamentos arborizados foram de 2,3°C e 1,5°C para os tratamentos com densidades de 555 e 139 plantas de bracatinga por hectare, respectivamente. Considerando o total do biênio 2002-2003, a produção de café beneficiado foi inversamente proporcional à população das bracatingas, com diferenças significativas entre os tratamentos.
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    Sombreamento de clones de Coffea canephora em condições de campo: crescimento vegetativo, produção e qualidade
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2015-02-24) Venancio, Luan Peroni; Amaral, José Francisco Teixeira do
    O crescimento, a produção e a qualidade do cafeeiro Conilon (Coffea canephora) estão, dentre outros fatores, relacionados com a quantidade de radiação disponível sobre o seu dossel. Objetivou-se neste trabalho - avaliar o efeito do sombreamento de três clones de Coffea canephora em condições de campo sobre o crescimento, a produção e a qualidade do café. O trabalho foi realizado em uma lavoura de cafeeiro Conilon, no período de agosto de 2013 a julho de 2014, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), em Alegre – ES. Foram avaliados três clones da variedade clonal Vitória Incaper 8142 (Conilon Vitória), sendo que, cada um dos clones constituiu um experimento, não sendo estes comparados entre si. O sombreamento no cultivo foi implementado de maneira a compor quatro níveis de sombreamento, denominados: pleno sol (PS), sombreamento baixo (SB), sombreamento moderado (SM) e sombreamento intenso (SI), para tanto, foram empregadas telas de poliolefinas (sombrite) com as seguintes capacidades de retenção de luz: 30, 50 e 70%, caracterizando os sombreamentos baixo, moderado e intenso, respectivamente. Para as avaliações destrutivas, foi montado um delineamento inteiramente casualizado, com quatro níveis de sombreamento (supracitado) e cinco repetições, sendo cada planta uma repetição. Para as avaliações não destrutivas, adotou-se um esquema em parcelas subdivididas 4 x 3, sendo nas parcelas o sombreamento em quatro níveis (supracitado) e, as subparcelas constituídas pelas fases fenológicas em três níveis (início da frutificação, granação e maturação) em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo cada planta uma repetição. O efeito do sombreamento foi avaliado através das taxas de crescimento, morfologia, teor de clorofilas, produção do cafeeiro e qualidade do café. Nos clones 6V e 12V a menor área foliar unitária foi obtida no cultivo a pleno sol, enquanto que no clone 3V o cultivo a pleno sol foi igual aos cultivos com sombreamentos baixo e moderado. Os sombreamentos baixo, moderado e intenso afetaram negativamente a produção dos clones 3V e 12V. Os sombreamentos baixo e intenso, para o clone 6V, mostraram-se tão eficientes para a produção de frutos quanto o cultivo a pleno sol.Frutos de café produzidos a pleno sol apresentaram um menor rendimento seco:beneficiado, independente do clone estudado. Entre os materiais estudados, o clone 6V foi o mais responsivo ao sombreamento, evidenciando variabilidade genética entre os clones.
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    Atributos físicos e químicos do solo em lavoura de café conilon consorciado
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-21) Alves, Danielle Inácio; Lima, ulião Soares de Souza
    O café conilon possui grande importância socioeconômica para o Brasil, principalmente para o Estado do Espírito Santo, maior produtor nacional da cultura. O cultivo de café no Espírito Santo, como no resto do país, é predominantemente realizado em monocultivo a pleno sol, porém este sistema tem sido questionado pelos efeitos negativos que causa ao solo quando mal manejado, sendo uma alternativa a adoção de sistemas de cultivo consorciado. Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos do cultivo de café conilon consorciado nos atributos do solo em relação ao monocultivo a pleno sol. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental Bananal do Norte (Incaper), localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim. A variedade plantada é “EMCAPER 8151” e os sistemas de cultivo estudados foram: M1- cafeeiro conilon em monocultivo; cafeeiro conilon consorciado com: M2- pupunheira, M3- gliricídia, M4- bananeira cv. Japira e M5- ingazeiro e; M6- vegetação natural em estado de regeneração. Amostras indeformadas e deformadas de solo foram coletadas nas áreas nas camadas 0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,40; 0,40- 0,80 m para análise dos atributos físicos (densidade do solo, porosidade total, macroporosidade e microporosidade) e químicos do solo (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H+Al, SB, CTC , V, m, P-rem, MO, Zn, Fe, Mn, Cu e B). A análise estatística foi realizada por meio da análise de variância pelo teste F (p>0,05) e, quando significativo, aplicado o teste de médias de Tukey (p<0,05). A análise multivariada foi realizada pelo método de componentes principais (ACP) e pelo método de agrupamento (Cluster) envolvendo as variáveis em estudo. A fertilidade do solo nas camadas 0- 0,1 m e 0,1-0,2 m nos anos 2015 e 2016 apresentou teores adequados, variando de médio a alto, de acordo com a recomendação da literatura. Devido ao pequeno tempo de implantação dos sistemas de cultivo não foi possível observar diferenças marcantes entre os sistemas de cultivo do cafeeiro conilon para os atributos avaliados. Na análise de agrupamento a formação de grupos ocorreu principalmente em função da profundidade da camada do solo nos dois anos avaliados, camada de 0-0,10 m, o que também pode ser observado pela análise de variância onde as camadas superficiais apresentaram maiores valores para a maioria dos atributos avaliados. As componentes principais 1 e 2, no ano de 2015, explicaram juntas 58,08% da variância dos dados, e no ano de 2016, explicaram juntas 68,26% da variância total dos dados.
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    Crescimento e fotossíntese de clones de Coffea canephora em resposta à manipulação da relação fonte: dreno e disponibilidade de radiação
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2016-08-31) Viana, Flávia Nicácio; Cavatte, Paulo Cezar
    O Brasil é hoje o maior produtor mundial de café, sendo que 20% dessa produção corresponde a espécie Coffea canephora. Entretanto, o conhecimento dos aspectos fisiológicos da espécie ainda são incipientes. O objetivo deste trabalho FOI, avaliar o efeito da manipulação da relação fonte:dreno sobre o crescimento e fotossíntese de clones de C. canephora cultivados em condições contrastantes de disponibilidade de radiação. O experimento foi conduzido em uma lavoura, localizada em Alegre-ES. Foram avaliados dois clones (6v e 12v) pertencentes à variedade ‘Vitória Incaper 8142’. Dez plantas de cada clone foram selecionadas, cincos permaneceram sob condições de pleno sol e cinco foram sombreadas com aproximadamente 47%. Estabelecendo-se as seguintes relações fonte:dreno nos ramos: com fruto/com anelamento; com fruto/sem anelamento; sem fruto/com anelamento e sem fruto/sem anelamento. Dessa forma, foi avaliado o crescimento dos ramos plagiotrópicos, o desempenho fotossintético (trocas gasosas e fluorescência da clorofila a) e a concentração foliar de açúcar solúvel total, amido, fenol solúvel total e clorofila e carotenoides. Os fatores estudados apresentaram respostas independentes. Os clones apresentaram respostas diferentes aos níveis de radiação estudados. O crescimento de ramos não foi afetado pela manipulação da relação fonte:dreno. O clone 6v apresentou maior crescimento à sombra, enquanto o clone 12v apresentou crescimento superior à pleno sol. As partições de biomassa foram significativas para a relação fonte:dreno, sem que os ramos sem frutos apresentaram maiores valores nas taxas de RAF e FMF o, traduzindo em ramos mais enfolhados. Para a fotossíntese no clone 12v o valor foi mantido constante sendo que a condutância estomática e a transpiração apresentaram valores menores à pleno sol, traduzindo em uma maior eficiência do uso da água e em maior facilidade de dissipar o calor. As frações de açúcares solúveis e amido não demonstraram diferença significativa para relação fonte:dreno nem para disponibilidade de radiação, essas taxas são afetadas apenas a curto prazo. Para a relação de clorofila a/b, o clone 12v apresentou valores mais elevados a pleno sol, traduzindo em melhor eficiência de dissipação de calor.
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    Crescimento e variações diurnas da fotossíntese de genótipos de Coffea canephora cultivados à campo sob condições contrastantes de disponibilidade de luz
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2016-07-30) Souza, Dinorah Moraes de; Cavatte, Paulo Cezar
    O café é uma cultura tropical perene de extrema importância para o agronegócio mundial. Normalmente é cultivado em regiões potencialmente sujeitas a estresses, principalmente térmico, hídrico e nutricional. Durante o ciclo da cultura, as condições limitantes são acentuadas durante o período de crescimento reprodutivo, levando a quedas significativas de produtividade das lavouras. Sistemas sombreados (arborizados), ao promover modificações sensíveis do microclima, podem minimizar os efeitos adversos do clima sobre a lavoura. Diante do exposto este trabalho teve o objetivo avaliar o crescimento e as variações diurnas da fotossíntese de genótipos de Coffea canephora cultivados à campo sob condições contrastantes de disponibilidade de luz. O estudo foi conduzido sob condições de campo, no município de Alegre-ES. O experimento foi estabelecido pela combinação dos quatro clones de Coffea canephora (02, 48, 83 e 153) da variedade clonal “Conilon Vitória – Incaper 8142” com os dois níveis de disponibilidade de luz [0% (pleno sol) e 30% de sombreamento], totalizando oito tratamentos, com cinco repetições. As avaliações de crescimento foram realizadas em ramos plagiotrópicos do terço médio das plantas, selecionados na fase de florescimento e avaliados até a maturação dos frutos. A variação diurna dos parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, foram realizadas em três períodos ao longo do dia: 09, 12 e 15 h, durante a fase de granação. O clone 02 apresentou desempenho superior sob as condição de pleno sol, apresentando taxa fotossintética superior à média normalmente descrita para a espécie (aproximadamente 16 μmol m-2 s-1). O clone 48 apresentou o melhor desempenho sob sombreamento, devido a manutenção de maiores taxas fotossintéticas ao longo do dia, possibilitando o equilíbrio entre o investimento de fotoassimilados para suprir a demanda do crescimento vegetativo e para manutenção do crescimento dos frutos apresentando, consequentemente, menores taxas de abortamento e maior número de frutos por rosetas.
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    Crescimento e produtividade do cafeeiro sombreado e a pleno sol
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Lunz, Aureny Maria Pereira; Bernardes, Marcos Silveira
    O café é uma importante comoditty agrícola de exportação no mundo e o Brasil ocupa posição de destaque, como o maior produtor e exportador mundial. Contudo, é um produto bastante vulnerável às flutuações de preço no mercado. Nesse sentido, a diversificação da produção pode ser uma importante estratégia para manter o equilíbrio econômico da propriedade. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes níveis de radiação solar no crescimento e na produção do cafeeiro (Coffea arabica L.), bem como na qualidade do café. A pesquisa foi conduzida no período de janeiro de 2002 a agosto de 2005, na ESALQ/USP, em Piracicaba-SP (22°42’30” S, 47°38’00” W – altitude 550 m). O experimento foi composto de seringueira adulta clone PB 235 e cafeeiro cv. Obatã IAC 1669-20, plantado em janeiro de 2002 no sub-bosque do seringal, interfaceando as árvores de seringueira e em monocultivo (pleno sol). Os tratamentos foram constituídos por um gradiente de luminosidade de 25, 30, 35, 40, 45, 80, 90, 95, 98, 99 e 100%, formado por linhas de cafeeiros plantados a diferentes distâncias das árvores de seringueira, tanto dentro como interfaceando o seringal e em monocultivo (pleno sol). O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com 11 tratamentos e 4 repetições. As variáveis analisadas foram relativas ao crescimento (diâmetro do caule e da copa, altura inicial da copa e altura da planta, área foliar total, massa seca acima do solo, número de ramos e nós e comprimento dos internódios, área foliar individual, TAL, RAF, AFE, IAF, TCA, TCR) e produção do cafeeiro (produtividade, rendimento e índice de bienalidade de produção), bem como referentes a qualidade do café (maturação dos frutos, classificação dos grãos por peneira e análise sensorial da bebida). O crescimento e a produtividade do cafeeiro, assim como a qualidade do café foram modificados pela disponibilidade de irradiância. O crescimento e a produtividade aumentaram com o incremento de irradiância. O incremento de irradiância a partir de 70% praticamente não alterou o acúmulo de massa seca da parte aérea da planta e sob elevado sombreamento a massa seca foi muito baixa. A produtividade do cafeeiro alterou muito pouco a partir de 60% de radiação e a aproximadamente 70% se estabilizou. De modo oposto, houve uma melhoria da qualidade do café à medida que foi intensificado o sombreamento, obtendo-se frutos com maior uniformidade de maturação, grãos de maior tamanho e bebida de melhor qualidade.
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    Cultivo em campo de Coffea arabica L. Cv. Obatã a pleno sol x sombreamento parcial: avaliações bioquímicas, fisiológicas e nutricionais
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2007) Gonçalves, Gislei Cristina; Gallo, Luiz Antônio
    Plantas de café Arábicas com 4,5 anos de idade foram comparadas de agosto a dezembro crescendo a pleno sol e sob condições de sombreamento natural. As plantas apresentaram diferenças significativas em termos de crescimento e aspectos fisiológicos e bioquímicos O fornecimento de nitrogênio no mês de outubro proporcionou um aumento significativo nos teores de aminoácidos totais e na atividade da redutase do nitrato. As folhas de plantas crescendo em condições de sombreamento natural apresentaram maior peso fresco a que pleno sol. O teor de proteínas totais decresceu abruptamente a partir do mês 10 em todas as plantas analisadas, época em coincidiu com o inicio do enchimento dos grãos. O aumento nos teores de aminoácidos totais também foi acompanhado por um aumento nos dias de chuva, na precipitação e também na radiação global. Não houve efeito significativo com relação á localização da folhas (parte superior x parte inferior) nos aspectos analisados. O fornecimento de nitrogênio no mês 10 não alterou a concentração de clorofila medida pelo clorofilômetro SPAD, e a clorofila total extraída não se alterou significativamente até o mês 11 exceto nas plantas de sol as folhas do parte superior tiveram uma maior síntese no mês 9. No mês 12 houve um aumento nas taxas de clorofila em todos os tratamentos. Os teores de N foliar tiveram correlação positiva com as leituras de clorofila analisadas pelo SPAD, ate o mês 11. Tivemos também no período de analise, um aumento significativo na concentração de carotenóides a partir do mês 8, evidenciando seu efeito foto protetor uma vez que houve também um aumento na radiação global no período ao redor de 50%. As folhas em condições de sombreamento natural apresentaram maior peso seco que as de pleno sol. O teor de proteínas totais decresceu abruptamente a partir do mês 11 em todas as plantas, época que coincidiu com o início da produção/enchimento dos grãos. Houve um aumento nos teores de amido após o mês 10 (exceto nas folhas da parte inferior das plantas de sol), vindo a diminuir em função do enchimento dos grãos. Também se observou uma síntese acentuada de açúcares redutores no início, decrescendo em função do início da formação dos grãos. Com relação aos nutrientes nas folhas analisadas, o manganês teve um comportamento significativamente diferente em relação aos demais, onde nas folhas a pleno sol a concentração do elemento foi de 6 a 8 vezes á das folhas sombreadas.
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    Sustentabilidade de sistemas de produção de café sombreado orgânico e convencional
    (Universidade de São Paulo, 2009) Moreira, Cassio Franco; Fernandes, Elisabete A. De Nadai
    Produzido em mais de 60 países e movimentando anualmente US$ 70 bilhões, o café é a segunda commodity mais comercializada no mundo, atrás somente do petróleo. É também, depois da água, a bebida mais popular, com consumo mundial anual superior a 400 bilhões de xícaras. O mercado internacional de cafés especiais, como orgânicos, sombreados, gourmets e socialmente justos cresce 12% ao ano, gerando oportunidades para produtores de café do mundo todo. Apesar de o Brasil ser o maior produtor e exportador mundial de café, com 38 milhões de sacas de 60 kg produzidas e 26 milhões de sacas exportadas na média dos anos de 2003 a 2007, sua produção de café sombreado e orgânico é reduzida. O cultivo sombreado predomina na maioria dos países enquanto o Brasil é caracterizado por áreas de monocultivo a pleno sol. Assim, grande parte da produção brasileira de café é originada de sistemas com pouca biodiversidade, contrapondo-se à crescente preocupação mundial com o meio ambiente e a qualidade de vida. Sistemas sombreados de café aumentam a biodiversidade nas propriedades e contribuem para a mitigação do aquecimento global, além de apresentarem vantagens técnicas potenciais como menor pressão de pragas e doenças e melhoria das condições hídricas e térmicas locais. A discussão sobre cultivo sombreado versus a pleno sol já se desenvolve há mais de um século, contudo, até hoje, o assunto permanece controverso. Portanto, a pesquisa nacional deve avaliar cientificamente diferentes sistemas de produção de café, obtendo informações qualitativas e quantitativas, visando sustentabilidade e ganho de competitividade do produto brasileiro. A hipótese do trabalho é que o sombreamento do cafeeiro com uma espécie caducifólia no período de dias curtos, secos e frios, não reduz a produtividade em relação ao cafeeiro a pleno sol nesta região do país, além de promover maior ciclagem de nutrientes no sistema e melhor qualidade de grãos. O objetivo deste trabalho é verificar se o cultivo de café arábica, orgânico e convencional, sombreado com a espécie Platycyamus regnellii, leguminosa, nativa, caducifólia no período de dias curtos, no sul do Estado de Minas Gerais, resulta em vantagens técnicas. Os experimentos foram instalados no município de Machado, sul do Estado de Minas Gerais, em fazendas com distintos sistemas de produção, orgânico e convencional, em lavouras de café arábica variedade Catuaí Amarelo, espaçamento de 3,5 m x 1,5 m e idade de 17 anos. Parcelas dos tratamentos sombreado e a pleno sol foram implantadas em cada sistema, sendo o sombreamento proporcionado por indivíduos arbóreos adultos da espécie leguminosa Platycyamus regnellii, localmente chamada “Pau Pereira”. Avaliaram-se produtividade do cafeeiro, características químicas de solo, folhas e grãos, qualidade dos grãos de café produzidos (bebida, tipo e tamanho) e radiação solar incidente no solo. A ciclagem de nutrientes proporcionada pela queda de folhas da espécie arbórea também é ponto importante do trabalho. Resultados mostraram que além de produzirem quantidade de café similar aos tratamentos a pleno sol, os tratamentos sombreados apresentaram, em geral, teores mais elevados de nutrientes nos solos, folhas e grãos além de melhor qualidade dos grãos, concluindo-se que o sistema sombreado é tecnicamente mais sustentável. Devido ao crescimento de diferentes certificações na cafeicultura, foram também avaliadas as principais certificações de café no Brasil objetivando fornecer informações aos produtores e consumidores.
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    Dinâmica da água no solo e modelagem digital de radiação em sistemas agroflorestais de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-18) Santana, Felipe Carvalho; Fernandes Filho, Elpídio Inácio
    A espécie Coffea arabica L. (café arábica) originou-se no sub-bosque de sombra moderada da Etiópia. A introdução no Brasil seguiu os padrões nativos dos sub-bosques africanos, posteriormente com a exportação, começaram a ser plantado a pleno sol, entretanto, em regiões montanhosas de altitude elevada, a produção sombreada continuou sendo realizada por pequenos agricultores familiares. O sombreamento proporciona barreira contra ventos e geadas, melhora na qualidade do fruto devido à maturação mais lenta e a redução da bienalidade do café. No entanto, devido a divergências de resultados, favoráveis e desfavoráveis do cultivo do café sombreado, faz-se necessário um estudo maior quanto ao modelo necessário para que o cultivo do café sombreado seja melhor e eficiente, capaz de gerar predições sobre melhor disposição de sombreamento do café em diferentes climas e relevos. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo geral criar modelo capaz de predizer o melhor formato para o cultivo do café sombreado em diferentes relevos bem como quais espécies de árvores podem ser inseridas nesse cultivo. Para isso, foram realizadas avaliações micrometeorológicas, por período de oito meses (2015 e 2016), em experimento de cultivar Oeiras, espécie Café Arábica, com oito anos de idade, espaçadas em 2,80 por 0,75 m, conduzido a pleno sol e consorciado com, eritrina (Erythrina poppigiana), com distância do cafeeiro para as árvores na 1a linha de 1,40 m e 2a linha de 4,20 m, em área experimental da UFV. A umidade do solo foi aferida com auxílio de sensores TDR, temperatura do ar foi avaliada com sensores termisor e a precipitação por pluviógrafo tipo báscula. Foi realizado o escaneamento, com o equipamento laser scanner das feições do relevo, altura e diâmetro da copa da copa dos cafeeiros, calculando o índice de área foliar (IAF). As feições do relevo foram incluídos na estatística de programação com o ArcGIS, gerando o modelo digital de superfície e de elevação. A Radiação Global foi verificada através de piranômetro. Após a coleta dos dados de radiação in situ, foi simulado o modelo do sistema agroflorestal, através da ferramenta Solar Analyst, do ArcGIS. Esse modelo foi relacionado com as medições reais, verificando se a simulação realizada pelo software correspondem às leituras realizadas em campo durante o mesmo período. Foi observado que a precipitação no período do experimento, no geral, teve um comportamento próximo da Normal Climatológica - NC, com a exceção dos meses de janeiro e fevereiro de 2016. Para todo o período do experimento as temperaturas máximas medidas em Viçosa estiveram em média cerca de 1,7oC acima da NC, com valores mais extremos nos meses de novembro e dezembro de 2015, cerca de 3,6oC e 3,1oC respectivamente. O mesmo ocorreu para as temperaturas máximas coletadas no experimento, porém com valores em média de 3,2oC acima da NC, com destaque para os meses de novembro e dezembro de 2015 em que a temperatura máxima atingiu valores de cerca de 5,0oC acima do esperado. O SAF reduziu o gradiente de temperatura, apresentando redução de 2 oC para médias de temperaturas máximas e aumento de 1 oC para temperaturas mínimas. Foi possível identificar as feições do café e calcular o IAF, apresentando média de 4,4 e 3,6 para SAF e SPS, respectivamente. Valores próximos de IAF foram encontrados em cafeeiros com idades semelhantes utilizando técnicas convencionais de estimativa do IAF. No modelo de radiação foram encontrados correlações entre os dados medidos e simulados de 0,95 para dias de céu limpo.