Coffee Science
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Item Aspectos biológicos de Chrysoperla externa (Hagen) predando Oligonychus ilicis (McGregor) e Planococcus citri (RISSO)(Editora UFLA, 2008-07) Pedro Neto, Marçal; Carvalho, César Freire; Reis, Paulo Rebelles; Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Souza, Brígida; Alcantra, Eliana; Silva, Rogério AntônioO ácaro Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) e a cochonilha Planococcus citri (Risso, 1813) são considerados pragas importantes do cafeeiro (Coffea arabica L.), já que causam perdas na produção. O predador Chrysoperla externa (Hagen, 1861) está associado a essas pragas. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento da fase imatura e adulta do predador alimentado, na fase imatura, com essas pragas do cafeeiro e seus efeitos sobre a fecundidade e a viabilidade das larvas, pupa e dos ovos, em laboratório. Os ensaios foram conduzidos no laboratório do EcoCentro/CTSM-EPAMIG, Lavras, MG, a 25 ± 1ºC, 70 ± 10% de UR e fotofase de 12 horas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 10 tratamentos representando as combinações possíveis das dietas nos ínstares: ovos de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879), considerado alimento-padrão, ácaros e cochonilhas, com 30 repetições cada tratamento. As presas foram fornecidas isoladamente ou associadas entre si em cada ínstar ou alternadas nos ínstares com ovos de A. kuehniella. Ocorreram alterações significativas no peso, sobrevivência larval e pupal, quando as larvas foram alimentadas com um só tipo de presa ou a combinação de ácaros mais cochonilhas, comparados a ovos de A. kuehniella. Demonstrouse que O. ilicis e P. citri, fornecidos isoladamente às larvas de C. externa, não são alimentos adequados para o desenvolvimento das larvas. Somente o ácaro-vermelho, como alimento, causou 100% de morte das larvas do crisopídeo no segundo ínstar.Item Avaliação de extratos vegetais no controle de Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) em laboratório(Editora UFLA, 2008-09-08) Carvalho, Thaiana Mansur Botelho de; Reis, Paulo Rebelles; Oliveira, Denilson Ferreira de; Carvalho, Geraldo Andrade; Carvalho, Douglas Antônio deOligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) já foi referido como a segunda praga em importância para o cafeeiro Conillon, considerado mais sensível ao ácaro que o Arábica. A aplicação de pesticidas sintéticos no seu controle pode provocar impactos negativos ao ambiente e ao homem. Alternativamente ao uso de tais produtos, surgem outros menos impactantes, como por exemplo, extratos de plantas. Com o presente trabalho, teve-se por objetivo avaliar o efeito de extratos de plantas coletados na região Sul de Minas sobre a mortalidade do ácaro O. ilicis. Os experimentos foram conduzidos em arenas de folhas de cafeeiro destacadas das plantas. Foram testados 79 extratos, com quatro repetições de dez fêmeas adultas. A aplicação dos produtos em todos os testes foi feita em torre de Potter. Com os extratos vegetais mais promissores, selecionados em ensaios preliminares, foram realizados testes de efeitos ovicida, tópico, residual e de diferentes concentrações. Os extratos de Annona squamosa L., Calendula officinalis L., Coffea arabica L., Ricinus communis L., Ginkgo biloba L. e Nepeta cataria L. causaram maior mortalidade no teste de efeito residual e não apresentaram efeito ovicida para O. ilicis. Verificou-se que o extrato de A. squamosa foi o mais tóxico a O. ilicis nos diferentes testes realizados.Item Cochonilhas-farinhentas (Hemiptera: Pseudococcidae) em cafeeiros (Coffea arabica L.) em Minas Gerais(Editora UFLA, 2008-07) Souza, Brígida; Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Prado, Ernesto; Souza, Júlio César deAs cochonilhas da família Pseudococcidae podem ser encontradas em raízes e ramos dos cafeeiros, ocasionando o definhamento das plantas e danos nos frutos. A correta identificação das espécies é importante para o estabelecimento de programas de controle biológico e outras estratégias de manejo. Objetivou-se com este trabalho estudar e identificar as espécies de cochonilhasfarinhentas que colonizam plantas de café, Coffea arabica L. no Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram efetuadas coletas em municípios das Regiões Sul, Leste, Jequitinhonha e Triângulo. Na parte aérea, foram constatadas Planococcus citri (Risso, 1813) e Pseudococcus longispinus (Targioni Tozzetti, 1867) e, nas raízes, verificou-se a presença de Dysmicoccus texensis (Tinsley, 1900). Apesar de a ocorrência dessas espécies ser esporádica, por vezes podem causar danos, sendo necessária a adoção de medidas de controle. Outras espécies de cochonilhas relatadas para o Brasil não foram encontradas no presente estudo.Item Methodology for biological studies of mealybugs (Hemipytera: Pseudococcidae)(Editora UFLA, 2008-07) Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Prado, Ernesto; Borges, Cristina Machado; Correa, Lílian Roberta Batista; Souza, BrígidaSeveral methodologies have been used in biological studies of mealybugs (Pseudococcidae) in the laboratory. The objective of this work was to compare three methodologies in order to establish a pattern for development studies. The development nymphal period and mortality of the citrus mealybug, Planococcus citri (Risso, 1813), was evaluated in PVC clip cages of 10 and 30 mm in diameter attached to leaves of coffee plants (Coffea arabica L. cv. Acaia Cerrado), and on leaf sections placed over an agar film layer. Forty mealybug eggs were individually placed on the substrate and evaluated daily. The data was submitted to analysis of variance followed by the Test of Tukey (0.05 % significance). Differences were detected in citrus mealybug nymphal development period and mortality depending of the methodology. The shortest period and the lowest mortality were obtained using foliar sections maintained in agar-water which appears to be a viable methodology for mealybug studies in the laboratory. The excessive insect manipulation seems to be the main negative factor in mealybug development when using clip cages fixed to plant leaves.Item Incidência do bicho-mineiro do cafeeiro em lavoura irrigada sob pivô central(Editora UFLA, 2009-01) Custódio, Anselmo Augusto de Paiva; Moraes, Jair Campos; Custódio, Adriano Augusto de Paiva; Lima, Luiz Antônio; Faria, Manoel Alves de; Gomes, Natalino MartinsEntre as pragas que ocasionam perdas na cafeicultura (Coffea arabica L.), o bicho-mineiro do cafeeiro (BMC) [Leucoptera coffeella (Guérin-Menéville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae)] é responsável por decréscimos indiretos significativos na produção. Com os efeitos negativos da escassez hídrica e má distribuição de chuvas nos últimos anos, tem crescido, por parte dos produtores em Minas Gerais, a cafeicultura irrigada, destacando-se o cultivo sob pivô central. Entretanto, ainda pouco se conhece no sul de Minas sobre o comportamento desse inseto-praga com o uso dessa tecnologia. Objetivou-se, com este trabalho, verificar a incidência do BMC, em lavoura irrigada por aspersão tipo pivô central, submetida a diferentes lâminas de água. O estudo foi realizado na área experimental do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, em cafeeiro adulto com 1,6 ha da cultivar Rubi (MG 1192), suscetível ao BMC, implantado em março de 1999, com espaçamento de 3,5 x 0,8 m. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com três repetições e seis tipos de lâminas de água nas parcelas, que corresponderam aos tratamentos (60%, 80%, 100%, 120% e 140% da evaporação do tanque Classe A ECA), além do tratamento não irrigado (testemunha) e épocas de avaliação nos 12 meses do ano, em esquema fatorial (6 x 12) e três repetições. Fez-se a avaliação do bicho-mineiro em folhas do cafeeiro, observando-se as injúrias pertinentes ao ataque do inseto-praga, em intervalos médios de 23 dias, no período de abril de 2004 a junho de 2006. A parcela foi composta por 8 plantas úteis, amostrando-se ao acaso 10 ramos plagiotrópicos do terço médio superior da planta, sendo 5 ramos da face norte e 5 ramos da face sul. Foram coletadas duas folhas localizadas no terceiro e/ou quarto par de folhas por ramo, o que totalizou 160 folhas amostradas por parcela. Os dados médios de folhas minadas coletados em cada avaliação foram transformados em x 0 , 5 , submetidos à análise de variância. Houve interação significativa de lâminas de irrigação e face da planta para incidência do BMC. Houve maior incidência do BMC no tratamento não irrigado e menor incidência na maior lâmina de irrigação (140% ECA), sendo também observada maior ocorrência do inseto-praga na face norte da planta. Houve dois ligeiros picos de incidência do BMC: um no mês de janeiro e outro no mês de julho, com maior índice do inseto-praga no mês de janeiro.Item Classificação física e composição química do café submetido a diferentes tratamentos fungicidas(Editora UFLA, 2009-07) Abrahão, Adriano Andrade; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Borém, Flavio Meira; Rezende, Juliana Costa de; Barbosa, Jose CarlosObjetivando verificar a influência de diferentes métodos de controle de doenças fúngicas do cafeeiro (Coffea arabica L.) na classificação física e na composição química dos grãos de café, foi conduzido este ensaio nos anos agrícolas 2002/03 e 2003/04. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas, utilizando quatro repetições, em esquema fatorial 2 x 3, compreendendo duas safras e três tratamentos fungicidas (fungicida sistêmico, nome comercial Ópera®, fungicida cúprico, nome comercial Cobox®, e testemunha não tratada com fungicidas). Os frutos foram separados em cereja descascado e boia. Os tratamentos fungicidas Ópera® e Cobox® utilizados para o controle da ferrugem e cercóspora, influenciam de maneira positiva a classificação por tipo e a composição química do café boia. A aplicação do fungicida Ópera® proporciona melhores resultados nos teores de açúcares totais do café boia do que os demais tratamentos aplicados.Item Drosofilídeos e seus himenópteros parasitoides em Coffea arabica L.(Editora UFLA, 2009-07) Fernandes, Daniell Rodrigo Rodrigues; Lara, Rogéria Inês Rosa; Perioto, Nelson WanderleyObjetivou-se neste estudo avaliar a ocorrência de drosofilídeos e de seus parasitoides em frutos de café em Cravinhos, SP. Foram coletados frutos em estádio de cereja diretamente das plantas e parte deles foi exposta em bandejas sob suas copas, simulando frutos caídos no solo. Foram obtidos 59 pupários de drosofilídeos, dos quais emergiram 29 adultos (viabilidade pupal = 49,2%) e dois exemplares de Ganaspis sp. (Hymenoptera: Figitidae), o que totalizou 31 adultos emergidos. A partir dos frutos coletados diretamente das plantas, foram obtidos 35 pupários, dos quais emergiram 24 drosofilídeos pertencentes a três espécies: Zaprionus indianus Gupta, Drosophila nebulosa Sturtevant e D. simulans Sturtevant. A partir dos frutos mantidos sob a copa das plantas, foram obtidos 24 pupários, de onde emergiram cinco drosofilídeos pertencentes a quatro espécies: Z. indianus, D. cardini Sturtevant, D. immigrans Sturtevant e D. willistoni Sturtevant; também foi observada a emergência de dois exemplares de Ganaspis sp., o que resultou em taxa de parasitismo de 8,3%. A metade das espécies de drosofilídeos encontradas neste estudo é introduzida e representaram 79% do total de adultos emergidos. São relatadas as associações de Z. indianus, D. cardini, D. immigrans, D. nebulosa, D. simulans e D. willistoni com a cultura do cafeeiro.Item Fungos micotoxigênicos e ocratoxina A em cafés com permanência prolongada na planta e no solo, colhidos nas regiões do cerrado mineiro e baiano(Editora UFLA, 2008-07) Campos, Rodrigo da Silveira; Freitas-Silva, Otniel; Cunha, Flávio Quitério da; Souza, Maria de Lourdes Mendes de; Freitas, Sidinéa Cordeiro deNo Brasil, as regiões do Cerrado Mineiro e Baiano são destaque pela produtividade e qualidade dos grãos produzidos. A florada desuniforme do café no Brasil implica em frutos com diversos estágios de amadurecimento no período da colheita. Assim, frutos não colhidos oportunamente permanecem na planta ou caem no solo, e quando aproveitados farão parte de uma safra de baixa qualidade. Portanto, foi objetivo deste trabalho estudar frutos de café com exposição prolongada na planta e no solo, avaliando a colonização por fungos micotoxigênicos, a produção de ocratoxina A (OTA) e a dinâmica de umidade e atividade de água nos frutos nessas regiões produtoras. O café com permanência prolongada na planta não apresentou grandes variações nos teores de umidade e atividade de água durante os 120 dias estudados. Entretanto, o café com permanência prolongada no solo, apresentou, após 90 dias, variação drástica nos teores de umidade e atividade de água entre as regiões estudadas. Nesse período, a umidade e atividade de água foram de 14,15% e 0,74, 6,64% e 0,63 para o Cerrado Mineiro e Baiano, respectivamente. Apesar do café com permanência prolongada na planta ter sido intensamente colonizado por Aspergillus ochraceus G. Wilh. (1877), não foi detectada a presença de OTA. No café com permanência prolongada no solo detectaram-se níveis muito elevados, 49,42 e 30,93 μg.kg-1 de OTA, no Cerrado Mineiro e Baiano, respectivamente. Pode-se constatar que independente da região de interesse, cafés com permanência prolongada na planta ou no solo interferem decisivamente na qualidade do café colhido.Item Controle de ácaros-praga em cafeeiro com produto de efeito fisiológico e o impacto sobre ácaros benéficos(Editora UFLA, 2007-07) Reis, Paulo Rebelles; Altoé, Bernardo Falqueto; Franco, Renato AndréBrevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Tenuipalpidae) é importante em cafeeiro (Coffea arabica L.) por ser vetor do vírus da mancha-anular, responsável por queda de folhas e má qualidade da bebida do café, e Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Tetranychidae) é importante nessa mesma cultura por reduzir a área foliar de fotossíntese. Ácaros da família Phytoseiidae são eficientes predadores dos ácaros-praga. Objetivou-se com este trabalho estudar o controle dos ácaros-praga com spiromesifen, inseticida-acaricida de efeito fisiológico que atua inibindo a síntese de lipídeos, e o impacto desse sobre fitoseídeos, tendo como padrões o acaricida hexythiazox, que atua como regulador de crescimento, e os acaricidas neurotóxicos fenbutatin oxide e azocyclotin. Em bioensaios de laboratório, em folhas de cafeeiro, foram comparados os efeitos ovicida, tópico, residual, tópico mais residual. A seletividade fisiológica para os fitoseídeos Euseius alatus DeLeon, 1966; Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970; Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) e Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972, foi avaliada pelo teste residual em superfície de vidro. Em casa-de-vegetação, avaliou-se a persistência dos produtos por até 30 dias. Em campo, avaliou-se a eficiência apenas no controle de O. ilicis. Spiromesifen mostrou eficiente ação ovicida para B. phoenicis e O. ilicis, em ovos de qualquer idade. Em geral, os efeitos tópico e residual associados melhoraram a eficiência no controle das fases pós-embrionárias de ambas as espécies. Spiromesifen apresentou seletividade fisiológica aos ácaros predadores estudados.Item História de vida de Amblyseius compositus Denmark e Muma predando Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Acari: Phytoseiidae, Tenuipalpidae)(Editora UFLA, 2007-07) Reis, Paulo Rebelles; Teodoro, Adenir Vieira; Pedro Neto, MarçalÁcaros predadores pertencentes à família Phytoseiidae, entre eles Amblyseius compositus Denmark & Muma, 1973, têm sido encontrados em cafeeiros (Coffea arabica L.) e fragmentos florestais a eles adjacentes na região de Lavras, MG, associados à Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Tenuipalpidae), vetor do vírus da mancha-anular. Foram estudados os aspectos biológicos, tabela de vida de fertilidade, atividade predatória e respostas funcional e numérica em função da densidade da presa B. phoenicis, em laboratório a 25 ± 2oC, 70 ± 10% de UR e 14 horas de fotofase. Foi constatada longevidade de 48 dias para as fêmeas adultas. A estimativa da capacidade inata de crescimento da população do predador (rm) foi 0,119 fêmeas/fêmea/dia e a duração média de uma geração (T) de 27,9 dias. A população dobrou a cada 5,8 dias. Em bioensaios, foram oferecidos 20 ácaros B. phoenicis por arena de folha de cafeeiro (3 cm de diâmetro), separadamente para um espécime de cada fase do ácaro predador, constatando-se que a fêmea foi a mais eficiente no consumo de todas as fases do desenvolvimento do ácaro-presa, embora a ninfa também tenha apresentado boa predação. Para o estudo das respostas funcional e numérica, a presa foi oferecida nas densidades de 0,14 a 42,3 imaturos de B. phoenicis por cm2 de arena, fases mais preferidas para predação. Constatou-se que a predação e a oviposição de A. compositus aumentam em função do aumento da densidade de presa, com correlação positiva e altamente significativa. Pelas análises de regressão realizadas, infere-se resposta funcional do tipo II, com predação máxima entre 30 e 35 B. phoenicis/cm2/fêmea.