UFV - Dissertações

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 13
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Diagnóstico da aplicação de águas residuárias da suinocultura na cafeicultura irrigada das regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-22) Gonçalves, Roberta Alessandra Bruschi; Mantovani, Everardo Chartuni; Oliveira, Rubens Alves de; Ramos, Márcio Mota
    As águas residuárias da suinocultura apresentam elevado potencial poluidor do meio ambiente, por serem ricas em material orgânico em suspensão e constituintes orgânicos e inorgânicos em solução. No entanto, se manejadas de forma adequada, constituem fonte de água e nutrientes às culturas. Tradicionais na exploração da cultura do café, as regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - MG vêm se destacando também na cafeicultura irrigada, pois a deficiência hídrica é uma das condições que mais limitam a produção primária dos ecossistemas e o rendimento das culturas. Algumas propriedades cafeicultoras, entretanto, possuem consórcio com granjas suinícolas. Pela problemática relacionada ao destino das águas residuárias advindas dessa atividade agroindustrial, tornou-se objetivo deste trabalho um diagnóstico da aplicação de águas residuárias da suinocultura (ARS), visando avaliar a uniformidade de distribuição de ARS através de sistemas de irrigação na cafeicultura, caracterizar a ARS conforme sua origem e avaliar comparativamente perfis de solo com e sem aplicação. O trabalho desenvolveu-se em quatro etapas. Seguindo o critério da aplicação de ARS usado pelos cafeicultores das regiões, foram selecionadas 11 propriedades, através da ASTAP (Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – MG). Primeiramente foram aplicados questionários aos produtores, de maneira a caracterizar a propriedade, sua localidade, área total, área cafeeira, área cafeeira adubada com ARS, manejo adotado com os animais, tipos de produção, sistemas de criação, formas de aplicação dos dejetos ao solo, sistemas de irrigação e bombeamento adotados e os problemas advindos desta prática. Observou- se manejo inadequado das águas residuárias da suinocultura (armazenamento, tratamento, disposição), com 90% dos suinocultores ainda utilizando a chorumeira para aplicação de ARS na cafeicultura; 64% das propriedades diagnosticadas tiveram problemas com a utilização de bombas centrífugas e hoje utilizam bombas helicoidais para recalque das águas residuárias da suinocultura. Em uma segunda etapa, realizaram-se avaliações de uniformidade em sistemas de irrigação por aspersão e localizada, aplicando águas residuárias em áreas exploradas com a cultura do café, sem interferir no manejo adotado pelos proprietários. O sistema que obteve os melhores coeficientes de uniformidade foi o gotejamento, apresentando valores de coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) de 94% e coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) de 90%. A pouca idade do sistema (1 ano), o monitoramento constante das pressões no final das linhas laterais, o manejo com a ARS e a limpeza após as fertirrigações com águas residuárias podem ser causas da alta uniformidade. O sistema por autopropelido apresentou os valores mais baixos de CUC e CUD: 53 e 28%, respectivamente . Como terceira parte do trabalho, coletaram-se amostras de águas residuárias advindas de diversas localidades, objetivando caracterizá-las conforme sua origem. Ocorreu grande variabilidade entre as amostras, mais de 90% para alguns elementos analisados. Por último, foram avaliados comparativamente perfis de solo em áreas com e sem aplicação de águas residuárias dentro de uma propriedade, com o objetivo de verificar a influência da aplicação de ARS em suas características. Os solos das áreas que receberam ARS, de modo geral, apresentaram os maiores teores dos elementos analisados na camada superficial (0 a 20 cm).
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Determinação da evapotranspiração e da influência da irrigação e da fertirrigação em componentes vegetativos, reprodutivos e nutricionais em café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-15) Antunes, Rodrigo Corrêa Borges; Mantovani, Everardo Chartuni
    O presente trabalho constitui-se de três etapas e foi desenvolvido na área experimental da Agronomia do Departamento de Fitotecnia da UFV, durante o período de setembro de 1999 a junho de 2000, com os objetivos de determinar a evapotranspiração e a influência da irrigação e fertirrigação no crescimento vegetativo e reprodutivo, assim como componentes da nutrição de dois cultivares de café arábica em formação, "Catuaí Vermelho" e "Acaiá Cerrado", na região de Viçosa, Minas Gerais. Na primeira etapa, determinou-se a evapotranspiração dos dois cultivares utilizando três procedimentos de campo e um método indireto, este último utilizando o programa computacional SISDA 3. Os valores médios da demanda hídrica do cafeeiro até 20 meses de idade, para cultivares de porte baixo, como o caso do "Catuaí Vermelho", foram de 1,50 e 0,98 mm/dia, para os meses de altas e baixas precipitações, respectivamente, na região de Viçosa. Para cultivares de porte alto, como o "Acaiá Cerrado", os valores de ETc obtidos foram de 1,70 e 1,10 mm/dia, para as duas estações, respectivamente. Os valores médios de kc, para as condições apresentadas no estudo, foram de 0,35 e 0,40 para o "Catuaí Vermelho" e o "Acaiá Cerrado", respectivamente. A utilização do programa computacional SISDA 3, para o manejo da irrigação da cultura do cafeeiro em formação, foi satisfatória. Na segunda etapa avaliou-se a influência da irrigação e fertirrigação em alguns componentes de crescimento para o cafeeiro em formação e mostraram que a tendências das curvas de crescimento não foi alterada pela irrigação ou pela fertirrigação. Entretanto, esse decréscimo nas taxas de crescimento não se reduziu a valores nulos nos tratamentos irrigados e fertirrigados, evidenciando a influência da água e de nutrientes para manutenção do crescimento, mesmo que reduzido, na época fria e seca do ano. A irrigação influenciou positivamente as taxas de crescimento nos dois cultivares, sendo mais expressiva no "Acaiá Cerrado". A aplicação de menores quantidades de adubo via fertirrigação não diminui as taxas de crescimento no "Acaiá Cerrado" em relação ao tratamento com níveis normais de adubo. Na terceira etapa do trabalho avaliaram-se as influências da irrigação e fertirrigação na absorção de nutrientes pela planta e seus efeitos físico-químicos no solo. Os teores foliares de nitrogênio evidenciaram melhor absorção desse elemento pelo "Acaiá Cerrado" irrigado. Os teores de potássio foram muito elevados, em relação à faixa adequada deste para o cafeeiro, principalmente no "Acaiá Cerrado". Não ocorreram problemas de salinização do solo nesse primeiro ano de fertirrigação.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Produtividade e incidência de doenças no cafeeiro sob diferentes lâminas de irrigação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-17) Nunes, Victor de Vasconcelos; Mantovani, Everardo Chartuni
    A cafeicultura é uma atividade cara, mas rentável, que emprega grande quantidade de mão-de-obra, tanto direta quanto indiretamente. Umas das grandes revoluções na cafeicultura atual foi justamente à adoção da irrigação em áreas consideradas climaticamente marginais ou inaptas para a cultura. Sabe-se, hoje, que a irrigação, concomitantemente com o seu manejo ou gerenciamento, desde que seja conduzida com técnica, é uma grande mola propulsora para agregação de valor ao produto final. O controle de pragas e doenças é outro ponto importante a ser considerado na condução de qualquer cultura, dentre as quais a do café. Um dos grandes gargalos, não só da cultura do café, mas de qualquer outra, é o controle de doenças e pragas, a fim de se obter produtividade ótima e diminuir os custos de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito das lâminas de irrigação na incidência e severidade da ferrugem, da cercosporiose e na produtividade do cafeeiro irrigado por gotejamento. O experimento foi conduzido na Fazenda Vista Alegre, município de Jaboticatubas – MG, situada a 19o30’ S, 43o44’ W e 700 metros de altitude. O relevo da região é classificado como fase cerrado e o solo é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. A pesquisa, realizada no período de agosto de 2004 a setembro de 2005, envolveu tratamentos com diferentes lâminas de irrigação, tomando por referência a lâmina diária requerida pelo programa IRRIGA-GESAI, “T4” (100%) e, a partir dela, estabeleceu-se duas lâminas abaixo, “T2” (51%) e “T3” (72%), e duas lâminas acima, “T4” (124%) e “T5” (145%), além do tratamento testemunha, sem irrigação, “T1”. O delineamento experimental foi de blocos casualisados com parcelas subdivididas, ou seja, uma subparcela com duas aplicações do fungicida Opera e outra sem nenhuma aplicação do fungicida. Utilizou-se o método FAO 24 modificado, com evapotranspiração de referência (ETo) calculada pela equação de Penman-Monteith, Kc de 0,9 para a fase adulta, Ks pelo método logaritmo e Kl proposto por Keller & Bliesner. Os resultados das produtividades médias obtidas para os tratamentos T1 a T6 que não receberam aplicação do fungicida foram: 22,54, 28,76, 31,14, 37,81, 39,92 e 40,28 sc.ha -1 , enquanto que para os tratamentos T1 a T6 que receberam aplicação do produto opera durante o período da pesquisa, foram: 27,30, 32,97, 34,84, 44,89, 46,02, 46,70 sc.ha -1 . A produtividade média dos tratamentos sem o fungicida Opera foi de 33,41 sc.ha -1 , enquanto nos tratamentos com aplicação do fungicida foi de 38,79 sc.ha -1 , o que representa um acréscimo de 13,8% nos tratamentos que tiveram aplicação do fungicida. Observou-se pelo teste de Tuckey a 5% de probabilidade que houve diferença significativa na produtividade, do grupo de tratamentos das lâminas abaixo de 100% (T1, T2 e T3) quando comparada com o grupo de tratamentos das lâminas acima de 100% (T4, T5 e T6). Também não se observou influência da lâmina de irrigação na incidência de ferrugem. Ao contrário, observou-se interação significativa da lâmina de irrigação com a incidência de cercosporiose a 5% de probabilidade pelo teste de Tuckey. Do ponto de vista econômico, considerando o fator custo-benefício, o tratamento 4, referente à lâmina de 100% foi o que mais se adequou as condições da fazenda.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Viabilidade técnico-econômica de diferentes sistemas de irrigação utilizados na cafeicultura de cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004) Souza, Guilherme Ferreira e; Soares, Antônio Alves
    Este trabalho teve como objetivos analisar a produtividade do cafeeiro sob quatro diferentes sistemas de irrigação, avaliar o manejo de irrigação adotado e estabelecer parâmetros de comparação econômica entre os tratamentos. O experimento foi realizado na fazenda Escola da Uniube (Uberaba, MG), em uma lavoura de café da variedade “Catuaí Vermelho – 144”, utilizando dados de produção das três primeiras safras (2001, 2002 e 2003). Foram instalados os seguintes sistemas de irrigação: pivô central equipado com emissores Lepa, tubos de plástico perfurados (TPP ou Tripa) e gotejamentos autocompensante e convencional. Os valores das despesas foram comparados com os das receitas, encontrando-se o ponto de nivelamento econômico e a elaboração dos fluxos de caixa, sendo a partir deles determinados o período de Payback, o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR). O gotejamento autocompensante apresentou as maiores produtividades, seguido por pivô central, gotejamento convencional e TPP. Foram verificados déficits hídricos em todos os tratamentos. Todos os tratamentos analisados mostraram-se rentáveis, e o tempo de retorno de capital investido foi de seis anos para TPP e cinco anos para os demais tratamentos. Nas condições avaliadas, o gotejamento automatizado apresentou a maior lucratividade e o TPP, a menor. O tratamento de gotejamento convencional apresentou-se economicamente viável, exibindo o menor período de Payback e a maior TIR, sendo, portanto, a melhor alternativa, seguida pelos sistemas de gotejamento autocompensante, pivô central e TPP.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Fertirrigação do cafeeiro com esgoto doméstico - Riscos de salinização e contaminação do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Ferreora, Daniel Coelho; Soares, Antônio Alves; Universidade Federal de Viçosa
    Devido à grande quantidade de esgoto produzido, a utilização deste resíduo na agricultura irrigada pode ser uma forma efetiva de controle da poluição, aumento da disponibilidade hídrica, apresentando, assim, benefícios econômicos, sociais, ambientais e de saúde pública. Porém, seu uso deve ser planejado, controlado e bem manejado, para evitar problemas de contaminação microbiana, e alterações negativas nas propriedades físicas e químicas nos solos. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os efeitos do uso do esgoto doméstico em solo cultivado com cafeeiro e monitorar os teores de sódio e nutrientes no solo em função das lâminas de esgoto doméstico aplicadas. No tratamento T1, o solo recebeu irrigação com água limpa e adubação completa (NPK + Calagem) e nos tratamentos T2, T3, T4 e T5 o solo recebeu lâminas de fertirrigação com esgoto doméstico por meio de um sistema de gotejamento, de 180, 350, 480 e 638 mm, respectivamente. Após atingirem esses valores de lâmina aplicada, as parcelas referentes aos tratamentos T2, T3 e T4 foram irrigadas com água limpa até o final do experimento. O esgoto doméstico era coletado a cada aplicação, formando uma amostra composta que era analisada mensalmente. As amostragens de solo foram feitas mensalmente nas camadas de 0-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade, durante quatro meses. Foram avaliados os teores de nutrientes no solo em análise de rotina, além de Na+ trocável e calculado o ISNa. Teores de metais pesados e micronutrientes no solo foram quantificados no início e no final do experimento. Os resultados mostraram que o esgoto doméstico foi eficiente no aporte de alguns nutrientes ao solo, como Ca2+, Mg2+, P, K e N, promovendo diminuição da recomendação de adubação destes nutrientes. A aplicação de esgoto doméstico também elevou os teores de Na+ trocável e no solo, alcançando valores críticos de RAS, no solo dos tratamentos T4 e T5. Os teores de Na+ trocável aumentaram ao longo do tempo proporcionalmente à lâmina aplicada, e apresentaram diminuição no final do experimento, em virtude da lixiviação.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desempenho de sistema de irrigação por gotejamento e eficiência da insetigação com Imidacloprid no controle do bicho-mineiro (Perileucoptera coffeella) no cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002) Souza, José Alberto Alves de; Ramos, Márcio Mota; Universidade Federal de Viçosa
    O presente estudo foi conduzido na Fazenda Vista Alegre, no município de Jaboticatubas, MG, com o objetivo de avaliar o desempenho de um sistema de irrigação por gotejamento instalado em uma área cultivada com café Catuaí Vermelho, a eficiência da insetigação por gotejamento no controle do bicho-mineiro (Perileucoptera coffeella) e a redução da dosagem recomendada de um produto na insetigação. Na avaliação do desempenho do sistema de irrigação, utilizou-se a metodologia proposta por KELLER e KARMELI (1974) modificada por DENÍCULI et al. (1980). Foram feitas três avaliações do sistema, sendo a primeira antes de qualquer alteração no sistema. Após essa primeira avaliação, a pressão de operação do sistema foi aumentada e, então, feita a segunda avaliação. Depois dessa avaliação, procedeu-se à limpeza da tubulação, com injeção de ácido fosfórico, e, após 15 dias, realizou-se um segundo procedimento de limpeza, com injeção de hipoclorito de sódio juntamente com o ácido fosfórico. Após a lavagem do sistema, foi feita a terceira avaliação. Para avaliação do desempenho da insetigação, foi aplicado o inseticida imidacloprid via água de irrigação e via pulverização convencional, com três doses em cada método de aplicação (100%, 75% e 50% da dose recomendada), mais a testemunha, que não recebeu inseticida. A infestação da praga foi avaliada pela contagem de folhas minadas e com larvas vivas. Foram retiradas 10 folhas de cada planta, do 3 º ou 4 º par do terço médio da planta, em 10 plantas por parcela. Avaliou-se a infestação da praga antes da aplicação do inseticida e 15, 30, 45, 60 e 85 dias após a aplicação. Os resultados permitiram concluir que o coeficiente de uniformidade de distribuição de água do sistema de irrigação melhorou significativamente após os procedimentos de limpeza, evidenciando-se a eficácia da limpeza do sistema no desentupimento dos emissores; a insetigação foi mais eficiente que a pulverização convencional no controle do bicho-mineiro do cafeeiro; e a insetigação foi eficiente no controle da praga quando se utilizou 50% da dose recomendada, enquanto a pulverização convencional, com a mesma dose, não proporcionou controle sobre a infestação desse inseto.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Uso racional de água e de energia elétrica na cafeicultura irrigada por pivô central e gotejamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002) Espindula, Dalmácio; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    Na cafeicultura irrigada, existe um grande interesse, por parte dos produtores, na determinação de métodos de manejo da água de irrigação, que possibilitem o uso mais racional da mesma, ou seja, um método que atenda de forma satisfatória às necessidades hídricas da cultura e que permitam uma redução nos custos de produção. Grande parte dos custos de produção, em sistemas de irrigação, são atribuídos aos gastos com energia elétrica. Os motores elétricos utilizados nos sistemas de bombeamento são os principais responsáveis por esses gastos. Conhecendo-se a importância da redução destes custos, o presente trabalho objetivou a racionalização do uso da água (via tensiômetro e tanque classe "A" (manejo real), comparados com manejo via simulação (SISDA 3.5)) e de energia elétrica (adequação da força motriz e de sistema de bombeamento) na cafeicultura irrigada, avaliados em sistemas de irrigação do tipo pivô central e gotejamento, localizados na Fazenda Vista Alegre, município de Jaboticatubas - MG, no ano agrícola de 2001. Observou-se que, para o manejo da água de irrigação adotado pelo empresário durante o ano agrícola avaliado, os teores de umidade mantiveram-se em níveis considerados baixos para o bom desenvolvimento e produtividade da cultura do café, o que, de certa forma, explica as baixas produtividades alcançadas na fazenda, nos últimos anos. Na avaliação do manejo simulado com o programa SISDA, os teores de umidade mantiveram-se próximos à capacidade de campo, para o equipamento de pivô central, o que, devido às melhores condições para o desenvolvimento da cultura, possibilitou a obtenção de maiores produtividades na cultura do café. Para o equipamento de gotejamento, durante o período de maior demanda hídrica, o teor de umidade manteve-se abaixo dos valores recomendados, devido, principalmente, às limitações do equipamento, mas, ainda proporcionando melhores condições ao bom crescimento e produtividade da cultura do café. Constatou-se que a adequação de força motriz, mediante a substituição dos motores-padrão, em uso na propriedade, por motores-padrão adequados, por motores de alto rendimento de mesma potência, e por motores de alto rendimento adequados, tornou-se uma alternativa viável sob o ponto de vista técnico-econômico. Uma outra alternativa seria a substituição dos conjuntos motobombas, em uso, por conjuntos motobombas adequados às condições de projeto, podendo-se obter resultados satisfatórios quanto aos índices técnico-econômicos. Observou-se também que o número de horas de uso, recomendado para o manejo simulado, (com o uso do SISDA), foi superior ao manejo adotado na fazenda, (com o manejo real). Uma das vantagens do manejo com o SISDA seria o fornecimento de água de forma precisa e suficiente para obtenção de produtividades elevadas e competitivas. Outro fator relevante seria o gasto específico com energia hidráulica útil que, principalmente, devido à adequação dos motores e dos sistemas de bombeamento, bem como a otimização do número de horas de funcionamento de cada motor, poderia ser reduzido. Um dos principais aspectos a ser observado na avaliação da rentabilidade da cafeicultura irrigada é a produtividade. Os níveis de produtividade considerados baixos para a atividade inviabilizam a utilização da irrigação, ressaltando a importância da programação do manejo da irrigação para obtenção de maiores índices de produtividade e redução nos custos dos fatores de produção, propiciando, assim, a elevação das receitas da atividade cafeeira.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise técnica de sistemas de irrigação por pivô central utilizados na cafeicultura irrigada do Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Sousa, Maurício Bonatto Alves de; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de analisar tecnicamente a cafeicultura irrigada por pivô central na região Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia. O trabalho foi dividido em três etapas na primeira avaliou-se a uniformidade de aplicação de água de dez sistemas de irrigação por pivô central, distribuídos em seis municípios, sendo determinado o coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) e o coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) de cada sistema. Dentre os dez pivôs avaliados, dois deles (20% dos casos), apresentaram problemas de uniformidade de aplicação de água, resultados estes que podem ser considerados satisfatórios, se considerarmos que foram avaliados pivôs com até quinze anos de uso. Em uma segunda etapa, três propriedades, dentre as dez avaliadas, foram utilizadas para estudar o manejo de irrigação adotado, analizando-se a lâmina aplicada e o momento da irrigação. Para isto foram feitas três avaliações consecutivas de manejo em cada uma destas propriedades, determinando-se a umidade do solo antes da irrigação e a lâmina aplicada pelo sistema. Em todas as propriedades avaliadas nesta etapa foram detectadas falhas no manejo de irrigação adotado, com atraso nas irrigações e lâminas aplicadas inferiores às lâminas requeridas, proporcionando elevados valores de déficit. Na terceira etapa, complementando o estudo anterior, foi feito um acompanhamento do manejo de irrigação em outras três propriedades selecionadas, durante o período de um ano, utilizando-se para isto dados meteorológicos de estações locais e o programa computacional SISDA 3.0. Foram detectadas falhas no manejo de irrigação nas três propriedades avaliadas, com déficits hídricos acentuados em importantes fases da cultura. Apesar disto as produtividades obtidas em cada propriedade foram satisfatórias, devido principalmente à boa distribuição de chuvas na região durante o período de estudo, embora a aplicação adequada da água pudesse ter elevado estas produtividades, sendo necessário, no entanto, estudos posteriores para quantificar estas perdas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Irrigação, fertirrigação, fisiologia e produção em cafeeiros adultos na região da Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    A cafeicultura é uma atividade de grande importância na economia brasileira, contribuindo de forma significativa para a balança comercial do país. A cafeicultura irrigada ocupa uma área significativa e necessita de informações que possibilitem o seu desenvolvimento. Este trabalho foi desenvolvido na fazenda Laje, localizada em Viçosa-MG, no período de setembro de 1999 a maio 2001, com cafeeiros adultos com oito anos de plantio, no estande de 3.330 plantas por hectare, irrigados por gotejamento, como parte do Projeto “Implantação de Áreas de Observação e Pesquisa em Cafeicultura Irrigada”, do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (UFV/EMBRAPA). O trabalho foi desenvolvido em duas etapas: na primeira avaliou-se o efeito da irrigação e da fertirrigação no desenvolvimento e na produtividade do cafeeiro, e na segunda avaliou-se o efeito do défice hídrico, expresso como potencial hídrico de antemanhã (Yam), na abertura floral do cafeeiro. Os resultados de dois anos de acompanhamento experimental, relacionados à aplicação de água e nutrientes, permitem concluir que a irrigação proporcionou produtividade média de 79 sacas beneficiadas (60 kg) por hectare, o que corresponde a um aumento de 64% em relação ao tratamento não-irrigado, sendo as médias de precipitação no período, similares a média histórica, porém com distribuição distinta do padrão médio da região. A fertirrigação não proporcionou problemas de entupimento dos emissores, não afetando a uniformidade de aplicação de água do sistema de irrigação por gotejamento, e também não proporcionou diferenças estatísticas significativas na produtividade da cultura devido à fonte de nutriente utilizada, embora o custo dos produtos apresentados tenha variado em até 428%. No estudo do efeito do estresse hídrico, observou-se que não houve quebra da dormência dos botões florais pelo efeito do défice aplicado, mesmo para potenciais de -0,8, -1,2 e -1,9 MPa, após 30, 63 e 90 dias, respectivamente. Nas condições edafoclimáticas observadas na condução do experimento, a quebra da dormência dos botões florais ocorreu somente em função da queda brusca de temperatura após a ocorrência de precipitações, mesmo com potencial da folha de -0,2 MPa.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise de métodos simplificados de estimativa da ETo e da sensibilidade das variáveis do cálculo da lâmina de irrigação para a cultura do café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003) França, Adjalma Campos de; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    A determinação da evapotranspiração de referência (ETo) é um parâmetro básico de extrema importância para a definição das necessidades hídricas das culturas e do momento da irrigação. No manejo desta são necessárias informações meteorológicas que permitam estimar, com maior nível de precisão, a evapotranspiração das culturas. A utilização de estações meteorológicas automáticas nem sempre é possível em propriedades agrícolas em razão do seu elevado custo inicial e da infra-estrutura necessária, tornando o uso de estações simplificadas que medem temperatura e precipitação uma das únicas opções viáveis. Nesse caso não é possível o emprego da metodologia-padrão de Penman-Monteith, sendo necessário o uso de outros métodos mais simples e menos precisos. Este trabalho constituiu-se de duas etapas. A primeira teve como objetivos: a) a avaliação e calibração da evapotranspiração de referência (ETo) de dois métodos simplificados, Hargreaves-Samani (HS) e Blaney-Cridle-FAO (BC-FAO), ao método-padrão (Penman-Monteith); e a realização de ajustes para otimização dos métodos simplificados, gerando informações importantes para suporte ao manejo de irrigação nas principais regiões produtoras de café do país. Ainda na primeira etapa, os resultados das estimativas foram obtidos em função dos dados climáticos disponíveis de cada localidade em estudo, com o auxílio do software IRRIGA. As cidades de interesse para o estudo foram selecionadas de acordo com a representatividade das características da região entre os principais centros produtores de café: Cerrado, Leste, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais, Oeste e Sudoeste da Bahia, sendo as cidades escolhidas Araguari, Patrocínio, Caratinga, Lavras, Varginha e Viçosa, em Minas Gerais; e Vitória da Conquista e Barreiras, na Bahia. Os sistemas de plantio foram separados em dois grupos: lavouras mecanizadas e lavouras não-mecanizadas. Em todas as localidades, a equação de Hargreaves & Samani se ajustou melhor à equação de Penman-Monteith, sendo esta a recomendável para o manejo da irrigação em condições de limitação de disponibilidade de dados climáticos. A segunda etapa teve o objetivo de promover uma análise de sensibilidade da lâmina bruta de irrigação aos componentes do modelo. E a utilização do método de Hargreaves & Samani para determinação da evapotranspiração de referência (ETo) foi o parâmetro que apresentou maior coeficiente de sensibilidade relativa (Sr), de 0,60. O erro na utilização desse método com relação ao método-padrão transferiu um erro médio compreendido entre 3,10 e 3,90%, variando de acordo com a combinação com outros parâmetros necessários à determinação da lâmina bruta, como: coeficiente de estresse hídrico (Ks), coeficiente de localização (Kl), coeficiente de cultura (Kc) e a eficiência de aplicação do sistema. O coeficiente de localização (Kl) apresentou 0,5 como valor médio do coeficiente de sensibilidade (Sr); porém, devido à discrepância entre os valores dos dois métodos utilizados (Keller e Fereres) para o cálculo do Kl, os erros médios transferidos alcançaram valores de até 17,80%.