UFU - Dissertações

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    A cadeia produtiva do café [recurso eletrônico] : uma análise da produção acadêmica brasileira e o impacto da denominação de origem do café na criação de vantagem competitiva da Região do Cerrado Mineiro
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2018-08-29) Souza, Ariany Pena de; Bueno, Janaína Maria
    A cadeia produtiva do café é tema desta dissertação e a sua importância está relacionada com a representatividade desta cadeia nas atividades do agronegócio mineiro e brasileiro, e a relevância do aprimoramento de técnicas de gestão, que possibilitam o desenvolvimento econômico, financeiro, social e sustentável das atividades econômicas, especialmente na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A dissertação é composta por dois artigos, sendo que no primeiro o objetivo foi analisar a produção científica brasileira sobre a cadeia produtiva do café, na área de Administração, entre os anos de 2007 a 2017, por meio de revisão sistemática e bibliometria. Por meio da análise de publicações foi possível evidenciar suas características e de autoria, bem como, um panorama sobre seus subtemas e suas esferas de análise, no decorrer do tempo. Destaca-se que os subtemas mais frequentes nas publicações foram: boa prática, consumo, gestão, internacionalização e estratégia e que as esferas de análise mais estudadas foram:mercado, região, consumidor e indústria. Sobre as três leis da bibliometria, indica-se que nopresente estudo, a Lei de Lotka não foi comprovada, a Lei de Zipf foi confirmada e a Lei Bradford foi parcialmente constatada. Aponta-se que tem havido ummconsiderável interesse pelo tema, com o aumento de estudos ao longo dos anos, com certa constância de subtemas e esferas de análise de pesquisa, que vão consolidando no decorrer do tempo, o conhecimento sobre a cadeia produtiva do café no Brasil. Sobre o segundo artigo, o intuito da pesquisa foi analisar a criação da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, seu papel estratégico para os produtores e as capacidades necessárias para a sua criação e implementação. O procedimento técnico de pesquisa foi o estudo de caso, sendo a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro o caso em si, com as organizações e os produtores rurais que compõem à Denominação. Foram utilizados análise documental, entrevista com uma representante da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, detentora da marca Região do Cerrado Mineiro e, também, questionário com uma representante de produtor rural e um produtor rural. Os resultados mostraram que a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, composta pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, cooperativas, associaçoes, pelos armazéns credenciados e exportadores, busca junto a seus produtores rurais, produzir café com ética, rastreabilidade e de alta qualidade, cujo objetivo é integrar e desenvolver a região, conectando-a aos produtores e torrefadores. Observa-se como um fator importante a criação do Selo de Origem, que ajuda no processo de diferenciação dos cafés produzidos na região, diante do mercado. Evidencia-se que os produtores estão respondendo ao mercado, à medida que ocorrem exigências dos consumidores, os produtores têm buscado atender às demandas e, que ainda, as capacidades adaptativa e absortiva têm sido desenvolvidas neste esforço de resposta, já a capacidade invocativa ficou pouco evidenciada. A Produção Tecnológica resultante da presente pesquisa foi à elaboração de um mapa-esquema para acompanhar a absorção e a adaptação de prática.
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    Estrutura de governança e agricultura familiar na cafeicultura do cerrado mineiro
    (UFU - Universidade Federal de Uberlândia, 2017-07-27) Melo, Sílvio Alberto Ribeiro; Ortega, Antonio César
    Nas últimas quatro décadas, a produção agrícola na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba passou por grandes mudanças e ganhou projeção nacional como produtora de soja, milho, cana-de-açúcar e café. Esse último tem particular importância na Economia regional e na estadual, cuja produtividade é maior que a média estadual e nacional, e tem participação expressiva no comércio exterior do Brasil, o maior produtor do grão no mundo. Mesmo com grande importância no cenário nacional, a cafeicultura passou por diversos momentos de prosperidade e de crise ao longo do tempo, como no começo dos anos 1990, com a desregulação que o Governo Federal promoveu no setor, levando vários cafeicultores a buscarem a melhoria da qualidade do grão, como alternativa à situação, diferenciando-o do grão commodity. Existem diversas certificações para todos os tipos de produtos e o café merece destaque, por ter tido um crescimento notável nesses mercados nas últimas décadas, merecendo destaque a região do Cerrado Mineiro, que produz café de alta qualidade e possui, entre diversas certificações, o selo de Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. Para que esse território fosse constituído, foi necessário criar uma estrutura de governança que pudesse garantir aos produtores o controle de qualidade, que vai desde o plantio do grão, até o consumidor final, e que essa estrutura pudesse ser desfrutada tanto pelos médios e grandes produtores, quanto pelos agricultores familiares. Entretanto, a conquista dessa certificação incorre em elevados custos que tornam esse processo excludente, como é o caso dos cafeicultores familiares. Assim, objetivo do presente trabalho, é caracterizar o perfil dos cafeicultores familiares do município de Patrocínio, como um reflexo para a cafeicultura familiar do Cerrado Mineiro, partindo da hipótese de que o processo de certificação seja excludente pelos custos financeiros incorridos nele. Para isso, foi feita uma pesquisa de campo com associados da APPCER, uma associação de cafeicultores familiares que possui a certificação Fair Trade (Comércio Justo), mas seus membros não possuem a Denominação de Origem majoritariamente, buscando entender quais são as dificuldades que eles enfrentam em se certificar, se esse é um interesse para eles e como a estrutura de governança na região tem impacto para a sua atividade produtiva. Conclui-se que, para os associados da APPCER, apesar do processo ser excludente, ele não o é pelos custos incorridos na certificação, e sim, pela falta de informações sobre o processo, mas que esse fator pode se alterar dentro de uma região tão vasta como é o Cerrado Mineiro, pois é necessário considerar como os produtores estão inseridos na estrutura de governança.
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    Épocas de aplicação do Espiromesifeno no controle de Brevipalpus Phoenicis (Geijskes) (Acari: tenuipalpidae) em cafeeiro
    (Instituto de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Uberlândia, 2013-09-27) Costa, Thaís Ribeiro da; Melo, Benjamim de
    Dos fatores que afetam a produção do cafeeiro, os danos causados pelo ácaro Brevipalpus phoenicis (GEIJSKES) são de significativa expressividade econômica, cuja importância nessa cultura se dá por esse ácaro ser o vetor do vírus da mancha anular, responsável pela queda de folhas e redução na qualidade do café. A época recomendada para o controle químico deste ácaro é após a colheita, quando o dano à produção já ocorreu, pois o pico populacional desta praga se dá antes deste período. O inseticida-acaricida espiromesifeno atua inibindo a síntese de lipídeos e tem efeito ovicida sobre B. phoenicis, demonstrando eficácia no controle deste ácaro em curto prazo após a aplicação, porém mostra ser promissor no controle por longo período, isso devido ao seu efeito residual na fecundidade do ácaro. Desta forma, visando manter o ácaro B. phoenicis em baixas populações, por meio da antecipação da época de aplicação dos produtos químicos, foram realizados dois experimentos na estação experimental da Bayer CropScience, fazenda São Jorge, em Araguari-MG, no período de outubro de 2011 a outubro de 2012. O primeiro teve como objetivo avaliar o produto espiromesifeno, em três doses, no controle do ácaro após a colheita, tendo como padrão os produtos espirodiclofeno e abamectina. No segundo, foi testada a eficácia de três doses de espiromesifeno para aplicação em três épocas antes da colheita, visando impedir o pico populacional do ácaro na cultura bem como avaliar a antecipação da aplicação do controle químico. Os experimentos foram conduzidos em talhões diferentes, dos quais, para as avaliações dos testes, se fez a contagem do número de ácaros em ramos e frutos de café retirados do terço médio e inferior da planta. Em ambos os experimentos foi observada a eficácia dos produtos a curto e longo prazo. Até 30 dias após a aplicação, o espiromesifeno desempenhou bom controle do ácaro B. phoenicis em todas as doses testadas, com melhor desempenho tanto nas de 120 g ia ha -1 quanto na de 144 g ia ha -1 em relação à abamectina e espirodiclofeno, quando avaliada a população do ácaro 232 dias após a aplicação. A antecipação da aplicação do espiromesifeno para o controle químico do ácaro B. phoenicis foi eficiente para todas as épocas testadas e doses utilizadas (96, 120 e 144 g ia ha -1 ) e impediu a formação de picos populacionais do ácaro, demonstrando, assim, que não é necessário aguardar o período de colheita para se realizar as pulverizações.
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    Atividade microbiana e propriedades bioquímicas do solo sob a adição de composto orgânico e palha de café
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2012-03-14) Oliveira, Suelen Martins de; Ferreira, Adão de Siqueira
    Na agricultura moderna e com a adoção de práticas de manejo mais sustentáveis, o uso de resíduos orgânicos na agricultura tem sido visto como uma importante escolha, principalmente por se tratar de materiais recicláveis no solo. O trabalho foi conduzido com a adição de composto orgânico enriquecido com fosfato natural (COM), nas quantidades de 0, 10, 20, 40 e 80 g kg -1 , e palha dos grãos de café (PC) com adições de 0, 7, 14, 28 e 56 g kg -1 , em amostras de Latossolo Vermelho Amarelo coletadas na profundidade de 0-5 cm, com quatro repetições. Foram feitas análises químicas para a caracterização do solo e dos resíduos orgânicos utilizados. Os atributos avaliados foram: a respiração microbiana do solo (RMS), porcentagem de mineralização do carbono (C) da PC, atividade das enzimas desidrogenase (DHA), hidrolases do diacetato de fluoresceína (FDA), β-glicosidase, invertase, urease e fosfatases ácida e alcalina, bem como a disponibilidade de fósforo (P) no solo. Os resultados mostram que a adição de COM e PC tem implicações importantes na atividade microbiana e bioquímica do solo. As adições dos resíduos orgânicos implicaram em aumentos significativos na RMS, tendo a menor adição de PC (7 g kg -1 ) apresentado valores superiores à maior dose de COM (80 g kg -1 ). A adição de COM resultou em aumento linear na disponibilidade de P. A PC apresentou porcentagem de mineralização do C superior a 85%. A atividade das enzimas DHA, FDA e β-glicosidase apresentou maiores valores, quando da adição de PC, comparado com o COM. Os resultados obtidos sugerem que o aproveitamento de resíduos orgânicos, compostado ou natural, no sistema produtivo agrícola pode ser uma prática de manejo importante em decorrência das modificações identificadas nos processos biológicos e bioquímicos do solo.
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    Geoestatística aplicada à gestão ambiental da fertilidade e de fitonematoides na cafeicultura do cerrado
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2016-02-12) Almeida, Leandro da Silva; Guimarães, Ednaldo Carvalho
    A geoestatística contribui para uma maior eficiência na aplicação de fertilizantes e defensivos na cafeicultura, conseguindo, com o auxílio desta técnica, trabalhar a necessidade pontual dos atributos do solo na propriedade. Permite também descrever com precisão a distribuição espacial dos atributos químicos e de atributos biológicos do solo, como, por exemplo, os nematoides. Assim, o objetivo do estudo foi verificar a dependência espacial e elaborar modelos geoestatísticos que proporcionam o uso eficiente de corretivos, fertilizantes, nematicidas na cafeicultura, com o intuito de ajudar na preservação dos recursos naturais, contribuindo assim para uma cafeicultura sustentável. Buscou-se, também, correlacionar a população de nematoides com os níveis de fertilidade do solo. O experimento foi realizado em uma lavoura cafeeira no município de Araguari-MG, região do triangulo Mineiro, a fazenda possui 65 ha de cafeeiro arábica (Coffea arabica L.), utilizando uma malha de um ponto por hectare, totalizando 65 pontos. Foram analisados pH, macronutrientes, matéria orgânica do solo (MOS), micronutrientes e nematoide. Nos resultados constatou-se que os modelos geoestatísticos foram apropriados para descrever os atributos químicos do solo e os fitonematoides à exceção da MOS e do manganês, os quais foram descritos por estatística clássica. No estudo ficou clara a vantagem da agricultura com o uso da geoestatística em relação à agricultura convencional, tanto para fins econômicos, quanto para o meio ambiente, pois quando se trabalha pontualmente pode-se fazer uma melhor gestão dos recursos naturais, tanto no momento da aplicação na propriedade quanto em uma demanda mais consciente. Não foi possível correlacionar a população de nematoides com a fertilidade do solo.
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    Reação de genótipos de cafeeiro à Hemileia vastatrix e à Cercospora coffeicola
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2016-03-07) Madeira, José Augusto Pereira; Juliatti, Fernando Cezar
    O cafeeiro foi implantado no Brasil inicialmente no Pará por volta de 1727. Duas doenças se destacam na cultura do cafeeiro no País. Uma é a ferrugem, causada pelo fungo Hemileia vastatrix e responsável por prejuízos da ordem de 50% na produção. A outra é a cercosporiose, causada pelo fungo Cercospora coffeicola e presente de forma endêmica em todas as lavouras cafeeiras, constituindo-se em uma doença de importância econômica e responsável por prejuízos tanto na fase de viveiro como na fase de campo. A disponibilização de cultivares resistentes a essas doenças tem sido um constante desafio para os melhoristas. Os programas de pesquisa têm um papel importante na busca por novos genótipos resistentes e/ou tolerantes, visto que, ao longo do tempo, as plantas podem se tornar suscetíveis a novas raças dos patógenos, que podem apresentar elevada variabilidade genética. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência e a severidade das doenças e a resistência de diferentes genótipos de cafeeiro aos patógenos H. vastatrix e C. coffeicola, bem como a produtividade desses genótipos, no sistema de plantio adensado. O delineamento utilizado foi o de blocos casualisados, com doze genótipos (tratamentos) e duas repetições (blocos). Os dados foram analisados pelo programa SISVAR ® e submetidos aos testes de Scott-Knott e de Tukey a 5% de probabilidade. Foram avaliadas as incidências de cercosporiose e ferrugem, bem como a porcentagem de severidade das doenças. A partir das médias obtidas, foi calculada a área abaixo da curva de progresso de ambas as doenças. Em relação à ferrugem, os genótipos mais resistentes foram H586-6, IBC 12, H556-7 e H567-6. Em relação à cercosporiose e à produtividade, não houve diferença estatística entre os genótipos. O sistema de plantio adensado não prejudicou o desenvolvimento das plantas, mas favoreceu a evolução das doenças em razão do microclima criado.
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    Narrativas de trabalhadoras rurais na cafeicultura da região do cerrado mineiro: explorando as fissuras do colonialismo
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2018-02-26) Dornela, Fernanda Junia; Medeiros, Cintia R. O.
    O objetivo principal desta dissertação é analisar como se manifestam as relações de gêneros nas narrativas das mulheres trabalhadoras rurais, na cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro. A noção de gêneros que adotamos é defendida na perspectiva pós-colonial, nos possibilitando identificar, compreender e tentar descontruir as relações sociais desiguais vivenciadas por essas trabalhadoras rurais, que são resultantes de construções sociais, tendo como base as diferenças sexuais, culturais, raciais e de classes sociais. A perspectiva pós- colonial teoriza sobre posições e as relações de sujeitos heterogêneos, como mulheres e mulheres negras, que se mostram divergentes das imagens raciais e de gêneros produzidas pelo conhecimento ocidental (CALÁS; SMIRCICH, 1999). Por meio dessa abordagem, é possível criar um espaço para que os grupos considerados subalternos, que vivem em condições de silêncio, sendo legitimados por outras pessoas que assumem seus lugares nos espaços públicos, falem por si (SPIVAK, 2010). Dessa forma, buscamos criar, por meio dessa dissertação, um espaço para que as mulheres trabalhadoras rurais na cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro pudessem falar por si, contando suas trajetórias, experiências e expectativas. Esta pesquisa é de natureza empírica, classificada, respectivamente, quanto aos objetivos e abordagem, como descritiva e qualitativa, estando situada na matriz proposta por Alvesson e Deetz (1999) no quadrante dos Estudos Dialógicos. O material empírico analisado por meio da Análise Crítica do Discurso (ACD), utilizando o modelo tridimensional de Fairclough (2001), consiste em entrevistas narrativas realizadas com 14 trabalhadoras rurais na cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro, aqui representada pelos municípios de Patrocínio, Carmo do Paranaíba e Monte Carmelo. As análises realizadas estão em torno de três configurações presentes nas relações de gêneros, definidas com base nas principais questões discutidas na teoria pós-colonial: Identidades; Desigualdades e Colonialidade Em conjunto, as análises das narrativas das trabalhadoras rurais entrevistadas nos permitiu explorar as fissuras do colonialismo presentes nas relações e contextos em que elas estão inseridas. Essas análises sugerem que as relações de gêneros são manifestadas por meio de heranças do colonialismo que estigmatizam as entrevistadas; desigualdades; diferenças de gêneros, raças e classes sociais, estando presentes nos contextos do trabalho; ambientes domésticos e sociedade. Esses resultados encontrados estão naturalizados e incorporados nas práticas discursivas e sociais das trabalhadoras rurais entrevistadas. Entendemos, portanto, que as relações de gêneros abordadas neste trabalho permanecem sobre a influência do poder que a sociedade, homens e mulheres exercem sobre outras mulheres, representando uma herança do colonialismo.
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    As estratégias de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café da região do Cerrado mineiro
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2016-02-26) Moura, Erick de Freitas; Bueno, Janaína Maria
    O objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar quais foram as estratégias de internacionalização adotadas pelas cooperativas agropecuárias de café da Região do Cerrado Mineiro. O paradigma de pesquisa adotado foi funcionalista, com abordagem qualitativa e, para acessar os dados, valeu-se de estudos de casos, de cinco cooperativas agropecuárias que comercializam café, filiadas à Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que é a controladora da denominação de origem e marca Região do Cerrado Mineiro, além dos dados obtidos da própria federação. Dentre os cinco primeiros casos, dois deles são de cooperativas que se internacionalizaram, sendo que uma delas encerrou suas atividades no decorrer da pesquisa, e as outras três não se internacionalizaram. A coleta de dados foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores das cooperativas internacionalizadas, não internacionalizadas e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e com cooperados associados às cooperativas internacionalizadas, o que resultou em 16 entrevistas, além de documentos. A técnica de análise de conteúdo serviu à análise dos dados coletados, a qual possibilitou identificar cinco categorias, constituídas por fatores impulsionadores, retardadores ou limitantes à internacionalização, ainda, por fatores híbridos, que influenciaram as estratégias de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café da Região do Cerrado Mineiro, que são: 1) agregar valor; 2) relação com parceiros comerciais e concorrência; 3) estrutura da cooperativa; 4) fazer parte da Região do Cerrado Mineiro; 5) estar localizado no Cerrado Mineiro. Enquanto contribuição teórica, emergiram duas. A primeira é o uso conjunto das teorias de internacionalização, Teoria das Capacidades Dinâmicas e estudos sobre cooperativas agropecuárias no processo de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café. A segunda, foi a padronização dos nomes utilizados para se referir aos tipos de cafés, são eles: a) commodities ou indiferenciados; b) diferenciados, superiores, certificados ou de segunda linha; c) especiais, finos, de primeira linha, finíssimos ou extrafinos. Em decorrência das contribuições teóricas, sobrevieram as contribuições práticas. Primeiramente, esboçou-se os passos adotados pelas cooperativas internacionalizadas ao atenderem o mercado internacional e, em sequência, apresentou-se dezenove estratégias de internacionalização específicas. Por último, a originalidade da pesquisa adveio do uso de teorias de internacionalização e da Teoria das Capacidades Dinâmicas, em conjunto, para compreender o movimento de internacionalização de cooperativas agropecuárias de café.
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    Uso da espectrometria de massas com ionização por eletrospray no estudo da influência da irrigação e da resistência ao fungo Hemileia vastatrix BerK. Et Br. em grãos verdes de Coffea arabica
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2018-03-05) Machado, Leandro Batista; Morais, Sérgio Antônio Lemos de
    O crescimento das zonas agrícolas de café irrigado e o desenvolvimento de novas tecnologias vem proporcionando o aumento da produtividade e qualidade do produto final. Entretanto, uma modelagem precisa da influência da irrigação sobre as altera- ções químicas do café arábica é limitada. Neste estudo, foram analisadas por espec- trometria de massas com ionização por eletrospray por infusão direta (EM-IES), dez diferentes variedades de Coffea arabica L., cultivadas sob regimes distintos de água (irrigado e sequeiro). Os principais constituintes identificados nos extratos metanólicos dos grãos verdes, nos modos positivo e negativo, foram: colina; trigonelina; sacarose; β N-araquinoil-5-hidroxitriptamida; β N-behenoil-5-hidroxitriptamida; palmitoil-linoleoil (PL); dilinoleoil (LL); dipalmitoil-linoleoil (PPL); palmitoil-dilinoleoil (PLL), ácido quínico, ácido cafeoilquínico, ácido dicafeoilquínico e três novos compostos identificados pela primeira vez na matriz café verde: triacilglicerol (TG, 54:6), fosfoetanolamina (PE, 40:7) e 1-hexadecil-2-dodecanoil-glicero-3-fosfato. Foi possível classificar eficiente- mente os grupos de cafés irrigado e de sequeiro a 95% de confiança, usando PLS-DA (Partial Least Squares Discriminant Analysis), a fim de se obter todos os requisitos mínimos para a avaliação da eficiência do modelo de classificação dos cafés. A Sa- carose (íon m/z 381) e o íon m/z 431 (não identificado) sofreram uma influência nega- tiva da irrigação, enquanto a trigonelina (íon m/z 138 e íon m/z 176) e o íon m/z 723 (não identificado) foram correlacionados positivamente com a irrigação. O teste de xícaras mostrou que o café cultivado em regime de sequeiro apresentou notas de classificação ligeiramente maiores que as observadas no café cultivado sob irrigação, provavelmente por apresentarem maior teor de sacarose. Adicionalmente, foi avaliada a influência da resistência das variedades estudadas ao fungo Hemileia vastatrix BerK. Et Br. na composição química dos grãos verdes. Observou-se que o perfil quí- mico dos grãos das variedades resistentes não muda consideravelmente do perfil das variedades suscetíveis.
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    Impacto do crédito de ICMS sobre o custo de produção na cafeicultura [manuscrito] : um estudo nas principais regiões produtoras de café arábica no Brasil
    (Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2011-04-01) Almeida, Ana Paula Silva; Reis, Ernando Antônio dos
    Os custos para a produção e venda de determinado produto consumidos por uma empresa podem trazer informações pertinentes para a tomada de decisão empresarial. Na cafeicultura, a análise de custos torna-se uma ferramenta valiosa, onde variáveis como clima, tipo de solo e região do cultivo do café são determinantes para se mensurarem os gastos com insumos, mão- de-obra, utilização de máquinas, energia, dentre outros itens pertencentes ao processo produtivo. Além dos custos operacionais, o produtor rural deve considerar também a tributação sobre eles incidente e que impacta diretamente no custo de produção. Em alguns casos, a legislação prevê a possibilidade de compensação de impostos, considerados não- cumulativos, pagos nas compras de itens destinados ao processo produtivo. O ICMS possui essa característica de não-cumulatividade, porém no setor agropecuário, de forma geral, não existe a prática de utilização do crédito do ICMS e em consequência disso, os custos de produção se tornam mais onerosos. Nesse contexto, o presente estudo tem o propósito de identificar o impacto do crédito de ICMS sobre o custo de produção nas principais regiões produtoras de café arábica no Brasil. Para isso, analisaram-se os regulamentos do ICMS dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia e os custos de produção agrícola do café disponibilizados pela CONAB, no período de 2003 a 2010, procurando identificar as contas de custo com incidência de ICMS. Esta pesquisa justifica-se pela importância representada pela produção de café para a economia brasileira e mundial. No transcurso da cadeia produtiva cafeeira percebe-se que ela é responsável pela geração de empregos, fixação do homem no campo e movimentação da economia como um todo. Quanto à metodologia, o trabalho caracteriza-se como sendo descritivo e quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa quantitativa, aplicando-se o teste Scott-Knott (1974) para análise cujos resultados demonstraram que os valores do ICMS apresentaram um comportamento de divergência quando comparados entre os estados, os períodos e as contas analisados. Esse comportamento pode ser justificado pelo fato de as alíquotas do imposto serem diferentes entre os estados. Na análise temporal do crédito do ICMS verificou-se que o não aproveitamento deste crédito pode acarretar em prejuízos financeiros para o agricultor. Portanto, percebe-se a importância de o cafeicultor ter conhecimento dos mecanismos para o aproveitamento do crédito de ICMS, pois esses valores não aproveitados oneram a produção de café, reduzindo a rentabilidade do investimento e a competitividade no mercado.