UNESP - Dissertações
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Resultados da Pesquisa
Item Avaliação de um pulverizador de volume ultra baixo na cultura do café para o controle de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-02-04) Decaro Junior, Sergio Tadeu; Ferreira, Marcelo da CostaA necessidade de aplicações periódicas de produtos fitossanitários na cultura do café para o controle de Leucoptera coffeella assegura a produtividade em regiões propícias à alta ocorrência desse inseto, porém onera os custos de produção. A utilização de pulverizador que aplica volume ultra baixo de calda contribui para que haja uma redução desses custos. Para tanto, foram preparadas caldas fitossanitárias com diferentes concentrações de adjuvantes e medidas as características de tensão superficial, ângulo de contato e área molhada de gotas aplicadas sobre a superfície de folhas de café e de vidro. Essas caldas foram pulverizadas a campo por meio de um pulverizador de volume ultra baixo com bicos pneumáticos, nos volumes de 20, 30, 40, 46, 67 e 92 L.ha -1 , e um pulverizador convencional de volume alto, com bicos hidráulicos, nos volumes de 200 e 400 L.ha - 1 , em que avaliaram-se os depósitos de marcador sobre folhas de plantas de café, bem como a capacidade de campo operacional dessas aplicações. Antes e após as pulverizações foram feitas 1 e 3 coletas de folhas, respectivamente, sendo uma prévia e a outras aos 7, 14 e 21 dias após a pulverização (DAP), em que foram avaliados o número de larvas de L. coffeella vivas e mortas, número de minas novas e velhas, número de folhas minadas, número de ovos e número de larvas de L. coffeella parasitadas e eficiência do controle. Os resultados mostraram que, aumentando-se a concentração de óleo na calda, há reduções no valor de tensão superficial, e consequentemente no ângulo de contato, aumentando a área molhada pelas gotas. A deposição de marcador sobre as folhas foi significativamente maior para os volumes do pulverizador convencional, porém o pulverizador pneumático depositou, significativamente, mais volume de inseticida nas folhas e de forma mais homogênea entre as alturas da planta. Os volumes menores proporcionaram um ganho em capacidade de campo operacional. O volume de 200 L.ha -1 foi significativamente melhor que o volume de 400 L.ha -1 , para o pulverizador convencional, e a faixa de 70 a 90 L.ha -1 , para o pulverizador com bicos pneumáticos, podem ser utilizados no controle de L. coffeella, havendo eficiência da pulverização, ganho operacional, redução de custos e de contaminação ambiental.Item Reprodução de Pratylenchus coffeae e P. Jaehni (nematoda: Pratylenchidae) em citros e cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-09) Demant, Carlos Alberto Rauer; Wilcken, Silvia Renata SicilianoA presente pesquisa visou obter a taxa de reprodução de Pratylenchus coffeae (Zimmermann, 1898) e Pratylenchus jaehni Inserra,Duncan, Santos, Kaplan, Vovlas 2001 em cafeeiro e em citros a fim de encontrar nesses hospedeiros semelhanças ou diferenças entre as duas espécies de nematóides estudadas. Para isso, foram montados quatro diferentes experimentos. No primeiro experimento plantas de cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e de citros ‘Limão Cravo’ foram inoculadas 100 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta, que foram mantidas em casa de vegetação. Após 148 dias as plantas foram avaliadas utilizando como parâmetros: altura e peso seco da parte aérea, peso fresco do sistema radicular e população final do nematóide inoculado no solo e na raiz, seguindo a metodologia proposta por Jenkins (1964) e Coolen e D’Herde (1972), respectivamente. No segundo experimento plantas de cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e de citros ‘Limão Cravo’ foram inoculadas 220 nematóides (P. jaehni) por planta, as quais foram mantidas em casa de vegetação. Após 136 dias as plantas foram avaliadas utilizando os mesmos parâmetros acima relacionados. No terceiro experimento sete genótipos de cafeeiro (Icatu Vermelho, Apoatã, Catuaí Vermelho, Mundo Novo, Laurentii, EP 355 e IAC 457) foram inoculadas com 500 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta. Após 120 dias as plantas foram analisadas utilizando como parâmetros massa fresca do sistema radicular e população final do nematóide inoculado no solo e na raiz, seguindo a metodologia proposta por Jenkins (1964) e Coolen e D’Herde (1972), respectivamente. No quarto experimento, também conduzido em casa de vegetação, três genótipos de cafeeiro (Catuaí Vermelho, Icatu Vermelho e Mundo Novo) foram inoculadas com 1.000 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta. Após 117 dias as plantas foram analisadas pelos mesmos parâmetros acima relacionados. De acordo com os resultados obtidos foi possível observar diferença na taxa de multiplicação das duas espécies de nematóides estudadas, sendo que P. coffeae apresentou alta taxa de multiplicação em cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e baixa taxa de multiplicação em plantas de ‘Limão Cravo’. O inverso foi obtido para P. jaehni.Item Controle da ferrugem assiática da soja (Phakopsora packyrhizi) com óleo de café e Bacillus spp.(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-08-02) Dorighello, Dalton Vinicio; Bettiol, WagnerA ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora packyrhizi, se transformou na principal doença da cultura após a sua introdução no Brasil, em 2001. O controle é realizado, principalmente, com fungicidas químicos. Com relatos de populações do patógeno resistentes a estas moléculas, bem como de impactos negativos ao ambiente e a saúde pública, é necessário que novos métodos de controle sejam desenvolvidos. Entre esses, a utilização de agentes de biocontrole e produtos de origem vegetal surgem como potenciais ferramentas para o manejo da doença. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de Bacillus subtilis – QST 713 (Serenade®), Bacillus pumilus – QST 2808 (Sonata®); Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis (Nemix®), bem como cada isolado desse produto individualmente; isolados AP-3 e AP-51de Bacillus subtilis; óleo de café obtidos de grãos torrados (CT) e crus (CC), nas concentrações de 1% e 2% e nas concentrações de 0,5% e 1% em mistura com metade da concentração do fungicida à base de pyraclostrobin e epoxiconazol (Ópera®); além da testemunha (água) e do fungicida, na concentração recomendada e metade dessa concentração, sobre a germinação de uredósporos do patógeno e no controle da ferrugem asiática em folhas destacadas e plantas cultivadas em condições de casa-de-vegetação e campo. Todos os ensaios foram conduzidos duas vezes, exceto nas condições de campo, com a cultivar BRS316RR. Os isolados de B. subtilis QST 713 e AP-3 e B. pumilus reduziram significativamente a germinação dos uredósporos, assim como os óleos de café torrado e cru. Nos ensaios com folhas destacadas e em casa de vegetação a inoculação do patógeno foi feita de forma artificial. Os isolados de B. subtilis (QST 713, AP-3 e AP-51) e o isolado de B. pumilus (QST 2808), assim como o óleo de café reduziram a severidade da doença no teste de folhas destacadas. Os resultados dos ensaios em casa de vegetação apresentaram a mesma tendência dos de folhas destacadas. No entanto, os tratamentos associados ao fungicida se destacaram na redução da severidade da doença e da desfolha. Em condições de campo, a doença ocorreu de forma natural e as avaliações foram a cada 20 dias após os primeiros sintomas. Todos os tratamentos reduziram a severidade da doença, exceto o isolado de B. pumilus e B. subtilis (AP-3). No entanto, apenas os tratamentos com óleo de café torrado a 1% e 0,5% em mistura com o fungicida se aproximaram dos resultados alcançados pelo fungicida na concentração recomendada.Item Problemas fitossanitários e crescimento de duas cultivares de café durante o primeiro ano em experimento FACE (“Free Air Carbon Dioxide Enrichment”)(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-02-27) Iost, Regiane; Ghini, RaquelO clima do planeta vem se alterando gradativamente nas últimas décadas em consequência da intensificação das atividades antrópicas, como a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, que são responsáveis por alterações em diversos componentes do ambiente, como o dióxido de carbono (CO2), o ozônio (O 3 ) e a radiação ultravioleta-B (UV-B). Considerando que o CO 2 é o gás de efeito estufa que tem maior destaque devido ao maior volume de emissões, os efeitos do aumento da concentração de CO2 do ar (duas condições: ambiente e elevada em relação à concentração de CO2 do ar) foram avaliados sobre os problemas fitossanitários e o crescimento de plantas jovens de café em duas cultivares (Catuaí Vermelho IAC 144 e Obatã IAC 1669-20) durante o primeiro ano de injeção do gás em FACE (“Free Air Carbon Dioxide Enrichment”). O experimento foi realizado no campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, (latitude 22°71’90’’S, longitude 47°02’10’’W, altitude de 570 m), sendo composto por 12 parcelas octogonais com laterais de quatro metros e 10 metros de diâmetro. A injeção de CO 2 é feita no período diurno, das 7 às 17h, em seis parcelas por meio de bicos injetores localizados nos lados das parcelas a 0,5m de altura do solo. A injeção só é feita com ventos entre 0,5 e 4,5 m/s controlada por meio de válvulas. O monitoramento e o controle do sistema são realizados por uma rede de comunicação sem fio. O aumento da concentração de CO 2 do ar não teve efeito sobre o crescimento das plantas jovens de café para as duas cultivares para as variáveis: número total de folhas, número total de ramos e diâmetro do colo. Apenas o número total de nós e a altura das plantas apresentaram diferenças significativas quanto ao tratamento com CO 2; as duas cultivares em condições de concentração elevada de CO 2 e a cultivar Obatã em condição ambiente de CO 2 apresentaram maior número total de nós e maior altura que a cultivar Catuaí em condições de concentração ambiente de CO 2 . O aumento da concentração de CO 2 do ar não teve efeito na incidência de ferrugem para a cultivar Catuaí. Em condições de concentração elevada de CO2, a cultivar Obatã apresentou maior incidência de cercosporiose que a mesma cultivar em condição de concentração ambiente de CO2. Não houve diferença significativa na incidência de bicho- mineiro para as duas cultivares. Os problemas fitossanitários constatados no FACE foram testados em condições de laboratório em discos foliares e folhas destacadas obtidos de plantas desenvolvidas nas parcelas dos tratamentos em campo. A severidade de ferrugem foi maior em discos foliares obtidos de plantas da cultivar Catuaí desenvolvidas em condição de concentração ambiente de CO 2 do que em discos foliares obtidos de plantas da mesma cultivar desenvolvidas em condição de concentração elevada de CO2. O período de incubação dos ovos de bicho-mineiro foi maior em discos foliares obtidos de plantas desenvolvidas em condição de concentração elevada de CO2 do que em discos foliares obtidos de plantas desenvolvidas em condição de concentração ambiente de CO2 e, em discos foliares da cultivar Catuaí do que em discos foliares da cultivar Obatã. Não houve diferença significativa no número médio de esporos de ferrugem, na severidade e viabilidade dos ovos de bicho-mineiro e na severidade de cercosporiose. O presente trabalho terá continuidade e novas avaliações serão realizadas por um maior período, aliando ao efeito do CO 2 outros fatores do ambiente, como precipitação.Item Efeito de bactérias endofíticas do cafeeiro no controle da ferrugem(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-02) Shiomi, Humberto Franco; Bettiol, WagnerExperimentos sob condições controladas e testes de campo com bactérias endofíticas isoladas de folhas e caules de Coffea arabica e Coffea robusta, provenientes das cidades de Pedreira-SP, Mococa-SP e Pindorama-SP, foram realizados com o objetivo de avaliar a inibição da germinação de urediniosporos de Hemileia vastatrix, raça II e o controle do desenvolvimento da ferrugem alaranjada do cafeeiro, em testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas da cv. Mundo Novo, pela aplicação de suspensões de bactérias endofíticas 72 e 24 horas antes e após à inoculação de H. vastatrix e concomitantemente à inoculação com o patógeno. Isolados de bactérias endofíticas testados demonstraram eficácia na inibição da germinação de urediniosporos e/ou no desenvolvimento da ferrugem, com valores acima de 50%, embora os resultados obtidos nos testes de germinação de urediniosporos tenham sido inferiores ao tratamento com o propiconazole. Nos testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas de cafeeiro, os isolados endofíticos T G4-Ia, T F2-IIc, T F7-Ib e T F9-Ia, demonstraram melhor controle da ferrugem do cafeeiro. Os isolados endofíticos T G4-Ia e T F9-Ia foram identificados como Bacillus lentimorbus e Bacillus cereus, respectivamente. Os resultados indicam a ocorrência de isolados endofíticos eficientes em controlar a ferrugem alaranjada do cafeeiro. Alguns isolados de bactérias endofíticas podem aumentar a severidade da doença.Item Rogadinae e Orgilinae (Hymenoptera, Braconidae) em cultura de café em Cravinhos, SP, Brasil(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013) Tango, Maria Flora de Almeida; Perioto, Nelson WanderleyOs objetivos deste estudo foram identificar os Rogadinae e Orgilinae (Hymenoptera: Braconidae) em uma cultura comercial de café cv. Obatã, Cravinhos, SP; comparar os métodos de amostragem, determinar a flutuação populacional e correlacioná-las com os fatores abióticos (temperatura e pluviosidade) e bióticos (larvas e minas de L. coffeella). A amostragem foi realizada semanalmente entre maio de 2005 e abril de 2007 com 60 armadilhas Moericke instaladas nos terços inferiores e médio das plantas, distribuídas em 20 pontos de amostragem, ativas por 48 horas/semana e, duas armadilhas luminosas modelo Jermy fixadas na altura do dossel do cafeeiro, operadas com lâmpadas de tungstênio de 100W, ativas por dois períodos consecutivos, do anoitecer até o amanhecer. Foram obtidos 1717 exemplares de Orgilinae e Rogadinae. Dos 860 exemplares de Orgilinae, 693 exemplares (80,6% do total) foram coletados no primeiro ano de amostragem e, dos 857 exemplares de Rogadinae, 650 (75,8%), também ocorreram no mesmo período. As condições climáticas no período amostrado foram muito diferentes: no segundo ano foi registrado maior volume de chuvas em alguns meses do ano e temperaturas máximas elevadas e mínimas abaixo da média que, possivelmente, resultaram na menor frequência de captura de Orgilinae e Rogadinae naquele período. De Orgilinae, foram identificadas três espécies: Orgilus niger Penteado-Dias (757 exemplares / 88,0% do total de Orgilinae), Orgilus sp. 1 (71 / 8,3%) e Stantonia longicornis (Achterberg) (32 / 3,7%); a primeira foi a mais frequente com picos populacionais em agosto e setembro de 2005. De Rogadinae foram identificadas três espécies nominais: Stiropius reticulatus Penteado-Dias (95 / 11,1%), Choreborogas puteolus Achterberg (19 / 2,2%), Aleiodes melanopteurus (Erichson) (6 / 0,7%) e 11 morfo-espécies de Aleiodes (729 / 85,1%) e uma de Yelicones (1 / 0,1%). Aleiodes sp. 4 (46,8% do total de Rogadinae), Aleiodes sp. 5 (16,7%) e S. reticultaus (11,1%) foram as espécies mais frequentes com picos populacionais em outubro de 2005, abril e agosto de 2006, respectivamente; conjuntamente, representaram 74,3% do total de Rogadinae. Quanto aos métodos de amostragem, as armadilhas Moericke capturaram a totalidade dos exemplares de O. niger e S. longicornis (Orgilinae) e 80% do total de exemplares de S. reticulatus (Rogadinae), o que indica que estas espécies tem hábitos diurnos. As armadilhas Moericke instaladas na altura do terço inferior das plantas foram as mais eficientes para a captura de O. niger e diferiram significativamente das instaladas no terço médio das plantas. As armadilhas luminosas foram responsáveis pela maior captura de exemplares de Aleiodes (Rogadinae) (661 exemplares / 89,1% do total deste gênero) o que indica que a maioria das espécies deste gênero coletadas no cafeeiro tem hábito noturno. No primeiro ano de amostragem as correlações entre apopulação de O. niger e os fatores bióticos foram positivas e significativas e, negativas e significativas para pluviosidade e temperaturas máxima e mínima, o que indica que períodos secos e de menor temperatura favoreceram a população de O. niger e L. coffeella. A disponibilidade de larvas vivas e de minas de L. coffeella disponíveis para o parasitismo favoreceu o aumento e a manutenção das populações de O. niger e de S. reticulatus no agroecossistema cafeeiro, apesar de os índices de correlação de Pearson não terem sido significativos para a segunda espécie. Os índices de correlação de Pearson obtidos foram, de forma geral, insatisfatórios no sentido de explicar a influência da pluviosidade e das temperaturas mínimas e máximas nas variações populacionais de Aleiodes e S. reticulatus e parecem indicar que a disponibilidade de hospedeiros é o fator preponderante para a abundância desses parasitoides.Item Espécies de Meloidogyne goeldi em cafeeiro no município de Araguari-MG(Câmpus Jaboticabal - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014) Carneiro, Franciele Alves; Santos, Jaime Maia dosO município de Araguari representa uma das principais microrregiões produtoras de café no Brasil. Entretanto, a produtividade dos cafezais vem sendo sensivelmente reduzida em consequência dos danos causados pelos nematoides de galha (Meloidogyne spp.). Em face disso, este estudo foi conduzido em cafezais infestados por esses nematoides no mencionado município, com o objetivo de se identificar as espécies presentes. Foram coletadas amostras de solo e raízes em 18 cafezais no município, com sintomas de depauperamento e transportadas para o Laboratório de Nematologia do Departamento de Fitossanidade da UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, SP para o estudo. As espécies foram identificadas com base na morfologia do padrão perineal e na morfologia e morfometria da região labial dos machos, e confirmadas pelo fenótipo isoenzimático para esterase. Nas populações estudadas, foram identificadas as espécies: Meloidogyne incognita, que predominou nos cafezais examinados; seguida de M. exigua, encontrada em 5 propriedades amostradas e M. paranaensis, presente em apenas 3 amostras. Também, foi registrado o cultivo de plantas intercalares utilizadas para complementação da renda dos produtores, como a abóbora, cujas raízes estavam infectadas por M. paranaensis e M. incognita. Na planta daninha melão-de-são-caetano (Momordica indica L.), coletada em um dos cafezais amostrados encontrou-se uma espécie de Meloidogyne não identificada. As informações obtidas neste estudo serão úteis para o desenvolvimento de programas de manejo dessas pragas.Item Controle do acáro da mancha-anular em funcão da cobertura proporcionada pela calda acaricida aplicada com dois ramais e quatro volumes de pulverização(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-05) Fernandes, Ana Paula; Ferreira, Marcelo da CostaA cultura do café (Coffea arabica L.) é de grande importância para a economia do Brasil que é o maior produtor mundial de café, exportando 1,44 milhão de tonelada por ano. Dentre as pragas de importância na cultura está o ácaro Brevipalpus phoencicis, relatado em cafeeiros desde a década de 1950, sendo relacionado posteriormente com a doença mancha-anular, como vetor do vírus. Esta praga, devido à sua biologia e comportamento na planta, não é atingida facilmente pelas pulverizações, exigindo estudos e critérios na tecnologia de aplicação empregada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mortalidade de B. phoenicis em função da cobertura proporcionada pela calda aplicada em plantas de café, com dois tipos de ramais utilizados em pulverizadores de jato transportado e quatro volumes de aplicação. O experimento foi realizado em área de plantio comercial do café, no município de AItinópoIis-SP, onde foram avaliados os efeitos do acaricida no controle do ácaro. Foi realizada uma aplicação com pulverizadores montados no terceiro ponto do trator, equipados com dois diferentes ramais de bicos, utiIizando pontas de cerâmica da série JA. Os tratamentos utilizados foram a aplicação do acaricida abamectina, nos volumes de 250, 400, 550 e 700 L/ha, com dois ramais de bicos, totalizando 36 parcelas experimentais. Foram avaliadas a mortalidade do ácaro, a deposição e a cobertura da calda nas plantas de café. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com oito tratamentos mais uma testemunha e quatro repetições. A análise estatística foi feita no esquema fatorial 2x4+1 (2 ramais de bicos, 4 volumes de aplicação e uma testemunha). Verificou-se que não houve diferença significativa na análise estatística para o número de ácaros encontrados. Para os resultados de deposição, observa-se um aumento da deposição em função do volume de aplicação e a parte alta das plantas foi a que mais houve deposição da calda. A média de eficiência para o ramal duplicado foi maior (70%) que a do ramal convencional (50%). Conclui-se que a eficiência de controle é maior com a duplicação do ramal de bicos do pulverizador e o controle independe do volume de aplicação entre os limites avaliados neste trabalho.Item Aspectos biológicos de Quesada gigas (Olivier, 1790) (Hemiptera: Cicadidae) em cafeeiro(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013) Kubota, Mirian Maristela; Martinelli, Nilza MariaAs cigarras são insetos que vivem a maior parte da vida no interior do solo. No Brasil, a espécie Quesada gigas possui importância, principalmente, devido aos danos causados ao cafeeiro. Entretanto, informações sobre a biologia são pouco conhecidas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a duração do período ninfal, o efeito da umidade e da temperatura na eclosão de ninfas de Q. gigas, e avaliar a época de imersão dos ramos com postura, em condições de laboratório. Foram realizadas coletas de ramos secos de café em 2009 e em 2012 na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em São Sebastião do Paraíso, MG, Brasil. Para o estudo de biologia, os ramos foram colocados em recipientes de 1000 mL e submetidos à imersão em água, por três minutos, para induzir a eclosão das ninfas. As ninfas provenientes das imersões de dezembro de 2009 foram colocadas em nove plantas de café, plantadas em caixas de alvenaria na área experimental do Departamento de Fitossanidade da Fcav/Unesp, Câmpus de Jaboticabal, SP, Brasil, teladas na parte aérea, para evitar oviposição indesejada. Em todas as plantas foram colocada parte dos ramos secos, na expectativa de eclosão de ninfas destes. A avaliação foi em agosto de 2010 e em julho de 2011. Além do experimento em Jaboticabal, foram realizadas duas avaliações na área experimental da EPAMIG em São Sebastião do Paraíso, em abril de 2012 e março de 2013. Para o estudo da influência da umidade e da temperatura na eclosão das ninfas, os ramos secos de café coletados em 2012 foram colocados em recipientes de 1000 ml e submergidos em água por três minutos e posteriormente, mantidos em duas câmaras incubadoras para BOD em duas condições de temperatura, a 25 ± 2 o C e a 29-19 ± 2 o C (dia-noite). As datas de início de imersão foram 15, 20, 25, 30 de dezembro de 2012 e 04 de janeiro de 2013. Os ramos secos foram submergidos a cada três dias. Foi mantido um tratamento sem imersão, a fim de verificar se ocorreria a emergência de ninfas dos ramos de café na ausência de água. Os ramos foram observados diariamente e as ninfas contadas e retiradas dos recipientes. Quanto ao aspecto biológico de Q. gigas, no experimento iniciado em 2009, foram encontradas ninfas de terceiro ínstar nas plantas de café, em agosto de 2010. Em julho de 2011, as ninfas encontravam- se no quinto ínstar. Os adultos de Q. gigas emergiram em setembro de 2011. Na EPAMIG, as ninfas encontravam-se no quarto e quinto ínstar tanto em abril de 2012 quanto em março de 2013. A duração do período ninfal de Q. gigas é de um ano e nove meses e o quinto ínstar tem duração de cinco a seis meses. Quanto à influência da temperatura e da umidade na eclosão das ninfas, não houve eclosão de ninfas nos ramos não submergidos em água, em ambas as temperaturas. Entretanto, nos ramos submergidos, houve diferença significativa no número de ninfas eclodidas nas diferentes datas e temperaturas. A câmara a 25 o C teve maior número médio de ninfas. Quanto maior o número de imersões, maior o número de ninfas eclodidas, porém as imersões devem ser iniciadas na data próxima a coleta dos ramos, no final de novembro.Item Parasitóides (HYM., Eulophidae) de bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville) (Lep., Lyonetiidae)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009) Miranda, Natalia Furlan; Martinelli, Nilza MariaOs Entedoninae (Eulophidae) são endoparasitóides primários ou secundários, solitários ou gregários de larvas que se desenvolvem em ambientes abrigados; menos comumente atacam ovos ou pupas. Pouco se conhece sobre a fauna neotropical destes insetos. As amostragens dos entedoníneos em lavoura de café em Cravinhos, SP, ocorreram entre maio de 2005 e abril de 2007 através de coletas semanais com armadilhas de Möricke e luminosa modelo Jermy e entre setembro de 2007 e agosto de 2008, através de coleta quinzenal de folhas minadas. Nos dois anos de amostragens as maiores freqüências de entedoníneos ocorreram em outubro, após o pico populacional do bicho-mineiro e a floração do cafeeiro; os picos populacionais de larvas vivas do bicho-mineiro ocorreram em setembro e outubro de 2005 e em junho e julho de 2006. Foram reconhecidos doze gêneros de entedoníneos: Closterocerus (486 espécimes), Proacrias (451), Horismenus (103), Ionympha (76) – pela primeira vez relatada para o Brasil -, Chrysocharis (29), Emersonella (20), Ceranisus (17), Neochrysocharis (15), Neopomphale (14), Omphale (6), Chrysonotomyia (5) e Pediobius (1). Foram identificadas três espécies de Chrysocharis, uma de Chrysonotomyia, duas de Emersonella, uma de Neopomphale e uma de Omphale. São relatadas as associações entre Proacrias, Closterocerus, Ionympha e Horismenus cupreus com o bicho-mineiro. É descrita uma nova espécie de Galeopsomyia (Eulophidae, Tetrastichinae), parasitóide do bicho-mineiro.