UFLA - Dissertações
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Item Manual do manejo orgânico do cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2023-04-06) Diniz, Lucas Muzzi Machado; Oliveira, Cleiton Lourenço deA produção orgânica de café (Coffea arabica) no Brasil tem aumentado nos últimos anos, impulsionada pela demanda do mercado por produções sustentáveis. O cultivo orgânico contribui para a saúde dos produtores e consumidores, não contamina o meio ambiente e tem o potencial de gerar renda para os agricultores familiares. A assistência técnica e extensão rural são fatores que contribuem para a adoção de novas práticas de produção sustentável, sendo que a EMATER-MG é um dos principais atores neste setor em Minas Gerais, que é maior produtor de café no Brasil. As publicações técnicas da EMATER-MG abordam diversos temas e contribuem para a disseminação de técnicas de referência para produtores e extensionistas, estando disponíveis de forma física e online. A proposta deste trabalho foi elaborar uma publicação técnica sobre o manejo orgânico do café arábica, aplicável para produtores e técnicos, com informações práticas de qualidade sobre este tema, impulsionando a produção orgânica e agroecológica com foco principalmente na agricultura familiar. Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa com buscas em bases de dados, normativos e publicações técnicas. Estas informações foram selecionadas, sintetizadas e utilizadas para elaboração de uma proposta de manual a exemplo da Série Manual do Café (publicada pela EMATER-MG), no qual foram tratados os temas: implantação do sistema de produção orgânica do café, legislação, certificação, construção da fertilidade do solo, sementes e mudas, manejo de insetos e microrganismos, manejo de plantas espontâneas, diversificação.Item Manual do manejo orgânico do cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2023-03-06) Diniz, Lucas Muzzi Machado; Oliveira, Cleiton Lourenço deA produção orgânica de café (Coffea arabica) no Brasil tem aumentado nos últimos anos, impulsionada pela demanda do mercado por produções sustentáveis. O cultivo orgânico contribui para a saúde dos produtores e consumidores, não contamina o meio ambiente e tem o potencial de gerar renda para os agricultores familiares. A assistência técnica e extensão rural são fatores que contribuem para a adoção de novas práticas de produção sustentável, sendo que a EMATER-MG é um dos principais atores neste setor em Minas Gerais, que é maior produtor de café no Brasil. As publicações técnicas da EMATER-MG abordam diversos temas e contribuem para a disseminação de técnicas de referência para produtores e extensionistas, estando disponíveis de forma física e online. A proposta deste trabalho foi elaborar uma publicação técnica sobre o manejo orgânico do café arábica, aplicável para produtores e técnicos, com informações práticas de qualidade sobre este tema, impulsionando a produção orgânica e agroecológica com foco principalmente na agricultura familiar. Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa com buscas em bases de dados, normativos e publicações técnicas. Estas informações foram selecionadas, sintetizadas e utilizadas para elaboração de uma proposta de manual a exemplo da Série Manual do Café (publicada pela EMATER-MG), no qual foram tratados os temas: implantação do sistema de produção orgânica do café, legislação, certificação, construção da fertilidade do solo, sementes e mudas, manejo de insetos e microrganismos, manejo de plantas espontâneas, diversificação.Item Valor da polinização e influência da paisagem na produção de café arábica no Brasil(Universidade Federal de Lavras, 2021-11-30) Leite, Ana Teresa de Oliveira; Torres, Marina WolowskiAs ações antrópicas já alcançaram praticamente todos os ecossistemas e a expansão agrícola é o principal responsável pela fragmentação e do desmatamento das áreas naturais, afetando os serviços ecossistêmicos que oferecem uma diversidade de benefícios para a agricultura, como polinização e inimigos naturais. O café arábica é cultivado em paisagens com alta diversidade, mas fragmentadas, e essa alta diversidade beneficia a produção e qualidade do café com a polinização biótica. Isso afeta a renda do produtor e consequentemente a economia do país, pois o mercado agrícola define diferentes preços de acordo com a qualidade do produto. Nesta dissertação, tivemos como objetivo principal avaliar o valor econômico da polinização na produção de café e fatores da área agrícola que interferem nesse serviço, como o sistema de cultivo e a paisagem. Primeiramente, foram avaliados: (i) a contribuição da polinização biótica na produção e qualidade do café; e (ii) o valor econômico dessa contribuição comparando dois sistemas de manejo - orgânico e convencional. Para isso, avaliados o incremento da polinização, o valor econômico da produção e a lucratividade por hectare e a qualidade da bebida. Os resultados mostraram que a polinização aumenta a produção de café e que esse incremento é 57% maior no sistema de manejo orgânico. O lucro foi positivamente influenciado pela polinização, especialmente no manejo orgânico, sendo que o lucro foi triplicado com o serviço de polinização, com o adicional de aproximadamente 10 mil reais de lucratividade por hectare de café cultivado. O cultivo orgânico com a polinização biótica consegue equalizar ou superar a produtividade em comparação à área de cultivo convencional, que precisou da polinização biótica para obter produção e lucro mais estáveis. Quanto à qualidade da bebida, os resultados não mostraram diferenças substanciais entre a qualidade da bebida na presença e ausência de polinizadores. Em seguida, avaliamos (i) a influência da porcentagem de área natural no rendimento por hectare de café e (ii) a influência da heterogeneidade da paisagem no rendimento (por hectare de café). Para isso, dados de rendimento em quilogramas de café arábica por hectare dos municípios brasileiros produtores de café e dados de uso e cobertura do solo foram obtidos de bases de dados. A porcentagem de área natural teve efeito positivo no rendimento do café, sendo que o valor máximo foi alcançado a 22% de área nativa na paisagem. A heterogeneidade da paisagem também mostrou influência positiva no rendimento. O presente trabalho contribuiu no conhecimento sobre o papel dos polinizadores no rendimento da produção de café. Concluímos que a polinização incrementa a produção de café aumentando o lucro do produtor rural, mas para isso são necessárias práticas de manejo sustentáveis e uma paisagem heterogênea juntamente com a conservação de áreas naturais.Item Biodiversidade, fungos ocratoxigênicos e ocratoxina A em grãos de café (Coffea arabica L.) de cultivo convencional e orgânico(Universidade Federal de Lavras, 2010-11-24) Rezende, Elisângela de Fátima; Batista, Luís RobertoO café é um importante produto agrícola para o Brasil, possibilita a geração de milhares de empregos e arrecadação de impostos importantes para a economia do país. O Brasil lidera a produção e exportação mundial de café e o estado de Minas Gerais é responsável pela metade da produção nacional. A bebida do café é uma das mais consumidas mundialmente. Dentre o perfil dos consumidores, existem aqueles que se preocupam com as questões ambientais, sociais e saúde, desse modo, cresce o número de consumidores interessados em produtos orgânicos. O café produzido sob o sistema orgânico não recebe agrotóxicos e adubos químicos de alta solubilidade, estes são substituídos por subprodutos da reciclagem da matéria orgânica vegetal e animal. Como qualquer outro produto agrícola, o café está sujeito à contaminação com fungos produtores de micotoxinas. As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos e podem ter efeitos tóxicos para a saúde dos seres humanos e animais. Para serem produzidas são dependentes de vários fatores, principalmente do clima, temperatura e umidade. A micotoxina mais estudada no café é a ocratoxina A, essa micotoxina pode ter efeito carcinogênico. Vários fungos podem produzir a ocratoxina A, por exemplo, espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Em países de clima tropical espécies ocratoxigênicas do gênero Aspergillus são mais comuns. Algumas publicações cientificas afirmam que a espécie A. carbonarius é o maior produtor de ocratoxina A, e é comumente encontrado em uvas e derivados e em café robusta, pouca contaminação em café arábica. A espécie A. ochraceus é relatada em muitos estudos como a principal espécie contaminante dos frutos e grãos de café e é responsável pela produção de ocratoxina A neste produto.Item Caracterização de sistemas de produção de café orgânico, em conversão e convencional(Universidade Federal de Lavras, 2001-05-22) Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Guimarães, Rubens JoséCom o objetivo de caracterizar sistemas de produção de café orgânico {O}, em conversão {E} e convencional {CV}, foram avaliadas a qualidade de grãos e algumas características químicas, físicas e microbiológicas de um Latossolo Vermelho-Escuro (LE), em relação a um fragmento de mata nativa {MN}. Em duas fazendas sob influência de condições similares de solo, clima e relevo apresentando a mesma cultivar (Acaiá MG-474-19) e idade da lavoura (5 anos), foi realizado um levantamento de dados por um período de um ano, sendo a amostragem para as análises físicas e químicas do solo e qualidade do grão realizada em julho/99. A amostragem microbiológica do solo foi feita nos períodos seco (julho/99) e chuvoso (dezembro/99). A qualidade do grão foi avaliada a partir de dois tipos de colheita: café colhido no pano e no chão. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições. O solo foi amostrado em duas profundidades (0-20 e 20-40cm) para determinação da fertilidade. Constatou-se que os sistemas {O}, {E} e {CV} melhoraram a fertilidade do solo em comparação ao solo sob fragmento de mata nativa e contribuíram positivamente para a conservação dos atributos físicos do solo após cinco anos de implantação da lavoura. A biomassa carbono apresentou influência da época de amostragem. Não foram registradas diferenças significativas nos resultados obtidos para a colonização micorrízica. Em relação às espécies de fungos micorrízicos vesículo-arbusculares identificados, a frequência foi maior para os gêneros Acaulospora, Glomus e Gigaspora em todos os tratamentos. A qualidade do grão para os cafés colhidos no pano foi superior, havendo uma tendência a maiores concentrações de açúcares redutores e não-redutores no café convencional e a maiores valores da atividade da polifenoloxidase, açúcares totais e cafeína no café orgânico.Item Himenópteros parasitóides em áreas de cafeiro em transição agroecológica no sul de Minas Gerais e a construção conjunta do conhecimento(Universidade Federal de Lavras, 2016-05-02) Silva, Gleysson Roberto da; Silveira, Luís Cláudio PaternoO Brasil é o país que mais produz café no mundo, Minas Gerais é o Estado que concentra a maior produção, sendo o Sul do Estado a maior região produtora de café, Coffea arábica, com uma alta representatividade de café orgânico ou em transição agroecológica. O cafeeiro pode ser hospedeiro de uma ampla gama de artrópodes e alguns deles constituem-se pragas-chave da cultura, ocasionando grandes perdas em virtude dos danos que provocam. Os inimigos naturais, especialmente, os micro-himenópteros parasitoides exercem importante papel na regulação dessas pragas, sendo indispensáveis na produção agroecológica. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a construção conjunta do conhecimento associado à avaliação de himenópteros parasitoides em cafeeiros em processo de transição (convencional para agroecológico) no Sul do Estado de Minas Gerais. Os levantamentos foram realizados em 24 unidades demonstrativas, distribuídos em quatro sistemas de cultivos, Convencional, SAT, Orgânico pleno sol e orgânico sombreado, totalizando uma área de 6,0 ha, em áreas de reforma agrária, nos municípios de Campo do Meio e Guapé. Todas as áreas estudadas estavam em processo de transição desde fevereiro de 2013. As coletas foram realizadas com auxílio dos agricultores, utilizando armadilhas de moericke, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2014. Durante o período de coletas, outras atividades foram desenvolvidas um curso com o titulo: “Construção conjunta do conhecimento para transição agroecológica”, dividido em dois módulos e intercâmbios das famílias participantes do projeto em outras áreas de produção de café orgânico. Os parasitoides coletados foram identificados em famílias e separados em morfoespécies. Foram coletados, no total, 4450 insetos de nove superfamílias, 26 famílias e 143 morfoespécies no total entre todos os tratamentos. No tratamento Convencional foram coletados 1013 insetos; no Orgânico a pleno sol 933; no Orgânico sombreado 1310; e no tratamento sem agrotóxicos (SAT) 1194. Os resultados obtidos neste estudo permitiram concluir que cafeeiros em transição agroecológica são ambientes favoráveis para a manutenção e preservação de inimigos naturais himenópteros parasitoides e que a construção conjunta do conhecimento contribui com o desenvolvimento da agroecologia, respeitando o saber popular e direcionando-o ao manejo ecológico de pragas em cafeeiros.Item Substratos alternativos para a produção de mudas de cafeeiro no sistema orgânico(Universidade Federal de Lavras, 2014-12-01) Andrade, Daniela; Guimarães, Rubens JoséUma muda de cafeeiro com nutrição equilibrada desenvolve-se mais e torna-se menos suscetível ao ataque de pragas e patógenos. Por isso, as doses dos nutrientes minerais devem ser equilibradas, a fim de evitar prejuízos à lavoura. Atenção especial deve ser dada ao nitrogênio que é o nutriente mais exigido pelas plantas. Objetivou-se com esse trabalho buscar substratos alternativos para a produção de mudas de cafeeiro no sistema orgânico. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial [(4 x 4 x 4) + 1] (Adubos x Doses x Épocas + Testemunha), com três repetições. Nos substratos das mudas de cafeeiro, foram utilizadas 4 fontes distintas de N (esterco de galinha, esterco bovino, ureia e super ureia) e 4 doses de nitrogênio, 50%, 100%, 150% e 200% da dose recomendada por Guimarães et al. (1999), mais a testemunha representada pela muda em substrato padrão. As características de crescimento das mudas (altura, diâmetro, número de folhas e desfolha, matéria seca da parte aérea) foram avaliadas em 4 épocas correspondentes a 7, 14, 21 e 27 semanas após o transplantio das mudas do germinador para os saquinhos. Verificou-se que na primeira avaliação que os tratamentos não apresentaram diferença significativa entre a altura, diâmetro das mudas e desfolha causada pela cercosporiose. Porém, apresentou um maior número de folhas e matéria seca da parte aérea nas mudas com a adubação proveniente de fontes nitrogenadas orgânicas quando comparado com as produzidas com os tratamentos com ureia e super ureia. Na segunda, terceira e quarta avaliações, observou-se que as mudas contendo os substratos com fontes de N via adubos orgânicos apresentaram maior resiliência e crescimento com maior tolerância à cercosporiose de modo geral. Concluiu-se que a utilização de ureia ou super ureia na produção de mudas de cafeeiro, não substituem a adição dos estercos de bovino ou de galinha ao substrato, pois essas fontes orgânicas possibilitam maior crescimento das mudas e menor severidade quando da ocorrência de cercosporiose.Item Utilização de matrizes de pasto e café por pequenos mamíferos em uma paisagem fragmentada no sul de MG(Universidade Federal de Lavras, 2014-02-28) Assis, Tainá Oliveira; Passamani, MarceloMatrizes agrícolas vem se mostrando uma importante maneira de reestabelecer a conexão em paisagens fragmentadas. Deste modo, neste trabalho tivemos dois objetivos. O primeiro foi entender o impacto da matriz sobre a composição e estrutura da comunidade de pequenos mamíferos dentro dos remanescentes florestais. O segundo foi avaliar a capacidade perceptual e uso da matriz por duas espécies de roedores (Akodon montensis e Cerradomys subflavus) quando dentro de dois tipos de matrizes, pasto e café. Vimos que a composição e estrutura da comunidade de pequenos mamíferos são diferentes entre os fragmentos e cada tipo de matriz. A matriz de café é mais permeável que a matriz de pasto uma vez que possui mais espécies compartilhadas com os fragmentos. Os animais não possuem capacidade perceptual quando dentro de nenhum tipo de matriz amostrado. Quando dentro da matriz de café, os animais se orientam de acordo com as linhas de plantio de modo que o direcionamento das linhas de cultivo pode ser utilizado para conexão em paisagens fragmentadas.Item Composto orgânico e biofertilizante na nutrição do cafeeiro em formação no sistema orgânico(Universidade Federal de Lavras, 2004-03-05) Araújo, João Batista Silva; Carvalho, Gabriel José deA agricultura orgânica é uma tendência mundial, motivada por aspectos como reciclagem de biomassa, sustentabilidade da agricultura e conservação de recursos naturais. Há demanda de mercado para todos os produtos agrícolas, dentre eles o café. Porém, a pesquisa científica nessa área é recente e necessária em áreas fundamentais, como a adubação em sistemas orgânicos. Com o objetivo de avaliar a adubação de plantio com composto orgânico associada à aplicação foliar de “supermagro” no desenvolvimento e crescimento do cafeeiro, cultivar Topázio MG-1190, instalou-se um experimento em casa de vegetação no Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, no período e 15 de março a 4 de outubro de 2003. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos no esquema fatorial 5 x 5, com três tratamentos adicionais e uma planta por parcela. O primeiro fator foi o composto nas doses de 110, 330, 550, 770 e 990g por vaso, misturado com 7dm 3 de solo por vaso e o segundo fator o supermagro pulverizado mensalmente a 0%, 3%, 6%, 12% e 24%. Os tratamentos adicionais consistiram em adubação orgânica, orgânica mais mineral e mineral. As características avaliadas foram altura (cm), diâmetro do colo (mm), número de nós do ramo ortotrópico, número de ramos plagiotrópicos, número de nós dos ramos plagiotrópicos, área foliar (cm 2 ), número de folhas, massa seca das folhas, massa seca da parte aérea e massa seca total, bem como os teores foliares de macro e micronutrientes. Dentre as características avaliadas, houve interação significativa para número de ramos plagiotrópicos, número de nós dos ramos plagiotrópicos, número de folhas, massa seca das folhas, massa seca da parte aérea, massa seca total, Mg e B, com o melhor desenvolvimento entre as doses de 702g e 770g de composto por vaso e concentrações de “supermagro” entre 14,45% e 16,38%. Observou-se, com a elevação das doses de composto, aumento dos teores foliares de N, K e Mg, diminuição dos teores de P e Ca, redução da disponibilidade de B, Cu, Fe e Mn com o aumento do pH e eficiência do “supermagro” no fornecimento de Mg, B e Cu.Item Estado da arte em agroecologia e suas relações com experiências no sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Lavras, 2014-10-24) Xavier, João Barcellos; Resende, Luciane VilelaO presente trabalho procurou identificar inovações tecnológicas no campo da agroecologia, com base em trabalhos científicos globais e as suas relações com as experiências agroecológicas do Sul de Minas Gerais. Foi realizada pesquisa bibliográfica e bibliométrica abrangendo estudos científicos globais sobre agroecologia, levando a uma reflexão sobre os seus conceitos, tendências e técnicas. Para isso, foi realizado uma busca nas bases de periódicos SciVerse Scopus, Web of Science e Scielo. Foi sistematizado o estado da arte em agroecologia e agricultura orgânica. Ao mesmo tempo foi feita uma pesquisa ao nível de campo como um estudo de caso, caracterizando e mapeando as experiências agroecológicas do Sul de Minas Gerais. Foram realizadas entrevistas com questionários semiestruturados e visitas às organizações e aos agricultores envolvidos com agroecologia na região. Desta forma, foi efetivada uma investigação das técnicas e inovações de manejo e de produção dos agricultores locais. Portanto, foram sistematizados os possíveis pontos-chave para o desenvolvimento da ciência e das experiências da região. Foram contabilizados 4.739 registros de documentos científicos, abrangendo todos os anos desde 1958 até o dia 31 de dezembro de 2013. Foi feito um refinamento dos dados, retirando as referências duplicadas e dividindo posteriormente em categorias e subcategorias para a sistematização do conhecimento agroecológico.Após analisar estes documentos, foram confeccionados gráficos e tabelas representando as características da agroecologia e da agricultura orgânica como ciência.As organizações ecológicas do Sul de Minas demonstraram-se abertas ao diálogo com a agroecologia, tendo importante papel na construção do debate agroecológico na região. Com a junção dos conhecimentos científico e prático dos agricultores, tornou-se possível relacionar as formas de conhecimento. Foram identificadas técnicas e inovações em agroecologia, obtendo-se uma alta relação entre os conhecimentos científicos e a prática local dos agricultores agroecológicos do Sul de Minas Gerais.