Teses e Dissertações

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    Teste de envelhecimento acelerado em sementes de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2019-07-08) Carvalho, Marcos Vinícios de; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Fantazzini, Tatiana Botelho
    O café é comumente propagado, por meio de mudas produzidas por sementes, as quais apresentam germinação lenta e desuniforme, o que dificulta a produção de mudas com desejável padrão de qualidade, no momento ideal do plantio. No entanto os testes oficiais exigidos, para a comercialização, fornecem poucas informações sobre o a qualidade das sementes. Neste sentido, o teste de envelhecimento acelerado tem se mostrado uma ferramenta importante utilizada, no controle de qualidade interno pelas empresas sementeiras, pois é um método sensível à avaliação do vigor, fornecendo informações confiáveis sobre o potencial fisiológico, assegurando tomada de decisões mais assertivas quanto ao destino dos lotes. Entretanto, para sementes de café, há poucas informações quanto ao seu uso e eficiência como teste de vigor. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi investigar métodos adequados do teste de envelhecimento acelerado para a avaliação do vigor de sementes de Coffea arábica. Dois estudos foram realizados, sendo que, no primeiro, foram investigados diferentes temperaturas e tempos de exposição, para a realização do teste de envelhecimento acelerado em sementes de Coffea arabica. No segundo estudo, as melhores combinações de temperatura e tempos de exposição foram testados, em diferentes lotes de diferentes cultivares, na avaliação do vigor de lotes de sementes de Coffea arábica. Para o primeiro estudo, foram utilizados dois lotes de sementes de Coffea arabica L., cultivar Catucaí Amarelo IAC/62, três temperaturas de incubação em BOD (42°C, 44°C e 46°C) e nove tempos de exposição (0, 24, 48, 72, 96, 120, 144, 168, 192 horas). Para o segundo estudo, foram utilizados sete lotes de sementes de sete cultivares de Coffea arabica L., cultivar Catucaí Amarelo 2 SL, Catucaiam, Asa Branca, Acauã, Arara, Guará e Topázio, duas temperaturas de incubação em BOD (44°C e 46°C) e quatro tempos de exposição (24, 48, 72, 96 horas). Para ambos os estudos, foi utilizado o método do gerbox. Foi feita uma caracterização inicial dos lotes, para comparar com os resultados obtidos, no teste de envelhecimento acelerado. Após cada período de envelhecimento, foi determinado o teor de água das sementes e foi realizada a avaliação da qualidade fisiológica, no teste de germinação, pela porcentagem de plântulas normais aos 30 dias. No primeiro estudo, concluiu-se que a temperatura de 42°C promove uma deterioração lenta das sementes, não sendo indicada à avaliação do vigor de sementes de Coffea arábica e que a temperatura de 44ºC, após 72 horas de exposição e a temperatura de 46ºC entre os períodos de 48 a 96 horas de exposição, são sensíveis para a avaliação vigor de sementes de Coffea arábica L. No segundo estudo, concluiu-se que o teste de envelhecimento acelerado, realizado em uma temperatura de 46ºC, por 48 horas, é a combinação mais adequada para comparar lotes de sementes de Coffea arábica com diferentes níveis de vigor.
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    Valor da polinização e influência da paisagem na produção de café arábica no Brasil
    (Universidade Federal de Lavras, 2021-11-30) Leite, Ana Teresa de Oliveira; Torres, Marina Wolowski
    As ações antrópicas já alcançaram praticamente todos os ecossistemas e a expansão agrícola é o principal responsável pela fragmentação e do desmatamento das áreas naturais, afetando os serviços ecossistêmicos que oferecem uma diversidade de benefícios para a agricultura, como polinização e inimigos naturais. O café arábica é cultivado em paisagens com alta diversidade, mas fragmentadas, e essa alta diversidade beneficia a produção e qualidade do café com a polinização biótica. Isso afeta a renda do produtor e consequentemente a economia do país, pois o mercado agrícola define diferentes preços de acordo com a qualidade do produto. Nesta dissertação, tivemos como objetivo principal avaliar o valor econômico da polinização na produção de café e fatores da área agrícola que interferem nesse serviço, como o sistema de cultivo e a paisagem. Primeiramente, foram avaliados: (i) a contribuição da polinização biótica na produção e qualidade do café; e (ii) o valor econômico dessa contribuição comparando dois sistemas de manejo - orgânico e convencional. Para isso, avaliados o incremento da polinização, o valor econômico da produção e a lucratividade por hectare e a qualidade da bebida. Os resultados mostraram que a polinização aumenta a produção de café e que esse incremento é 57% maior no sistema de manejo orgânico. O lucro foi positivamente influenciado pela polinização, especialmente no manejo orgânico, sendo que o lucro foi triplicado com o serviço de polinização, com o adicional de aproximadamente 10 mil reais de lucratividade por hectare de café cultivado. O cultivo orgânico com a polinização biótica consegue equalizar ou superar a produtividade em comparação à área de cultivo convencional, que precisou da polinização biótica para obter produção e lucro mais estáveis. Quanto à qualidade da bebida, os resultados não mostraram diferenças substanciais entre a qualidade da bebida na presença e ausência de polinizadores. Em seguida, avaliamos (i) a influência da porcentagem de área natural no rendimento por hectare de café e (ii) a influência da heterogeneidade da paisagem no rendimento (por hectare de café). Para isso, dados de rendimento em quilogramas de café arábica por hectare dos municípios brasileiros produtores de café e dados de uso e cobertura do solo foram obtidos de bases de dados. A porcentagem de área natural teve efeito positivo no rendimento do café, sendo que o valor máximo foi alcançado a 22% de área nativa na paisagem. A heterogeneidade da paisagem também mostrou influência positiva no rendimento. O presente trabalho contribuiu no conhecimento sobre o papel dos polinizadores no rendimento da produção de café. Concluímos que a polinização incrementa a produção de café aumentando o lucro do produtor rural, mas para isso são necessárias práticas de manejo sustentáveis e uma paisagem heterogênea juntamente com a conservação de áreas naturais.
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    Fatores bióticos e abióticos que afetam a produtividade do café arábica nas regiões de cafeicultura de montanha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-31) Perdoná, Perseu Fernando; Zambolim, Laércio
    Inúmeras doenças bióticas incidem em cafezais, cultivados nas regiões montanhosas da Zona da Mata, do estado de Minas Gerais. Entretanto, são escassas as informações sobre a epidemiologia (curva de progresso das doenças, em relação ao teor de nutrientes e altitude) e, o efeito dos nutrientes sobre tais doenças, notadamente a Ferrugem, cercosporiose, mancha de Phoma, Ascochyta e Mancha Aureolada. Devido a esses fatos, o objetivo desse trabalho foi determinar a curva epidemiológica e, o estado nutricional das plantas, sobre as principais doenças do cafeeiro, da Zona da Mata, do Estado de Minas Gerais. Dezesseis áreas experimentais, foram demarcadas em 16 municípios, em lavouras adultas, com alta produtividade, de pequenos produtores, no período de agosto de 2013 a julho de 2019, variando de 650 m a 1.250 m de altitude. Os estudos foram efetuados, utilizando cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, em lavouras com 4.500 a 5.000 plantas por hectare. Delimitou- se uma área de 400 plantas, sendo quatro repetições de 100 plantas, onde não foi aplicado nenhum tratamento, para o controle da ferrugem e nem de outras doenças. Na outra área de 400 plantas, foi aplicado fungicidas para o controle da ferrugem, de acordo com as estratégias de cada produtor. Em cada local as parcelas foram casualizadas. Os dados de incidência das doenças foram avaliados nas quatro repetições das testemunhas e dos tratamentos. Além disso, a cada seis meses, foram feitas análises foliares, das quatro repetições, das plantas das parcelas testemunhas e atomizadas. A adubação química do solo, foi feita pelos produtores de cada lavoura, visando conhecer a realidade da condução da cultura, de cada cafeicultor. No final de julho foram feitas as colheitas das plantas das parcelas, calculando-se o rendimento de cada área experimental. Constatou-se que a grande maioria dos produtores de café (cerca de 62,5%), da Zona da Mata de Minas Gerais, não empregam quantidade de nutrientes requerida pelas plantas de café, para uma boa produtividade. Em todas as lavouras dos municípios estudados, nas áreas consideradas testemunhas (sem aplicação de fungicidas) a incidência da ferrugem atingiu cerca de 78 a 89 %. Os picos da cercosporiose ocorreu nos meses de estiagem, em julho, agosto e setembro. Em seis municípios, a doença manteve-se abaixo de 3,6% de incidência, os outros municípios, que não empregaram estratégias recomendadas (Zambolim, 2009), apresentaram incidências variando de 4,2 a 6,3%, índices de incidência quase 100% maior, do que aquelas áreas que receberam estratégias corretas. Quanto mancha de Phoma, os maiores picos da doença, ocorreram nos municípios Araponga (7,1%) e (8,2%), Manhumirin (6,9%) e (7,4%) e Simonésia (6,9%) e (8,9%) nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente, no mês de agosto. Nos outros 13 municípios, o pico da doença ocorreu em julho e variou de 2,0 % a 7,2% e de 3,8% a 8.9% de incidência, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Os 12 municípios com altitude menor que 800m, apresentaram incidência da mancha de Phoma de 2,29% e 3,35%, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Nos municípios com altitude maior que 1200m (Araponga, Manhumirin e Simonésia), a incidência da doença foi de 3,41% e 4,37%, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Os índices máximos da mancha de Phoma, obtidos nos 16 municípios avaliados, esteve em torno de 7,0%. Em se tratando da mancha de Ascochyta, a doença foi constatada em todos os municípios avaliados, principalmente em altitudes abaixo de 800m e, nos meses mais chuvosos (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro); entretanto, a incidência e severidade foi muito baixa, estando na faixa de 0,6 a 1,5%. Quanto a mancha Aureolada a doença somente foi constatada, em três municípios (São João do Manhuaçu, Reduto e Viçosa). Quanto a produção, encontrou-se diferença significativa pelo teste de Scott-Knot (p<0,05), nos seis municípios (Coimbra, Araponga, Porto Firme Canaã, Piranga e São João do Manhuaçu), em relação aos demais. Nesses municípios os cafeeiros produziram em média, 43,26% a mais, do que a dos outros 10 restantes. A média de produção, das seis melhores lavouras foi de 39,11 Sc.ben./ha, enquanto as outras 10 lavouras, produziram em média 22,19 Sc.ben./ha. Tais municípios que apresentaram maiores produtividades foram aqueles que apresentaram teores foliares acima dos limites requeridos para o cafeeiro. A análise de correlação entre teores de nutrientes nas folhas, porcentagem de controle da ferrugem e produtividade foi positiva e significativa (maior que 0,9
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    Efeito do processamento pós-colheita sobre as frações polissacarídicas dos grãos de café (Coffea arabica) e suas bebidas
    (Universidade Federal do Paraná, 2010) Tarzia, Andréa; Petkowicz, Carmen Lúcia de Oliveira
    A bebida de café é consumida mundialmente e sua qualidade final depende da composição química dos grãos. Neste estudo, frutos frescos de C. arabica cultivar IAPAR 59 foram submetidos, em paralelo, a três diferentes tipos de processamento pós-colheita: frutos intactos foram processados utilizando o método natural (CN), frutos descascados foram processados utilizando o método semi-úmido (CD) e frutos despolpados foram processados pelo método úmido (CP). A extração dos polissacarídeos a partir do endosperma isolado dos frutos de café processados e não processados indicou que arabinogalactanas e (galacto)mananas foram os principais polissacarídeos dos grãos verdes de café. Entre os tratamentos, menores quantidades de galactomananas solúveis em água foram obtidas a partir dos grãos CN e CP. De acordo com os resultados, o tratamento pós-colheita pode causar alterações nos polissacarídeos dos grãos verdes. Bebidas foram preparadas por filtração usando os grãos CN, CD e CP e os polissacarídeos solúveis presentes foram precipitados. As frações polissacarídicas obtidas apresentaram diferenças no rendimento percentual e nos teores de carboidrato total e proteínas. Man, Gal e Ara foram os principais carboidratos, sugerindo que a maioria dos polissacarídeos presentes nas bebidas também foram (galacto)mananas e arabinogalactanas-AGPs (confirmado com o teste de difusão radial em gel com reagente Yariv -glucosyl). As galactomananas foram acetiladas, sendo o conteúdo acetil menor para a fração obtida a partir do café natural. Apesar das diferenças encontradas na composição química, não foram observadas diferenças na viscosidade ou na tensão superficial das bebidas de café. O café despolpado apresentou menor atividade seqüestrante de radicais DPPH que os cafés natural e descascado, sugerindo que agentes redutores também foram influenciados pelo método de processamento pós- colheita.
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    Características fisiológicas do cafeeiro após aplicação do glyphosate
    (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2011) Carvalho, Felipe Paolinelli de; França, André Cabral
    O herbicida glyphosate não é seletivo e de largo espectro de controle de plantas daninhas, seu mecanismo de ação ocorre com a inibição da enzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase (EPSPs), acontecendo o bloqueio da rota do ácido chiquímico, precursor de aminoácidos aromáticos e de outros metabolitos secundários. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nas características fotossintéticas e do uso eficiente da água por plantas de cafeeiro submetidas à aplicação de glyphosate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando-se três cultivares de café (Coffea arabica): Acaiá (MG-6851), Catucaí Amarelo (2 SL) e Topázio (MG-1190) e três subdoses do glyphosate (0,0; 115,2 e 460,8 g ha -1 ), em esquema fatorial 3x3, com 4 repetições. Os cultivares de café se diferiram quanto à atividade fotossintética. Com o aumento das subdoses do herbicida, observou-se maiores consequências negativas sobre as variáveis fotossintéticas. Tais efeitos podem ser atribuídos aos danos diretos na atividade fotossintética ou pelos indiretos, afetando o metabolismo da planta. Com a aplicação do herbicida, as plantas de cafeeiro apresentaram reduções de taxa transpiratória e condutividade estomática, porém menor eficiência do uso da água apenas aos 15 DAA na quarta folha. Os cultivares apresentaram efeitos negativos com a aplicação das subdoses de glyphosate, quanto a transpiração e condutância estomática. Pode-se concluir que o cultivar Acaiá apresentou-se mais tolerante, pois não mostrou efeitos prejudiciais na eficiência do uso da água.
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    Himenópteros parasitóides em áreas de cafeiro em transição agroecológica no sul de Minas Gerais e a construção conjunta do conhecimento
    (Universidade Federal de Lavras, 2016-05-02) Silva, Gleysson Roberto da; Silveira, Luís Cláudio Paterno
    O Brasil é o país que mais produz café no mundo, Minas Gerais é o Estado que concentra a maior produção, sendo o Sul do Estado a maior região produtora de café, Coffea arábica, com uma alta representatividade de café orgânico ou em transição agroecológica. O cafeeiro pode ser hospedeiro de uma ampla gama de artrópodes e alguns deles constituem-se pragas-chave da cultura, ocasionando grandes perdas em virtude dos danos que provocam. Os inimigos naturais, especialmente, os micro-himenópteros parasitoides exercem importante papel na regulação dessas pragas, sendo indispensáveis na produção agroecológica. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a construção conjunta do conhecimento associado à avaliação de himenópteros parasitoides em cafeeiros em processo de transição (convencional para agroecológico) no Sul do Estado de Minas Gerais. Os levantamentos foram realizados em 24 unidades demonstrativas, distribuídos em quatro sistemas de cultivos, Convencional, SAT, Orgânico pleno sol e orgânico sombreado, totalizando uma área de 6,0 ha, em áreas de reforma agrária, nos municípios de Campo do Meio e Guapé. Todas as áreas estudadas estavam em processo de transição desde fevereiro de 2013. As coletas foram realizadas com auxílio dos agricultores, utilizando armadilhas de moericke, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2014. Durante o período de coletas, outras atividades foram desenvolvidas um curso com o titulo: “Construção conjunta do conhecimento para transição agroecológica”, dividido em dois módulos e intercâmbios das famílias participantes do projeto em outras áreas de produção de café orgânico. Os parasitoides coletados foram identificados em famílias e separados em morfoespécies. Foram coletados, no total, 4450 insetos de nove superfamílias, 26 famílias e 143 morfoespécies no total entre todos os tratamentos. No tratamento Convencional foram coletados 1013 insetos; no Orgânico a pleno sol 933; no Orgânico sombreado 1310; e no tratamento sem agrotóxicos (SAT) 1194. Os resultados obtidos neste estudo permitiram concluir que cafeeiros em transição agroecológica são ambientes favoráveis para a manutenção e preservação de inimigos naturais himenópteros parasitoides e que a construção conjunta do conhecimento contribui com o desenvolvimento da agroecologia, respeitando o saber popular e direcionando-o ao manejo ecológico de pragas em cafeeiros.
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    Quantificação de metabólitos secundários relacionados à resposta de defesa do cafeeiro contra Pseudomonas syringae pv. garcae
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-02-25) Silva, Joyce Alves Goulart da; Resende, Mário Lúcio Vilela de
    A mancha aureolada do cafeeiro, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv.garcae, é uma doença emergente na cafeicultura, para a qual tem se buscado selecionar cultivares resistentes e estudar seus respectivos mecanismos de defesa.Neste trabalho teve-se como objetivo estudar a composição química das folhas das cultivares IAPAR-59 e Mundo Novo 376/4 parcialmente resistente e suscetível, respectivamente, à mancha aureolada do cafeeiro. Para isso foram produzidos extratos aquosos das folhas de cafeeiro e investigada a composição química e atividade biológica destes. Foram quantificados os sólidos solúveis totais, teor de fenólicos e flavonoides totais e perfil de fenólicos, além da atividade antioxidante pelos métodos do DPPH e FRAP. A atividade antibacteriana e a bioautografia foram realizadas, para se verificar a eficácia dos extratos sobre a bactéria Pseudomonassyringaepv. garcae e o fungo revelador Cladosporium sp, respectivamente. Foi possível verificar que folhas da cultivar IAPAR-59 apresentaram maior teor de compostos fenólicos, flavonoides e sólidos solúveis que folhas da cultivarMundo Novo 376/4. Com relação à atividade antioxidante, IAPAR-59 apresentou maior potencial de sequestro de radicais livres pelo método do DPPH. Os extratos das duas cultivares não apresentaram atividade antibacteriana in vitrocontra P. syringaepv. garcae e ambos apresentaram compostos capazes de inibir o crescimento do fungo Cladosporium sp. Outros experimentos foram realizados objetivando avaliar extratos, preparados com diferentes solventes, provenientes de folhas de IAPAR-59, com e sem inoculação de Pseudomonassyringaepv. garcae. Foi possível verificar que as folhas de cafeeiro da cultivar IAPAR-59 sadias apresentaram maior teor de compostos fenólicos e açúcares redutores. Para a atividade antioxidante, no método do DPPH a fração água apresentou a maior atividade, independente da inoculação. Pelo método do FRAP, a fração água das plantas sadias apresentou maior atividade. No teste fungitóxico, ambas apresentaram compostos capazes de inibir o crescimento do fungo Cladosporiumsp. Foi possível quantificar na composição química das plantas sem inoculação os ácidos gálico, cafeico e clorogênico, além da vanilina. A cultivar IAPAR-59 inoculada apresentou maior concentração desses compostos e foi detectada ainda a presença de um fenilpropanoide, o ácido trans-cinâmico. A síntese desses compostos pode ter ocorrido em resposta ao ataque do patógeno.
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    Adequação de níveis de reposição de água para cafeeiros provenientes de embriogênese somática e sementes
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-02-19) Pereira, Vinicius Alves; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães
    A irrigação do cafeeiro tem se tornado prática cada vez mais frequente e necessária. Mesmo com tantas pesquisas e informações já consolidadas, o complexo planta-solo-atmosfera-água exige mais informações que possam contribuir para aperfeiçoar a eficiência da irrigação. Nesse contexto, diferentes métodos de propagação podem gerar necessidades hídricas e respostas diferenciadas ao longo do desenvolvimento vegetativo e produtivo do cafeeiro. Dessa maneira, conduziu-se esta pesquisa, com o objetivo de avaliar a adequação de plantas de cafeeiros provenientes de diferentes métodos de propagação (embriogênese somática e sementes) a diferentes níveis de reposição de água por irrigação, com base no padrão de resposta de características vegetativas. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras. Foram implantados quatro ensaios com mudas provenientes de diferentes métodos de propagação: (I) mudas do clone 3 do grupo Siriema obtidas por embriogênese somática (ES) com 12 meses de idade, (II) mudas da cultivar Catuaí Vermelho IAC-144 obtidas por sementes com 6 meses de idade e produzidas em saquinhos de polietileno (SC), tubetes convencionais (TB) e tubetes longos de PVC, com 50 cm de comprimento (TO). Os tratamentos foram compostos de seis manejos de irrigação baseados em frações do Kc, constituídos de 0,4 (L2); 0,7 (L3); 1,0 (L4); 1,3 (L5); 1,6 (L6) e não irrigado (L1), sendo os tratamentos irrigados pelo sistema de gotejamento O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições, cada parcela experimental foi composta por oito plantas, sendo consideradas úteis as seis plantas centrais. Foram avaliadas altura, diâmetro de copa e diâmetro de caule. Com base nas medidas de altura e diâmetro de caule foi estimado o índice de área foliar. Os resultados indicaram que mudas do clone 3 do grupo Siriema propagadas por embriogênese somática e mudas da cultivar Catuaí Vermelho IAC-144 propagadas por sementes em diferentes recipientes apresentam resposta positiva para o cultivo irrigado na região do Sul de Minas Gerais.
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    Influência de diferentes métodos de controle de doenças fúngicas do cafeeiro (Coffea arábica L.) na qualidade dos grãos
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-03-02) Abrahão, Adriano Andrade; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    O manejo adequado de doenças foliares, como a ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro, tem se tornado de extrema importância para a produção de cafés de qualidade, principalmente em virtude dos grandes prejuízos causados, destacando-se como as grandes responsáveis pelo alto custo e queda na produtividade da cultura. Neste sentido, torna-se de extrema importância o conhecimento dos procedimentos técnicos e de produtos fitossanitários adotados por produtores rurais, bem como o efeito exercido pelos mesmos na qualidade do café, assegurando melhores condições para que a qualidade do grão não se perca em nenhuma das etapas de produção. Objetivou- se, com este trabalho, verificar a influência de diferentes métodos de controle de doenças fúngicas do cafeeiro (Coffea arabica L.) na qualidade dos grãos de café cereja descascado e bóia. Foram conduzidos ensaios no município de Nepomuceno, MG, anos agrícolas 2002/03 e 2003/04. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas, utilizando-se quatro (04) repetições, em esquema fatorial 2 x 3 x 2, compreendendo duas safras, três tratamentos fungicidas (3), e dois tipos de processamento, cereja descascado e bóia. As parcelas foram submetidas a aplicações com três tipos de tratamentos, fungicida sistêmico com ingrediente ativo Pyraclostrobin + Epoxiconazole, nome comercial Ópera®, fungicida cúprico, nome comercial Cobox®, e testemunha não tratada com fungicidas. As avaliações da qualidade dos grãos foram realizadas através de análises físicas e químicas. Os resultados indicaram que os tratamentos fungicidas não afetaram as variáveis relacionadas a qualidade do café e o tratamento com o fungicida Ópera® mostrou-se ligeiramente superior na preservação da qualidade do café bóia, quando consideradas as variáveis açúcares totais e não redutores.
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    Identificação e caracterização parcial de genes SEPALLATA em café arábica
    (Universidade Federal de Lavras, 2009-07-01) Paula, Márcia Fabiana Barbosa de; Chalfun Júnior, Antonio
    O café é um dos mais importantes commodity internacionais, produzido em mais de sessenta países e classificado entre as cinco exportações agrícolas mais valorizadas de países em desenvolvimento. Uma das maiores dificuldades dessa cultura consiste na heterogeneidade do florescimento, consequentemente, desuniformidade na maturação dos frutos, o que dificulta a colheita e prejudica a qualidade dos grãos. Tendo em vista a importância econômica do café e a dificuldade apresentada, este trabalho surgiu a partir da necessidade de um melhor entendimento dos fatores genéticos que compõe essa rota, já que o processo de florescimento depende da expressão equilibrada de uma rede complexa de genes. Os genes SEPALLATA (SEP) fazem parte dessa rota e são responsáveis pela determinação dos quatro verticilos florais, indicando com a ajuda de outros genes a identidade do meristema floral. Desta forma, esse trabalho teve como objetivo estudar os genes SEP em Coffea arabica. Primeiramente foram realizadas análises in silico para identificar esses genes no genoma café, por meio do banco de dados CAFEST. Três prováveis genes SEP, foram identificados e submetidos a análises de motivos, domínios, agrupados em árvores filogenéticas e análise da expressão por Northern eletrônico. Essas sequências apresentaram os domínios característicos da família gênica, agrupando com genes SEP de outras espécies, e como esperado, a expressão foi observada em bibliotecas de flores e frutos em desenvolvimento. Os experimentos para caracterização parcial foram realizados no Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal de Lavras, UFLA, onde, após serem desenhados primers específicos, essas amplicons foram submetidas à clonagem, sequenciamento e comparação com genes SEP obtidas na análise in silico. Por meio de comparação, somente duas sequências foram consideradas similares e caracterizadas como possíveis genes SEP1/2 e SEP3. Além disso, foi realizada a análise de expressão por PCR em tempo real, onde também foram observadas as expressões dos fragmentos em tecidos de flores e frutos. Com todas essas análises foi possível a identificação e caracterização parcial de pelo menos dois genes SEP em café, porém, se faz necessário, a partir dos resultados obtidos, de trabalhos de expressão in situ e estudos de mutantes para uma melhor caracterização desses genes.