Trabalhos de Evento Científico

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    INCIDÊNCIA DE BICHO-MINEIRO (Leucoptera coffeella) (LEPIDOPTERA: LYONETIIDAE) EM CAFEEIRO SUBMETIDO A DIFERENTES CRITÉRIOS DE IRRIGAÇÃO E DENSIDADES DE PLANTIO
    (2009) Assis, Gleice Aparecida; Moraes, Jair Campos; Scalco, Myriane Stella; Assis, Francisnely Aparecida; Embrapa - Café
    O bicho-mineiro é uma das principais pragas da cultura do café, devido alcançar o nível de controle todo ano nas principais regiões produtoras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de minas intactas de bicho- mineiro em cafeeiro (BMC) submetido a diferentes critérios de irrigação e densidade de plantio, ao longo de 12 meses, no município de Lavras, MG. O experimento foi conduzido em delineamento experimental em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições, utilizando-se a cultivar Rubi MG-1192. Os tratamentos constaram de quatro critérios de irrigação: (1) não irrigado; (2) irrigado três vezes por semana, com lâmina calculada através do balanço hídrico – efetuado pelo software IRRIPLUS®; (3) irrigado quando a tensão de água no solo atingiu 20kPa e (4) irrigado quando a tensão de água no solo atingiu 60kPa; em quatro densidades de plantio: (i) 2500 plantas ha-1 (4,0 x 1,0m), (ii) 3333 plantas ha-1 (3,0 x 1,0m), (iii) 5000 plantas ha-1 (2,0 x 1,0m), (iv) 10000 plantas ha-1 (2,0 x 0,5m). Os critérios de irrigação foram localizados nas subparcelas e as densidades de plantio nas parcelas. As avaliações da população do BMC foram realizadas mensalmente no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2008, totalizando 12 avaliações. A avaliação das folhas com presença ou ausência de minas foi realizada pelo método não destrutivo, na própria planta, amostrando-se ao acaso, o 3o ou 4o par de folhas verdadeiras no terço médio das plantas em 10 plantas/parcela. Os dados foram agrupados de acordo com as estações do ano (primavera – setembro, outubro e novembro; verão – dezembro, janeiro e fevereiro; outono – março, abril e maio; inverno – junho, julho e agosto) e intervalos de temperatura (acima de 20°C – jan/fev/março/abr/out/nov/dez; e abaixo de 20°C – mai/jun/jul/ago/set). Pode-se concluir que a irrigação no período de avaliação, não influenciou a ocorrência de bicho-mineiro na lavoura. Entretanto, a plantas conduzidas em espaçamentos mais largos foram mais infestadas. Além disso, o bicho-mineiro ocorreu durante todo o ano, apresentando o maior pico de infestação na época seca do ano.
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    Efeito da aplicação do silício em plantas de café no comportamento alimentar da cochonilha-branca Planococcus citri (RISSO, 1813) (Hemiptera: Pseudococcidae)
    (2007) Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Prado, Ernesto; Moraes, Jair Campos; Souza, Brigida; Embrapa - Café
    Estudos visando à utilização de silício contra insetos-praga têm demonstrado o aumento do grau de resistência das plantas ao ataque desses organismos. Com o objetivo de avaliar o efeito desse mineral no comportamento alimentar da cochonilha-branca Planococcus citri (Pseudococcidae) em cafeeiros, foram desenvolvidos testes de monitoramento eletrônico, utilizando a técnica de EPG, em fêmeas dessa cochonilha. Foram utilizadas plantas de Coffea arabica cvs. Catuaí e Catucaí, com silício (dosagem de 1 g de silicato de cálcio/250 g de solo/vaso) e testemunha (sem silício). O estudo da penetração dos estiletes mostrou que as cochonilhas atingiram o floema, seu local de alimentação, sem dificuldades, demonstrando ausência de barreira mecânica, e demorarem em média, 14 horas para atingirem o floema. Nenhum parâmetro associado à fase floemática mostrou diferenças, seja nas cultivares ou nos tratamentos com e sem silício. A fase xilemática também não foi modificada. Dessa forma, o emprego de silício, na dosagem avaliada, não afetou o comportamento alimentar da cochonilha P. citri em cafeeiros.
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    Seleção de progênies de cafeeiros (Coffea arabica x C. racemosa ) resistentes ao bicho-mineiro (Leucoptera coffeella)
    (2003) Botelho, César Elias; Dias, Fábio Pereira; Raso, Bruno de Souza Monte; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Moraes, Jair Campos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste trabalho foi selecionar plantas de cafeeiros com potencial de resistência ao bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mènevile & Perrottet, 1842), em população segregante derivada do cruzamento de Coffea arabica x C. racemosa sob condição de infestação artificial. Os experimentos foram conduzidos no Setor de Cafeicultura/Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras - UFLA. Na fase de pré-seleção. o delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 69 tratamentos e seis repetições, sendo a parcela experimental constituída por 2 plantas. Para o teste de formato de mina o delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 12 tratamentos e seis repetições, sendo a parcela experimental constituída por uma folha de cada planta pré-selecionada em todos os testes foram utilizados as cultivares Acaia Cerrado MG 1474 e Catuaí Vermelho IAC 144 como testemunhas. Na fase de pré-seleção foram avaliados: o número de minas por planta e o número de minas por folha. No teste de formato de mina foram atribuídas notas para o tipo de mina. Observou-se na fase de pré-seleção a formação de dois grupos, sendo um constituído por plantas mais resistentes e outro por plantas menos resistentes a infestação do bicho-mineiro. Para o teste de formato de mina houve diferença significativa, com a formação de dois grupos distintos, um grupo composto de sete plantas, sendo uma classificada como resistente e as demais como moderadamente resistentes e outro com cinco plantas todas classificadas como suscetíveis.
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    Impacto de inseticidas sobre vespas predadoras e parasitóides, e sua eficiência no controle do bicho-mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrotet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae)
    (2003) Carvalho, Geraldo Andrade; Miranda, Júlio César; Ecole, Carvalho Carlos; Moraes, Jair Campos; Ferreira, Antônio José; Reis, Kássio V.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente trabalho teve como objetivo avaliar o impacto de alguns produtos fitossanitários utilizados em diferentes estratégias de manejo, às populações de parasitóides e vespas predadoras do bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrotet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae), bem como, a eficiência dos produ-tos no controle dessa importante praga da cafeicultura brasileira. Foi conduzido um experimento em uma lavoura cafeeira, variedade Mundo Novo, com sete anos de idade, situada no município de Campo Belo - MG. Os estudos foram realizados por meio de coletas quinzenais de folhas de cafeeiro (3 o ou 4 o par de folhas totalmente expandidas do ápice do ramo à base) situadas no terço médio das plantas úteis de cada parcela. Realizou-se uma aplicação de inseticidas granulados de solo, em fevereiro, mais duas foliares, sendo a primeira em julho e a outra em setembro para o controle do bicho-mineiro, no ano de 2001. Para o ano de 2002, efetuou-se uma aplicação de inseticidas granulados de solo, em fevereiro, e uma foliar em julho. Paralelamen-te à condução e avaliação do experimento, foram obtidas informações relacionadas às condições climáticas da região, na estação de meteorologia da UFLA, em Lavras - MG. Nas avaliações da dinâmica populacional da praga e do impacto dos produtos sobre os inimigos naturais, coletaram-se folhas que foram levadas ao Labo-ratório de Estudos de Seletividade do Departamento de Entomologia da UFLA, para avaliação dos seguintes parâmetros: número de ovos do bicho-mineiro/60 folhas coletadas, de larvas vivas, porcentagem de folhas minadas, de minas predadas e número de parasitóides emergidos, quando os inseticidas foram aplicados via foliar. Além desses parâmetros, avaliou-se também o efeito fitotônico (incremento do comprimento dos ramos de plantas marcadas de cafeeiro), em parcelas onde se aplicou inseticidas granulados no solo. Nas mais de trinta avaliações efetuadas (fevereiro de 2001 a dezembro de 2002), observou-se que os inseticidas granula-dos apresentaram um efetivo controle do bicho-mineiro, tendo impacto negativo sobre a fase de ovo da praga, bem como todos os tratamentos foliares e granulados proporcionaram uma redução significativa da porcenta-gem de folhas minadas e de larvas vivas. Os índices de predação encontrados, foram de forma geral, baixos em relação aos relatados para Minas Gerais; entretanto, observou-se que nos períodos de maior precipitação ocorreram menores índices de predação. Quanto ao efeito dos produtos fitossanitários granulados e foliares sobre vespas predadoras, observou-se que todos os inseticidas provocaram redução significativa da porcenta-gem de minas predadas. Todos os produtos granulados e foliares foram tóxicos aos parasitóides do bicho-mineiro; entretanto, constatou-se que aldicarbe (Temik 150G) e betacyflutrin (Turbo â ) causaram menor im-pacto em relação aos demais inseticidas. Dessa forma, esses dois inseticidas podem ser recomendados em estratégias e táticas de controle dessa praga-chave do cafeeiro, já que ao mesmo tempo em que eles mantêm a praga abaixo do nível de controle, causam menor impacto sobre os parasitóides do bicho-mineiro.
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    População de cigarrinhas em três sistemas de cultivo do cafeeiro (orgânico, intermediário e convencional) no município de Santo Antônio do Amparo, MG
    (2001) Ferreira, Antônio José; Louzada, Júlio N. C.; Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Moraes, Jair Campos; Ecole, Carvalho Carlos; Carvalho, Geraldo Andrade; Silva, Rogério A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Estudou-se a população de cigarrinhas nos sistemas de cultivo do cafeeiro (café orgânico, intermediário e convencional), em sua transição com o sistema de pastagem adjacente, na Fazenda Cachoeirinha, município de Santo Antônio do Amparo, MG. O delineamento experimental foi de parcelas subdivididas, com três tratamentos (sistemas de cultivo), duas subparcelas (interior e borda) e quatro repetições. Para a coleta das cigarrinhas utilizaram-se armadilhas adesivas (placas) de coloração amarela, de 10,0 x 25,0 cm, dupla face. As armadilhas permaneceram no campo de 8 a 19 de junho de 2001. Os insetos capturados foram triados e montados no Laboratório de Controle Biológico de Pragas da EPAMIG/CTSM- EcoCentro/Lavras-MG, sendo, posteriormente, enviados a especialista para identificação. Nos três sistemas de cultivo, coletou-se um total de 652 espécimens de cigarrinhas pertencentes a 26 espécies, sendo as mais predominantes Macugonalia sp., com 215 representantes; Dilobopterus costalimai, com 105 indivíduos; e Oncometopia facialis, com 61 indivíduos. No interior dos sistemas de cultivo, o maior número de cigarrinhas foi observado no sistema convencional, enquanto na borda não houve diferença entre os três sistemas. Comparando interior e borda de cada sistema, verificou-se que no sistema orgânico a borda apresentou maior número de cigarrinhas que o interior, ocorrendo o inverso para o sistema convencional, enquanto no sistema intermediário não se observou diferença quanto ao local de coleta. Quanto à diversidade, o sistema orgânico apresentou menor número de espécies no interior da cultura (4,5 espécies), comparado com os sistemas convencional (8,5 espécies) e intermediário (7,0 espécies). Já na borda não se encontraram diferenças entre os sistemas com relação ao número de espécies coletadas.
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    Manejo do bicho-mineiro do cafeeiro e seus inimigos naturais com suplementos alimentares
    (2001) Ecole, Carvalho Carlos; Moraes, Jair Campos; Silva, Rogério A.; Ferreira, Antônio José; Carvalho, Geraldo Andrade; Costa, Denilson B.; Goussain, Márcio M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A pesquisa foi desenvolvida no setor de cafeicultura, Campus da Universidade Federal de Lavras, no período de setembro a dezembro de 2000. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados, esquema parcela subdividida, com seis tratamentos e quatro repetições, sendo alocados nas parcelas os tratamentos e nas subparcelas as épocas de avaliação. Foram avaliados os tratamentos lêvedo de cerveja + mel (1:1) a 20%, melaço a 10%, proteína hidrolisada a 2%, proteína hidrolisada a 2% + calda inseticida (cartap), controle químico com inseticida (cartap) e a testemunha (água). Foram realizadas três avaliações, sendo a primeira antes da aplicação dos tratamentos, a segunda e a terceira aos 30 e 60 dias após a primeira aplicação dos tratamentos, respectivamente. Avaliaram-se a percentagem de folhas minadas e de folhas com sinais de predação por vespas, o número de larvas vivas e a percentagem de parasitismo. Os parasitóides foram identificados pela Dra. Ana Maria Angélica Penteado-Dias, da Universidade de São Paulo, Campus de São Carlos. Observou-se que as parcelas utilizadas eram inicialmente semelhantes quanto à percentagem de folhas minadas e de minas predadas por vespas, viabilidade de larvas, número de pupas do bicho-mineiro coletadas em cinco minutos, parasitismo total e por espécie, sendo as espécies parasitóides mais importantes Orgilus niger, Centistidea striata e Stiropius reticulatus (Hymenoptera: Braconidae) e Horismenus sp. (Hymenoptera: Eulophidae). Já na segunda e terceira avaliações verificou-se redução drástica do parasitismo total e por espécie nos tratamentos com isca tóxica e inseticida (50 a 100%, respectivamente). O tratamento proteína hidrolisada + cartap reduziu a ação de vespas predadoras em 82% e de parasitóides em 50%. Os resultados, apesar de preliminares, estão evidenciando que o uso da isca tóxica no controle do bicho-mineiro requer cuidados, já que, ao mesmo tempo em que a praga é mantida abaixo do nível de controle, a isca tóxica afeta a população de inimigos naturais (vespas e parasitóides).
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    Resposta da aplicação de atrativos alimentares na população de crisopídeos em cafeeiro em transição para sistema de cultivo orgânico
    (2001) Moraes, Jair Campos; Ecole, Carvalho Carlos; Silva, Rogério A.; Ferreira, Antônio José; Souza, Brígida R.; Costa, Denilson B.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Estudou-se na Fazenda Cachoeirinha, em Santo Antônio do Amparo, a resposta de crisopídeos à aplicação de atrativos alimentares em cafeeiro sob sistema de transição de cultivo para orgânico. O delineamento experimental foi no esquema de parcelas subdivididas, sendo alocadas nas parcelas os tratamentos e nas subparcelas os dias após a aplicação dos atrativos. A parcela experimental foi constituída por quatro linhas (10 plantas/linha), sendo a área útil composta por 10 plantas centrais. Foram testados seis tratamentos: 1-lêvedo de cerveja + mel, 2- melaço, 3- proteína hidrolisada (Aumax), 4- Aumax + inseticida cartap (isca tóxica), 5- inseticida cartap e 6- testemunha (somente água), com cinco repetições. Os três primeiros tratamentos e a água foram aplicados mensalmente, enquanto a isca tóxica e o inseticida foram aplicados somente quando a infestação do bicho-mineiro alcançou o nível de controle (30% de minas com lesões intactas). As avaliações do número de adultos e ovos do inseto predador foram realizadas em 10 plantas/parcela, a cada 15 dias, pela captura de adultos com rede entomológica e contagem direta de ovos em folhas de cafeeiro. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Scott & Knott a 5% de significância. Embora preliminares, os resultados sugerem que pode ocorrer uma atração inicial de adultos do predador, com estímulo à oviposição quando se aplica lêvedo + mel. Pode também ocorrer aumento na população de crisopídeos na área, porém com distribuição independente dos atrativos alimentares, provavelmente devido ao tamanho das parcelas utilizadas nesta pesquisa. Por outro lado, não se observou efeito negativo ao predador.