UFV - Dissertações

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    Influência da aplicação, via irrigação por gotejamento, de esgoto sanitário tratado na cultura do cafeeiro e no solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-26) Santos, Suzana Souza; Soares, Antônio Alves
    O uso de águas residuárias na agricultura tem sido uma forma alternativa de minimizar problemas ambientais proporcionados pelo lançamento das mesmas em cursos d’água, além de favorecer um incremento na produtividade agrícola, sendo este incremento dependente de alguns fatores, tais como: cultura, disponibilidade de nutrientes no efluente, demanda nutricional das plantas e manejo adotado. No entanto, a utilização de águas residuárias na agricultura exige o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas que visem à minimização dos riscos de contaminação do solo e dos agricultores. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar os aspectos de contaminação do solo e nutricional da cultura do cafeeiro com a aplicação, por gotejamento, de esgoto doméstico tratado por escoamento superficial seguido de lagoa de maturação, no Município de Viçosa – MG. Para alcançar os objetivos propostos, foi montado um experimento no delineamento inteiramente casualizado, constituído de 5 tratamentos, os quais foram: aplicação de água de represa sem interrupção (T 0 ) e aplicação do efluente até quatro, três, duas e uma semana antes da colheita dos frutos do cafeeiro (T 4 , T 3 , T 2 e T 1 , respectivamente). Para realizarem-se as análises microbiológicas (coliformes fecais e totais) e análises químicas (fósforo, nitrogênio, potássio e sódio), foram retiradas amostras de solo nas profundidades de 0 - 10, 10 - 20 e 20 - 30 cm. Folhas do cafeeiro foram retiradas na altura mediana da planta, no 3o e 4o par de folhas, para análise foliar (N, P; e K), e coletados frutos do chão, para determinação da presença de coliformes fecais e totais. A análise estatística consistiu de análise de variância e teste de médias, para comparação das variáveis dependentes, avaliadas para os diferentes tratamentos. Os resultados obtidos permitiram concluir que: o efluente gerado na Estação-Piloto de Tratamento de Esgoto do DEA/UFV não apresenta, segundo a legislação ambiental vigente, qualidade para lançamento em curso d’água, devendo a mesma estar associada a tratamento subseqüente, ou disposição no solo, sendo a fertirrigação uma das possíveis alternativas; a aplicação do efluente elevou, significativamente, os teores de nitrogênio no solo; a aplicação desse efluente durante todo o ano corresponde a da adubação convencional com uma formula NPK de 15, 16 e 9%, respectivamente; o manejo da aplicação do efluente na cultura não deve ser em função da necessidade hídrica da cultura, tendo em vista dos riscos de contaminação das águas subterrâneas, devido aos elevados valores de Na observados no solo; o estresse hídrico proporcionado no solo foi eficiente no processo de desinfecção de coliformes no solo, quando a aplicação de efluente foi suspensa, pelo menos, duas semanas antes da colheita e não houve contaminação dos frutos “do chão” do cafeeiro, independente da época de suspensão da aplicação do efluente no solo.
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    Produtividade do cafeeiro em resposta ao manejo da calagem e gessagem em Latossolo de Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-03) Camilo, Nilza de Fátima Pereira; Alvarez V, Víctor Hugo
    A cafeicultura de Minas Gerais está implantada, em sua maior parte, em solos de Cerrado, predominantemente em Latossolos, com aplicação de calcário em área total ou em faixas. Os objetivos deste trabalho foram comparar a produtividade do cafeeiro em resposta os diferentes manejos, determinar doses de calcário de máxima eficiência econômica (MEE) e as taxas de recuperação de Ca 2+ e de Mg 2+ nas análises de solo, para diferentes profundidades. Os fatores em estudo foram: uso de calcário ou calcário e gesso, divididos em duas estratégias de aplicação em área total ou faixa, que pela reposição de calcário ou calcário e gesso resultaram em oito manejos: quatro em área total (calagem sem reposição (CATSR); calagem e gessagem sem reposição (CGATSR); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGATRPP) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGATRNC)) e quatro em faixa (calagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CFRPP); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGFRPP); calagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CFRNC) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGFRNC)) e seis doses de calcário (em área total foram de 0,0 a 2,4 NC e, em faixa de 0,0 a 1,5 NC). Na definição dos tratamentos, utilizou-se a matriz experimental mista, Baconiana com Fatorial [(21 + 2) + 21)], em que (21 + 2) correspondem a tratamentos que receberam aplicação em área total e os outros 21 em faixa. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com três repetições. Cada parcela útil constou de duas fileiras, com quatro plantas por fileira. O manejo CFRNC foi a melhor opção visando obter maior rendimento pela calagem com menor investimento. Apesar dos resultados indicarem, de forma geral, maior elevação do pH, maior redução dos teores de Al 3+ e maior elevação dos teores de Ca 2+ e de Mg 2+ no solo nos diferentes manejos em relação à testemunha, em média, não houve diferença significativa na produtividade de café entre os manejos. As taxas de recuperação de Ca 2+ em relação às de Mg 2+ inicialmente foram semelhantes, tanto em área total como em faixa, posteriormente as de Ca 2+ foram maiores. As taxas de recuperação de Ca 2+ e de Mg 2+ decresceram em profundidade. Nas doses de MEE os valores de pH foram muito baixos a baixos; os teores de Al 3+ variaram de médio a alto e os teores de Ca 2+ e de Mg 2+ ficaram muito baixos a baixos. Nas folhas os teores de Ca e de Mg ficaram, consistentemente, abaixo da faixa de suficiência.
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    Adubos verde na quantidade e qualidade da matéria orgânica do solo de cafezais em sistema de cultivo orgânico.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) Coelho, Marino Salgarello; Mendonça, Eduardo de Sá; Universidade Federal de Viçosa
    O uso de leguminosas como adubo verde é uma prática difundida entre os agricultores familiares da Zona da Mata Mineira, contribuindo para a manutenção dos sistemas orgânicos. Com a adição de matériais orgânicos ao solo, a formação das substancias húmicas é um importante processo, que aumenta o tempo de ciclagem e contribui para a manutenção dos estoques de C e N no solo. Além dos estoques, o aporte constante de resíduos vegetais proporciona maior atividade biológica, aumento de cargas capazes de minimizar a perda de nutrientes do solo, aumenta a agregação e diminui a erosão. As leguminosas apresentam características diferentes entre si como a produção de biomassa, acumulo de nutrientes e características químicas, características essas que influenciam na formação das substancias húmicas no solo. Essas características também podem ser influenciadas pelo clima do local e, consequentemente, influenciando na formação e estabilização das substancia húmicas do solo. Objetivou-se quantificar os teores e estoques de C e N no solo e nas substâncias húmicas e avaliar o impacto do uso de leguminosas como adubo verde na qualidade das substâncias húmicas em solos sob cultivo de café orgânico em duas condições edafoclimáticas distintas. Foram cultivadas nas entrelinhas do café quatro espécies de leguminosas: amendoim forrageiro (Arachis pintoi), calopogônio (Calopogonium mucunoides), estilosantes (Stylozanthes guyanensis), mucuna preta (Stizolobium aterrimum) e espécies espontâneas, com predomínio do capim marmelada (Brachiaria plantaginea), durante 4 anos em propriedades de agricultores familiares de Araponga - MG (face de exposição noroeste) e Pedra Dourada - MG (face de exposição sul) de agricultores familiares na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Após 4 anos de manejo, foi realizada a coleta de solo em duas profundidades (0-5 e 5-20 cm) e analisado os teores de C e N total no solo e nas substancias húmicas. Por meio de amostras coletadas em anéis volumétricos para a obtenção da densidade do solo. Para a avaliação qualitativa das substâncias húmicas, foram extraídas e purificadas para obtenção dos ácidos fúlvicos (AF) e húmicos (AH). Foram realizadas análise elementar (CHNO), UV-Visível, Infra Vermelho e Termogravimetria do material purificado. O manejo com leguminosas e espécies espontâneas utilizadas como adubo verde pode manter os teores de COT, NT e os teores de C e N das SHs no solo, mantendo os valores próximos à mata nativa. No manejo após 4 anos de cultivo, apenas a fração húmica mais lábil (Fração ácidos Fúlvicos - FAF) teve efeito nos tratamentos, o que não foi observado nos teores das frações mais recalcitrantes (Fração Ácidos Húmicos - FAH e Fração Humina - FH). Os teores de C e N na FH foram superiores as outras frações. O efeito do uso da adubação verde foi verificado principalmente na superfície, com o aumento dos teores de C e N no solo. As condições edafoclimáticas promoveram efeito na formação e no estoque de C e N totais e das SHs, sendo que na propriedade sob condições de menor insolação (Pedra dourada), o solo apresentou maiores estoques de C e N. Foi verificado que os AH possuem maior peso molecular, maior hidrofobicidade e maior condensação, pela presença de maior proporção de compostos aromáticos e com maior teor de C, conferindo maior estabilidade estrutural em relação aos AF. A propriedade rural sob maior incidência de luz e temperatura e menor umidade, devido a face de exposição solar noroeste apresentou no AF, maior relação O/C, relação E4/E6, relação 3300/1700 e valor de ITG inferior, favorecendo a formação de AF com maior massa molar em relação ao encontrado na propriedade sob menor incidência de luz e temperatura e maior umidade. Nos AH, os tratamentos obtiveram pouco efeito devido ao tempo de manejo das leguminosas que foram por apenas 4 anos. Dentre as leguminosas, nos AF, o tratamento com calopogônio apresentou baixo teor de C e elevado teor de O em sua composição, corroborando para a perda de massa a temperatura baixa, caracterizando um material de fácil mineralização. Já o tratamento com estilosantes proporcionou AF com menor peso molecular.
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    Preparo de covas e formas de aplicação da matéria orgânica no plantio do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998) Trevisan, Welington Lazaro; Sampaio, Nelson Ferreira; Universidade Federal de Viçosa
    Neste trabalho, objetivou-se estudar o desenvolvimento inicial do cafeeiro, quando plantado em covas de diferentes tipos, em ausência e presença de matéria orgânica, incorporada ao volume total do solo da cova, ou distribuída superficialmente. Foi conduzido um ensaio de plantio de café em um LVd. Os fatores em estudo foram tipos de cova (40 x 40 x 40 cm, sulco e 15 x 15 x 25 cm) e matéria orgânica (incorporada, em cobertura e ausente), eliminando-se o tratamento cova de 15 x 15 x 25 cm com matéria orgânica incorporada, por ser reduzido o volume da cova. Resultaram então oito tratamentos, instalados e analisados segundo o modelo fatorial completo (3 x 2), mais dois tratamentos adicionais, em blocos casualizados e com quatro repetições. Foram utilizados dez litros de esterco curtido de gado por cova, e o plantio foi feito com o cultivar Catimor. As avaliações efetuadas após um ano de plantio constaram de características químicas e físicas do solo, variáveis da parte aérea e raiz, bem como o estado nutricional do cafeeiro. Observou-se que o tipo de cova pouco afetou as características químicas do solo, enquanto que a presença de matéria orgânica afetou-as positivamente. A cova 15 x 15 x 25 cm, seguida pelo sulco, apresentou maior resistência do solo à penetração. Na presença de matéria orgânica em cobertura, comparativamente à sua não-aplicação, ocorreu maior desenvolvimento da planta e maior restrição à absorção de manganês. Os valores dos teores de nutrientes da planta não foram afetados pelo tipo de cova. Concluiu-se que o uso da matéria orgânica em cobertura beneficiou a formação da lavoura, favorecendo o crescimento inicial do cafeeiro, e que não houve diferença entre os tipos de cova testados em solo LVd da região de Viçosa.
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    Classificação automatizada do uso e cobertura do solo utilizando imagem Landsat no Município de Araponga, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) Moreira, Gilberto Fialho; Fernandes, Raphael Bragança Alves; Universidade Federal de Viçosa
    Planejar o espaço na busca de entender o presente com informações do passado, bem como projetar cenários futuros é de fundamental importância para a melhor gestão ambiental. Neste sentido, dentro de um programa mais amplo de monitoramento, a detecção da cobertura florestal - de forma ágil, rápida e eficiente - pode contribuir para uma melhoria na proteção e qualidade ambiental, principalmente, em municípios que se destacam por apresentarem biodiversidade relevante, em especial àqueles que são sede de alguma Unidade de Conservação (UC). O uso de imagens de satélite tem se intensificado nos últimos anos, e incrementa o arsenal de informações disponíveis sobre o meio natural. Entretanto, a maior parte da tecnologia disponível para a detecção automatizada, em especial os softwares utilizados, apresentam elevado custo financeiro de aquisição. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar novas tecnologias e metodologias de detecção automatizada da cobertura vegetal em imagens orbitais. Para tanto, foram executadas as classificações pelos métodos da Máxima Verossimilhança (MAXVER), das Redes Neurais Artificiais (RNA) e das Árvores de Decisão, utilizando-se de tecnologias de caráter gratuito e, ou, já disponíveis no Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG). Essa iniciativa também visa contribuir na avaliação de novas soluções para os problemas e desafios relacionados ao mapeamento de cobertura vegetal enfrentados pelo setor de monitoramento ambiental do IEFMG, em especial pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Florestal, ligado à Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento. Para a efetivação do presente projeto foram utilizados as bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7 da cena 217/74 de imagens do sensor LandSat 5 TM (Thematic Mapper), tomadas em 16/11/2005 (verão), correspondente ao município de Araponga (MG), onde concentra-se a maior área do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). Essa mesma cena foi utilizada para a produção do documento: “Mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamento de Minas Gerais” (MFNR-MG), atualmente um referencial para a gestão ambiental do Estado de Minas Gerais. Foram consideradas nesse estudo as seguintes classes de vegetação: Floresta Estacional Semidecídua, Floresta Ombrófila, Campo de Altitude, Pastagem, Café e Eucalipto. Para a classificação automatizada das imagens, inicialmente os dados foram preparados com os Sistemas de Informações Geográficas (SIG): Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas (SPRING) e ArcGis 9.0. Posteriormente, foi realizada a classificação das imagens pelos métodos de MAXVER e o das RNA’s. O SIG SPRING foi usado na classificação por MAXVER e, para as RNA’s, foi utilizado o software Stuttgart Neural Network Simulator (SNNS). Ao final dos trabalhos de classificação, adicionalmente foi realizada uma comparação com os resultados alcançados no MFNR-MG, no qual outro método de classificação, o de Árvores de Decisão, foi empregado em seu procedimento de análise. Os resultados obtidos indicaram que a metodologia por MAXVER, por mais que tenha gerado confusão entre algumas classes por considerar somente o valor da reflectância, o que dificultou ou mesmo impediu a diferenciação entre algumas tipologias vegetacionais, em especial, entre campo de altitude e afloramentos rochosos; e entre eucalipto e floresta semidecídua, apresentou um bom resultado, atingindo um desempenho geral de aproximadamente 80%. A classificação efetuada por RNA’s também não distinguiu efetivamente todas as classes pretendidas, mesmo considerando o plano de informação altitude, segundo fornecido pelo modelo de elevação do terreno. A comparação, dos classificadores testados no presente trabalho com a metodologia adotada no MFNR-MG indicou diferenças expressivas na quantificação das coberturas vegetacionais da área estudada, em especial quanto à formação Florestal Ombrófila, a qual se apresentou bem mais evidente nas classificações aqui executadas (MAXVER e RNA). Embora a metodologia de RNA’s seja amplamente aceita como a mais adequada para a classificação de imagens de satélites, a complexidade e o tempo demandado na preparação dos materiais, bem como os vários procedimentos de tentativa e erro requeridos para sua execução dificultam ou mesmo restringem sua utilização, principalmente na demanda comercial. Por sua vez, dada a simplicidade e os resultados alcançados, a classificação por MAXVER desponta como uma opção mais viável em muitas situações, tais como às classes que não são distinguidas por algum outro fator que não seja a reflectância da imagem utilizada. No entanto, as duas metodologias aqui testadas (RNA e MAXVER), bem como a utilizada no MFNR-MG, não apresentaram bons resultados para as duas classes de cobertura vegetal exótica pretendida neste trabalho (eucalipto e café).
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    Influência da adubação potássica e da torra nos teores de aminas bioativas em café
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2001) Cirilo, Marcos Paulo Gomes; Glória, Maria Beatriz Abreu; Universidade Federal de Minas Gerais
    A influência da adubação potássica e do tipo de torra nos teores de aminas bioativas em café foi investigada. Coffea arabica L., variedade catuaí vermelho linhagem MG-99 com idade de seis anos, plantada no município de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, foi adubada com cloreto e sulfato de potássio nas doses de 0 (controle) a 400 kg de K/ha. O café verde obtido foi submetido a dois tipos de torra - americana e francesa. As amostras foram analisadas quanto aos teores de aminas bioativas. As amostras de café torrado foram também analisadas quanto ao conteúdo de água, atividade de água e características de cor CIE L*, a* e b*. No café verde, os teores totais de aminas variaram de 1,80 a 4,38 mg/100g. A amina predominante foi a putrescina, seguida da serotonina, espermina e espermidina. A adubação com cloreto de potássio afetou de forma significativa os teores de putrescina, sendo que um aumento na concentraçäo de cloreto de potássio causou uma diminuição nos teores de putrescina no grão de café. O conteúdo de água das amostras variaram de 2,90 a 4,49 g/100 g e a atividade de água de 0,31 a 0,45, não havendo diferença significativa entre os tipos de torra. Entretanto, o tipo de torra afetou de forma significativa as características de cor: a torra americana produziu grãos mais claros, maiores intensidades de vermelho e de amarelo. Durante a torra houve redução significativa nos teores totais de aminas, com perda total de putrescina e de espermina e formação de agmatina. O café torrado ficou caracterizado pela presença de três aminas, sendo serotonina a predominante, seguida da espermidina e da agmatina. Foi observada correlação significativa entre as doses de cloreto de potássio utilizadas na adubação e os teores de espermidina nas amostras submetidas à torra americana e entre as doses de cloreto de potássio e os teores de espermidina e de agmatina nas amostras submetidas à torra francesa.
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    Características de solos da área de influência de valas de infiltração/percolação da água residuária da despolpa dos frutos do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) Pereira, Victor Almeida; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; Universidade Federal de Viçosa
    No sul do Estado do Espírito Santo, a técnica de disposição da água residuária do descascamento/despolpa dos frutos do cafeeiro (ARC) em valas de infiltração/percolação é muito utilizada por produtores, por necessitar de pequenas áreas para se efetuar a disposição da ARC, ser de baixo custo e fácil implantação, operação e manutenção. No entanto, se esta técnica for realizada de forma inadequada, poderá causar contaminação do lençol subterrâneo e alterações nas características químicas e físicas do solo. Em razão disso, foi realizada a caracterização da ARC disposta em valas, sendo avaliadas também as características químicas e físicas do solo de amostras coletadas na área de influência de valas utilizadas para disposição da ARC, em municípios do sul do Estado do Espírito Santo. As amostras de solo foram coletadas em até 5 m de distância lateral das valas, em diferentes profundidades e no fundo das mesmas. Observou- se que a ARC disposta nas valas apresentou salinidade, pH ácido, grande concentração de sólidos totais e elevada carga orgânica, sendo o N o elemento químico em maior concentração. O K trocável aumentou em praticamente todas as amostras de solo coletadas nas posições laterais às valas, proporcionando aumento da condutividade elétrica do extrato de saturação (CE) e da argila dispersa em água do solo (ADA), notadamente nas amostras coletadas mais proximamente às valas. Além disso, proporcionou diminuição na acidez potencial, em todas as amostras de solo analisadas e, ainda, influenciou os valores do pH, em algumas amostras. As concentrações de Ca e Mg trocáveis também aumentaram em amostras mais próximas às valas, devido à presença destes elementos químicos na ARC, o que proporcionou, na maioria das amostras de solo analisadas, aumento no valor da soma de bases (SB) e na saturação por bases (V). Em amostras de solo coletadas a maiores distâncias das valas, houve diminuição nas concentrações de P disponível. Não foi detectada a presença de Na e as concentrações de Al trocável não foram alteradas nas amostras, independente da posição de coleta, entretanto a saturação por Al diminuiu em amostras coletadas mais proximamente às valas. A capacidade de troca catiônica potencial (CTC a pH 7) diminuiu na grande maioria das amostras de solo e a CTC efetiva aumentou em amostras coletadas mais proximamente das valas. O conteúdo de matéria orgânica (MO) e a concentração de P- remanescente aumentaram em algumas amostras localizadas a 50 cm das valas. Nas amostras coletadas no perfil de solo a partir do fundo das valas, o pH, a concentração de Mg, a SB e V diminuíram, enquanto a CE, a ADA, o equivalente de umidade (EU), a acidez potencial, a saturação por Al, a CTC a pH 7, o conteúdo de matéria orgânica e as concentrações de P disponível, P-remanescente, Ca e Al trocáveis aumentaram. A concentração de K trocável e a CTC efetiva permaneceram praticamente constantes ao longo do perfil de solo amostrado a partir do fundo da vala.
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    Tolerância diferencial e eficiência nutricional de café arábica em relação à deficiência de zinco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Pedrosa, Adriene Woods; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    O café é uma cultura exigente em micronutrientes, principalmente em zinco, e as variedades mais produtivas requerem uma maior disponibilidade de nutrientes. Neste trabalho, estudou-se a tolerância diferencial e a eficiência nutricional de variedades de café arábica à deficiência de zinco, através da influência do zinco no crescimento e desenvolvimento das plantas, bem como sua influência sobre algumas características bioquímicas. Para isso, mudas de 11 variedades de Coffea arabica L. foram cultivadas em solução nutritiva, nas concentrações de 0,0 e 6,0 µmol L-1 de zinco, durante oito meses. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com o uso de solução de Clarck modificada, constituindo-se num fatorial 11 x 2 (onze variedades e duas concentrações de zinco), em delineamento inteiramente casualizado com três repetições. Após o período experimental, as plantas foram divididas em folhas (apicais, recém-maduras e inferiores), caules e raízes para determinação da matéria seca, das concentrações de zinco total e ativo. As eficiências de absorção, de produção de biomassa, de produção de biomassa foliar e de utilização de zinco foram calculadas a partir dos conteúdos de zinco e da matéria seca acumulada nas diferentes partes analisadas. O índice SPAD foi avaliado nas folhas apicais e recém-maduras. As concentrações de clorofila a, clorofila b, clorofila total, carotenos + xantofilas, compostos indólicos e a atividade da dismutase do superóxido foram analisadas no segundo par de folhas recémmaduras dos ramos plagiotrópicos. A concentração de zinco fornecida afetou a produção de matéria seca, o conteúdo de zinco e consequentemente a eficiência do cafeeiro em absorver e utilizar o zinco, bem como o índice SPAD e as concentrações de clorofila a, clorofila b, clorofila total, carotenos + xantofilas, compostos indólicos e a atividade da dismutase do superóxido. A deficiência de zinco comprometeu o desenvolvimento de todas as variedades estudadas. A produção de matéria seca nas folhas apicais foi a mais afetada pela concentração de zinco, proporcionando grande variabilidade de resposta entre as variedades estudadas. As variedades San Ramon e São Bernardo demonstraram ser as menos tolerantes ao baixo zinco, e apresentaram baixa eficiência de utilização de zinco, nas duas doses estudadas. As variedades IPR-102 e Rubi foram as mais tolerantes ao baixo Zn, no entanto, a variedade Rubi demonstrou-se sensível a dose de 6,0 µmol L-1 de Zn. As variedades Acaiá Cerrado, Caturra Amarelo, Catucaí Vermelho, Paraíso, Topázio e Tupi são medianamente tolerantes ao baixo zinco. A variedade Oeiras apresentou-se como pouco tolerante a omissão de Zn, apesar da alta eficiência em absorver o elemento. A tolerância diferencial a deficiência de zinco foi principalmente influenciada pela diferente capacidade de absorção do elemento pelas raízes e pela translocaçãos nos caules e raízes de cada variedade avaliada.
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    Formigas edáficas e atributos do solo em cafezais sob diferentes tipos de manejo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Muscardi, Dalana Campos; Jucksch, Ivo; Universidade Federal de Viçosa
    O cultivo intensivo do solo, está ligado à degradação pela perda da biodiversidade da fauna edáfica, responsável por favorecer a manutenção ou o aumento da qualidade do solo. O estudo biopedológico com formigas em ambientes rurais é necessário, pois elas modificam a estrutura física, os aspectos químicos e atuam em processos ecológicos que ocorrem no solo favorecendo a sustentabilidade. Neste trabalho analisou- se a resposta da riqueza de espécies e da abundância de formigas à cobertura do solo, cobertura de dossel, peso de serapilheira, pH do solo, umidade do solo e macroporosidade do solo, em 9 áreas de plantio de café sob três tipos de manejo: sistema convencional - SC (3 áreas), agroecológico - AGRO (3 áreas) e agroflorestal - SAF (3 áreas). As formigas foram coletadas através da coleta de serapilheira, de solo e da instalação de armadilhas em 5 pontos em cada uma das áreas. O solo e a serapilheira foram colocados em funis de Berlese por 7 dias para a extração das formigas. Após esse procedimento, a serapilheira foi secada e pesada, e uma amostra do solo remanescente da extração das formigas foi coletada para determinação do pH. Coletou-se uma amostra de solo in situ para determinação da umidade atual e da macroporosidade, feitas em laboratório. A cobertura do dossel foi determinada através da determinação dos pixels presentes em imagens ortogonais digitais feitas sobre cada ponto amostrado. Ainda em cada ponto, determinou-se a porcentagem de cobertura vegetal no solo. Foram ajustados modelos lineares mistos utilizando o programa R. A riqueza de espécies e a abundância de formigas foram analisadas em função da cobertura de dossel, cobertura do solo, peso de serapilheira, macroporosidade, umidade, pH e tipo de manejo. A riqueza de espécies e a abundância de formigas foram maiores no sistema agroecológico quando comparado aos outros sistemas de manejo, não responderam à cobertura do solo, mas responderam positivamente à cobertura de dossel, ao peso da serapilheira e ao pH. Há uma preferência por ambientes com um microclima mais estável no desenvolvimento da colônia de formigas, assim, a temperatura local afeta a escolha do ambiente para nidificação. Este é um fato que pode explicar porque a riqueza e a abundância respondem positivamente à porcentagem de sombra. Os resultados mostraram padrão semelhante encontrado na análise em relação ao peso da serapilheira. Uma quantidade maior de serapilheira, oferece maior quantidade de recurso, permitindo a coexistência de mais espécies no local pela diminuição da competição intraespecífica. Essa relação entre serapilheira e diversidade pode ser o causador do resultado encontrado. O peso da serapilheira foi maior no SAF em relação aos outros manejos, uma vez que no SAF há maior aporte de serapilheira advindo das árvores. Já a cobertura de dossel foi maior no AGRO e não diferiu entre SAF e SC. Isso pode ser devido ao fato da a imagem ter sido feita ao nível do solo, tendo a interferência do diâmetro das copas do pé de café. Essas relações ajudam a inferir sobre o padrão de resposta da riqueza de espécies de formigas e da abundância de formigas aos tipos de manejo. Tanto para riqueza quanto para a abundância o padrão foi o mesmo: maior no AGRO que no SAF e SC, os quais não diferiram entre si. Conclui-se que o tipo de manejo afeta a diversidade de formigas e dessa forma as mudanças nos aspectos do solo refletem na biodiversidade da fauna edáfica, interferindo na sustentabilidade do solo. O melhor entendimento dos processos que ocorrem no solo, permite a adoção de práticas de manejo mais sustentáveis e a conseqüente conservação da qualidade do solo.
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    Crescimento e composição mineral na parte aérea e nas raízes de duas variedades de café em resposta à calagem na subsuperfície do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997) Rodrigues, Luciana Aparecida; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Foram avaliados, em casa de vegetação, o crescimento e a aquisição de nutrientes por duas variedades de cafeeiros, uma sensível e outra tolerante ao alumínio (Al), (Catuaí e Icatu), em solo com calagem e fertilização na superfície e com sete doses de calcário na subsuperfície (0,0; 0,49; 1,7; 2,9; 4,1; 6,6; e 9,3 t/ha). Cultivaram-se as plantas até 6,5 meses de idade, em solo contido em colunas de PVC, subdivididas em três anéis. Nos dois anéis inferiores (12 a 34 cm de profundidade) as saturações de Al variaram de 93 a 0%. O peso da matéria seca da parte aérea, o comprimento de caule e a área foliar das duas variedades não foram alterados com a aplicação do calcário, evidenciando que a correção da camada superficial possibilitou o crescimento normal da parte aérea. Altas saturações de Al nos anéis inferiores não afetaram a produção de matéria seca total de raízes, mas alteraram a distribuição das raízes em profundidade. Altas saturações de Al propiciaram menores percentuais de peso de matéria seca, comprimento e superfície de raízes nos anéis inferiores, que foram compensados por maiores percentuais no anel superior. As relações comprimento/peso da matéria seca das raízes e superfície das raízes/peso da matéria seca das raízes da variedade Catuaí aumentaram com a aplicação de calcário ao solo dos anéis inferiores, evidenciando sua maior sensibilidade ao Al. O mesmo não ocorreu com a variedade Icatu, tolerante ao Al. A aplicação de calcário na subsuperfície aumentou os teores de Ca e Mg na parte aérea e nas raízes; aumentou o teor de P e diminuiu o de K nas folhas superiores em ambas as variedades; diminuiu a eficiência de utilização de Ca em ambas as variedades e de P na variedade Icatu; e promoveu o decréscimo no teor de Al na parte aérea da variedade Icatu e nas raízes da variedade Catuaí. Os teores de Ca, Mg, P, K, Mn, Zn, Cu e Fe das plantas mantiveram-se em níveis normais para ambas as variedades, indicando que a adubação e a correção da acidez da camada superficial do solo foram eficientes para manter a planta nutrida e o crescimento normal da parte aérea, independente do teor de alumínio na subsuperfície do solo.