Bragantia
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Item Melhoramento do cafeeiro. XXXVIII observações sobre progênies do cultivar mundo-novo de Coffea arabica na estação experimental de mococa(Instituto Agronômico (IAC), 1980) Rocha, Túlio R.; Carvalho, Alcides; Fazuoli, Luiz CarlosOs dados analisados no experimento localizado em Mococa sobre a produtividade de 112 progenies dos cultivares Mundo-Novo S, e S„, Bourbon-Amarelo, Bourbon- Vermelho e Caturra-Vermelho de Coffea arábica no período de 1955 a 1971, indicaram que as de Mundo-Novo Sj, de prefixos MP 474, MP 502, MP 469, MP 492 e MP 475, revelaram-se como as mais produtivas, assemelhando-se a algumas progenies 'Mundo-Novo' S 2. Dentre estas, destacou-se a de prefixo MP 388-6, que atingiu o nível mais elevado de produção do experimento. As progenies de 'Mundo-Novo', em conjunto, pro- duziram 44% a mais do que as de Bourbon-Amarelo e, estas, 60% a mais do que as de Bourbon-Vermelho e Caturra-Vermelho. A altura e o diâmetro da copa atingiram valores médios mais elevados para as progenies de 'Mundo-Novo'. Verificaram-se correlações positivas e altamente significa- tivas entre altura média da planta e diâmetro médio da copa com a produção das progenies. As progenies mais produtivas revelaram rendimento (relação entre peso de café maduro e beneficiado) de aproximadamente 6,0 e porcentagem de sementes normais, do tipo chato, acima de 80. Quanto ao tamanho das sementes do tipo chato, duas progenies 'Mundo-Novo' S,, MP 474 e MP 452, apresentaram peneira média maior, permi-tindo seleção de plantas com essa característica e com elevada produção.Item Crescimento do sistema radicular e da parte aérea em plantas jovens de cafeeiros(Instituto Agronômico (IAC), 1982) Ramos, Luiz Carlos da Silva; Lima, Marinez Muraro Alves de; Carvalho, AlcidesOs cultivares Catuaí e Arábica, de Coffea arabica, Guarini, de C. canephora, e Icatu, derivado de um híbrido interespecífico entre essas duas espécies, com dois retro-cruzamentos para C. arabica cv Mundo Novo, foram avaliados aos oito e 22 meses após a germinação, quanto ao comprimento e peso seco, tanto das raízes quanto da parte aérea. Aos oito meses de idade, esses dados foram comparados quanto aos efeitos do plantio direto e do transplantio de germinador de areia para sacos plásticos. O volume de raízes foi também analisado em plantas conduzidas em vasos, aos 22 meses de idade. Os cultivares Guarini, Catuaí e Icatu, mais produtivos que o Arábica, mostraram sistema radicular mais desenvolvido. No 'Guarini' e no 'Catuaí', notou-se maior desen- volvimento das raízes laterais em relação à parte aérea, característica de importância para condições hídricas desfavoráveis. Os dados indicaram que o sistema radicular dos cultivares ficou mais bem caracterizado, avaliando-se mudas aos 22 meses após a germinação, com semeadura direta, e utilizando-se recipientes de 10 litros de capacidade.Item Avaliação de progenies e seleção no cafeeiro Icatu(Instituto Agronômico (IAC), 1983) Fazuoli, Luiz Carlos; Carvalho, Alcides; Costa, Waldir Marques da; Nery, Clovis; Laun, Carlos Ricardo Pereira; Santiago, MarioAvaliaram-se a capacidade produtiva e outras caraterísticas agronômicas de progenies de café Icatu em um experimento e em três campos de seleção, em São Simão (SP). Compararam-se sete progenies de Icatu com sete ou trasportadoras de genes que conferem resistência vertical a Hemileia vastatrix. Como testemunha, utilizou-se o cultivar Catuai-Vermelho de Coffea arábica, suscetível a essa moléstia, porém sem qual quer tratamento fitossanitário. Verificou-se que a progêniede Icatu CH 4782-16 apresentou a maior produção média e, nela, escolheram-se nove cafeeiros de interesse para o melhoramento desse cultivar. Nas demais progenies, selecionou-se menor número de plantas com boa produção. Em três campos de seleção, aprogênie CH 4782-16 foi também a mais produtiva. Os dados do presente trabalho revelaram ser a CH 4782-16 bastante promissora, pela produção, bom aspecto vegetativo, resistência a H. vastatrix e outras características agronômicas, merecendo ser estudada em maior número de locais para futura distribuição aos lavradores.Item Auto-incompatibilidade, produtividade, ocorrência de sementes do tipo moca e mudas anormais no café Icatu(Instituto Agronômico (IAC), 1983) Carvalho, Alcides; Costa, Waldir Marques da; Fazuoli, Luiz CarlosAcentuada variabilidade quanto à frutificação após a autopolinização artifi- cial, ocorrência de sementes do tipo moca e freqüência de plantas anormais, pos- sivelmente aneuplóides, têm sido verificadas em populações S 1 e S 2 do café Icatu. Três populações com um retroeruzamento para Coffea arábica e três com dois retrocruzamentos foram analisadas com relação às características mencionadas, em um experimento localizado em Campinas. A porcentag-em de frutificação foi maior nas populações com dois retrocruzamentos (13,5 a 20,6) do que naquelas com um retroeruzamento (6,3 a 10,6). Nessas populações ocorreram cafeeiros com alta porcentagem de frutificação (51,1), semelhante às obtidas para o cultivar Catuaí de C. arábica (41,6 a 61,6). Alguns cafeeiros, ao contrário, mostraram-se pratica- mente auto-estéreis, independentemente do número de retrocruzamentos. Tais plan- tas poderão poderão ser, no futuro, utilizadas para síntese de híbridos F r As porcentagens de sementes do tipo moca foram menores nos cafeeiros com dois retrocruzamentos (22 a 29) do que naqueles com um retroeruzamento apenas (39 a 56). (Quanto às plantas anormais, as porcentagens foram maiores nas populações resultantes de flores autopolinizadas artificialmente, em especial na população com um único retroeruzamento. Alguns cafeeiros, no entanto, não apresentaram plantas anormais na descendência. Verificou-se que essa característica não depende da produtividade dos cafeeiros originais e que, em algumas progenies, ocorreram plantas anormais do tipo angustifolia, com maior freqüência. Verificou-se, ainda, que nas populações S a dos cafeeiros mais produtivos, é difícil encontrar indivíduos sem os defeitos indicados. Todavia, observações de algumas progenies S 3 mostra- ram ser possível identificar cafeeiros sem os referidos defeitos, o que é de bastante interesse para fins de seleção. De modo geral, os resultados sugerem que a taxa de fecundação cruzada é mais elevada no Icatu do que nos cultivares de C. arábica e justificam tanto as pesquisas no sentido de aumentar a porcentagem de auto- fecundação no Icatu como também a seleção de plantas auto-incompatíveis visando à obtenção de híbridos.Item Efeitos de raios X na indução de mutações em Coffea arabica(Instituto Agronômico (IAC), 1984-07) Carvalho, Alcides; Fazuoli, Luiz Carlos; Medina Filho, Herculano PennaSementes autopolinizadas do cultivar Bourbon Vermelho (Coffea arabica L.) gerações S4 e S5 e de linhas puras obtidas a partir de haplóides, foram expostas a irradiações de raios X, correspondentes a dosagens de 5.000, 10.000, 12.500 e 23.000 R. Verificou-se na geração M2 de uma das plantas obtidas no tratamento com 12.500 R a ocorrência de uma mutação recessiva do tipo angustifólia. Cafeeiros com fenótipo normal, resultantes de sementes irradiadas com 5.000 e 23.000 R foram plantados no campo, em experimentos, cuja produção foi controlada por 14 anos. Notou-se, entre eles, diferenças acentuadas na produção de café cereja. Progênies desses cafeeiros com maior e menor produção, plantadas em outros experimentos e colhidas durante sete anos consecutivos, não revelaram correlação positiva entre a produção das plantas matrizes e suas progênies. O mesmo fato foi observado em um terceiro experimento, cujas produções individuais foram seguidas por cinco anos consecutivos. Os dados indicam que não devem ter ocorrido mutações favoráveis que contribuíssem para a melhoria de produção. Como o número de plantas analisadas foi relativamente pequeno, o fato de terem sido observadas mutações sugere a possibilidade de o processo contribuir para acréscimos na variabilidade genética em C. arabica.Item Genética de Coffea: XXVI. Hereditariedade do porte reduzido do cultivar Caturra(Instituto Agronômico (IAC), 1984-07) Carvalho, Alcides; Medina Filho, Herculano Penna; Fazuoli, Luiz Carlos; Costa, Waldir Marques daA mutação de Coffea arabica, conhecida sob a denominação de Caturra, caracteriza-se pela redução do comprimento médio dos internódios dos ramos ortotrópicos e plagiotrópicos, o que diminui a altura das plantas, conferindo-lhes um aspecto compacto. Surgiu provavelmente no Bourbon Vermelho, e sua produção se assemelha à deste cultivar. Devido a suas características, a densidade de plantio poderá ser aumentada, refletindo favoravelmente na produçãc por área, e facilitando tanto a colheita como os tratos culturais e fitossanitários. A análise genética, realizada a partir dos tipos paternais Caturra e Normal, que abrangeu a classificação de plantas S1, S2, S3 , S4, S5, F1, F2 e BC e cruzamentos-testes e seus descendentes, num total de 55.516 plantas, indicou que o porte reduzido do Caturra é controlado por um fator genético simples, ao qual foi proposto o símbolo Ct. A dominância é completa, sendo indistinguíveis os cafeeiros de genótipos CtCt e Ctct. Dado o interesse que apresentam as plantas de porte reduzido, o fator Caturra vem sendo transferido a outros cultivares de C. arabica de maior interesse econômico.Item Número de locos e ação gênica de fatores para porte pequeno em Coffea arabica L.(Instituto Agronômico (IAC), 1984-07) Carvalho, Alcides; Medina Filho, Herculano Penna; Fazuoli, Luiz Carlos; Costa, Waldir Marques daAnalisaram-se, geneticamente, os fatores que reduzem a altura das plantas nos seguintes cultivares de Coffea arabica: Caturra (C 476, C 477), San Bernardo (C 1039), Pacas (C 1467), Vila Sarchi (C 1468), San Ramón x Bourbon (C 1036), Vila Lobos (C 1089) e San Ramón (C 457 e C 601). Realizaram-se cruzamentos com o cultivar Arábica, tomado como padrão e entre eles. As conclusões relatadas são resultantes do estudo de 91.358 plantas, envolvendo gerações S1, S2, S3, F1 e F2, retrocruzamentos e cruzamentos-teste. O porte reduzido em cada cultivar é devido a um fator simples, dominante em relação ao alelo do Arábica. Três locos foram identificados - São Bernardo (Sb), San Ramón (Sr) e Caturra (Ct) - segregando independentemente, em combinações diíbridas. Possivelmente, outros locos estejam também envolvidos. Pacas e Vila Sarchi possuem alelos para o mesmo loco, enquanto o fator da introdução C 1036 é alelo a Ct. Não há informações precisas se o fator de Vila Lobos é alelo a Sr, embora ambos segreguem independentemente dos fatores Ct e Sb, e o fator presente em Vila Lobos seja independente também daquele presente em Pacas e Vila Sarchi. As análises em progênies das gerações F1 e F2 e de retrocruzamentos de plantas com dois quaisquer desses fatores revelaram uma interação interlocos do tipo epistasia duplo dominante. A presença de um alelo dominante em um loco mascara o efeito de outro fator dominante. Plantas homozigotas ou heterozigotas para um alelo dominante em um ou dois locos são visualmente indistinguiveis pela altura. Mediante hibridações com o cafeeiro Murta, verificou-se serem o San Ramón derivado do Arábica e o Caturra, do Bourbon.Item Produção e tolerância à seca de cafeeiros(Instituto Agronômico (IAC), 1987-07) Mazzafera, Paulo; Carvalho, AlcidesAvaliaram-se dois experimentos de progênies instalados no Centro Experimental de Campinas (Instituto Agronômico), contendo híbridos entre introduções da Índia e da África, com linhagens dos cultivares Catuaí e Mundo Novo de Coffea arabica L. Apresentaram-se dados de treze anos de produção e de quatro anos, não consecutivos, de observações visuais de campo, em relação à tolerância à seca: as introduções C 1110-10 (cultivar BA-10, da Índia), C 1120-16 (cultivar X321, da Tanzânia) e C 1521-2 (cultivar BE-5, da Costa Rica) destacaram-se como as mais promissoras para fins de seleção de cafeeiros tolerantes à seca. Salientou-se, também, que é importante o acúmulo de informações sobre produtividade, pois algumas progênies pouco produtivas se mostraram tolerantes à seca. Outros experimentos, com progênies originadas de cafeeiros dos experimentos anteriores, foram avaliados quanto à produção.Item Melhoramento do cafeeiro: XLII. Produtividade de progênies derivadas de hibridação dos cultivares Laurina e Mundo Novo(Instituto Agronômico (IAC), 1988-07) Carvalho, Alcides; Fazuoli, Luiz Carlos; Mazzafera, PauloO cultivar Laurina de Coffea arabica L. caracteriza-se pelo pequeno porte, folhas de dimensões reduzidas, frutos afilados na base, sementes pequenas e afiladas, pequeno rendimento e reduzida produção. Apresenta, no entanto, bebida de boa qualidade e baixo teor de cafeína nas sementes. Suas principais características são controladas pela ação de um par de alelos recessivos lrlr, de acentuado efeito pleiotrópico. Devido ao atual interesse do comércio por produto de baixo teor de cafeína, iniciaram-se pesquisas tendo em vista principalmente aumentar a produtividade do 'Laurina'. Para esse fim, realizaram-se numerosas hibridações de cafeeiros do 'Laurina' com os do 'Mundo Novo' (Coffea arabica) e, posteriormente, retrocruzamentos com o 'Mundo Novo'. Estudaram-se as progênies F2 e retrocruzamentos com o 'Mundo Novo' (RC) em Campinas, em um experimento, anotando-se as produções por oito anos consecutivos. Separaram-se algumas progênies F2 em dois grupos, antes do plantio: normais (LrLr,Lrlr) e laurina (Irlr). Como testemunhas, usaram-se progênies do 'Mundo Novo' e 'Catuaí Amarelo' de C. arabica. O conjunto de plantas F2 do grupo laurina e os retrocruzamentos tiveram produção média maior do que as plantas F2 normais, porém menor do que as testemunhas. Alguns retrocruzamentos e progênies F2 apresentaram plantas com razoável produtividade, indicando que, através de retrocruzamentos com o 'Mundo Novo', podem-se obter novos tipos comerciais com as características morfológicas do 'Laurina'. Fizeram-se considerações sobre a melhor capacidade de combinação do 'Laurina' com algumas seleções do 'Mundo Novo'.Item A cor verde do endosperma do café(Instituto Agronômico (IAC), 1988-07) Mazzafera, Paulo; Guerreiro Filho, Oliveiro; Carvalho, AlcidesRealizaram-se comparações entre as sementes dos cultivares Mundo Novo de Coffea arabica, cujo endosperma é verde, com as do cultivar Cera, dessa espécie, de endosperma amarelo, com o objetivo de determinar os componentes responsáveis por aquela cor. Nas análises de clorofilas, flavonóides, diterpenos totais, ácido clorogênico e íons Mg, Ca, K, Fe e B, nenhuma diferença foi verificada entre os dois cultivares, sugerindo que a coloração verde se deva à presença de outros componentes ou que o 'Cera' apresente um componente que não ocorre no 'Mundo Novo' e que inibe o desenvolvimento da cor verde no seu endosperma.