UFES - Dissertações
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Item Acúmulo de micronutrientes em materiais genéticos de cafeeiro Conilon(Universidade Federal do Espírito Santo, 2016-12-15) Venancio, Felipe Cassa Duarte; Amaral, José Francisco Teixeira doObjetivando caracterizar o acúmulo de micronutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe e B), de matéria seca e verificar a variação no conteúdo destes elementos em materiais genéticos de cafeeiro Conilon, realizou-se um estudo utilizando os seguintes materiais genéticos: cinco clones (02, 03, 14, 23, 120) pertencentes à INCAPER 8142 – Cultivar Vitória, variedade clonal, e EMCAPER 8151 – Robusta Tropical, variedade de propagação por semente, conduzido na Fazenda Experimental Bananal do Norte do Incaper, localizada no distrito de Pacotuba, em Cachoeiro do Itapemirim (ES). Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso com 27 amostragens, realizando a coleta de plantas inteiras, uma de cada material genético. A matéria seca total aumentou de forma crescente até o quarto ano de idade, alcançando 6,42 kg/planta e os compartimentos analisados (folhas, ramos, caule, raiz e frutos) alcançaram 1,02 kg/planta, 0,60 kg/planta, 3,21 kg/planta, 0,37 kg/planta e 1,20 kg/planta, respectivamente. Os conteúdos de Fe, Mn, B, Cu e Zn na planta aumentaram de forma crescente até o quarto ano de idade, alcançando 1.368,42 mg, 788,53 mg, 174,40 mg, 78,76 mg, e 72,63 mg, respectivamente. A ordem de acúmulo foi: Fe > Mn > B > Cu > Zn. Os maiores teores de Cu estão nos frutos e nas folhas, o de Zn nas raízes, Mn nas folhas e nos ramos, Fe nas raízes e B nas folhas. Não foi observada nenhuma diferenciação nos teores foliares entre os micronutrientes avaliados. Os teores B não se diferenciaram nos compartimentos analisados entre os materiais genéticos. As folhas apresentaram maiores conteúdos de Mn e B, o caule apresentou maiores conteúdos de Cu e Zn e as raízes apresentaram maiores conteúdos de Fe. Os materiais genéticos de cafeeiro Conilon estudados apresentaram uma taxa de acúmulo diário de matéria seca de 4,0572 g planta -1 dia -1 e as taxas de acúmulo diário de micronutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe e B) de 0,0470 mg planta -1 dia -1 , 0,0463 mg planta -1 dia -1 , 0,4638 mg planta -1 dia -1 , 0,9805 mg planta -1 dia -1 e 0,1128 mg planta -1 dia -1 , respectivamente. As maiores taxas de acúmulo anual vegetativa para os micronutrientes foram observadas nas folhas, com exceção do Fe, que apresentou as maiores taxas de acúmulo nas raízes. A maior taxa de acúmulo anual de matéria seca vegetativa foi verificada no Robusta Tropical e nos clones 23 e 120, e a menor taxa de acúmulo anual de matéria seca no Clone 14. Aos 4 anos de idade, a maior parte do total de matéria seca acumulada foi alocada no caule (50%), seguido pelos frutos (19%), folhas (16%), ramos (9%) e raízes (6%).Item Alterações biométricas e nutricionais de genótipos de Coffea canephora ‘Conilon BRS Ouro Preto’ submetidos a disponibilidades hídricas(Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-21) Reinicke, Larissa Cristina Torrezani Starling; Tomaz, Marcelo AntonioO incorreto suprimento da demanda hídrica afeta o metabolismo do cafeeiro Conilon. No entanto, genótipos de uma mesma variedade podem apresentar respostas diferenciadas perante situações de estresse, sendo susceptível ou tolerante. Assim, objetivou-se avaliar a biometria e nutrição de genótipos de café da variedade ‘Conilon – BRS Ouro Preto’ sob diferentes disponibilidades hídricas. O experimento foi realizado em casa de vegetação na área experimental da Embrapa Rondônia (CPAFRO), localizada no município de Ouro Preto do Oeste-RO. Foi conduzido em um esquema fatorial 15x2, constituído pela combinação de 15 genótipos da variedade Conilon BRS Ouro Preto com duas disponibilidades hídricas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições. Quanto ao fator disponibilidade hídrica, foi adotado o nível de 100% de água disponível (AD 100% ) no solo para o tratamento controle, e para déficit hídrico a umidade referente a 25% de água disponível no solo (AD 25% ). Aos 150 dias após a implementação dos regimes hídricos foram avaliados número de folhas (NF), comprimento do ramo ortotrópico (CRO), área foliar (AF), diâmetro do caule (DC), volume de raiz (VR), massa seca de folhas (MSF), massa seca do ramo ortotrópico (MSRO), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca do sistema radicular (MSSR), razão entre massa seca de raiz e parte aérea (RMRPA), massa seca total (MST), concentração de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), Cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) e eficiência de uso da água (EUA). A menor disponibilidade hídrica afetou negativamente a maioria das características avaliadas na cultivar, indicando menor crescimento e acúmulo de matéria seca. A disponibilidade hídrica no tratamento AD 25% , embora tenha reduzido os teores foliares de N, K, Ca, Mg e S em relação ao AD 100% , estes se mantiveram na faixa de concentração adequada para a cultura. Com relação à eficiência de uso da água observou-se que esta foi maior em cafeeiros cultivados com menor disponibilidade hídrica. No que diz respeito aos diferentes genótipos, observou-se que estes apresentaram diversos comportamentos frente às situações estudadas, formando grupos com genótipos de comportamento semelhante para cada uma das características avaliadas, o que é reflexo da diferença genética existente entre os materiais que compõem a variedade.Item Alterações químicas no solo e na água de drenagem decorrentes da aplicação da água residuária do processamento dos frutos do cafeeiro(Universidade Federal do Espírito Santo, 2010-08-31) Cabanêz, Paula Alvarez; Neves, Mirna AparecidaA reutilização de resíduos culturais na agricultura é uma alternativa promissora, que permite suster o agroambiente proporcionando melhorias ao sistema solo-planta. Nesse sentido, a água residuária oriunda do processamento dos frutos do café (ARC) pode ser utilizada na agricultura como fertilizante natural, respeitando a concentração dos nutrientes nela contidos. Este trabalho teve como objetivo utilizar dois solos como meio de tratamento da ARC, possibilitando a remoção de material orgânico e inorgânico presentes nesses efluentes. Para isso, fez-se ensaio de colunas de solos, sendo aplicados a eles a ARC. A ARC foi coletada no período de julho e agosto e as amostras de solos foram retiradas em profundidade de 0 a 40 cm, em dois solos classificados como Latossolo Vermelho Amarelo, apresentando texturas diferentes, sendo o solo um de textura média e o solo dois de textura arenosa. Foram coletadas amostras do lixiviado da ARC e foram feitas determinações de pH, condutividade elétrica (CE), demanda química de oxigênio (DQO), P, Ca, Mg e K. Após a percolação da ARC em colunas de solos, as mesmas foram encaminhadas ao laboratório a fim de proceder as determinações de P, K, Ca, Mg, pH, matéria orgânica do solo (MOS), soma de bases, capacidade de troca de cátions (CTC) em pH 7, CTC efetiva e índice de saturação em bases. Foi possível concluir que a ARC contribuiu para a alteração das concentrações de pH e Mg, aumento da CTC em pH 7 e da concentração de K, diminuição do índice de saturação em bases e da concentração de Ca, sendo que as concentrações de P, MOS, CTC efetiva e soma de bases não foram significativamente alteradas pela adição da ARC. Para o solo de textura arenosa, a ARC contribuiu para a alteração do pH e da concentração de K, diminuição da concentração de Ca, MOS, soma de bases e índice de saturação em bases, aumento da CTC em pH 7, sendo que as concentrações de P, Mg e CTC efetiva não foram alteradas significativamente pela adição da ARC. Com relação às águas de drenagem decorrentes da aplicação da ARC em colunas de solo de textura média, pode-se concluir que houve aumento do pH, CE e da concentração de Ca, diminuição da DQO, da concentração de Mg e P, sendo que a concentração de K não foi significativamente alterada. Quanto às águas do lixiviado da ARC nas colunas de solo de textura arenosa, pode-se inferir que houve aumento do pH, da concentração de Ca e Mg, diminuição da CE, DQO e em alguns momentos da concentração de P, sendo que a concentração de K não foi significativamente alterada.Item Análise da irrigação no cultivo do café conilon no sul do estado do Espírito Santo(Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-02-26) Martins, Caio Louzada; Reis, Edvaldo Fialho dosNo sul do Estado do Espírito Santo, a irrigação vem se consolidando como importante alternativa de modernização e crescimento da cafeicultura. Na região são utilizados os sistemas de irrigação: gotejamento, microaspersão, aspersão convencional móvel e fixa. Porém, muitos sistemas de irrigação são instalados sem projetos elaborados por profissionais capacitados, utilizando equipamentos com deficiências de instalação e o manejo da irrigação sem critério técnico, faltando informações detalhadas da situação dos sistemas de irrigação instalados. Diante do exposto, objetivou-se, com a realização deste trabalho, avaliar tecnicamente os sistemas de irrigação utilizados na cafeicultura de montanha da região. O trabalho foi dividido em duas etapas: na primeira, avaliou-se o desempenho dos sistemas de irrigação por aspersão convencional em áreas acidentadas; e na segunda etapa, avaliou-se o desempenho de sistemas de irrigação localizada. Estas avaliações foram realizadas por meio do levantamento dos principais parâmetros de eficiência relacionados à condução, distribuição, aplicação e manejo da irrigação em cada projeto avaliado. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que os sistemas avaliados apresentam indicadores de uniformidade inferiores aos recomendáveis. A variação da pressão de operação e vazão nos sistemas de aspersão fixa é acima do limite aceitável. A avaliação do manejo dos sistemas demonstra descontrole em relação ao uso da água.Item Análises físico-químicas e avaliação da qualidade de Coffea canephora Pierre & Froehner cultivados no Espírito Santo(Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-02-23) Pinheiro, Carlos Alexandre; Pinheiro, Patrícia FontesO Estado do Estado do Espírito Santo é líder na produção de Coffea canephora (conilon e robusta) no Brasil. O C. canephora é, geralmente, cultivado em altitudes inferiores a 500 m, em regiões de clima quente. Os cafés cultivados em regiões de maiores altitudes apresentam maturação mais lenta, podendo ocorrer maior acúmulo de açúcares nos grãos, sendo possível a obtenção de cafés de qualidade superior. Existem poucos trabalhos relacionados ao cultivo de café C. canephora em altitudes acima de 500 m. Dessa forma, um dos objetivos deste trabalho foi avaliar as propriedades físico-químicas de diferentes genótipos de café C. canephora cultivados a 720m de altitude, da Fazenda Experimental de Venda Nova do Imigrante-ES, em um projeto coordenado pelo INCAPER (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural). As amostras de café C. canephora utilizadas neste estudo foram obtidas de cultivares clonais Incaper: Vitória (V1-V13) e Robustão Capixaba (R1-R3, R6-R10), a partir de 21 tratamentos, 4 repetições e 8 plantas/parcela. Para essas amostras de café C. canephora (crus) foram realizadas as seguintes análises: acidez titulável total, medidas de pH a 25 e 96 o C, teores de açúcares redutores, não redutores e totais, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Os compostos bioativos presentes no café: ácidos clorogênico (5-CQA), trigonelina e cafeína foram quantificados nas amostras de café C. canephora por CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) pelo método do padrão externo. Os resultados foram analisados pelo teste de agrupamentos de médias Scott-Knott (P<5%). Os valores médios de acidez titulável total, de pH a 96 o C e os teores de trigonelina não apresentaram diferenças estatísticas. Os valores de pH a 25 o C, apesar de terem sido próximos, apresentaram diferença estatística Estes resultados podem ser justificados pelo fato das amostras de café C. canephora terem sido obtidas a partir das mesmas condições ambientais, adicionalmente a colheita e secagem foram padronizadas. Os valores de acidez graxa diferiram significativamente para as amostras de café C. canephora analisadas, assim como os teores de açúcares redutores, não redutores e totais. Os teores de ácidos clorogênicos foram encontrados na faixa de 2,60 a 3,65%, inferiores aos valores encontrados, normalmente, na literatura para café C. canephora (6,10-11,30%). O cultivo do café C. canephora a 720m pode ter influenciado neste resultado, o que pode indicar o potencial de obtenção de um café C. canephora de boa qualidade. Os teores de cafeína encontrados variaram de (2,06 a 2,89%), sendo o valor médio relatado entre 1,50-2,50%. Com base nos resultados das análises realizadas, o cultivo de café C. canephora em altitude de 720m, superior ao tradicional usado no Espírito Santo, pode ser promissor na obtenção de café de qualidade superior. Outro objetivo do presente trabalho foi pesquisar a composição de constituintes voláteis de café conilon (torrado) cultivado em diferentes altitudes (240 m, 350 m, 580 me 720 m), utilizando a técnica HS-SPME- GC/MS (microextração em fase sólida, usando o modo headspace, combinada à cromatografia gasosa acoplada àespectrometria de massas). Os índices de Kovats foram calculados e, em todas as amostras, foram identificados os seguintes compostos: 2-hidroximetilfurano, 4-etenil-2- metoxifenol, 2,6-dimetilpirazina, furfural, 2-etil-3-metilpirazina, 5-metilfurfural, 2-metilpirazina e outros. Para essas mesmas amostras de café conilon (C1- C4), grãos crus e moídos, foram determinados os valores de acidez graxa (método convencional, extração com tolueno). Os valores obtidos foram: 2,5; 2,6; 3,4 e 4,3 mL de KOH/100 g de massa seca, respectivamente. Usando como solventes extratores o hexano e o clorofórmio, os valores de acidez graxa foram similares aos apresentados pelo método convencional, indicando que pode ser viável a substituição do solvente tolueno, altamente tóxico, por outros solventes apolares. Alíquotas dos extratos do café conilon (C1-C4) usados na determinação da acidez graxa, obtidos a partir da extração com tolueno, hexano e clorofórmio foram derivatizadas e analisadas por CG-EM (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas). Foi observado o mesmo perfil cromatográfico para todos os extratos, sendo que os ácidos palmítico e linoleico foram os que apresentaram maiores áreas em todos os cromatogramas. Assim, existe um indicativo que a acidez graxa pode ser uma análise útil na determinação da qualidade do café, assim como, a constituição dos ácidos graxos, uma vez que na etapa de torra podem ser degradados termicamente, levando à formação decompostos que atribuem características organolépticas à bebida.Item Arquitetura da copa e fotossíntese de Coffea arabica conduzido com diferentes números de ramos ortotrópicos(Universidade Federal do Espírito Santo, 2016-02-18) Colodetti, Tafarel Victor; Tomaz, Marcelo AntonioUm conjunto de fatores deve ser levado em consideração para que níveis adequados de produtividade sejam alcançados na cultura cafeeira. Há uma tendência e necessidade de aumento da produção de café por unidade de área, embora ainda seja recorrente, lavouras com baixas produtividades. É fundamental conhecer as causas prováveis de tais baixos índices e utilizar de estratégias para contornar, de forma economicamente viável, essa situação. O estudo do comportamento do cafeeiro arábica conduzido com mais de um ramo ortotrópico surge como alternativa de melhoria da arquitetura da copa, de aspectos fisiológicos e de produção da lavoura cafeeira. Nesse contexto, objetivou-se com o presente estudo, analisar o crescimento, a alocação de massa seca, a arquitetura da copa, a fotossíntese e a produção de Coffea arábica conduzido com diferentes números de ramos ortotrópicos. Para isso, um experimento foi conduzido em campo no município de Santa Teresa-ES, em uma lavoura produtiva da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44, no espaçamento de 2,5 x 1,0 m. Foram utilizados dois esquemas experimentais. O primeiro seguiu o esquema de parcela subdividida, 3 x 3, nas parcelas o manejo do número de ramos ortotrópicos por planta em três níveis (1, 2 e 3 ramos) e nas sub parcelas as fases fenológicas em três níveis (floração, granação e maturação), em um delineamento em blocos casualizados, com oito blocos. O segundo esquema experimental seguiu delineamento em blocos casualizados, com manejo do número de ramos ortotrópicos em três níveis (1, 2 e 3 ramos) e oito blocos. Foram avaliadas variáveis relacionadas à arquitetura da copa, às trocas gasosas, à alocação e partição de biomassa e à produção de café. Os resultados demonstraram que o manejo com mais de um ramo ortotrópico foi capaz de favorecer a produção, a arquitetura, as trocas gasosas, a alocação de massa, o crescimento da planta e a formação de grãos maiores. Verificou-se que a condução do cafeeiro arábica com dois ramos ortotrópicos possibilitou maior produção de café beneficiado por planta, favoreceu as trocas gasosas e melhorou a distribuição percentual de grãos em malhas maiores. Já as características de alocação de massa e de relação entre as folhas e os frutos foram favorecidas pelo manejo com dois e três ramos ortotrópicos, e sustentaram, em parte, a produção e a possibilidade de menores efeitos bienais em lavouras cafeeiras.Item Arquitetura urbana do café em Muqui-ES(Universidade Federal do Espirito Santo, 2011-06-06) Hautequestt Filho, Genildo Coelho; Ribeiro, Nelson PôrtoTipologias, materiais e técnicas construtivas da arquitetura urbana do café produzida em Muqui, sul do estado do Espírito Santo, entre os anos de 1918 (final da Primeira Guerra Mundial) e 1976 (pós Programa de Erradicação dos Cafeeiros Improdutivos) são objetos desse estudo. Em função de diversos determinantes históricos, o município teve boa parte de seu acervo arquitetônico urbano e rural preservados, sendo que somente a partir do ano de 1998 foi iniciado um processo de gestão patrimonial local. Para a compreensão da arquitetura, discutiremos a economia do café e seus reflexos na formação da cidade de Muqui, buscando compreender sua importância no contexto regional e nacional. A partir desse estudo, foi possível dividir a arquitetura remanescente em quatro períodos distintos de evolução, e, posteriormente, classificá-la de acordo com suas características tipológicas. A pesquisa tem como base o levantamento cadastral de trinta e cinco dos quarenta e cinco imóveis estudados, aliado ao conhecimento prévio de todos os 272 imóveis de interesse de preservação remanescentes na cidade, atualmente tombada pelo conselho Estadual de Cultura. A partir dela foi possível classificar os materiais e as técnicas construtivas de forma descritiva e analítica, o que poderá contribuir para a melhoria no processo de gestão do patrimônio local.Item Atributos de um Argissolo Amarelo coeso sob cultivo de cafeeiro a pleno sol e consorciado com espécies arbóreas(Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-02-28) Pilon, Lucas Contarato; Passos, Renato RibeiroDiante da necessidade de obter informações sobre o cultivo de cafeeiros arborizados, o objetivo do trabalho é avaliar a relação dos atributos químicos, físicos e os componentes da matéria orgânica do solo sob cultivo de café consorciado com diferentes espécies arbóreas, comparativamente ao café cultivado a pleno sol, tendo como referência uma área sob floresta. O trabalho foi conduzido em sistemas de produção de café, numa propriedade familiar, município de Nova Venécia - ES. O solo da área é um Argissolo Amarelo Distrocoeso típico, cultivado com café conilon consorciado com árvores, nos seguintes sistemas de uso e manejo: 1) café sem consórcio (pleno sol), 2) café consorciado com nim (Azadirachta indica), 3) café consorciado com cedro australiano (Cedrela fissilis) e 4) café consorciado com teca (Tectona grandis). Foi utilizado um solo de área florestal, como referência. A amostragem do solo foi realizada nas seguintes profundidades: 0,0 – 0,05; 0,05 – 0,10; 0,10 – 0,20; e 0,20 – 0,40 m, avaliando-se atributos químicos (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H+Al, N, C total, C ext em água, C biomassa microbiana e emissão de CO2) e físicos do solo (granulometria, densidade do solo e de partículas, porosidade total, macro e microporosidade, estabilidade de agregados, resistência do solo à penetração e umidade do solo). A avaliação do carbono solúvel (C ext) e do carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS) foi realizada em duas épocas (março e setembro/2012) nas profundidades de 0,0 – 0,05 e 0,05 – 0,10 m; já a emissão de CO2 foi medida na mesma época que, na presença e ausência de serapilheira. Os resultados experimentais mostram que os sistemas de uso e manejo apresentam comportamento diferenciado para grande parte dos atributos estudados. O solo florestal apresenta maiores teores e estoques de carbono orgânico total e nitrogênio total, 19,8 e 1,99 Mg ha -1 respectivamente, além de maior teor de carbono na biomassa microbiana (518,8 μg g -1 solo em março e 364,8 μg g -1 solo em setembro). Os atributos dos solos sob cafeeiros consorciados, de maneira geral, não diferem do solo sob cafeeiro a pleno sol, exceção feita para os atributos Mg, N e o C ext, C- BMS, quociente microbiano (qMic) na duas épocas de coleta, os quais são superiores nos consórcios agroflorestais, e o quociente metabólico (qCO2) inferior, denotando maior estabilidade dos cafeeiros arborizados. O café a pleno sol mostra- se um agroecossitema mais perturbado com maior qCO2 (1,81 μg CO2 C-BMS-1 h-1 em março e 2,44 μg CO2 C-BMS-1 h-1 em setembro). A proteção do solo ocasionada pelo sombreamento das árvores e a deposição de serapilheira influencia principalmente os atributos biológicos estudados, favorecendo um maior equilíbrio nos cafeeiros arborizados. Com relação aos atributos físicos, o consórcio proporciona menor densidade do solo, maior porosidade total e macroporosidade do solo, diferindo do café a pleno sol. Os cafeeiros consorciados se diferem somente na agregação do solo. A resistência do solo à penetração é influenciada pela umidade do solo, com destaque para o café a pleno sol que apresenta valores mais baixos desse atributo, em função da irrigação, que eleva a umidade do solo. O estudo numa condição de Argissolo coeso, mostra que 5 anos de implantação de sistemas arborizados são suficiente para apresentar pequenas mudanças nos atributos estudados, no entanto para atributos de alta sensibilidade, como os biológicos, são suficientes para apresentar mudanças mais consistentes dos sistemas de uso e manejo.Item Atributos do solo em função de tratos culturais em lavouras de cafeeiro conilon no Sul do Estado do Espírito Santo(Universidade Federal do Espírito Santo., 2006) Effgen, Teophilo Andre Maretto; Passos, Renato Ribeiro; Universidade Federal do Espírito Santo.O trabalho teve como objetivo avaliar, em diferentes sítios de amostragem, os atributos de solos cultivados com lavouras cafeeiras sob distintos tratos culturais no Sul do Estado do Espírito Santo. Foram realizadas amostragens nas profundidades de 0,00 - 0,20 m e 0,20 - 0,40 m, na parte superior da projeção da 'saia' do cafeeiro, em relação ao sentido de declive do terreno. Foram utilizadas, para o estudo, lavouras, representativas da região Sul do Estado Espírito Santo, apresentando a mesma unidade de solo (Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, relevo forte ondulado), tendo os seguintes tratos culturais: M1 - irrigação por gotejamento, calagem a cada dois anos, adubação, roçadas e uso da palha de café; M2 - adubação, roçadas e capinas; e M3 - capinas e roçadas. Dentro de cada trato também foram avaliadas os seguintes sítios de amostragem: TS - terço superior, TM - terço médio; e TI - terço inferior, ao longo do declive. As variáveis em estudo foram analisadas considerando-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas, com cinco repetições. Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância e, posteriormente, aplicação do teste de Tukey a 5%, para comparação entre as médias. Os resultados demonstram que a maioria dos atributos dos solos estudados foi influenciada pelo trato cultural e sítio de amostragem, apresentando-se como importantes indicadores de mudanças na qualidade do solo. As práticas de adubação e calagem, associadas aos tratos, promoveram efeitos nos atributos do solo, principalmente nos químicos. As análises física e química, para avaliação das reais condições dos solos cultivados com cafeeiro conilon, são práticas muito importantes visando à utilização racional e equilibrada de calcário e adubos. A divisão das áreas em segmentos (terço superior, médio e inferior) faz-se necessária, para avaliação de atributos do solo em condições de relevo forte ondulado, em função das diferenças associadas aos solos, existentes ao longo do declive. A melhoria das condições dos solos cultivados com lavouras cafeeiras e, conseqüentemente, da produtividade da cultura está associada à utilização de práticas de manejo conservacionistas, principalmente quando se trata de áreas declivosas, como a região do Sul do Estado do Espírito Santo.Item Atributos físico-hídricos do solo em lavoura de café conilon submetida à subsolagem(Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-02-21) Souza, Joabe Martins de; Bonomo, RobsonO preparo adequado do solo promove modificações nos atributos físicos, principalmente na estrutura, podendo modificar a capacidade de armazenamento de água, fundamental na determinação das necessidades de irrigação para as culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do preparo do solo para plantio de café Conilon (Coffea canephora Pierre) submetido à subsolagem, nas propriedades físicas e hídricas do solo. A área experimental foi composta por três talhões cultivados com cafeeiro a 11, 7 e 3 anos, denominados T11, T7 e T3, respectivamente, submetidos à subsolagem nas linhas de plantio. Para as avaliações físico-hídricas do solo, foram retiradas amostras deformadas e indeformadas, na linha (P1) e entrelinha (P2) da cultura e a quatro profundidades 0,00-0,20, 0,20-0,40, 0,40-0,60, 0,60-0,80 m. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. As propriedades do solo avaliadas foram massa específica do solo, porosidade total, macroporosidade e microporosidade, além da curva de retenção de água, condutividade hidráulica do solo saturado, resistência do solo à penetração e o índice S. A massa específica do solo, porosidade total e macroporosidade apresentaram diferenças significativas entre os pontos de amostragem para as camadas superiores do solo, com maior porosidade total e macroporos para o ponto P1 e uma maior massa específica do solo para o ponto P2, não diferindo das demais camadas. A porosidade total apresentou um comportamento inverso ao da massa específica do solo e houve aumento da microporosidade e diminuição da macroporosidade em profundidade. Entre os talhões com diferentes idades, as propriedades físico-hídricas do solo não apresentaram diferenças significativas, mostrando que as melhorias da subsolagem são persistentes ao longo dos anos nessa condição de cultivo. A resistência à penetração diferiu entre os pontos amostrais, ocorrendo um aumento com a profundidade, não diferindo, todavia, entre os talhões. Foi observada uma correlação positiva entre resistência à penetração e a massa específica e microporosidade, e negativa com a macroporosidade. A condutividade hidráulica do solo saturado apresentou diferença entre os pontos amostrais, nas camadas de 0,00-0,40 m, não apresentando diferença entre os talhões. Ocorreu uma correlação negativa entre a resistência à penetração e a microporosidade e correlação positiva com a macroporosidade. O coeficiente de determinação de ajuste das curvas de retenção de água no solo foi superior a 98% e os parâmetros de ajuste aumentaram com a profundidade. A disponibilidade de água apresentou-se, em geral, maior na linha do cafeeiro, até 0,60 m, mostrando o benefício da subsolagem na retenção de água. O índice S foi maior na linha de plantio, apresentando alta correlação com a porosidade e a massa específica do solo. A subsolagem alterou as propriedades físico-hídricas do solo, proporcionando um equilíbrio entre a macro e a microporosidade, aumento da disponibilidade de água e condutividade hidráulica do solo saturado, e ainda maior retenção de água em baixas tensões. O índice S mostrou-se como uma boa ferramenta para avaliar a qualidade do solo nessas condições.Item Atributos físicos e químicos do solo em lavoura de café conilon consorciado(Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-21) Alves, Danielle Inácio; Lima, ulião Soares de SouzaO café conilon possui grande importância socioeconômica para o Brasil, principalmente para o Estado do Espírito Santo, maior produtor nacional da cultura. O cultivo de café no Espírito Santo, como no resto do país, é predominantemente realizado em monocultivo a pleno sol, porém este sistema tem sido questionado pelos efeitos negativos que causa ao solo quando mal manejado, sendo uma alternativa a adoção de sistemas de cultivo consorciado. Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos do cultivo de café conilon consorciado nos atributos do solo em relação ao monocultivo a pleno sol. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental Bananal do Norte (Incaper), localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim. A variedade plantada é “EMCAPER 8151” e os sistemas de cultivo estudados foram: M1- cafeeiro conilon em monocultivo; cafeeiro conilon consorciado com: M2- pupunheira, M3- gliricídia, M4- bananeira cv. Japira e M5- ingazeiro e; M6- vegetação natural em estado de regeneração. Amostras indeformadas e deformadas de solo foram coletadas nas áreas nas camadas 0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,40; 0,40- 0,80 m para análise dos atributos físicos (densidade do solo, porosidade total, macroporosidade e microporosidade) e químicos do solo (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H+Al, SB, CTC , V, m, P-rem, MO, Zn, Fe, Mn, Cu e B). A análise estatística foi realizada por meio da análise de variância pelo teste F (p>0,05) e, quando significativo, aplicado o teste de médias de Tukey (p<0,05). A análise multivariada foi realizada pelo método de componentes principais (ACP) e pelo método de agrupamento (Cluster) envolvendo as variáveis em estudo. A fertilidade do solo nas camadas 0- 0,1 m e 0,1-0,2 m nos anos 2015 e 2016 apresentou teores adequados, variando de médio a alto, de acordo com a recomendação da literatura. Devido ao pequeno tempo de implantação dos sistemas de cultivo não foi possível observar diferenças marcantes entre os sistemas de cultivo do cafeeiro conilon para os atributos avaliados. Na análise de agrupamento a formação de grupos ocorreu principalmente em função da profundidade da camada do solo nos dois anos avaliados, camada de 0-0,10 m, o que também pode ser observado pela análise de variância onde as camadas superficiais apresentaram maiores valores para a maioria dos atributos avaliados. As componentes principais 1 e 2, no ano de 2015, explicaram juntas 58,08% da variância dos dados, e no ano de 2016, explicaram juntas 68,26% da variância total dos dados.Item Atributos microbiológicos e químicos do solo sob diferentes sistemas de manejo(Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-17) Oliosi, Gleison; Partelli, Fábio LuizA demanda por sistemas sustentáveis de produção tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, de forma que busca-se sistemas de cultivos que possam aliar a produção agropecuária à manutenção da qualidade do solo, garantindo a segurança alimentar e a produtividade dos nossos solos para as futuras gerações. Deste modo, objetivou-se com este trabalho avaliar as alterações dos atributos microbiológicos e químicos do solo sob diferentes sistemas de cultivo, em diferentes épocas. O experimento foi realizado no município de Jaguaré-ES, onde foram avaliados cinco sistemas de manejo do solo, sendo, 01- café Conilon em monocultivo, 02- café Conilon consorciado com seringueira, 03- seringueira em monocultivo, 04- pastagem de Brachiaria brizantha, e 05- fragmento de mata Atlântica. As análises microbiológicas do solo foram realizadas no inverno e verão, eas análises químicas somente no verão, ambas na profundidade de 0 a 10 e 10 a 20 cm. Os dados foram submetidos à análise multivariada e análise descritiva das variáveis, com média e erro padrão da média. Os atributos microbiológicos do solo não apresentaram alteração expressiva quanto às épocas avaliadas, evidenciando que a frequente ocorrência de maiores valores no verão está associada às altas precipitações aliada às altas temperaturas. A adoção de sistemas de manejo com café e seringueira em consórcio ou em monocultivo, e pastagem de Brachiaria brizantha, nas condições estudadas, apresentaram pouca alteração nos atributos microbiológicos do solo, mostrando-se como alternativas viáveis para promover a sustentabilidade do solo, aliada a produção agropecuária. Os atributos químicos do solo variam independente dos atributos microbiológicos nos sistemas de manejo avaliados, sendo mais influenciados pelas adubações e correções do solo, de modo que nem sempre a área com melhores atributos químicos apresentarão melhores Atributos microbiológicos.Item Avaliação da capacidade de adsorção da borra de café e da casca de café na remoção de 2,4-D em amostras de água(Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-08-16) Roldi, Larissa Lopes; Coelho, Edumar Ramos CabralA contaminação dos mananciais utilizados para abastecimento por compostos micro poluentes é uma dificuldade que os tratamentos de água convencionais não resolvem de maneira eficaz. O ácido 2,4-Diclorofenóxiacético (2,4-D) é um agrotóxico microcontaminante de mananciais, que possui alta toxicidade para o ecossistema aquático e para seres humanos, sendo necessária sua remoção desse ambiente. O método mais utilizado para a remoção desses compostos é a adsorção em carvão ativado, em que as moléculas da substância interagem com grupamentos presentes na superfície do carvão, de modo que, após filtração, o composto é removido do meio aquoso em que se encontrava. Na tentativa de se desenvolverem novos materiais para a remoção do 2,4-D por adsorção, a borra e a casca de café, in natura e carbonizadas, foram utilizadas em estudos de adsorção, por serem materiais grande disponibilidade em nosso país e que competiriam com o carvão ativado por terem um menor custo de obtenção. Este estudo avaliou as características superficiais desses materiais por análise de Área Superficial Específica (BET), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Termogravimetria (TG) e Ponto de Carga Zero (PCZ). Foram realizados estudos para se determinar o tempo de equilíbrio e a massa de adsorvente a ser utilizada, porém não foi possível determinar qualquer adsorção de 2,4-D utilizando a borra e a casca de café in natura. Assim, os estudos de adsorção variando-se a concentração inicial de 2,4-D e o pH da solução, foram conduzidos apenas para o carvão ativado (CA), para borra (BC) e casca (CC) de café carbonizadas. Às isotermas, geradas a partir dos estudos de adsorção, foram aplicados os modelos de Langmuir e Freundlich, para a obtenção de parâmetros de descrição do processo de adsorção. No geral, BC apresentou maior adsorção em relação a CC, apresentando valores de qA MÁX de 23,4 e 4,4 mg/g, respectivamente. Porém ambos tiveram desempenho inferior a CA (qA MÁX = 94,0 mg/g). Dentre os pH’s estudados, pôde-se observar que em pH’s ácidos, a remoção de 2,4-D foi maior para todos os adsorventes estudados.Item Avaliação da solução do solo e desenvolvimento inicial de cafeeiro conilon em decorrência da aplicação de água residuária de suinocultura(Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-07-31) Brumat, Ana Elisa Lyra; Garcia, Giovanni de OliveiraEconomia de fertilizantes, diminuição dos impactos negativos ao ambiente e preservação das fontes de água de boa qualidade tem sido apresentados como fatores importantes decorrentes da utilização de águas residuárias em cultivos agrícolas. Porém,apesar dos benefícios acima citados o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao tema apontam que a realização desta prática de forma incorreta pode acarretar na contaminação dos recursos naturais e afetar negativamente a produção agrícola. Nesse âmbito, destaca-se a importância do monitoramento dos atributos da solução do solo, para o entendimento da funcionalidade do sistema solução-solo-planta. Portanto, monitorar valores de pH, condutividade elétrica e concentração de íons se faz necessária nessas tomadas de decisões, assim como avaliar potenciais riscos de contaminação e danos à estrutura do solo decorrentes das aplicações de água residuária. Objetivou-se de um modo geral, avaliar os efeitos do parcelamento da ARS nos atributos químicos da solução do solo, e no desenvolvimento inicial de plantas de café conilon cv. Robusta, em três texturas de solo. O trabalho foi conduzido na área experimental do centro de ciências agrárias e engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, no município de Alegre – ES. Utilizou-se a cultura do café conilon cv Robusta, onde as plantas foram cultivadas em vasos de 50 dm3 espaçados em 0,8m entre vasos e 1,0m entre linhas, os vasos foram preenchidos com 40dm3 de solo. O experimento foi montado no esquema de parcelas subdivididas (3x4x9), sendo nas parcelas o fator textura do solo em três níveis (textura argilosa, média e arenosa), nas sub parcelas o fator parcelamento de ARS e adubação mineral em quatro níveis (Adubação mineral convencional ofertada via cloreto de potássio, seguindo a recomendação do manual de adubação e calagem para o estado do Espírito Santo; ARSK1: 100% do potássio, fornecido via ARS até atingir a recomendação (12,50g); ARSK2: 100% do potássio, fornecido via ARS dividido em dois parceamentos num intervalo de 30 dias entre eles (6,25g em cada); ARSK3: 100% do potássio, fornecido via ARS, dividido em 3 parcelamentos num intervalo de 30 dias entre eles (4,16g em cada)), e nas sub parcelas o fator coleta da solução do solo em nove níveis (aos 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90 dias do ínício das aplicações), num deliniamento em blocos casualizados, com quatro repetições. A aplicação dos parcelamentos deu-se ao 17 dias de transplantio das plantas. O volume de ARS utilizado foi calculado de acordo com a quantidade potássio presente na ARS. A aplicação foi feita de acordo com necessidade de irrigação até atingir a recomendação, após, a irrigação foi feita com água. Foram monitorados pH, CE, Na e K na solução do solo por meio de extratores de cápsula porosa instalados em cada unidade, a cada 10 dias, ao longo dos 90 dias de experimentação (foram realizadas 9 coletas de solução). Com os resultados do monitoramento da concentração de nutrientes no solo, calculou-se a razão de adsorção de sódio e potássio (RAS e RAP respectivamente). Aos 90 dias de experimentação, realizou-se também a medição de área foliar, altura de plantas e massa seca de parte aérea e raiz. Os dados foram submetidos a análise de variância a 5% de probabilidade. O efeito significativo, para os dados qualitativos foram comparados pelo teste de Skott-Knott a 5% de significância, e os dados quantitativos foram analisados por meio de regressão. Para a variável pH, houve efeito significativo nas três texturas de solo apenas para o parcelamento em três vezes, já para a variável CE, houve efeito significativo apenas no parcelamento em duas vezes nas texturas de solo média e arenosa. O parcelamento de ARS dividido em três vezes nas três texturas de solo, apresentaram maiores valores médios de acúmulo de Na+ na solução ao término do experimento, inferindo-se que esse parcelamento contribui com a permanência do íon na solução. Para o íon potássio, houve efeito significativo de todos os parcelamentos de ARS nos solos de textura argilosa e arenosa, para a textura média, apenas os parcelamentos de ARS em duas e três vezes apresentaram efeito significativo. A RAS e RAP apontaram potenciais riscos ao solo de textura argilosa. Para o solo de textura argilosa, o parcelamento da ARS em três vezes não foi viável para o desenvolvimento inicial da cultura do cafeeiro conilon. Para o solo de textura média o parcelamento da ARS em três vezes foi eficiente para o incremento das variáveis estudadas, apresentando viabilidade na aplicação da ARS no desenvolvimento inicial das plantas de café conilon. Para o solo de textura arenosa, a aplicação dos parcelamento de ARS apresenta os mesmos efeitos da adubação mineral.Item Avaliação das propriedades físico-químicas de café arábica (Coffea arabica) e conilon (Coffea canephora) classificados quanto à qualidade da bebida(Universidade Federal do Espírito Santo, 2015-08-07) Agnoletti, Bárbara Zani; Saraiva, Sérgio HenriquesAs espécies de café de maior importância econômica cultivadas no Brasil são Coffea arabica e Coffea canephora. O café cru de ambas as espécies é comercializado e valorizado de acordo com a qualidade dos grãos. A qualidade do produto final depende de vários fatores, tais como: a espécie, a forma de realização da colheita, o beneficiamento do grão, o armazenamento, a torrefação e a moagem. Para determinar a qualidade da bebida do café é realizada a análise sensorial, onde indivíduos treinados provam o café e lhe atribuem uma nota ou classificação. Poucos trabalhos relacionando as propriedades físico-químicas e a qualidade da bebida de café são encontrados na literatura. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi analisar as propriedades físico-químicas de café arábica e conilon, relacionando-as com a qualidade da bebida; verificar as diferenças entre as espécies; além da influência da torra sobre essas propriedades. As propriedades físico-químicas determinadas foram: umidade, perda de massa, cor do café torrado, pH, acidez total titulável, açúcares totais (redutores e não redutores), sólidos solúveis, teor de compostos fenólicos totais, condutividade elétrica, lixiviação de potássio, cafeína, trigonelina e ácido clorogênico. Não foram verificadas diferenças quanto às propriedades físico- químicas, entre os tratamentos (classificações) de cada espécie (arábica e conilon), tanto para as amostras de grãos crus como de grãos torrados, para as variáveis teor de sólidos solúveis, condutividade elétrica, lixiviação de potássio e ácido clorogênico. Foram verificadas diferenças quanto às propriedades físico químicas entre os tratamentos para as variáveis pH, acidez total titulável e açúcares. O teor de compostos fenólicos totais, trigonelina e cafeína, foram as propriedades físico-químicas que melhor discriminaram as duas espécies de café. As propriedades físico-químicas do café são dependentes da torra. Observou-se adiminuição do teor de sólidos solúveis, pH, açúcares, compostos fenólicos totais, ácido clorogênico e trigonelina, após a torra, enquanto que, a acidez titulável total aumentou e a cafeína se manteve estável. Através do teste de correlação de Pearson foram observadas correlações significativas entre as propriedades físico- químicas analisadas com a nota sensorial. Correlações positivas foram verificadas para a umidade e acidez do café torrado, ao passo que, correlações negativas foram verificadas para sólidos solúveis e pH do café torrado, condutividade elétrica e lixiviação de potássio, no café cru.Item Avaliação de racionalidades do uso da água na agricultura: desenvolvimento de modelos conceituais e de procedimento metodológico em apoio à co/auto-gestão de microbacias(Universidade Federal do Espírito Santo, 2011-04-14) Lopes, Marcos Eugênio Pires de Azevedo; Teixeira, Edmilson CostaEste trabalho apresenta o desenvolvimento de procedimento metodológico inovador, aplicável a situações reais, que integra metodologia participativa e análise multicriterial. A metodologia participativa adotada foi o River Basin Game e o método utilizado na análise multicriterial foi o Método dos Pesos Médios (Weighted Average Method). A problemática que justificou a realização deste estudo refere-se: (a) ao entendimento dominante sobre a racionalização do uso de recursos hídricos na irrigação, que representa uma visão parcial, fundamentada essencialmente na necessidade de avanços tecnológicos e (b) ao desequilíbrio entre a gestão de águas formal e local, em parte decorrente da limitação mencionada anteriormente, onde estão relacionados vários aspectos, dentre eles, limitações conceituais das próprias políticas de águas, distanciamento entre instituições técnico-científicas e sociedade, baixa participação da sociedade na gestão de águas. O resultado dessa realidade é a baixa (ou inadequada) implementação das políticas de águas, que acaba por perpetuar modelos de desenvolvimento baseados em conceitos dominantes e, muitas vezes, excluindo segmentos mais fragilizados da sociedade. Nesse sentido, o procedimento metodológico foi aplicado numa situação real, onde se tomou como estudo de caso a análise da gestão de águas agrícolas na microbacia do córrego Sossego, (município de Itarana, Espírito Santo), na qual predominam propriedades de base agrícola familiar e produção agrícola irrigada. Foi possível analisar como a área de estudo se insere no debate da gestão de águas formal e tem enfrentado problemas de escassez hídrica em decorrência da intensificação e do mau uso da água na irrigação. A integração das ferramentas adotadas foi de grande valia, pois, dentre outros avanços, possibilitou envolver, de forma rica e consistente, atores de diferentes níveis e tipos de conhecimento (academia, produtores, instituições públicas) visando à construção de um modelo local e ao levantamento de alternativas para a busca de soluções para o problema da inadequada gestão hídrica. Isso permitiu um maior equilíbrio entre o saber local e o saber técnico e maior aproximação entre estes. Ademais, por meio da aplicação do procedimento metodológico, foi evidenciada a idéia dominante da racionalização, entretanto, há também indícios de que novas racionalidades, por meio da consolidação da co/auto- gestão local adaptativa, podem ser (já estão sendo) adotadas.Item Avaliação de um sistema de remoção de sólidos para maximização do uso da água no processamento dos frutos do cafeeiro(Universidade Federal do Espírito Santo, 2010-12-13) Moreli, Aldemar Polonini; Reis, Edvaldo Fialho dosA cafeicultura é uma das atividades mais importantes no Brasil, por propiciar oportunidades de trabalho a milhões de pessoas e contribuir para manter o homem no campo. O clima brasileiro favorece a produção de cafés finos, processados tanto por via seca, quanto por via úmida, gerando os cafés cerejas descascado ou despolpado. É uma atividade que produz e gera resíduos, necessitando do emprego de ações que levem em consideração os fatores ambientais e a legislação. O processamento pós-colheita dos frutos de cafeeiro por via úmida tem sido uma importante estratégia para a melhoria da qualidade dos grãos e diminuição dos custos de produção. Esse processo envolve grande volume de água na lavagem e despolpa dos frutos, resultando num efluente com altas concentrações de material orgânico e nutrientes, que se descartadas inadequadamente, apresentam alto potencial poluente e por isso, seu lançamento em corpos hídricos, sem tratamento adequado, é proibido no Estado do Espírito Santo. A estratégia da recirculação da água residuária do café nas unidades de processamento contribui com a redução do volume de água consumido e do efluente gerado, porém, à medida que recircula vai incorporando material orgânico e inorgânico, alterando suas características e dificultando seu fluxo na rede hidráulica, podendo ocorrer entupimentos. Torna-se necessário remover parte dos sólidos grosseiros sedimentáveis presentes na água residuária de modo a não comprometer o seu fluxo na unidade de processamento. Essa remoção pode ser feita por meio de separadores de sólidos industrializados, por peneiras de fabricação artesanal ou estruturas adaptadas para essa finalidade. Este trabalho teve por objetivos quantificar a remoção de resíduos do processamento dos frutos do cafeeiro durante a safra 2009-2010, por meio de um sistema constituído de caixas de decantação e peneiras; monitorar o consumo de água e avaliar a qualidade da bebida do café, com a recirculação da água residuária na unidade de processamento dos frutos do cafeeiro por via úmida da Fazenda Experimental de Venda Nova, pertencente ao Incaper. Para isso, foi adaptado um sistema de remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis constituído de três caixas de decantação, interligadas por tubos de PVC, e duas peneiras estáticas, dispostas com inclinação de 10% na saída da água da terceira caixa. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados no esquema de parcela subdividida (4 x 5), em quatro repetições, sendo nas parcelas os quatro pontos de coleta (PC1, PC2, PC3 e PC4) e nas subparcelas os cinco períodos de tempo, após o início do processamento (T10, T40, T70, T100 e T130 min.). Para a obtenção das características organolépticas dos grãos, as parcelas foram constituídas de um ponto de coleta em cada subparcela. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foram processados 39.420 L de frutos do cafeeiro arábica e realizadas análises da concentração de sólidos totais e medição da condutividade elétrica, enquanto as análises químicas incluíram a medição do potencial hidrogeniônico e as concentrações macro e micronutrientes. As características sensoriais da bebida foram analisadas por meio da metodologia Specialty Coffee Association of America. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que: a recirculação da água no processamento, usando o sistema de remoção de sólidos para remover parte do material orgânico presente na água residuária do café, proporcionou uma redução de 2,2 L para 0,52 litros de água por litros de frutos processados, maximizando o uso da água; durante o tempo de recirculação da água residuária do café no processamento dos frutos as concentrações de ST, CE, N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, Mn, Fe e B aumentaram e o pH diminuiu; o tempo de recirculação da água residuária do café não influenciou na qualidade da bebida dos grãos cerejas descascados.Item Biocarvões de palha de café e casca de eucalipto produzidos a 350 e 600 °C como condicionadores do solo(Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-23) Silva, Ronaldo Willian da; Passos, Renato RibeiroA matéria orgânica do solo (MOS) é de grande importância na formação e manutenção de propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos tropicais e, contribui com até 80 % de sua capacidade de troca catiônica. No entanto, em regiões tropicais, a taxa de mineralização da MOS atinge altos níveis devido a altas temperaturas, umidade e a atividade microbiana, reduzindo sua quantidade nos solos. Uma alternativa para a manutenção da MOS é a utilização de biocarvão, produto da decomposição térmica de materiais orgânicos sob baixa concentração de oxigênio e em temperaturas controladas. O biocarvão é mais resistente à degradação biológica é indicado como alternativa promissora para armazenar carbono no solo por longo tempo. Além disso, sua presença no solo pode aumentar o pH, CTC, nutrientes, retenção de água, atividade biológica do solo e o rendimento das culturas. No entanto, as características e benefícios do biocarvão estão associados com a temperatura de pirólise e a matéria prima utilizada para o seu processamento. Neste sentido, com o objetivo de avaliar o potencial de biocarvões de palha de café (PC) e casca de eucalipto (CE) produzidos a 350 e 600 oC como condicionadores do solo, realizaram-se dois experimentos de incubação em ambiente com temperatura controlada a 25 oC. O primeiro experimento visou avaliar a influência dos biocarvões associado ao calcário, sobre o pH e cargas negativas do solo. Os tratamentos foram compostos por biocarvões produzidos a partir de PC e CE, duas temperaturas finais de pirólise 350 e 600 oC, quatro doses de biocarvão 5, 10, 15 e 20 t ha -1 , cinco doses de CaCO3 0, 0.55, 1.1, 2.2 e 3.3 t ha -1 e um tratamento adicional sem adição de biocarvão. O segundo experimento teve como objetivo avaliar os efeitos do uso dos biocarvões nas propriedades químicas do solo. Os tratamentos foram compostos por biocarvões produzidos a partir de PC e CE, duas temperaturas finais de pirólise 350 e 600 oC, quatro doses de biocarvão 5, 10, 15 e 20 t ha -1 , um tratamento adicional sem adição de biocarvão e sete épocas de avaliação 0, 7, 15, 30, 60, 90 e 120 dias após a incubação. Os resultados experimentais mostram que biocarvões de PC promovem maior elevação do pH do solo. Biocarvões produzidos a 600 oC proporcionaram maior elevação do pH do solo em relação à biocarvões produzidos a 300 oC. O efeito neutralizante da acidez pelos biocarvões se deu na seguinte ordem crescente: CE350; PC350; CE600 e PC600, apresentando elevação no pH do solo quando comparado ao tratamento controle de 1,26; 1,46; 1,61 e 1,71 unidades respectivamente. O pH do solo foi elevado com o aumento da dose de aplicação de biocarvão. A associação de doses de biocarvão com CaCO 3 apresentou interação positiva no aumento do pH do solo. No entanto, o uso em conjunto do corretivo e o condicionador, em doses mais altas elevou o pH do solo além da faixa de pH ideal para a maioria das culturas (5,5 – 6,0). Biocarvões proporcionaram maior carga liquida negativa do solo. Esse efeito foi maior com o uso de biocarvões de PC, e potencializado com elevação da temperatura de pirólise para 600 °C. Os biocarvões de PC proporcionaram maiores teores de P, K, Mg e maior capacidade de troca de cátions (CTC). Os tratamentos com biocarvões de CE se destacaram pela maior concentração de Ca, em média, os teores de Ca no solo foram acrescidos em 5,9 e 19,4 % para as temperaturas de 350 e 600 oC respectivamente comparando aos biocarvões de PC nas mesmas temperaturas. Tratamentos com biocarvões produzidos em maior temperatura de pirólise (600 oC) apresentaram maiores valores de Ca e CTC para ambos os biocarvões e, maior concentração de K com uso do biocarvão de PC. O aumento da dose de biocarvão proporcionou maior concentração de nutrientes e CTC independente do material de origem e temperatura de pirólise. Já o aumento do tempo de incubação causou redução, para todos os tratamentos, nas concentrações de nutrientes, exceto o Ca e CTC do solo.Item O café como tema gerador para oficina de ensino de química(Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-03-05) Siqueira, Kelly Grace Rizzi; Porto, Paulo Sérgio da SilvaA sociedade, ao longo dos anos, tem vivido transformações em se tratando do modo de ensinar e aprender dos indivíduos. Dessa forma, existe a necessidade de metodologias e estratégias de ensino-aprendizagem que sejam significativas à realidade do aluno. Mesmo deslocada ao seu tempo e propósito, a escola tradicional perdura. Talvez isso se deve a muitos professores não terem conhecimento de como aplicar outro tipo de educação que venha a contemplar as experiências do estudante. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito da utilização de oficinas de ensino desenvolvidas para a contextualização do conteúdo de Química “soluções”, associadas a um tema regional, o café, em uma escola estadual do município de Jaguaré/ES. A escolha do tema “café” se deve ao fato do município ser um dos grandes produtores dessa cultura e este, consequentemente, vinculado à realidade dos alunos. A elaboração das oficinas foi baseada em Marcondes (2008) e Marcondes e colaboradores (2007) e nas orientações metodológica dos “Três Momentos Pedagógicos” (3MP) de Delizoicov e colaboradores (2009). As oficinas tiveram como finalidade a introdução do conteúdo “soluções” aos alunos de uma turma da 2a série do ensino médio. Foram aplicadas três oficinas com os seguintes temas: Composição química do café; Solubilidade do café; e Concentração do café. A ordem de aplicação foi gradativamente, cujos conceitos apresentados por meio da problematização, construção e aplicação do conhecimento. Durante essas oficinas foram desenvolvidos experimentos empregando-se materiais reciclados, debates, exercícios e trabalhos manuais. A pesquisa, de caráter predominantemente qualitativo, foi desenvolvida utilizando-se instrumentos para coleta dos dados, como: questionário prévio e final, lista de exercícios, produção de texto e as observações da professora-pesquisadora. A partir da produção textual, por meio da análise de conteúdo, obtiveram-se seis categorias em que se destacaram os conceitos e ideias expressas sobre o tema proposto pelas oficinas. Essas categorias são: características químicas do café; definição de uma solução; definições de soluto e solvente; noção de proporção soluto/solvente; abordam noção de afinidade química; e temperatura: fator que afeta a solubilidade. Em termos gerais, houve excelente repercussão quanto ao protagonismo dos alunos durante o processo de ensino-aprendizagem, a interação social e a oportunidade de realizar a conexão prática com a teoria. Conclui-se que a proposta foi aceita, de modo positivo, pelos alunos. Notou-se que o trabalho foi bem-sucedido por proporcionar aos alunos novos conhecimentos, tendo em vista que algumas definições conceituais em nível microscópico e teórico da química não foi assimilado por completo. No entanto, considera-se que as oficinas de ensino envolvendo um tema regional mostrou-se viável em termo de um recurso passível de ser trabalhado. Esse recurso pode ser aplicado nas aulas de química, em uma escola regular do estado, proporcionando não somente dinamismo, mas a máxima participação dos alunos.Item Café conilon em sombreamento com pupunheira(Universidade Federal do Espírito Santo, 2007-02-26) Brum, Vítor José; Amaral, José Augusto Teixeira doO presente trabalho objetivou estudar o efeito do sombreamento do palmito pupunha (Bactris Gasipaes Kunth) sobre aspectos fenológicos e agronômicos do café conilon (Coffea canephora Pierre ex Froenher var. EMCAPA 8131). O experimento foi conduzido, em julho de 2006, numa área total de 1500 m 2 , na Fazenda Experimental de Bananal do Norte (FEBN), pertencente ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), em Pacotuba, distrito de Cachoeiro do Itapemirim, ES, no delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições e cinco tratamentos. O primeiro foi a testemunha (T1), com café conilon em monocultivo, e os demais com café conilon consorciado com pupunheiras espaçadas de: 6,0 m x 2,0 m (T2); 6,0 m x 1,0 m (T3); 3,0 m x 2,0 m (T4); e 3,0 m x 1,0 m (T5). O café, em todos os tratamentos, foi cultivado no espaçamento de 3,0 m entrelinhas e 1,5 m entre plantas. A parcela foi constituída de 36 plantas de café, sendo as 8 plantas centrais (parcela útil) utilizadas nas avaliações. Do cafeeiro foram avaliadas as seguintes características: altura das plantas (ALTPL), diâmetro da copa (DIAMPL), número de ramos ortotrópicos produtivos (NRPR) e não produtivos (NRNPR), comprimento dos ramos plagiotrópicos do terço médio (CRAPLA), número de nós em ramos plagiotrópicos do terço médio (NNPLA), número de ramos plagiotrópicos (NRAPLAG), haste total por planta (HTPL), número de haste produtiva por ha (NHPRHA), número de haste total por ha (NHTHA), comprimento (CG) e diâmetro (MD) do grão, número de folhas por parcela (NF), área foliar total (AFO), índice de área foliar (IAF), peso da massa seca da amostra de folhas (MSF), número de frutos de uma planta de cada parcela (NFRUP), peso da massa fresca de café colhido por planta (PFCCPL), volume total de frutos por planta (VTOPL), peso da massa seca de café colhido por planta (PSCCPL) e produção de sacas beneficiadas por ha (SCBHA). Do solo determinou- se a umidade (UBS) e as características física e química. Das plantas de pupunheira foram avaliados: altura das plantas (ponto V) (ALTPV), diâmetro do estipe a 20 cm do solo (DIAM), número de perfilhos por planta (NPERF) e peso médio dos palmitos (PESO). Conclui-se que: (i) os macronutrientes que ocorre com maior freqüência na lavoura como limitante são K, S e P; (ii) para os micronutrientes a deficiência segue a seqüência Zn, Mn e Fe; (iii) o índice de balanço nutricional (IBN) é elevado em todos os tratamentos; (iv) o sombreamento influencia, significativamente, o índice de área foliar, o percentual de bóia e a produtividade em sacas beneficiadas por ha -1 e não influencia o rendimento na pilagem; e (v) a pupunheira traz um incremento financeiro em todos os tratamentos, quando comparados à testemunha.